Percorrer por autor "Souto, Maria Teresa Soares, orient."
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Item Ajustamento psicossocial dos cuidadores informais de pessoas com doença de alzheimer : uma revisão sistemática(2021) Resende, Juliana Silva; Souto, Maria Teresa Soares, orient.O estudo do conceito de ajustamento psicossocial tem vindo a alterar-se ao longo do tempo e a ganhar cada vez mais importância na sociedade, tal como o conceito de cuidador informal e as suas necessidades. Assim, a presente revisão tem como principal objetivo obter uma descrição detalhada dos cuidadores informais de pessoas com Doença de Alzheimer – características, necessidades e impacto na qualidade de vida que constitua uma resposta à tarefa de cuidar e às suas consequências. Para o efeito, recorreu-se à análise das publicações indexadas nas principais bases de dados, nomeadamente B-on; PubMed; Scielo; Web of Science; Capes Periódicos; Ebsco, Apa PsyInfo; e o Google Scholar. A análise das publicações entre 1994 e 2020 resultou na inclusão de quarenta e uma publicações. Foi possível verificar que há um interesse europeu e internacional na investigação sobre cuidadores informais. De todas as publicações analisadas, constatou-se ser o género feminino o mais prevalente em cuidadores informais, apresentando maiores níveis de sobrecarga, ansiedade e depressão, tendo grande impacto na sua saúde e qualidade de vida. Para suprimir esse efeito negativo, é necessário adotar técnicas de ajustamento psicossocial. As estratégias mais frequentemente utilizadas são as intervenções psicoeducativas, as estratégias de coping focadas na emoção e os grupos de apoio. Conclui-se que a conceção e desenvolvimento de respostas psicossociais de apoio às necessidades dos cuidadores são fundamentais para o bem-estar, sendo importante promover modalidades que possibilitem ao cuidador descansar. Nesta revisão apresentam se algumas sugestões, nomeadamente ao nível da prevenção/intervenção, enfatizando as respostas às necessidades, o trabalho terapêutico que foque as estratégias de coping e, principalmente a interpretação/significado que é dado ao ato de cuidar a fim de diminuir a sobrecarga dos cuidadores.Item Alexitimia e empatia : um estudo piloto em estudantes universitários(2023) Carneiro, Tânia dos Santos; Souto, Maria Teresa Soares, orient.A presente dissertação tem como principal objetivo explorar a relação entre a alexitimia e a empatia numa amostra de estudantes universitários. Procurou-se, assim, compreender se a empatia está relacionada com a alexitimia, desenvolvendo um estudo piloto numa amostra de estudantes universitários a frequentar a licenciatura e mestrado, em diferentes cursos e universidades de Portugal. Método: O estudo incluiu 175 participantes, com idades compreendidas entre os 18 e os 48 anos (M = 22.5; DP = 4.8). Foram utilizados os seguintes instrumentos: Questionário Sociodemográfico, Escala de Alexitimia de Toronto de 20 itens (TAS-20, Bagby, Parker e Taylor, 1994) e Índice de Reatividade Interpessoal (IRI; David, 1983). Resultados: Os principais resultados obtidos revelaram a existência de uma influência da empatia na alexitimia, mais especificamente que níveis superiores de empatia conduzem a níveis inferiores de alexitimia. Verificou-se, ainda, que tanto o ciclo de estudos como o género não influenciam os níveis de alexitimia, desta amostra. Relativamente às áreas científicas dos estudantes, foi possível constatar que as mesmas influenciam a expressão da alexitimia e da empatia, mais concretamente da dimensão Tomada de Perspetiva, avaliada através do IRI. Conclusões: Este estudo piloto sugere, como esperado, que a empatia influencia a expressão da alexitimia. Em contrapartida, verificou-se que os níveis de alexitimia não diminuem com a evolução da escolaridade. Uma possível explicação para a diminuição da expressão da alexitimia, ao longo da escolaridade, poderá estar relacionada com as soft skills. Nesta lógica, será relevante introduzir unidades curriculares promotoras do desenvolvimento das mesmas, desde o início da formação académica. Palavras-chave: alexitimia, empatia, IRI, soft skills, TAS-20Item Alexitimia na população reclusa : uma revisão sistemática da literatura(2022) Faria, Catarina Sofia Trindade; Souto, Maria Teresa Soares, orient.Enquadramento: O estudo da alexitimia é relativamente recente, pelo que não há dados suficientes que expliquem o seu funcionamento e impacto na população geral, assim como em populações especificas. Dificuldades na identificação e descrição dos sentimentos e emoções, podem estar relacionadas com a prática de crime. Por esse motivo, torna-se pertinente o estudo da alexitimia na população reclusa a ser abordado nesta revisão sistemática. Objetivo: Pretende-se obter uma informação detalhada da literatura e dos estudos sobre alexitimia na população reclusa. Método: Revisão sistemática, utilizando as guidelines do PRISMA-P. Foram elaborados critérios de elegibilidade para a seleção das publicações e a pesquisa foi realizada em 5 bases de dados eletrónicas. O processo foi efetuado por dois investigadores independentes. Resultados: Os estudos são maioritariamente de natureza quantitativa, de design transversal retrospetivo. As amostras estudadas são constituídas por homens reclusos. Os estudos foram desenvolvidos nos últimos seis anos, na Europa com recurso a instrumentos de autorrelato. A maioria dos estudos identificam alexitimia na população reclusa que foi condenada pela prática de crime violenta. Conclusão: Dado que as publicações selecionadas incluem exclusivamente reclusos masculinos, o estudo da alexitimia na população reclusa feminina é inexpressivo. Esta falha poderá ser colmatada em futuras investigações. Sendo a alexitimia um construto multidimensional, será relevante considera-lo de um ponto de vista global, assim como na expressão diferencial das suas dimensões, o que permitirá intervenções individualizadas e personalizadas.Item Avaliação da eficácia de estratégias distrativas com recurso a tecnologia : estudo experimental na dor crónica(2023) Ferreira, Jéssica Sofia Lucas; Souto, Maria Teresa Soares, orient.A dor crónica é um problema de saúde que afeta gravemente o funcionamento emocional, físico e social dos indivíduos (Veehof et al., 2016), sendo uma das causas de incapacidade vivida pelos pacientes à escala mundial (Kohrt et al., 2018). Nos últimos anos, o uso da tecnologia móvel tem vindo a crescer cada vez mais, nomeadamente no que diz respeito à autogestão da dor (Sundararaman et al., 2017). Objetivos: O objetivo geral do presente estudo é avaliar a eficácia da aplicação Chronic Pain Relief (CPR); procurou-se, pois, verificar se: existe alteração na perceção de dor com a utilização da aplicação; os níveis de ansiedade interferem na perceção da dor; existem diferenças significativas entre os grupos experimental e de controlo relativamente aos níveis de ansiedade experimentados e à perceção da dor. Método: Participaram no presente estudo experimental 14 participantes, com idades entre os 25 e 61 anos, com diagnóstico formal de dor crónica e com acesso a smartphone adaptado à aplicação. Os participantes utilizaram a aplicação Chronic Pain Relief durante o período de 10 semanas. Os dados obtidos foram analisados quantitativamente com recurso a medidas estatísticas descritivas e inferenciais. A análise qualitativa foi realizada através da análise de conteúdo. Resultados: Após concluírem a utilização da CPR, a maioria dos participantes do grupo experimental referiram não ter sentido diminuição na perceção de dor, não sendo também encontradas diferenças estatisticamente significativas. No que diz respeito à influência da ansiedade na perceção de dor ao utilizar a aplicação, os resultados apontam para uma não influência. Em relação à diferença entre o grupo experimental e de controlo, nos níveis de ansiedade e na perceção de dor, não se verificou existência de diferenças estatisticamente significativas. Conclusão: Embora a maior parte dos participantes tenham relatado não sentirem diferenças na perceção da dor, através do feedback solicitado aos participantes, verificou se que 2 de 7 participantes sentiram a sua perceção de dor diminuída. No que diz respeito à ansiedade, os participantes relataram que não sentiram diferenças significativas ao utilizarem a aplicação e apenas referiram que, por vezes, se sentiam mais ansiosos quando não conseguiam pontuar no jogo. No que concerne às limitações do presente estudo, este apresenta um número reduzido de participantes do grupo experimental que cumpriram o plano proposto para a utilização da CPR; um número reduzido da amostra; e a aplicação só está disponível para o sistema Android. Assim sendo, em estudos futuros, será importante trabalhar com uma amostra alargada, promover o efetivo cumprimento do plano de utilização da aplicação que poderá ser facilitado pela disponibilização de um lembrete na aplicação. Será, ainda relevante rever a tarefa proposta para aumentar o grau de envolvimento do participante e, por sua vez, a sua motivação. Palavras-chave: dor crónica, tratamento, autogestão, estratégias distrativas, smartphoneItem Bem-estar Psicológico : Validação da Escala Psychological General Well-being para a população portuguesa(2015) Espírito Santo, Raquel Pereira da Silva do; Souto, Maria Teresa Soares, orient.O Bem-estar Psicológico tem sido ao longo dos anos, foco de atenção e estudo, relativamente ao nível do seu impacto na saúde do ser humano. O presente estudo tem como objetivo a validação da Escala de Psychological General Well-being da autoria de Harold Dupuy em1984, para a população portuguesa. Para esse efeito, contou-se com a participação de um total de 600 indivíduos, com idades acima dos dezoito anos de idade, sem serem portadores de doença crónica, de ambos os géneros e provenientes de duas zonas geográficas: Porto e Vila Nova de Gaia. Como resultado deste estudo e com recurso à Análise Fatorial Confirmatória partindo do modelo original proposto pelo autor, concluiu-se que esta escala não pode ser validada para a população portuguesa, não apresentando bons índices de adequabilidade para a mesma.Item Coping e sobrecarga em cuidadores informais(2023) Loureiro, Inês da Silva; Souto, Maria Teresa Soares, orient.Os cuidadores informais (CI) adotam um papel bastante significativo na nossa comunidade. O cuidar acarreta consequências quer físicas como psicológicas. Neste sentido, a presente investigação pretende contribuir para a identificação da relação entre a sobrecarga e a perceção das estratégias de coping do CI, a sua eficácia e avaliação da influência do tipo de cuidados na sobrecarga. Participaram nesta investigação 168 CI, com idades compreendidas entre os 19 e os 87 anos. Ao nível da sobrecarga 73.1% apresentaram um nível sem sobrecarga. As estratégias de coping que os CI mais fazem uso prende-se à aceitação (M= 6.78). Os resultados demonstraram correlações estatisticamente significativas na perceção das estratégias de coping utilizadas pelo CI a uma diminuição da sobrecarga. Apresentaram diferenças ao nível da sobrecarga em função do tempo despendido na tarefa de cuidar (tempo inteiro ou a tempo parcial). Não existiram diferenças na sobrecarga do CI, em função de receber apoio para a realização das tarefas de cuidado. Espera-se que com este estudo exista um aumento do conhecimento sobre o CI e que com os resultados obtidos os CI sejam ajudados no reconhecimento das causas de sobrecarga e desenvolvimento de estratégias de coping eficazes. Palavras-chave: Estratégias de coping, Sobrecarga, Cuidadores InformaisItem Envelhecimento ativo: a relação entre suporte social percebido, bem-estar subjetivo e desempenho cognitivo(2018) Bouça, Ana Coelho dos Santos; Souto, Maria Teresa Soares, orient.A Organização Mundial de Saúde estima que, em 2050, haverá mais de 2 mil milhões de pessoas com idade superior a 60 anos. Assim, torna-se urgente para a sociedade e os profissionais de saúde promover o envelhecimento ativo. O envelhecimento ativo define-se como processo de otimização de oportunidades para a saúde, a participação cívica e a segurança para a melhoria da qualidade de vida no envelhecimento. Dois aspetos parecem influenciar o processo de envelhecimento ativo: suporte social percebido e bem estar-subjetivo. O suporte social percebido define-se como a perceção da presença e disponibilidade de pessoas nas quais podemos confiar. O bem-estar subjetivo é a avaliação global que a pessoa faz da sua vida e da sua experiência. O objetivo deste trabalho é estudar a relação entre suporte social percebido, bem-estar subjetivo e desempenho cognitivo no envelhecimento ativo. Para o efeito, foi seleccionada uma amostra de 32 pessoas com mais de 65 anos numa universidade sénior. Foram aplicadas a Escala de Satisfação com a Vida para aferir o bem-estar subjetivo, a Escala de Satisfação com o Suporte Social para averiguar o suporte social percebido e as Matrizes Coloridas Progressivas de Raven para testar o desempenho cognitivo. Os resultados demonstram que a idade, as habilitações literárias e o suporte social percebido são preditores do desempenho cognitivo. Podemos verificar que a perceção da qualidade do suporte social é central no processo de envelhecimento ativo. Futuramente, o estudo poderá ser replicado com uma amostra maior e mais heterogénea, incluindo participantes de outras atividades sociais.Item Estratégias distrativas na dor crónica: potencialidades das tecnologias digitais(2022) Marques, Rafaela da Silva; Souto, Maria Teresa Soares, orient.A dor crónica corresponde a um fenómeno limitante à escala mundial, caracterizado por uma dor constante e angustiante. A investigação científica e o avanço das tecnologias digitais têm-se focado no estudo da redução do desconforto sentido através do uso de smartphones, tablets e outros dispositivos portáteis. Objetivos: Aplicar um recurso tecnológico, validar a prova de conceito da estratégia distrativa da dor, verificar se existiu alteração na perceção de dor na sequência desta estratégia distrativa e, por fim, verificar se foi efetuada uma escolha preferencial por uma das alternativas propostas na aplicação (jogo ou passeio em cenário virtual). Método: Participaram neste estudo exploratório 4 participantes adultos, com idades compreendidas entre 54 e 59 anos de idade, com o diagnóstico médico de dor crónica e com acesso a smartphone compatível com a aplicação. Os participantes fizeram uso da aplicação Chronic Pain Relief, ao longo de 10 semanas, num total de 16 sessões. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas para obter uma avaliação qualitativa da aplicação. Para analisar qualitativamente os resultados recorreu-se à análise de conteúdo. Os dados quantitativos foram analisados com recurso a análises descritivas e inferenciais. Resultados: Após completarem as sessões, 3 dos participantes relataram uma diminuição da perceção de dor durante a utilização da aplicação, mas não foram observadas diferenças estatisticamente significativas na perceção da intensidade de dor após uso da aplicação. Não foram relatados efeitos adversos ao utilizar a aplicação. Conclusão: Foi possível verificar uma diminuição da perceção de dor em termos subjetivos (feedback solicitado aos participantes). O efeito da aplicação na alteração da perceção de dor varia de participante para participante. Dos 4 participantes no estudo, 3 relataram uma diminuição da perceção de dor e 1 relatou não sentir qualquer alteração na perceção de dor ao utilizar aplicação. Palavras-chave: adultos, dor crónica, estratégias distrativas, tecnologias digitais, smartphone, estudo exploratórioItem Os estudantes universitários e o consumo de substâncias psicoativas(2014) Sousa, Nuno Miguel Cunha de; Souto, Maria Teresa Soares, orient.O consumo de álcool e de outras substâncias psicoativas está cada vez mais patente entre a população universitária (ESPAD 2011). O objetivo do presente trabalho consiste em identificar a prevalência de consumo e quais os motivos associados ao consumo de bebidas alcoólicas e outras substâncias psicoativas, nos estudantes universitários do primeiro ciclo de estudos da Universidade Lusófona do Porto (ULP). Neste estudo participaram cento e noventa e seis (196) estudantes universitários, de diferentes nacionalidades, sendo 52,55% do género feminino e 47,45% do género masculino com a média de idades de 24,27 ano, os quais responderam ao inquérito desenvolvido no âmbito do presente estudo, que permitiu avaliar vários tipos de questões relacionadas com a experiência de consumo de substâncias psicoativas. Os resultados revelaram que 60,20% dos inquiridos já experimentaram algum tipo de droga e que a principal droga utilizada para a primeira experiência, foi o álcool (63,56%), seguido da cannabis (31,36%). No domínio do contexto universitário verificou-se ainda que a primeira experiência teve lugar maioritariamente ainda na frequência escolar (62,71%). Dos cento e dezoito (118) inquiridos que referiram ter já experimentado algum tipo de drogas, 53,39% consome drogas ainda hoje. Foi, também, verificada a existência de consumos de cannabis e de álcool (47,62% e 46,03% respetivamente), sendo estas drogas consumidas semanal e diariamente (58,73% e 31,75%). O prazer (23,81%) e a diversão (20,63%) são os principais motivos apontados para esse consumo. Verificou-se que apenas um terço dos inquiridos suspendeu, pelo menos uma vez, o consumo de drogas (33,33%). Estes valores são preocupantes até porque tendo sido referidas pelos participantes situações que colocaram em risco a vida dos estudantes (12,70%), maioritariamente, as respostas confirmam que a cessação do consumo não é equacionada (60,32%).Item Estudo sobre os benefícios da estimulação cognitiva com recurso à realidade virtual em indivíduos com a doença de Alzheimer numa fase leve a moderada(2020) Santos, Rosália Maria Pinheiro dos; Souto, Maria Teresa Soares, orient.O envelhecimento faz parte do ciclo de vida e, por isso, traz consigo uma série de declínios de ordem fisiológica, sensorial, cognitiva, emocional, etc. Nos últimos anos, de-vido ao crescente envelhecimento da população, a Doença de Alzheimer (DA) converteu-se num problema de grandes proporções a nível médico e social. A avaliação e o tratamento de funções cognitivas são uma área em expansão na reabilitação neurocognitiva e, com os recentes avanços tecnológicos suportados na Realidade Virtual, tem-se tornado um tema crescente de investigação. Nesta lógica , a presente investigação tem como principais objetivos: avaliar o im-pacto da utilização de um programa de Realidade Virtual (RV) na manutenção de funções cognitivas em idosos com Doença de Alzheimer, avaliar também se a fase da doença em que os participantes se encontram tem influência na manutenção do desempenho nas diferentes provas e, por fim, verificar até que ponto o nível de escolaridade pode interferir no desem-penho individual. Com uma amostra de 7 participantes com DA numa fase leve e moderada, numa faixa etária compreendida entre os 72 e os 88 anos, que foram submetidos a 12 sessões de treino num jogo de realidade virtual Systemic Lisbon Battery (SLB). Os resultados sugerem que há um declínio superior nas provas associadas às funções executivas, enquanto que as funções cognitivas se mantiveram preservadas; verificou-se, também, que a fase leve não esteve associada a um melhor desempenho e sim a fase mode-rada; e que um maior nível de escolaridade esteve associado a um melhor desempenho pós sessão de treino. Podemos concluir que a utilização da intervenção cognitiva com recurso à SLB pode ser favorável e recomendada, principalmente na manutenção e preservação de algumas fun-ções cognitivas, tais como: memória, linguagem, orientação e retenção.Item Família + : programa piloto de treino de competências parentais(2018) Rocha, Catarina Oliveira; Souto, Maria Teresa Soares, orient.A promoção da parentalidade positiva tem vindo a ser um dos focos das intervenções psicológicas nos últimos tempos, fundamentalmente pela influência deteminante que esta tem na adaptação de crianças e jovens a uma sociedade cada vez mais exigente. Família + é um programa piloto de treino de competências parentais desenvolvido no Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental (CAFAP) “Entre Famílias”, do Centro Comunitário de Esmoriz. Realizaram-se sessões de grupo e individuais com progenitoras acompanhadas por este serviço, suportada numa abordagem de coaching parental, visando, a transformação e gestão positiva das relações familiares. Para avaliar os efeitos do programa, recorreu-se às Escalas Egna Minnen Betraffande Uppfostrane para Pais (EMBU-P) e para Crianças (EMBU-C) nas versões portuguesas de Canavarro & Pereira (2007), antes e após o desenvolvimento das sessões, avaliando a perceção que as progenitoras têm dos seus próprios estilos parentais educativos, mas também a perceção que os seus filhos têm sobre os estilos parentais educativos das progenitoras. Após 3 meses do fim das sessões e através de uma Entrevista Semi-Estruturada, avaliamos os efeitos do Família + na dinâmica destas famílias. As mudanças mais significativas e expressas pelas progenitoras terão sido a um nível pessoal, de uma mudança de perspetiva enquanto mulheres e mães, sentindo-se mais capazes e valorizadas por si próprias, gerindo mais eficazmente conflitos e tarefas domésticas, aumentando a disponibilidade física e afetiva e melhorando a comunicação na família, através da troca de afetos e da redução da hostilidade e agressividade verbal. Estas mudanças, culminaram com a alteração de algumas práticas educativas, sendo, contudo, uma área em que os resultados não parecem ser tão significativos. A continuidade do programa deverá ser equacionada quer pela motivação e interesse demonstrados pelas famílias, mas também pela necessidade em aprofundar algumas temáticas, clarificando conteúdos e reforçando competências essenciais na redução de risco psicossocial.Item Impacto do diagnóstico de autismo : qualidade de vida e sobrecarga dos cuidadores informais de crianças com Perturbações do Espectro do Autismo(2015) Sousa, Joaquim Ernesto Moura de; Souto, Maria Teresa Soares, orient.A escassez de estudos relacionados com a Qualidade de Vida (QV) e a Sobrecarga em Cuidadores Informais de Crianças com Perturbações do Espectro do Autismo (PEA) foi o fator determinante na realização do presente trabalho, reforçando, assim, a pertinência e carácter inovador do mesmo. Objetivos: pretendemos conhecer o grau de sobrecarga vivenciada pelos cuidadores informais de crianças com diagnóstico de PEA e avaliar o respetivo impacto na qualidade de vida no cuidador. Método: participaram no estudo 37 cuidadores informais, dos quais 59.5% (n = 22) são do sexo feminino e 40.5% (n = 15) do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 29 - 52 anos (M = 40.19; DP = 5.04). Resultados: observou-se que 73% (n = 27) dos participantes evidenciaram sobrecarga. Os dados revelaram que a QV dos participantes se encontra afetada. Verificamos que 73% (n = 27) dos cuidadores informais referem alterações na vida pessoal, desde que passaram a ser cuidadores, referem, ainda, a necessidade de obter apoio institucional, sobretudo, económico e necessidade de mais informação sobre a PEA. Conclusões: Quanto maior a sobrecarga apresentada pelo cuidador informal, pior a qualidade de vida desse cuidador. A presença de uma criança dependente de cuidados especiais pode alterar, de diversas maneiras, a vida do cuidador informal, a estrutura da família e o seu funcionamento.Item Implementação de um Programa de Treino Processual da atenção num Grupo de Idosos(2014) Alves, Ricardo Flávio Lopes; Souto, Maria Teresa Soares, orient.Os défices relacionados com o envelhecimento da função cognitiva e sensorial podem resultar na diminuição dos processos atencionais integrados na função cognitiva. O objectivo do presente estudo consistiu em investigar os efeitos da implementação de um programa de treino processual da atenção num grupo de idosos. Participaram deste estudo 12 pessoas divididas em 2 grupos: Grupo Experimental e Grupo de Controlo. Os seis participantes do grupo experimental receberam 6 semanas de treino da atenção através de um programa de treino específico, utilizando um programa informático construído para o efeito. Os participantes que completaram o programa de intervenção tiveram melhorias em cada um dos domínios da atenção. Além disso, o grupo de intervenção apresentou melhores resultados no desempenho em domínios não-treinados .Item Jovens consumidores de substâncias do distrito do Porto(2014) Neves, Diana Sandrina Ferraz; Souto, Maria Teresa Soares, orient.O presente estudo tem como base uma pesquisa alargada acerca da temática dos consumos de substâncias psicoativas por parte de uma população jovem. Este trabalho não incide propriamente no estudo do fenómeno de consumo problemático das drogas, mas numa caracterização dos indivíduos que consomem substâncias lícitas e ilícitas considerando vários aspetos, desde o tipo e frequência de consumos até aspetos de carácter sócio demográfico, como por exemplo, aspetos relativos aos progenitores. Tendo sempre em conta que não se podem generalizar as características identificadas a toda a população de jovem consumidora de substâncias psicoativas, serão salientadas algumas características dos perfis identificados nos jovens consumidores, tentando perceber se, de algum modo, se encontram elementos/aspetos similares.Item Percepção de saúde: validação do The Health Perceptions Questionnaire para a população portuguesa(2015) Santos, Vanessa Margarida Amorim; Souto, Maria Teresa Soares, orient.Diferentes escalas têm sido desenvolvidas e aplicadas com o objetivo de avaliar na área da saúde, nomeadamente a perceção de saúde do indivíduo. Cada vez mais, esta é uma dimensão de extrema relevância para a intrepretação de outros fatores e variáveis que influenciam o indivíduo e a sua própria saúde. O presente estudo tem como objetivo principal a validação da escala The Health Perceptions Questionnaire (HPQ) para a população Portuguesa. O estudo contou com a participação de um total de 600 indivíduos, de ambos os géneros, com idades compreendidas acima dos dezoito anos e provenientes das mesmas regiões geográficas: Aveiro e Vila Nova de Gaia. A HPQ apresenta 33 itens avaliados numa escala tipo Likert de 5 pontos. Destes 33 itens, 27 formam seis subescalas: saúde atual (9 itens), saúde passada (3 itens), perspetivas de saúde (4 itens), resistência à doença (4 itens), preocupação com a saúde (5 itens) e orientação da doença (2 itens), os seis itens restantes não são usados nas subescalas, cobrem a rejeição na doença e as atitudes em relação a ir ao médico (Davies et al., 1988). Como resultados deste estudo, a análise fatorial confirmatória efetuada ao modelo original do autor, demonstra que não é possível alcançar o objetivo estabelecido, ou seja, concluiu-se que o instrumento não apresenta bons índices de adequabilidade face ao novo modelo fatorial proposto para a população em estudo.Item A Personalidade de utilizadores de Facebook : estudo correlacional de dois inventários de Personalidade(2015) Casaca, Maria Elisabete Pêgas; Souto, Maria Teresa Soares, orient.Este estudo tem como objetivo correlacionar dois instrumentos de avaliação de Personalidade: Inventário de Personalidade (FPI-R) de Freiburg (1970) e Inventário de Personalidade, Forma A (PRF-A), de Jackson (1989) (versão Portuguesa de Investigação), assim como avaliar a respetiva validade convergente, considerando que os referidos questionários, teoricamente se propõem avaliar constructos similares relativos à Personalidade. Pretende-se ainda determinar um perfil de Personalidade do utilizador médio do Facebook. A amostra deste estudo é constituída por 240 utilizadores do Facebook maioritariamente do sexo feminino com uma média de idades de 28.53 anos (DP = 9.23), o estado civil que mais se destacou foi o solteiro (a) ou com namorado (a), a escolaridade com maior prevalência é o 12º ano de escolaridade e licenciatura, a nível das profissões destacam-se trabalhadores e maioritariamente têm hobbies. Os principais resultados levam-nos a concluir que o utilizador Português médio do Facebook tende a ser dominante e valorizar o divertimento. Através da validade convergente foi possível, verificar que o Inventário de Personalidade (FPI-R) de Freiburg (1970) e Inventário de Personalidade, Forma A (PRF-A), de Jackson (1989) (versão Portuguesa de Investigação), e as suas respetivas subescalas se encontram positiva e fortemente correlacionadas.Item Preditores de saúde mental em cuidadores informais portugueses : o papel das estratégias de coping e da orientação positiva para a vida(2023) Simões, Leonardo Teixeira Pereira; Souto, Maria Teresa Soares, orient.O papel do cuidador informal tem-se demonstrado cada vez mais relevante no presente contexto sociodemográfico, tendo o seu número aumentado nas últimas décadas, estando estimado que existam cerca de um milhão e trezentos mil cuidadores informais em Portugal. As estratégias de coping mais utilizadas para lidar com as situações de stress, assim como variáveis mais disposicionais como a orientação positiva para a vida, têm-se evidenciado de enorme pertinência para a compreensão da saúde mental dos indivíduos em diferentes contextos. Objetivo: Analisar a relação entre as estratégias de coping, a orientação positiva para a vida e a saúde mental de um grupo de cuidadores informais portugueses. Método: Este estudo apresenta uma metodologia quantitativa e transversal. Participaram neste estudo 133 CI`s residentes em Portugal com uma média de idades de aproximadamente 52 anos (DP = 16.60), 76.7% dos quais identificam-se como sendo do género feminino. Estes cuidadores prestam, em média, cuidados informais há 6 anos e meio. Resultados: Podemos observar uma associação significativa entre a utilização de determinadas estratégias de coping, a orientação positiva para a vida e as variáveis de distress e bem-estar. Paralelamente verificamos que a positividade e o apoio instrumental revelaram-se preditores significativos do bem-estar; o tempo de cuidado, a positividade, a autoculpabilização e a reavaliação positiva revelaram-se preditores significativos da depressão; a religião, a autoculpabilização e a procura de apoio emocional, revelaram-se preditores significativos de ansiedade; e, por fim, a positividade, a autoculpabilização e a procura de apoio emocional revelaram-se preditores significativos do stress. Podemos observar que a orientação positiva para a vida apresenta ser o preditor que melhor explica os níveis de bem-estar, enquanto as utilizações de determinadas estratégias de coping parecem melhor predizer as variáveis de distress. Conclusão: As estratégias de coping utilizadas e os níveis de positividade demonstram ser essenciais para a compreensão da saúde mental neste grupo de cuidadores informais. Este conhecimento específico contribuirá para o planeamento de intervenções mais informadas e adaptadas às necessidades únicas desta população. Palavras-Chave: Cuidadores Informais, Estratégias de Coping, Orientação Positiva para a Vida e Saúde mentalItem Reconhecimento emocional de faces e de prosódia em pessoas com diagnóstico de esquizofrenia ou outra psicose(2017) Figueiredo, Vanessa Patrícia Valverde; Souto, Maria Teresa Soares, orient.As psicoses são psicopatologias que condicionam todas as esferas de vida do sujeito sendo, por isso, consideradas graves. Uma das áreas mais comprometidas é a capacidade de reconhecimento emocional quer seja através de expressões faciais ou da voz. A compreensão das mesmas são essenciais para um bom desenvolvimento de relações interpessoais e são facilitadoras do processo de reintegração do individuo no meio social. Esta investigação teve como objetivo estudar a capacidade de reconhecer emoções numa população com esquizofrenia ou outra psicose e assim compreender qual das áreas do reconhecimento emocional se encontra mais afetada (visual ou auditiva). Investigou-se, ainda, se o tempo de duração da doença e o tempo de permanência numa instituição de reabilitação influenciam este domínio da cognição social. Recorreu-se a instrumentos que permitem a avaliação desta componente de duas formas distintas, para os estímulos visuais (fotografias) foi utilizado o Radbound Faces Database de Langner e colaboradores (2011), e para os estímulos auditivos o Conjunto de Frases Portuguesas para investigação da Prosódia emocional de Castro e Lima (2010). Concluiu-se que a identificação de emoções através de expressões faciais obteve melhores resultados face à prosódia, sublinhando-se a dificuldade na identificação de emoções negativas em ambas as áreas e a maior facilidade na identificação de emoções positivas. O tempo de diagnóstico não provou ser um fator significativo na capacidade de reconhecimento emocional, contudo a identificação das emoções Nojo e Medo apresentam pior desempenho. O tempo de permanência numa estrutura de reabilitação não influenciou a capacidade de reconhecimento emocional, mas a emoção Surpresa demonstrou ser mais difícil de identificar em indivíduo que se encontram há mais tempo em processo de reabilitação. É, por isso, imprescindível considerar a necessidade de implementação de programas com foco especifico nas tarefas do reconhecimento emocional que auxiliem o individuo com psicose no desenvolvimento desta competência, uma vez que esta tem um forte impacto na adequação das suas interações diárias.Item O treino do reconhecimento das emoções no desenvolvimento das capacidades da Teoria da Mente : um estudo com crianças com Perturbação do Espetro Autista(2014) Santos, Cândida Maria Torrão Moreira dos; Souto, Maria Teresa Soares, orient.As Perturbações do Espetro do Autismo são caracterizadas por uma alteração global do desenvolvimento. Esta alteração é observada, segundo Lorna Wing (1981), em três áreas fundamentais: na comunicação, na interação social e na imaginação. Segundo Baron-Cohen (2009) os défices apresentados na comunicação e na interação social, são consequência de um atraso no desenvolvimento de uma Teoria da Mente (ToM). O modelo da Teoria da Mente sugere que a causa do autismo reside na dificuldade no entendimento das mentes do outro, das suas emoções, sentimentos, crenças e pensamentos. Com base neste modelo, o presente estudo tem como objetivo testar a eficácia de um treino do reconhecimento de emoções e noções de crença falsa (consideradas percursoras da ToM) em crianças diagnosticadas com autismo de alto funcionamento. A amostra foi constituída por nove crianças, oito rapazes e uma rapariga, com idades compreendidas entre os 6 e os 9 anos. Os participantes foram recrutados de uma clinica privada onde têm acompanhamento semanal. Os resultados sugerem uma aprendizagem cognitiva do reconhecimento da expressão facial emocional, assim como, da noção de crença falsa e apontam no mesmo sentido de outros estudos similares já realizados que constam da literatura. Porém o limitado número amostral, bem como a inexistência de um grupo de referência, leva à necessidade de ser prudente nas conclusões a retirar dos desempenhos obtidos.