Cadernos de Sociomuseologia Nova serie 08 - 2016 (Vol. 52) : Museus, Sociomuseologia e Fenomenologia
URI permanente para esta coleção:
Navegar
Percorrer Cadernos de Sociomuseologia Nova serie 08 - 2016 (Vol. 52) : Museus, Sociomuseologia e Fenomenologia por data de Publicação
A mostrar 1 - 5 de 5
Resultados por página
Opções de ordenação
Item Trabalho e precarização nos museus brasileiros: uma análise introdutória(Lusofona University, 2016) Miquéias, Wagner; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoEste estudo é uma reflexão inicial sobre a situação do trabalhador museólogo no Brasil e está nos marcos da Sociologia do Trabalho. Utilizo dados da pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), Museus em Números, para visualizar a situação dos museólogos nas instituições museológicas brasileiras, localizando tal situação num cenário econômico nacional e internacional. Desenvolvo uma breve incursão nas reflexões contemporâneas sobre o mundo do trabalho e suas transformações, pretendendo, com isso, escolher certas categorias para caracterizar os museólogos e compreendê-los no mundo de trabalho. Privilegiarei, aqui, os estudos dos sociólogos brasileiros Ricardo Antunes e Ruy Braga e do economista inglês Guy Standing, pois tratam do tema da precarização do trabalho combinando os referenciais da Economia Política e da Sociologia do Trabalho.Item Museus-Casas: Um Olhar Fenomenológico(Lusofona University, 2016) Câmara, Ana Zarco; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoO objetivo da comunicação é elaborar, tendo em vista a espacialidade própria aos museus-casas, uma investigação de caráter fenomenológico. Tal caráter se desvela através da consideração de todo e qualquer objeto como dotado de uma infinidade de significações, que somente se delimitam no instante em que este entra em relação. Nosso ponto de partida é a duplicidade do objeto “museu-casa”: enquanto objeto voltado para o habitante da casa e suas construções de sentido; e enquanto objeto voltado para o olhar e as expectativas do visitante da casa, daquele que perscruta a fronteira movediça e intangível, que separa e reúne tempos, espaços e significâncias tecidas pela relação casa-morador-visitante. É sabida a impossibilidade de se reconstruir com fidelidade absoluta e inconteste a “aura” da casa de outros tempos, assim como sabe-se da atual tendência a afastar o objetivo do museu-casa de tais pretensões. A ausência dos moradores e o deslocamento espaço-temporal são alguns dos fatores que impedem um olhar direto à casa per se. Apesar deste distanciamento tomado da casa em sua dinâmica própria, há um fator considerado privilegiado quando se trata das relações entre os ambientes re-encenados e o visitante, por concernir ao próprio do museu-casa: a intimidade evocada. Aquilo que diferencia o museu-casa de outros museus e que estimula, no visitante, uma receptividade peculiar, a saber, a curiosidade por conhecer, ainda que deslocados de seu espaço-tempo e movimento próprios, os espaços secretos de uma personagem histórica. Ao contrário dos elementos revelados pelo habitante da casa, que pertencem ao âmbito do público e exposto, temos com o museu-casa, a oportunidade de acessar o universo íntimo do morador, recriando o dado, re-colorindo os ambientes. Sob este aspecto, a casa aberta à visitação se revela como plataforma propícia a um estetizar que faz dos objetos expressões, assim como faz do visitante artista ativo do espaço íntimo.Item Entre silêncios e esquecimentos: o Museu do Homem Sergipano, Brasil (2009-2013)(Lusofona University, 2016) Mello, Janaina Cardoso; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoO Museu do Homem Sergipano (MUHSE), vinculado à Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Universidade Federal de Sergipe (UFS), iniciou suas atividades em novembro de 1996, ocupando até 2013 um prédio histórico em Aracaju/SE/Brasil. Sua exposição de longa duração foi extraída do livro “Textos para a História de Sergipe” (1991). O museu encontrou sua vocação na ação educativa voltada para o público escolar (Nunes, 2010:70). Desde 02 de maio de 2011, o museu foi fechado à visitação em razão da deterioração dos edifícios. O objetivo desse trabalho, em meio ao processo de ressignificação pelo qual o MUHSE passa desde 2014, busca historicizar os processos desenvolvidos na instituição entre os anos de 2009 e 2013. Diante da nova proposta de redirecionamento museal, sobretudo da ressemantização da instituição, questiona-se de que forma a Nova Museologia ou a Museologia Social poderia servir como bússola para apontar o horizonte. Entre memória e esquecimento, não seria melhor realizar a salvaguarda do patrimônio com respeito e atenção à contribuição de discentes, docentes, visitantes, gestores e vizinhos ao espaço museal? O trabalho parte da observação participativa de documentos (Portarias e Resoluções institucionais) e ações no museu estudado, bem como das leituras de Mário Moutinho, Paul Ricoeur, Pierre Nora, dentre outros.Item The Afro Brazil Museum: its approach and contribution to the representation of Afro-Brazilians in modern Brazil(Lusofona University, 2016) Rocha, Jessica Norberto; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoO presente artigo aborda o contexto, a história e as principais realizações do Museu Afro Brasil. O Movimento Negro Unificado (MNU) foi criado em 1978 em São Paulo e foi considerada fortemente esquerdista na orientação e mais militante do que qualquer dos seus antecessores. Como se afirma no texto Protesto Preto, em São Paulo, o movimento foi uma forte expressão de insatisfação entre os instruídos e qualificados afro-brasileiros negaram entrar no status de classe média. O Afro Brasil Museu abriu em 23 de outubro de 2004 como um resultado de mais de duas décadas de intensa pesquisa, publicações, exposições e a dedicação de seu atual diretor e curador Emanuel AraújoItem Museologia social: apontamentos históricos e conceituais(Lusofona University, 2016) Tolentino, Átila Bezerra; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoO presente artigo pretende apresentar uma breve trajetória histórica e conceitual sobre o campo da museologia social e da Sociomuseologia. A discussão procura identificar como as reflexões e os debates na área impactaram no fazer museológico, com a criação de museus comunitários e a ressignificação das narrativas e práticas museológicas dos museus já existentes, como também nas reflexões teóricas que se travavam no campo da museologia. Ainda se propõe a problematizar as interfaces e diferenças entre o que vem a ser museologia social e Sociomuseologia, bem como os dilemas e conflitos no campo acadêmico a que está sujeita essa linha de reflexão.