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Percorrer ISS - Instituto de Serviço Social por assunto "ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL"
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Item O acolhimento de emergência de crianças e jovens em perigo na perceção das adolescentes(2013) Paolo, Elizabeth Gaspar di; Andrade, Marília de Carvalho Seixas, orient.A presente dissertação contribui para a compreensão das vivências associadas ao acolhimento numa casa de acolhimento de emergência (CAE) de um grupo de adolescentes, retiradas às famílias por se encontrarem em situação de perigo iminente de vida. O estudo centra-se na análise categorial das narrativas das adolescentes, pretendendo-se caracterizar as suas percepções face ao acolhimento de emergência através da captação de expressões verbais e não verbais. O desafio foi construir uma gramática do sentir e do pensar que revelasse os significados que as jovens atribuem à retirada do contexto familiar e a eventual repercussão da experiência de acolhimento ao nível da qualidade de vida e bem estar. Trata-se de uma pesquisa exploratória que seguiu uma metodologia qualitativa, procurando fazer uma abordagem interpretativa do objeto de estudo. No decurso da pesquisa empírica, através de entrevistas, de elaboração de colagens e recortes de revistas e da realização de focus group, os discursos das adolescentes foram ganhando voz, deixando emergir as representações construídas em função das experiências e vivências das jovens. Através da construção de categorias e subcategorias de análise, foi possível captar a importância do acolhimento e das relações de afeto e de suporte na CAE. Foi possível entender a auto-perceção ou consciência de si e os desafios colocados pelas perspetivas futuras, estando estas relacionadas com os contextos de vida já vividos ou sonhados. Foi possível perceber através da análise dos testemunhos recolhidos que, ainda que não exista uma clara perceção da dimensão do perigo a que estavam expostas, a noção de perigo parece ser clara para as jovens. Manifestando acima de tudo o desejo de voltar a estar com a família, e Independentemente de não compreenderem e não aceitarem as causas que levaram à decisão de acolhimento, as adolescentes preferem permanecer na CAE em prejuízo de terem de mudar de instituição. Os tempos e modos de retirada dos contextos de vida, a separação e o sentimento de perda da família e a entrada na CAE, corresponderam a alguns dos momentos mais críticos das narrativas discursivas das adolescentes. Pode concluir-se que apesar do desgosto de estarem fora do contexto familiar, existe entre as jovens o sentimento de que a CAE permite um imediato e oportuno acolhimento face a inaceitáveis perigos, mas impõe um aprisionamento e impasse temporal vivencial incompatíveis com a necessidade de estabilização e de autonomia imprescindíveis a uma adolescência saudável.Item O acolhimento em lar de pessoas idosas com demência e a prestação de cuidados(2016) Mestre, Alexandra de Brito Lacerda Cristiano e ; Vieira, Isabel, orient.O envelhecimento populacional é uma questão em destaque; comprovam-no as estatísticas e o elevado número de publicações nesta área. Do aumento generalizado do número de Pessoas Idosas institucionalizados emerge a necessidade de conhecer e compreender melhor o acolhimento da pessoa idosa com demência no Lar ASAS. O presente estudo explora, assim, o que é o envelhecimento e velhice; a demência – doença mental; a Prestação de Cuidados e os Cuidadores, e o acolhimento social, segundo a opinião das pessoas idosas residentes. O objetivo primordial desta investigação é analisar O Acolhimento em Lar de Pessoas Idosas com Demência e a Prestação de Cuidados, a partir da observação, da experiencia das ajudantes de ação direta e da opinião das pessoas idosas residentes. A investigação desenvolveu um estudo de caso, exploratório, numa instituição de Lisboa; aplicaram-se questionários a 10 utentes da instituição e 6 entrevistas semi-diretivas às ajudantes de ação direta da ASAS – Associação para Serviços de Apoio Social. A Metodologia seguida foi a qualitativa, numa abordagem compreensiva para a identificação das práticas de cuidados quotidianos. Os resultados apresentam que os utentes, no geral, encontram-se satisfeitos com a prestação de cuidados a que estão sujeitos e mostram, igualmente, que a relação com as ajudantes de ação direta é estruturante para a sua segurança e conforto. Na opinião das AAD como cuidadoras, estas mostram-se satisfeitas com o serviço prestado ás pessoas idosas, mas dizem que necessitam de mais conhecimentos sobre a especificidade e particularidades das pessoas com demência, a fim de sentirem uma maior segurança no seu desempenho e prestarem serviços de melhor qualidade.Item A arte na intervenção com crianças e jovens com medida de acolhimento residencial : D’AR-TE(Editorial Dykinson, 2021) Gameiro, Fátima; Ferreira, Paula Isabel Marques; Almeida, Miriam; Pedro, Ana; Instituto de Serviço SocialItem O efeito da arte e do desporto na diminuição de comportamentos agressivos em crianças e jovens com medida de acolhimento residencial(Dykinson S.L., 2023) Ros, Simone Chaves; Gameiro, Fátima; Pedro, Ana; Santos, Joana; Instituto de Serviço SocialNo âmbito da promoção de competências pessoais e sociais, a Casa de Acolhimento da Santa Casa da Misericórdia de Santarém/PT, nas suas Unidades Residenciais, Primeiro Passo e Lar dos Rapazes, encontra-se a desenvolver o projeto D’AR-TE, que contempla a promoção bissemanal do desporto e das oficinas de artes e de habilidades psicossociais, com o objetivo de contribuir para a prevenção da (re)incidência de comportamentos agressivos, entre crianças e jovens institucionalizados. O objetivo principal da investigação foi analisar a dinâmica fisiológica, afetiva e comportamental de dezasseis crianças e jovens com medida de acolhimento residencial antes e após um ano de participação no projeto D’AR-TE. É uma investigação quantitativa, centrada no paradigma positivista. Foca-se na análise de dados, utilizando a estatística analítica. Foi definida como variável independente a participação no projeto D’AR-TE e como variáveis dependentes assertividade/perceção de agressividade, comportamentos de agressão, perceção de suporte social da família e dos pares, autoestima, autoconceito e níveis de cortisol. As modalidades de investigação realizadas foram intervenção/observação; recolha de sangue para análise clínica do cortisol e seis inquéritos por questionário (Escala de Comportamentos Assertivos para crianças- CABS, Questionário de Agressividade- AQ, Escala de Medida de Perceção do Suporte Social dos Amigos- PSS-Am e da Família- PSS-Fam, Escala de Autoconceito de Piers-Harris-PHCSCS-2 e a Escala de Autoestima de Rosenberg-RSES), aplicados em quatro encontros com cada participante antes e após um ano de participaçção no projeto. Foi também implementado uma Grelha de Observação de Comportamentos Agressivos (GOCA), com o objetivo de registar os comportamentos agressivos dos indivíduos ao longo do ano de projeto. Para a análise dos dados recorreu-se à estatística não paramétrica de duas amostras emparelhadas, utilizando o teste Wilcoxon. Os resultados evidenciaram a diminuição de comportamentos agressivos, bem como o aumento da autoestima após a participação no projeto D’AR-TE. O autoconceito, a perceção de suporte social dos pares e da família e os valores de cortisol não revelaram alterações estatisticamente significativas. Como conclusão, podemos afirmar, que a participação no projeto D’AR-TE, mais concretamente a frequência bissemanal das oficinas de arte, desporto e habilidades sociais ao longo de um ano promoveram o aumento da autoestima e a diminuição de comportamentos agressivos ao provocarem uma (re)organização psíquica mais saudável, permitindo aos indivíduos ressignificar conceitos e atitudes. De acordo com os resultados desta investigação, revela-se imprescindível que a oferta de um ambiente adequado ao desenvolvimento das crianças e jovens acolhidos, inclua dinâmicas/atividades que promovam a arte, o desporto e as habilidades psicossociais de confiança, autonomia, iniciativa, auto valor e empatia que promovam a resiliência individual e social e, indiretamente, diminuam os comportamentos agressivos.Item O efeito da arte e do desporto na dinâmica afetiva e comportamental de crianças e jovens com medida de acolhimento(2022) Ros, Simone Chaves; Gameiro, Fátima, orient.No âmbito da promoção de competências pessoais, relacionais e sociais, a Casa de Acolhimento da Santa Casa da Misericórdia de Santarém, Unidades Residenciais, Primeiro Passo e Lar dos Rapazes encontram-se a desenvolver o projeto D’AR-TE, que contempla a promoção bissemanal do desporto e das artes. Esta investigação tem como objetivo analisar o efeito da participação no projeto na dinâmica fisiológica, afetiva e comportamental de crianças e jovens em perigo com medida de acolhimento residencial participantes nas oficinas do projeto. A investigação foi desenvolvida a partir do contacto direto com 16 rapazes, com idades compreendidas entre os 6 e os 20 anos, dividida em encontros grupais e individuais. Foram aplicadas, no início e 7 meses depois, a Escala de Comportamentos Assertivos para crianças (CABS), o Questionário de Agressividade (AQ), as Escalas de Medida de Perceção do Suporte Social dos Amigos (PSS-Am) e da Família (PSS-Fam), a Escala de Autoconceito de Piers- Harris (PHCSCS-2) e a Escala de Autoestima de Rosenberg (RSES). Foi também implementado, no primeiro e no sétimo mês do D’AR-TE, uma Grelha de Observação de Comportamentos Agressivos (GOCA), com o objetivo de registar os comportamentos dos indivíduos ao longo da intervenção. Os resultados evidenciaram alterações estatisticamente significativas na diminuição de comportamentos agressivos e no aumento da autoestima, após a participação nas oficinas de Artes e Desporto do projeto D’AR-TE. Em relação à perceção de assertividade e de agressividade, ao autoconceito, à perceção de suporte social dos pares e familiares e aos níveis de cortisol, apesar de na maior parte das dimensões avaliadas os resultados serem positivos, não se revelaram ainda melhorias estatisticamente significativas. Conclui-se que os sete meses de participação no D’AR-TE já revelou efeitos positivos, potenciando a autoestima e a diminuição de comportamentos agressivos das crianças e jovens. Palavras-chave: D’AR-TE; Arte; Desporto; Autoconceito; Autoestima; Perceção Social; Violência; Cortisol; Crianças e Jovens; Acolhimento Residencial.Item Famílias de acolhimento(2023) Caeiro, Íris Alexandra Brito; Instituto de Serviço Social; Marques, Jacqueline FerreiraAo contrário de alguns dos seus congéneres europeus, Portugal tem vindo a adotar uma prática generalizada de institucionalização de crianças e jovens em situações de perigo. A aparente incoerência entre as alterações ao quadro legal e a baixa representatividade do acolhimento familiar em Portugal faz com que a presente investigação seja não apenas pertinente, como oportuna e atempada. A investigação tem como objetivo principal analisar a perceção dos profissionais das entidades de enquadramento relativamente ao acolhimento familiar como medida de colocação. Nesse sentido, foram aplicados inquéritos por questionário a profissionais que trabalham nas entidades de enquadramento do sistema do acolhimento familiar. A amostra é composta por 14 profissionais – uma presidente, duas diretoras, duas coordenadoras, sete psicólogas, uma educadora social, e uma assistente social. As respostas aos inquéritos evidenciam uma perceção positiva sobre a medida de acolhimento familiar, demonstrando diversas potencialidades desta medida de colocação e, em simultâneo, as fragilidades sobre a sua execução. Apesar de não ser possível afirmar que a amostra é representativa da população, as respostas das intervenientes às diferentes questões contribuem com perspetivas úteis para entender quais as medidas necessárias para inverter a tendência de institucionalização, que afeta milhares de crianças e jovens em Portugal. Palavras-chave: Acolhimento Familiar; Crianças e Jovens em perigo; Situações de Perigo; Medida de Colocação; Acolhimento ResidencialItem O homem vítima de violência doméstica : perspetiva da vítima e do técnico especializado(John Wiley and Sons Ltd, 2022) Antunes, Daniela Hammes Castro; Rodrigues, Miguel Oliveira; Instituto de Serviço SocialEste artigo apresenta-nos um estudo que procurou caracterizar socio-afetivamente o homem vítima de violência doméstica em situação de acolhimento em Portugal, e identificar a perceção do Técnico de Apoio à Vítima (TAV) face a violência doméstica contra os homens. Utilizamos uma abordagem metodológica qualiquantitativa, recorrendo a instrumentos diferenciados na recolha de dados, a entrevista semiestruturada e o inquérito por questionário. A amostra compreende dois grupos, oito homens vítimas de violência doméstica acolhidos na “Casa Abrigo para Homens” e 30 TAV da APAV. Alguns dos resultados mais relevantes obtidos demonstram que a maioria dos homens vítimas da violência doméstica apresentam algum tipo de fragilidade física, demonstram muita resistência à denúncia, e o sentimento de medo, humilhação e vergonha persistem na maioria dos casos. A caracterização e perfil destas vítimas em contexto nacional comprovou ainda ser desconhecida, nomeadamente pelos próprios técnicos especializados na matéria. Os apoios disponíveis para esta vítima masculina não são equivalentes com os que existem para a mulher.Item A new management da intervenção social : perceção dos riscos psicossociais e ambientais no acolhimento social e os fatores de bem-estar para os interventores sociais(Edições Universitárias Lusófonas, 2023) Oliveira, Fátima; Instituto de Serviço SocialEste artigo apresenta uma análise da relação dos riscos psicossociais, destacando-se a gestão da intervenção, quadro teórico que fundamenta alguns dos fatores analisados na investigação de doutoramento, que pretende aferir as condições laborais no contexto de ação dos interventores de 1ª linha no acolhimento social. Para obter estes dados, foi aplicado um questionário, de modo a obter informações da perceção dos assistentes sociais nos aspetos diversos do seu quotidiano profissional, que influem sobre a sua saúde e bem-estar[1]. Conclui-se que é necessário habilitar os profissionais com estratégias de stress-coping, como: engagement - pela análise de experiências positivas e condições favoráveis ao bem estar em meio laboral (Extremera et.al., 2005; Gonçalves, 2020); coping (adaptação a circunstâncias e situações); supervisão; acionar um (bom) suporte social; bem como trabalhar e aplicar na prática características individuais e mecanismos de libertação fisiológica, complementada por uma postura resiliente e de locus de controlo, de adaptação à mudança, na superação de obstáculos e de resistência à pressão (Gonçalves, 2020, p.28; Fernandez-Barrocal, 2021).Item A perceção das crianças e jovens sobre a medida de proteção de colocação em acolhimento residencial e possibilidade(s) de participação no processo(2016) Varela, Patrícia Alexandra Gomes; Vieira, Sandra Regina Alexandre Ferreira, orient.A presente dissertação foi realizada no âmbito do Mestrado em Serviço Social, na especialização de Riscos e Violências nas Sociedades Atuais - Análise e Intervenção Social. Num período em que se fala e se promove muito o superior interesse da criança, a vontade de dar “voz” às crianças levou-nos a procurar perceber a sua perceção sobre a medida de proteção de colocação em acolhimento residencial e sobre as possibilidade(s) da participação das mesmas no processo. Desta forma, surge este trabalho de investigação, de cariz exploratório, sustentado numa metodologia qualitativa e tendo por objeto de estudo os jovens em acolhimento no Centro de Acolhimento Quinta dos Fidalgos. Como instrumentos de recolha de dados, para além da utilização da técnica de entrevistas com guiões semi-estruturados, foram explorados dados recolhidos a partir dos processos individuais das crianças e jovens. Ao longo dos discursos/das conversas ficou claro que as crianças e jovens consideraram-se em situação de risco/perigo antes do acolhimento, conseguindo identificar alguns dos motivos que os conduziram à medida de acolhimento. No entanto, se fosse uma decisão que estivesse nas suas mãos, quatro dos cinco jovens entrevistados acreditam que não aplicariam esta medida de acolhimento apesar de atualmente perceberem que foi uma medida necessária. Relativamente à participação no Projeto de Vida as crianças consideram que têm participado no mesmo. No entanto, a forma de participação é considerada numa dimensão passiva, na medida em que passa pelo cumprimento das regras que lhes são indicadas. Dois dos cinco jovens entrevistados referem que participam através do cumprimento das regras do CAT, outros dois dando a sua opinião sobre o Projeto de Vida e, por último, um dos cinco jovens considera que saber o que se passa com o seu processo também é uma forma de participação. Assim, através desta investigação focalizamos a nossa atenção no domínio do superior interesse da criança, colocando-a no centro da investigação social, procurando que seja este o procedimento a seguir por todos aqueles que diariamente trabalham em prol de uma sociedade pautada pelos direitos das suas crianças.Item O percurso de jovens para a autonomização(2022) Baptista, Rute Candeias; Marques, Jacqueline, orient.O presente estudo aborda o processo de autonomização de jovens em situação de perigo inseridas na resposta social de acolhimento residencial e apartamento de autonomização da Associação de Proteção à Rapariga e à Família (AIPAR). Com o estudo pretendeu-se conhecer a perceção das jovens em relação ao seu processo de autonomização das jovens. Tratou-se de um estudo descritivo de natureza mista. A recolha de dados foi laborada a partir de inquérito por questionário a nove jovens, do género feminino, que se encontram acolhidos na AIPAR. Os principais resultados obtidos na presente investigação permitiram concluir que a maioria das jovens se encontrava com expetativas para o momento da saída da instituição, no entanto, com a consciência de que as ajudas exteriores vão ser um apoio para o futuro. A participação na elaboração do seu projeto de autonomização foi referida pela maioria das jovens. A maioria tem como ambição ter um trabalho, continuar a estudar, ter uma família e, por fim, ter uma casa. As jovens consideram que desenvolveram um conjunto de competências que as capacita para a sua saída da instituição e autonomização, nomeadamente para as diferentes realidades diárias, para o mercado de trabalho e para o desenvolvimento da resiliência e da capacidade de lidar com os obstáculos, contratempos e sucessos após a saída da instituição.Item O perfil de competências do Assistente Social em contexto de acolhimento residencial(Editorial Dykinson, 2021) Florêncio, Micaela Paulo; Gameiro, Fátima; Ferreira, Paula Isabel Marques; Instituto de Serviço SocialDe acordo com a literatura não existe uma identificação específica, nem nacional nem internacional, das competências que devem reger a formação/intervenção dos profissionais que trabalham na área da infância e juventude, mais especificamente no acolhimento residencial. Como forma de dar resposta a esta lacuna foi desenvolvido um estudo no qual se pretendeu identificar as competências que se conferem como necessárias aos assistentes sociais para a intervenção com crianças e jovens com medida de acolhimento residencial de acordo com as categorias do modelo teórico de Le Boterf (2003) a saber: os saberes; os saberes-fazer e os saberes ser/agir. A amostra foi composta por 37 especialistas, licenciados em Serviço Social que intervêm com crianças e jovens com medida de acolhimento residencial em Portugal, quer continental quer arquipélagos. Foi utilizada a metodologia quali-quantitativa recorrendo ao método Delphi através de três fases: 1ª fase) perguntas de resposta aberta, 2ª fase) perguntas com resposta com escala tipo likert (5 níveis) e 3ª fase) perguntas de resposta binária. O trabalho de campo decorreu entre 2 de março e 14 de junho de 2020. A partir da análise dos resultados identificou-se um conjunto de competências necessárias ao perfil do assistente social, distribuídas pelas três categorias identificadas por Le Boterf. Embora seja um estudo exploratório poderá constituir-se como uma referência a ser replicada em outras áreas de intervenção social. PALAVRAS-CHAVE: Serviço Social ; Acolhimento Residencial ; Crianças e Jovens em Perigo ; Competências ProfissionaisItem Prática de judo e comportamento agressivo em crianças e jovens com medida de acolhimento residencial(Dykinson S.L., 2023) Jorge, Rogério; Gameiro, Fátima; Pedro, Ana; Almeida, Miriam; Instituto de Serviço SocialO judo tornou-se uma atividade popular para os jovens pelo mundo inteiro e mais recentemente têm havido esforços para introduzir este desporto em contextos educacionais e de reabilitação. No âmbito do projeto D’AR-TE, promovido pela Santa Casa da Misericórdia de Santarém, crianças e jovens em perigo com medida de acolhimento residencial, iniciaram o treino de judo, orientado por um mestre federado, durante 1 hora e 30 minutos, duas vezes por semana. Este estudo longitudinal teve como objetivos conhecer a perceção das crianças e jovens relativamente à prática de judo e avaliar a relação entre esta prática e os comportamentos agressivos nas crianças e jovens em acolhimento residencial, com avaliação no início da prática e três meses depois. Participaram quatro crianças e dez jovens do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 7 e os 21 anos, que integram duas respostas residenciais da Casa de Acolhimento. Para a execução dos objetivos utilizou-se uma orientação metodológica mista, quantitativa e qualitativa dos dados. Como instrumentos foram utilizados uma grelha de observação dos comportamentos de agressão (GOCA) preenchida pelos elementos das equipas educativa e técnica das unidades residenciais sempre que se verificava a ocorrência de um comportamento de agressão (físico, verbal e contra equipamento) e uma entrevista semiestruturada que avaliava a perspetiva pessoal da criança e jovem relativamente à relação da prática de judo durante três meses e a mudança nos comportamentos de agressão ao nível físico, verbal e contra equipamentos. Os resultados demonstram que após três meses de prática de judo, as crianças e jovens em acolhimento residencial manifestam perceções mais positivas relativamente à influência desta prática a nível comportamental e apresentam menos comportamentos de agressão física. Conclui-se que a prática de judo é percecionada pelas crianças e jovens como uma modalidade positiva relativamente ao ajustamento comportamental e revela-se como uma ferramenta útil na diminuição dos comportamentos de agressão nas crianças e jovens com medida de acolhimento residencial.Item Proteção das crianças e jovens em risco em contexto de acolhimento residencial : O projeto D’AR-TE(Editorial Dykinson, 2021) Gameiro, Fátima; Ferreira, Paula Isabel Marques; Pedro, Ana; Bermúdez Vázquez, Manuel; Instituto de Serviço SocialAcolher crianças e jovens em perigo é minimizar o perigo de não se ligarem, de não aprenderem a aprender e de não aprenderem a retirar prazer do desafio que é crescer. Na atualidade, as casas de acolhimento residenciais (CAR) confrontam-se com muitas limitações, logo urge a diferenciação, inovando. O D’AR-TE é um projeto piloto ao nível do modelo de intervenção em CAR, que pretende ser uma resposta inovadora, com integração sistémica de um conjunto de atividades de estimulação que visam o fomento de competências pessoais, de socialização interpessoal e de estímulo das relações. As atividades do D’AR-TE, dirigidas a 24 crianças e jovens em CAR, situam-se em torno de 2 eixos. O eixo “Promover o EU” inclui o Desporto (Judo e Ioga); um espaço de Arte (teatro/curta-metragem, música e expressão corporal/dança) e a Realidade Virtual (criação, desenvolvimento e utilização de ferramentas inovadoras de realidade virtual para promoção de funções executivas). O eixo “Promover o NÓS”, integra atividades grupais, com famílias (eficácia da partilha, comunicação assertiva pais-filhos e estabelecimento de fronteiras educativas) e com pares não institucionalizados (atividades desportivas, artísticas e recreativas que potenciem quebras de ciclos de isolamento relacional e social e diminuam o estigma social da institucionalização). A avaliação será desenvolvida em dois níveis. A nível intra-sujeito, no início e no fim do projeto, centrada em três domínios: comportamental (ocorrência de comportamentos agressivos na CAR e na escola; comportamento alimentar; utilização de psicofármacos, integração em consultas de especialidade; processos tutelares educativos e crime; notas escolares); fisiológico (níveis de cortisol) e cognitivo e emocional (competências individuais, relacionais e académicas; perceção de agressão, de suporte social; de autoconceito, de autoestima, de práticas parentais; avaliação do bebé; avaliação neuropsicológica). O segundo nível será inter-grupos, em que serão comparadas quatro CAR (duas que integram o D’AR-TE e outras duas que se constituirão como grupo de controlo). Pretende-se no final do projeto elaborar um manual de boas práticas e apresentar um modelo passível de ser replicado noutras CAR. PALAVRAS-CHAVE : Acolhimento Residencial; Crianças e Jovens em Perigo; Modelo de IntervençãoItem Reaprender a confiar : o perfil de competências do assistente social em contexto de acolhimento residencial(2020) Florêncio, Micaela Paulo; Gameiro, Fátima, orient.Os profissionais que trabalham na área da infância e juventude, mais especificamente no acolhimento residencial, devem reger-se por um conjunto de boas práticas, sendo estas essenciais porque o trabalho desenvolvido com esta população exige além da formação base, uma especialização e contínua na área. Da pesquisa efetuada não existe uma identificação, nem nacional nem internacionalmente, das competências que devem reger a sua formação/intervenção. O universo da investigação são os especialistas assistentes sociais que intervêm com crianças e jovens com medida de acolhimento residencial em Portugal, quer continental quer arquipélagos. A amostra é de 37 especialistas, licenciados em Serviço Social. Foram definidos como objetivos conhecer as competências que se conferem como necessárias aos assistentes sociais para a intervenção com crianças e jovens com medida de acolhimento residencial de acordo com as categorias (os saberes; os saberes-fazer e os saberes ser/agir) do modelo teórico de Le Boterf (2003). Foi utilizada a metodologia quali-quantitativa recorrendo ao método Delphi. Com a análise de conteúdos e dos dados estatísticos recolhidos nos inquéritos por questionário, delimitou-se, após um grau de concordância entre os especialistas, um perfil final de competências necessárias ao assistente social para realizar uma intervenção eficiente com as crianças e jovens com medida de acolhimento residencial.Item Suporte social percebido em crianças e jovens portugueses em diferentes tipologias familiares e acolhimento residencial.(Departamento de Investigação & Desenvolvimento do Instituto Superior Miguel Torga, 2023-04) Ferreira, Paula Isabel Marques; Gameiro, Fátima; Pedro, Ana; Instituto de Serviço SocialContextoe Objetivo: O suporte social pode ser um fator protetor para crianças/jovens, reduzindo os efeitos do stress e melhorando a estabilidade psicoemocional e relacional. Este estudo teve como objetivo conhecer o suporte social percebido em crianças e jovens portugueses e entender como é influenciado pelo contexto familiar/residencial em que vivem. Métodos: Foram aplicadas as Escalas de Perceção de Suporte Social de Amigos e Família (PSS-Par e PSS-Fam), presencialmente e através do Google Forms, a 250 crianças e jovens entre 10 e 21 anos(M=16,4 anos), 25,2% em acolhimento residencial, 51,6% em famílias nucleares intactas, 13,2% em famílias monoparentais e 10,0% em famílias reconstituídas, maioritariamente do sexo feminino (55,2%). Resultados: As crianças/jovens em acolhimento residencial percecionaram menor suporte social pelos pares do que as demais (p< 0,05). As crianças/jovens em acolhimento percecionaram menor suporte social familiar do que os que viviam em famílias nucleares intactas(p< 0,05). Conclusões: Estes resultados evidenciam a importância de garantir suporte social adequado em crianças/jovens como fator protetor do desenvolvimento psicoemocional, relacional e social, especialmente às integradas em acolhimento residencial e famílias reconstituídas. Palavras-Chave: Suporte social; Perceção; Crianças; Jovens; Tipologia familiar; Acolhimento residencial; Estudo quantitativo