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Percorrer FPED - Faculdade de Psicologia, Educação e Desporto por assunto "ABUSO DE SUBSTÂNCIAS"
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Item Relação entre experiências adversas na infância e abuso de substâncias(2023) Sousa, Sara Catarina Ribeiro de; Pinto, Ricardo José Martins, orient.Objetivo: Este estudo investigou a relação entre as experiências adversas na infância (EAI) e comportamentos de risco, mais especificamente no abuso de substâncias em adolescentes. A maior parte da evidência desta relação baseou-se em amostras de adultos e da comunidade, pelo que o presente estudo teve como novidade a utilização de uma amostra de adolescentes com história de EAI. Método: A amostra deste estudo foi composta por 189 participantes, a média foi de 16 anos (DP=1.23), variando entre os 13 e os 18 anos. Relativamente ao sexo dos participantes, 95 eram do sexo feminino e 94 do sexo masculino. Resultados: De maneira a entender que experiências adversas eram correlacionadas com o abuso de substâncias, recorreu-se ao programa SPSS e os resultados demonstraram que das 10 adversidades, apenas 7 foram associadas à variável predita (abuso de substâncias): Abuso emocional (r=.277 , p<.001), abuso físico (r=.293 , p<.001), abuso sexual (r=.224 , p<.002), negligência física (r=.227 , p<.002) negligência emocional (r=.161 , p<.028), abuso de substâncias no ambiente familiar (r=.281 , p<.001) e perturbação mental ou suicídio no ambiente familiar (r=.151 , p<.039). Estas 7 adversidades foram incluídas numa análise de regressão, tendo sido apenas a negligência física o único preditor estatisticamente significativo (β=.153, t(2.097 )= 1.128). Conclusões: Embora a maior parte das EAI estejam correlacionadas com o consumo de substâncias, os profissionais que trabalham na Justiça Juvenil e proteção de crianças e jovens devem estar atentos à negligência física como um fator de risco para o consumo de substâncias. Por conseguinte, para além de identificar e intervir na negligência física, estes profissionais devem procurar intervir nas crenças que poderão surgir em consequência, nomeadamente ao nível da autoestima e autoconceito. Embora estas variáveis não tenham sido avaliadas neste estudo, a discussão avança para a hipótese que poderão ser os mecanismos para explicar a relação entre as EAI e o abuso de substâncias na adolescência. São sugeridos futuros estudos para testar esta hipótese.Item Relação entre experiências adversas na infância e adição química na vida adulta : uma revisão sistemática(2020) Machado, Micaela Alexandra da Silva; Moura, Andreia de Paiva Ribeiro de, orient.A literatura tem vindo a corroborar uma relação significativa entre as experiências adversas na infância e a adição química na vida adulta. Pelo que, esta revisão sistemática pretendeu rever a investigação produzida até ao momento sobre estas variáveis-alvo, bem como potenciais efeitos preditores e mediadores associados. Assim, procedeu-se a um levantamento sistemático da literatura científica entre janeiro de 2010 e dezembro de 2019, nas bases de dados Web of Science e PsycInfo. Dos 1535 artigostriados inicialmente, dez cumpriram os critérios de inclusão definidos. Foram identificados fatores preditores e mediadores entre as experiências adversas a adição química. Implicações para a prática clínica foram discutidas, sendo de suma importância criar uma linha orientadora ao nível do planeamento de estratégias de prevenção e intervenção no âmbito das experiências adversas na infância e adição química na vida adulta.