Cadernos de Sociomuseologia Nova serie 16 - 2020 (Vol. 60)
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Percorrer Cadernos de Sociomuseologia Nova serie 16 - 2020 (Vol. 60) por assunto "CULTURE"
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Item Cultura, fenômenos sociais e currículo do Ensino Superior: articulações via museu e universidade(Edições Universitárias Lusófonas, 2020) Pasqualucci, LucianaO objetivo deste texto é refletir sobre a necessidade da articulação institucional entre museu e universidade. Busca-se enfatizar a pertinência da aproximação entre cultura, fenômenos sociais e currículo do Ensino Superior, tendo como pressupostos os conceitos da Museologia Social, a perspectiva crítica e contemporânea de currículo e reflexões sobre a universidade, partilhadas, sobretudo, pelo filósofo brasileiro Álvaro Vieira Pinto e pelo filósofo espanhol José Ortega y Gasset. A universidade, assim como o museu, formula e comunica sentidos por meio de discursos. Ambas as instituições são, assim, produtoras e geradoras de significados. Ao promoverem discussões e arranjos conceituais que revelam a realidade e reflexões sobre diferentes áreas do conhecimento, o museu pode ressignificar o discurso construído na universidade e o público participante desse processo (corpo discente, corpo docente, público do museu) e redefinir o discurso de modo criativo, uma vez que o interpreta de modo particular e oportuno. Esse caráter de instrução pública confere ao museu ainda mais legitimidade para a construção de novas narrativas, e a universidade aproxima-se ainda mais do seu papel formador para a criação de protagonismos sociais de diferentes segmentos.Item Patrimônio e conceito antropológico de cultura: uma longeva relação(Edições Universitárias Lusófonas, 2020) Fuenzalida, Maria Paz JosettiO trabalho buscou discutir a associação feita entre o conceito antropológico de cultura e o alargamento do escopo da noção de patrimônio que ocorreu a partir do início do século XXI, especificamente no que diz respeito às políticas estabelecidas para a proteção do patrimônio cultural imaterial. Argumentou-se que, por ser polissêmico, o conceito antropológico de cultura manteve relação com a noção de patrimônio desde o primeiro quarto do século XX, ou seja, quase um século antes. Verifica-se que o sentido atribuído às duas categorias se transformou. Ademais, discutiu-se que uma ampliação da categoria patrimônio é fruto da ação dos mais diversos atores sociais na demanda por direitos culturais diferenciais, operando com uma gramática político-cultural específica, que dinamizou enunciados como multiculturalismo, diversidade cultural e representação, buscando uma visão não hierarquizante de cultura, o que impactou diretamente na conceitualização de patrimônio e na política de proteção de bens culturais. Para tanto, como maneira de delimitar a discussão, optou-se por trabalhar com documentos produzidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no período, visto ser agente e arena protagonista no que diz respeito às políticas de proteção a bens culturais.