FCSEA - Artigos de Revistas Internacionais com Arbitragem Científica
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Item Museologia nômade e economia solidária: Intervenções de educação popular patrimonial(Revista Lugar Comum, 2019) Leite, Pedro Pereira; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoA era da globalização tem colocado o desenvolvimento sustentável na agenda pública. A Agenda 2030 das Nações Unidas, os chamados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)2, está assente em três pilares: economia, sociedade e ambiente. Apesar de muitas organizações culturais terem-se empenhado em diferentes fóruns, entre os quais sobressai a Agenda 21 para a Cultura3, não foi possível incluir de forma explícita a ligação entre a cultura e o desenvolvimento na agenda 2030.Essa situação, se, por um lado, parece excluir as organizações culturais do empenho que todos temos que assumir nessa agenda universal, leva a que, por outro lado, as organizações culturais assumam o importante desafio de se afirmarem como cocriadoras do bem-estar e da felicidade comuns, bem como se afirmarem como produtoras de soluções de inovação nas comunidades locais. Argumentamos que as organizações culturais constituem os laboratórios de inovação e criatividade que permitem consolidar o conceito de dignidade humana como fator chave para atingir, de forma duradora e sustentável, os objetivos de uma humanidade a viver num mundo de justiça e prosperidade. No âmbito das organizações culturais, a educação popular patrimonial constitui um instrumento que se mostra relevante para intervir nos territórios através da participação das comunidades, criando novas narrativas a partir dos seus próprios saberes e tradições.Item Passagens : experiencias de liberdade em espaços de transição(Revista del Museo de Antropologia, 2019) Leite, Pedro Pereira; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoNeste trabalho apresentamos 5 fragmentos sobre processos de museologia social em Portugal, que demostram o potencial libertador em espaço urbanos. Nos cinco fragmentos, que usamos recorrendo á inspiração de Walter Benjamim, propomos um reconhecimento do mundo como relevância, refletindo a partir da poética museológica na busca do direito á memória como processo de liberdade e criação de justiça cognitiva em espaços de cidadania. Partimos duma abordagem do potencial transformador da ideia de liminaridade, daqueles que se encontram em espaços de fronteira ou de renovação, em que ainda não sendo o que procuram ser, e já não sendo os seres anteriores, encontram-se num interstício que tudo permite. Daqueles que se encontram num momento de passagem. Depois, analisamos os processo de criação de comunidades sustentáveis a partir da educação patrimonial. Com essas interrogações analisamos cinco casos de processos em Portugal para defendermos que a museologia social se pode constituir como uma ferramenta de transformação social para as comunidades em situações de liminaridade, e que essa transição pode ser libertadora e emancipatória através da exploração do potencial das ferramentas da museologia social, como sejam os inventários participativos, as práticas de educação patrimonial e de co criação.