Mestrado em Psicologia, Aconselhamento e Psicoterapias
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Percorrer Mestrado em Psicologia, Aconselhamento e Psicoterapias por assunto "ADOLESCENTS"
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Item Percursos do ácool na adolescência: as noites de Lisboa(2012) Silvestre, Paulo Alexandre Bonito; Colaço, Nuno, orient.Sendo o consumo de álcool um tema atual, principalmente entre a população adolescente, em que a idade de experimentação é cada vez mais precoce, pretendeu-se com este estudo explorar, os fatores que direta ou indiretamente poderão estar ligados ao consumo do álcool na adolescência. Esta investigação foi realizada na via pública em Lisboa, no Bairro Alto e na Avenida D. Carlos I, entre os meses de Fevereiro e Abril de 2012, à Sexta-Feira e Sábado à noite, entre as 21h à 01h. Trata-se de um estudo descritivo de natureza transversal e atual, que contou com a participação de 411 adolescentes, 177 (43,1%) do género masculino e 234 (56,9%) do género feminino. A idade média dos participantes é de 17,61 anos (DP=1,67), com idades compreendidas entre os 13 e os 20 anos. Foi construído um protocolo de investigação com questões que surgiram da revisão da literatura, tendo sido adicionado o módulo ligado ao consumo de álcool do Inquérito Global School-based Student Health Survey (GSHS). Nestes adolescentes verificou-se que a cerveja é a bebida mais consumida, o transporte mais utilizado para sair à noite é o Metropolitano, e regressam a casa, normalmente, de táxi; em termos de acompanhamento/práticas parentais, parece existir alguma permissividade visto que os participantes relatam que os seus pais sabem que os filhos consomem álcool, que os autorizam a consumir em casa e a sair à noite, sem horas marcadas para chegar a casa; a influência do grupo de pares é relevante tendo em conta que os participantes escolheram como principais motivações para o consumo de bebidas alcoólicas o estar com os amigos e o socializar, e o consumo é realizado na companhia dos amigos; quanto aos comportamentos de risco, alguns destes participantes afirmaram ser frequente falar com desconhecidos durante uma saída à noite, ser usual um (a) desconhecido (a) pagar-lhe bebidas alcoólicas, o consumo de álcool ter sido determinante para que tivessem relações sexuais, e terem relações sexuais com desconhecidos (as) depois de ter consumido álcool ‘na noite’; a escola deverá reforçar algumas das suas estratégias, no sentido de minimizar os efeitos, do consumo de álcool, começando, por exemplo, pela revisão dos conteúdos programáticos; os espaços de diversão noturna parecem não respeitar os procedimentos emanados por lei, o que remete para o campo da fiscalização que parece ser ineficaz; cerca de metade da amostra viu, nos últimos 30 dias, algumas vezes, anúncios a bebidas alcoólicas na televisão, placards publicitários/ outdoors, jornais ou revistas ou na internet.Item Práticas parentais, funcionamento familiar e comportamento dos adolescentes(2011) Costa, Maria Bastos Horta e; Salvaterra, Fernanda, orient.O presente estudo tem como objectivo analisar a relação entre o funcionamento familiar, as práticas parentais e o comportamento dos adolescentes. Para a concretização do objectivo deste trabalho, foi elaborado um protocolo de investigação (questionário de dados sociodemográficos, um inquérito de avaliação do comportamento: YSR; um que avalia o funcionamento familiar : FACES III e outro que avalia as práticas parentais : QLP-A) , aplicado em duas escolas públicas co Concelho de Lisboa, inseridas em áreas sócio-económico-culturais diferenciadas. Através dos resultados encontrados [a ansiedade_depressão (T=.502; P=.041), no isolamento (T=.915; P=.000), nos problemas sociais (T=2.822; P=.004) apresentam valores mais elevados na Escola de Intervenção Prioritária, escola com projecto TEIP. Na escola de níveis socioeconómicos mais elevados, as dimensões que apresentaram valores superiores foram em dimensões que remetem para as atitudes dos pais perante os filhos : na protecção pai (T=.440; P=.004) e na protecção mãe (T=.005; P=.000)]. É possível confirmar a existência dessa influênica. Para além dessa influência, constatámos ainda que o meio envolvente em que as famílias se inserem influencia também as atitudes parentais perante os seus filhos. Ou seja, quando os níveis socioeconómicos são mais favoráveis, as suas atitudes de educação e socialização perante os filhos também serão mais adequadas.Item Sucesso escolar, felicidade, perseverança e bem-estar em adolescentes(2015) Caeiro, Helena Maria da SilvaEstudo de natureza transversal utilizou uma amostra de conveniência, não probabilística e pretendeu investigar o sucesso escolar de adolescentes. A amostra foi constituída por 109 participantes do 7.º Ano de escolaridade do ensino regular maioritariamente do género masculino (n=63; 57,8%), cultura portuguesa (n=77; 70,6%), católicos (n=63; 57,8%) e com sucesso escolar (n=80; 73,4%). Os participantes apresentavam uma média de idades de 13,14 anos (DP=1,09), compreendidas entre os 12 e 16 anos. Utilizou-se o protocolo desenvolvido por Batista e Caeiro (2013), tendo-se aplicado as seguintes medidas: Escala Termómetro da Felicidade (ETF); Escala de Perseverança (EP); Escala de Afetividade Positiva e Negativa (EAPN); Escala de Satisfação com a Vida (ESV) e Teste de Orientação Prolongada de Vida (ELOT). Os adolescentes simultaneamente mais felizes e com sucesso escolar apresentam uma média superior de perseverança, afetividade positiva, otimismo e satisfação com a vida, e menores valores de afetividade negativa e pessimismo comparativamente aos adolescentes com sucesso escolar e menos felizes. Nos participantes com sucesso escolar, quanto maiores forem os níveis de felicidade, maiores serão os níveis de satisfação com a vida e otimismo, e menores os níveis de afetividade negativa e pessimismo.Item Vinculação e problemas de comportamento em adolescentes(2015) Salavessa, Margarida Costa Dias Falcão Trêpa; Brites, José de Almeida, orient.Este estudo explorou a relação entre a vinculação aos pais e aos amigos e os problemas de internalização e externalização numa amostra de 142 adolescentes, 67 do sexo masculino e 75 do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos (M=14,89; DP=1,95). A qualidade da vinculação aos pais e aos amigos foi medida pelo Inventory of Parent and Peer Attachment (IPPA) e os problemas de internalização e externalização através do Youth Self Report (YSR). Esta investigação revelou: diferenças de género na vinculação aos amigos, com o sexo feminino a apresentar maior confiança nos amigos, maior comunicação com os amigos e a revelar uma vinculação mais segura do que o sexo masculino; diferenças de género nos problemas de internalização e comportamento delinquente, onde as raparigas evidenciaram níveis mais elevados relativamente aos rapazes; diferenças de idade na vinculação aos pais, com os adolescentes mais velhos a revelar níveis inferiores na qualidade de vinculação aos pais do que os adolescentes mais novos. Os resultados mostram, que quanto mais fraca a qualidade de vinculação aos pais e aos amigos, maiores serão os problemas de externalização e internalização e que os problemas de externalização aumentam com a idade.Item Vinculação, memórias de cuidados na infância, auto-conceito e depressão em adolescentes(2011) Cigarro, Andreia Filipa Martins; Salvaterra, Fernanda, orient.A Teoria da Vinculação tem motivado inúmeros investigadores a procurar compreender o impacto da privação grave de cuidados parentais no desenvolvimento humano (O‟Connor, et al., 1999; Boris & Zeanah, 1999; Zeanah, et al., 2005), pois, segundo Bowlby (1969, 1984), a ausência precoce de cuidados maternos estaria intimamente relacionada com trajectórias desenvolvimentais (des)adaptativas. Nesta perspectiva, o aumento do número de instituições de acolhimento e a crescente proliferação de estudos internacionais centrados nesta temática, têm enfatizado o efeito negativo das experiências de privação e dos cuidados institucionais no desenvolvimento infantil (Provence & Lipton, 1962; O‟Connor, et al., 1999; Zeanah, et al., 2005). O presente estudo, de carácter exploratório, procurou compreender o modo como os jovens experienciam a adolescência em situações de vida distintas: em meio familiar e em meio institucional. Concretamente, buscou analisar a influência das memórias dos cuidados na infância e da qualidade da vinculação, no auto-conceito e nas queixas depressivas. Participaram nesta investigação 80 adolescentes, 39 residentes em instituições de acolhimento temporário de duas instituições do distrito de Setúbal (N=39) e 41 que residem com as suas famílias de origem, frequentando duas instituições de ensino público regular (N=41), com idades compreendidas entre os 11 e os 17 anos, de ambos os géneros. Para avaliar as variáveis em estudo foram utilizados o IPPA, de Armsden & Greenberg (1987); o EMBU-A, de Gerlsma, Arrindell, Von der Veen & Emmelkamp (1991); o SPPA, de Harter (1988); e o CDI, de Kovacs (1982). Os resultados obtidos demonstraram que o contexto de vida em que os adolescentes estão inseridos não exerce, por si só, uma influência negativa na expressão de queixas depressivas e numa auto-percepção mais negativa das próprias competências; os cuidados na infância e a qualidade dos laços estabelecidos com as figuras significativas, enquanto em meio familiar, dos adolescentes institucionalizados afectam a sua percepção de competência de modo negativo; o tempo de institucionalização não influencia directamente o desenvolvimento psicológico, cognitivo, social e emocional, ao nível da qualidade das relações afectivas estabelecidas, do auto-conceito e da auto-estima das crianças e jovens institucionalizados.