Mestrado em Gestão de Unidades de Saúde

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    Perceção de profissionais hospitalares sobre o papel organizacional de líderes informais em hospitais
    (2013) Antunes, Paulo Fernando Gonçalves Amaral; Tavares, David, orient.
    Num contexto em que as mudanças são mais rápidas e exigem maior flexibilidade dos colaboradores, coloca-se a hipótese de haver espaço e reconhecimento da figura do líder emergente, como agente facilitador na gestão da mudança. A liderança que se fala comummente é a formal, não sendo tão frequente a abordagem da liderança emergente ou informal. Esta possui uma caracterização própria, embora não reconhecida formalmente, existe e é incontornável em qualquer contexto de trabalho coletivo, quer exista ou não uma chefia. O principal objetivo deste estudo foi caracterizar a perceção, por parte de profissionais que exercem na área de saúde em contexto hospitalar, quanto ao papel organizacional de líderes emergentes, no âmbito da implementação de decisões e assessoria a decisores formais. O estudo seguiu um desenho observacional transversal, com recolha de dados através de questionário autoadministrado em plataforma informática. Foi criado um questionário estruturado, a fim de caracterizar chefias, ex-chefias, e profissionais sem cargo de chefia no que se refere à perceção destes relativamente ao papel organizacional desempenhado pelos líderes emergentes. O estudo foi feito com base no censos de profissionais do Centro Hospitalar Lisboa Central com endereço eletrónico institucional. Os profissionais foram convidados a participar no estudo através de mensagem eletrónica, com indicação do link para o questionário. Recorreu-se ao método de amostragem por bola de neve para inclusão de profissionais que não tinham e-mail institucional disponível, ou hábito de consultar e-mail institucional. A taxa de resposta foi de 5.58% de um universo de 7835 indivíduos de 6 unidades de saúde hospitalares, entre fevereiro e setembro de 2012. Os resultados mostraram haver reconhecimento da existência de líderes emergentes em todas as categorias profissionais. Verificou-se também uma perceção generalizadamente favorável quanto ao papel organizacional desempenhado por líderes emergentes. Todavia, foram encontradas diferenças nas perceções, entre categorias profissionais. O mesmo se verificou quando se trata de chefias e ex-chefias, cuja visão de liderança apresenta diferença relativamente ao parecer dos chefiados. Relativamente ao sexo, foram também encontradas diferenças quanto a estas perceções.
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    Prevenção e controlo de infeção: perceções e conhecimentos dos técnicos de radiologia
    (2015) Resendes, Ana Luísa Pacheco; Reis, Vasco, orient.
    A prevenção e controlo das infeções (PCI) hospitalares continua a ser um tema atual, debatido e alvo de investigações. No entanto, em Portugal verifica-se escassez de estudos sobre infeções, nomeadamente na área da Radiologia. O risco de infeções hospita-lares com o elevado número de exames e com aparecimento de novos métodos de diagnós-tico tem vindo a aumentar. O objetivo do presente estudo foi avaliar os conhecimentos e perceções de 60 TR do Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC), no que concerne à PCI através de um questio-nário com quatro grupos. A maioria dos TR respondeu a três respostas corretas relativamente às infeções hospitalares, 33,3%. 75% Responderam que conhecem as precauções básicas (PB) para a PCI, contudo 73,3%, responderam que ainda sentem necessidade de formação nesta área. Metade dos participantes afirmou que a principal razão da não adesão às medidas de PCI é devido a desvalorização da importância das mesmas. 45% Concordam e 28,3% concordam totalmente que um manual de PCI em Radiologia permitiria que muitos problemas, dúvidas fossem resolvidos/evitados. Identificou-se ainda necessidade de efetuar protocolos e realizar formações regula-res sobre a teoria e a prática de PCI.
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    Prevalência da doença hemolítica perinatal e seus determinantes: variação com a posição sócio-económica Açores, São Miguel
    (2015) Machado, Alexandra Moniz Freire; Reis, Vasco, orient.
    A Doença Hemolítica Perinatal ocorre devido à passagem de anticorpos, da circulação materna para a fetal, através da placenta, o que origina a hemólise dos eritrócitos fetais e, em casos extremos, a morte. No presente estudo faz-se uma abordagem inovadora na área, para melhor compreender a presença da DHP, em S.Miguel. Aplicou-se o método retrospetivo, documental e transversal, entrevistando 118 gestantes que foram seguidas no HDES, nas consultas de obstetrícia, no serviço de Hematologia. O tratamento dos dados realizou-se estatisticamente pelo SPSS®, o que permitiu efectuar análises quantitativas e de correlação. Os dados obtidos revelaram que o concelho de Ponta Delgada e a Vila de Rabo de Peixe possuem mais casos, sendo que, ao longo do tempo, os mesmos se têm verificado estáveis. As gestantes apresentam uma média de 29 anos; revelam baixa literacia; são domésticas; têm baixo rendimento; vivem com o marido em coabitação com familiares, sendo o agregado composto por 3 pessoas por habitação. Das gestantes empregadas, aproximadamente, metade, trabalha por conta de outrem. Em termos clínicos, são predominantemente A negativas; multíparas e com baixa percentagem de abortos. Não foi possível verificar a correlação entre variáveis ,porque a correlação de Sperman se revelou insignificativa.
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    Cuidados de saúde primários na área da visão : a intervenção do ortoptista
    (2014) Ferreira, Ana Filipa de Oliveira; Reis, Vasco, orient.
    Os cuidados de saúde primários são pilares fundamentais de qualquer sistema de saúde, promovendo a autorresponsabilização, a autonomia e a educação para a saúde. A atuação nos cuidados de saúde primários da visão foi pela primeira vez reconhecida em Portugal com a implementação do Programa Nacional para a Saúde da Visão (PNSV) em 2005. A criação de Unidades Funcionais de Saúde para a Visão correspondia a um dos objetivos desse programa de forma a tornar os cuidados de saúde primários da visão mais próximos da comunidade. Esta investigação pretende descrever o estado da arte nos cuidados de saúde primários da visão após a implementação do PNSV, com o objetivo de perceber se a atual intervenção em cuidados de saúde primários da visão é adequada às necessidades populacionais, bem como de que forma o Ortoptista poderá ser um elemento integrante e potenciador dos cuidados de saúde da visão de proximidade. Foi implementado um estudo de caso de carácter exploratório-descritivo com recurso a 3 entrevistas semiestruturadas a profissionais de saúde. Para tratamento e análise dos resultados foi utilizada a análise de conteúdo com extração do sentido da informação reunida de acordo com a técnica categorial. Foram identificadas 5 dimensões de análise, a intervenção em cuidados de saúde primários da visão, a equipa clinica/gestão da organização, a referenciação, as competências profissionais e o empreendedorismo. Recorreu-se à análise SWOT de modo a proporcionar uma visão integrada das oportunidades, ameaças, forças e fraquezas no processo de à integração do Ortoptista nos cuidados de saúde primários da visão. De acordo com a perceção dos entrevistados a atuação dos Ortoptistas nos cuidados de saúde primários da visão é fundamental, sendo necessário utilizar o empreendedorismo como potenciador da mudança do paradigma existente. A integração deverá ser vista na perspetiva da equipa de saúde, incluindo médicos de família, enfermeiros e oftalmologistas com uma abordagem integrada de saúde pública.
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    Satisfação dos profissionais de saúde em meio hospitalar público, privado e parceria público-privada
    (2015) Ferreira, Vera Lúcia Salvador; Costa, Maria do Céu, orient.
    A satisfação profissional tem sido amplamente estudada e reconhecida como fator chave em profissões com forte pendor comunicacional e relacional como as da saúde. Com o objetivo de perceber a situação atual dos profissionais da saúde, delineou-se um estudo observacional e transversal, seguindo um modelo de análise descritivo - correlacional, com uma abordagem eminentemente quantitativa. O instrumento de recolha de dados é composto por duas partes, a primeira destinada a caracterizar a amostra em estudo, e a segunda constituída por um questionário baseado na Escala de Satisfação desenvolvida por Pais Ribeiro (2002). Na amostra, constituída por 551 profissionais da saúde entre 21 e 63 anos, contatados online, 74,2% (n=409) são do género feminino. Predominam médicos (72;13,1%), e enfermeiros (424; 77%); além de técnicos de radiologia (5; 0,9%); técnicos de análises clínicas (6; 1,1%); fisioterapeutas (17; 3,1%), secretários clínico/administrativo (9; 1,6%), assistentes operacionais (14; 2,5 %) e outras profissões (4; 0,7%). Evidenciaram-se diferenças estatisticamente significativas entre a satisfação com o trabalho (ou algumas das suas dimensões) e as variáveis: Tipo de Gestão, Género, Idade, Estado civil, Categoria profissional, Tipo de vínculo e Tipo de horário. Nomeadamente, apesar de na amostra a maioria exercer em entidade pública (319; 57,9%), os profissionais em entidades privadas (94; 17,1%) são os mais satisfeitos, nas dimensões Segurança com o Futuro da Profissão (SFP), Apoio da Hierarquia (AH), Condições Físicas do Trabalho (CFT), e ainda na satisfação global (Escala de Satisfação Total-EST). Globalmente, os mais satisfeitos são os mais velhos, com 50 ou mais anos, e os fisioterapeutas estão mais satisfeitos que os médicos, enfermeiros e assistentes operacionais. Em conclusão, este estudo suscita a necessidade de se realizar um aprofundamento das causas de satisfação dos profissionais de saúde que poderá ser auxiliado através de estudos longitudinais colmatando assim as limitações encontradas.
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    Qualidade em saúde: satisfação do utente com o serviço de urgências do Hospital de Santa Maria
    (2015) Brito, Tânia Raquel Mendes Amaral de ; Reis, Vasco, orient.
    Introdução: Medir a qualidade dos serviços de saúde através da avaliação da satisfação dos utentes é indispensável para uma gestão adequada dos recursos, sobretudo no contexto socioeconómico atual. Esta avaliação também promove a centralidade do cidadão no sistema de saúde e é essencial para o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos serviços de saúde. São objetivos principais deste estudo mensurar o índice de satisfação dos utentes com o Serviço de Urgências (SU) do Hospital Santa Maria (HSM) e identificar a influência de diversas variáveis como o género, idade, situação atual, habilitações literárias e estado de saúde. Métodos: Realizou-se um estudo transversal de natureza quantitativa, não experimental, descritivo-correlacional, envolvendo uma amostra de 155 indivíduos, destes 52,3% eram do género feminino, 54,8% pertencem ao grupo etário correspondente às idades compreendidas entre os 35 e os 64 anos, 38,1% encontram-se empregados, contudo a percentagem de desempregados situa-se imediatamente a seguir sendo de 26,5% e 34,8% têm ensino superior. Por fim, é de salientar que 43,2% dos inquiridos considera que tem um estado de saúde bom e 29,7% muito bom. O questionário utilizado foi o “Instrumento de medida de satisfação dos utentes nos Hospitais EPE e SA (Urgências)”. Este questionário avalia a satisfação em 11 dimensões: imagem, tempo de espera, instalações, médicos, enfermeiros, exames e tratamentos, família, qualidade global apercebida, resolução das reclamações, satisfação e lealdade; através de uma escala de Likert de 10 pontos. Resultados: As dimensões que obtiveram resultados mais altos são as relacionadas com os profissionais de saúde – médicos, 7.55 pontos; enfermeiros, 7,77 pontos e exames e tratamentos, 7,5 pontos, em média. Por outro lado, o tempo de espera e a capacidade de resolução de uma reclamação obtiveram o score mais baixo e próximo dos 5 pontos. Contudo, salienta-se que todas as avaliações foram positivas. Conclusões: A amostra analisada permite constatar a existência de um elevado nível de satisfação com o SU do HSM. 
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    Quedas em internamento hospitalar: causas, consequências e custos: estudo de caso numa unidade hospitalar de Lisboa, EPE
    (2015) Nunes, Susana Sofia da Costa; Romão, Ana Lúcia, orient.
    Nos últimos 30 anos, os custos com a saúde têm vindo a aumentar significativamente. As quedas de doentes são episódios frequentes nos internamentos de qualquer UH, que podem originar lesões, hospitalizações mais prolongadas, atraso na reabilitação e aumento de custos para a UH. A presente investigação teve por objetivo analisar quais as causas, consequências e custos de episódios de quedas notificadas com lesão, de doentes internados numa UH de Lisboa, EPE. Utilizou-se uma abordagem quantitativa, do tipo correlacional-preditivo-transversal, através de uma análise retrospetiva de 153 notificações de incidentes de quedas com lesão, durante o ano de 2013. A grande maioria dos doentes tinha idade compreendida num intervalo de 71 a 85 anos, sendo a média da idade de 72 anos. O principal motivo que os levou a cair foi a busca da satisfação das suas necessidades fisiológicas (47,7%), com probabilidade de ter sido provocada pelo estado de saúde do doente (67,3%), com maior incidência de escoriações e hematomas (em igual número 28,1%). No geral, os casos de quedas com um nível de lesão moderado e grave são os que representam um maior valor médio dos custos, em que as lesões graves de origem ortopédica acarretaram maiores custos para UH.
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    A influência do planeamento da alta hospitalar no número de dias de internamento do doente
    (2015) Ramos, Sara Amaro; Reis, Vasco, orient.
    Atualmente, nas instituições hospitalares, prevalece a lógica biomédica, que se pauta, em geral, pela falta de articulação multidisciplinar nos serviços de internamento, à data da alta hospitalar e que ignora, muitas vezes, os processos de aprendizagem e aquisição de conhecimentos por parte do doente e da sua família. Esta reflexão levanta a questão dos efeitos positivos que poderá ter um planeamento integrado da equipa multidisciplinar com os doentes/famílias. Objetivo geral: averiguar a existência de fatores do planeamento da alta hospitalar do doente que se relacionam com o número de dias que este permanece internado. Métodos: foi elaborada uma grelha de observação para recolher dados dos processos clínicos de 100 doentes internados no serviço de Ortopedia do CHLN. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo-correlacional. Resultados: verificou-se, na sua generalidade, que os objetivos foram alcançados, na medida em que se concluiu que existem fatores que, estando presentes ou ausentes no planeamento da alta do doente, influenciam o número de dias que este permanece internado São eles: a organização e agendamento das cirurgias; o tipo de diagnóstico e a respetiva cirurgia; o contributo dos diferentes profissionais envolvidos; a transmissão de informação e a comunicação entre os elementos da equipa multidisciplinar; o momento em que se inicia a preparação da alta; a participação do doente e família no processo da alta; os ensinos realizados ao doente e família. Conclusões: constata-se que é importante implementar um plano integrado de preparação da alta hospitalar, a iniciar-se no momento da admissão, que envolva toda a equipa multidisciplinar, o doente e a sua família. Isto permitirá diminuir a duração do internamento, reduzir os custos a ele inerentes e minimizar os efeitos negativos que resultam de uma hospitalização.
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    Os perfis de autocuidado das pessoas com insuficiência renal crónica em hemodiálise e a sua perceção da qualidade de vida
    (2015) David, Maria Inês Diogo; Reis, Vasco, orient.
    O envelhecimento da população e a prevalência crescente de doenças crónicas têm um impacto na qualidade de vida das pessoas, influenciando as políticas de saúde. A educação terapêutica possui um elevado potencial na melhoria dos resultados no doente. Este estudo pretendeu identificar os perfis de autocuidado nos doentes insuficientes renais crónicos em hemodiálise, avaliar o nível de qualidade de vida dos doentes, analisar a qualidade de vida nos grupos com diferentes perfis de autocuidado e verificar se existe relação entre os diferentes perfis de autocuidado e a qualidade de vida nestes doentes. O estudo é exploratório e transversal. A amostra de conveniência foi constituída por 80 doentes com diferentes níveis de autonomia. Os dados foram obtidos através da aplicação de dois questionários: KDQOL-SF36 e SCHDE. O perfil de autocuidado dos doentes é predominantemente do tipo indefinido (75%). Identificaram-se 10 casos (12,5%) com autocuidado aderente ao perfil responsável. Os doentes pertencentes ao grupo da Diálise Autónoma Domiciliária obtiveram os melhores níveis de qualidade de vida, seguidos do grupo da Diálise Autónoma Longa Noturna e, por último, da Diálise Convencional; com diferenças significativas entre os dois primeiros grupos e o terceiro grupo. Não se verificaram diferenças significativas entre os perfis de autocuidado para a qualidade de vida.
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    Satisfação profissional: a perspetiva dos profissionais de farmácia comunitária
    (2015) Leitão, Ricardo Nuno Colaço Calheiros; Reis, Vasco, orient.
    Introdução: A Satisfação profissional tem vindo a ser amplamente estudada pela comunidade científica na medida em que constitui um elemento chave e determinante da estrutura, da gestão de recursos humanos, da produtividade, eficiência e comportamento das organizações. Com este trabalho pretende-se caracterizar a satisfação profissional de profissionais de farmácias comunitárias e verificar a sua relação com variáveis frequentemente estudadas, de forma a criar uma ideia geral da satisfação e identificar e explorar os seus fatores determinantes. Métodos: Estudo transversal, quantitativo, não experimental, descritivo e correlacional. Para a recolha de dados utilizou-se o Questionário de Satisfação com o Trabalho que tem 24 itens distribuídos por seis dimensões: 1) Segurança com o Futuro da Profissão; 2) Apoio da Hierarquia; 3) Reconhecimento pelos Outros do Trabalho Realizado; 4) Condições Físicas do Trabalho; 5) Relação com os Colegas; e 6) Satisfação com a Profissão. Resultados: Participaram no estudo 104 profissionais, 76 (73,1%) do sexo feminino e 28 (26,9%) do sexo masculino. O valor médio aproximando para a idade dos participantes foi de 35,2 anos, com um desvio padrão de 10,57 anos. A maioria dos profissionais concluiu o ensino superior (36,5%), 10,6% concluíram pós-graduações, 21,2% o mestrado e 1% o doutoramento. Do total dos inquiridos 42,3% eram Técnicos de Farmácia, 37,5% Farmacêuticos e 20,2% eram profissionais com cargos de Direção Técnica. De uma forma geral, os níveis mais altos de satisfação foram registados para as dimensões Condições Físicas do Trabalho e Relação com os Colegas, sendo que os farmacêuticos, quando comparadas todas as dimensões em função da categoria profissional, revelaram ser os únicos satisfeitos, de uma forma global. Conclusões: considera-se importante ter um olhar mais atento para os resultados das dimensões Segurança com o Futuro da Profissão e Satisfação com a Profissão, uma vez que todas as categorias profissionais se mostraram insatisfeitas nesses domínios. É importante salientar que os resultados deste estudo são obtidos num contexto económico e financeiro bastante difícil que Portugal, à semelhança de toda a Europa, tem vindo a atravessar. 
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    Organização do sistema de referência e contra referência no contexto do sistema de saúde de Angola: a perceção de profissionais de saúde do Hospital Regional e do Hospital Municipal do Huambo
    (2015) Vitongue, Ilda Rosa David; Justo, Cipriano, orient.
    A referência e a contra referência são um conjunto de procedimentos assistenciais e administrativos que se prestam de forma ordenada, com objetivo de assegurar a continuidade da resposta às necessidades de saúde dos utentes, com oportunidade, eficácia e eficiência, transferindo-se a prestação de cuidados da unidade de saúde de menor complexidade assistencial, para outra de maior complexidade, ou o inverso. Consideramos que o conhecimento da perceção dos profissionais que lidam com este sistema é bastante importante para a sua gestão. Este estudo teve como objetivo caracterizar a perceção dos profissionais de saúde do HRH e HMH sobre o sistema de referência e contra referência no contexto do sistema de saúde de Angola. O estudo baseia-se numa análise qualitativa, do tipo descritivo. A recolha de dados foi feita através de entrevista gravada a 16 profissionais com as categorias de médico e de enfermeiro dos serviços de BU e Consulta Externa com base num guião prévio, onde foi colocada uma questão geral sobre a vivência e perceção do sistema de referência e contra referência da unidade hospitalar. Com o objetivo de recolher mais informações colocamos mais 6 questões: (i) aspetos que favorecem o sistema, (ii) ações desenvolvidas, (iii) obrigações, (iv) como procedem, (v) vantagens e (vi) desvantagens. A discussão teve como base o diagrama de avaliação do acesso aos serviços de saúde proposto por Assis et all (2012). Concluiu-se que o sistema instalado é ainda insipiente, a contra referência não funciona, os participantes identificaram falhas no sistema ligadas a regulação da lei sobre a referenciação, problemas organizativos, técnicos e relacionais entre unidades e equipas, o que inviabiliza a premissa de o sistema tornar-se num mecanismo promotor do acesso e assistência integrais.
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    Prevalência e duração do aleitamento materno em crianças dos dois aos cinco anos de idade: associação com o índice de massa corporal
    (2015) Monteiro, Joel Gonçalo Abrantes ; Reis, Vasco, orient.
    INTRODUÇÃO: A obesidade tem um peso marcante no surgimento da maioria das patologias que ditam maior custo vital na nossa sociedade, como diabetes, doenças cardiovasculares e neoplasias. Das diversas medidas preventivas propostas pela literatura científica a nível mundial, o aleitamento materno parece ter um papel determinante para a prevenção da obesidade. OBJETIVOS: Como objetivos gerais, pretende-se caraterizar a prevalência do aleitamento materno na população portuguesa e caraterizar a associação entre a duração do aleitamento materno e o excesso de peso em crianças portuguesas entre os 2 e os 5 anos de idade. MÉTODOS: Este estudo consiste numa uma análise secundária do Estudo de Prevalência da Obesidade na Infância e dos Adolescentes em Portugal Continental, o primeiro estudo de prevalência realizado em Portugal com representatividade nacional para estimar a prevalência do excesso de peso (pré-obesidade e obesidade) em crianças e adolescentes. O EPObIA é um estudo transversal, com representatividade ao nível de NUTS II do Continente, seguindo uma amostragem polietápica, por aglomerados. A população estudada foi constituída por crianças e adolescentes de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 2 e os 5 anos e entre os 11 e os 15 anos. A recolha de dados foi feita através de entrevista estruturada, com recurso a um questionário sobre: consumo alimentar, atividades físicas e sedentárias, caraterização dos pais da criança/adolescente quanto ao peso e altura, indicadores relacionados com o período gestacional e perinatal e hábitos de saúde dos pais e criança. Foram também recolhidos dados antropométricos (nomeadamente, peso e altura) das crianças, com medição objetiva realizada por entrevistadores credenciados (nutricionistas/dietistas) e devidamente treinados para o efeito. A amostra utilizada para esta análise secundária é uma subamostra do EPObIA, constituída pelas crianças (e respetivas mães) com idades entre os 2 e os 5 anos. RESULTADOS: Nesta análise secundária foram incluídos os dados relativos a 1977 crianças (e respetivas mães). Foi encontrada uma prevalência de 36.2% de excesso de peso e 12.1% de obesidade na amostra estudada. Foram observadas prevalências de excesso de peso e pré-obesidade mais elevadas nos rapazes (36.9% e 26.4%) e, por outro lado, maior prevalência de obesidade nas raparigas (13.8%). Verificaram-se ainda prevalências de pré-obesidade (31.8%) e obesidade (14.4%) maiores nas crianças com 2 anos e menores (20.1% e 8.7%) nas crianças de 4 anos. As prevalências do aleitamento materno aos 3 e 6 meses são 86.6% e 83.4%, respetivamente. No cômputo geral, há uma grande adesão ao aleitamento materno até aos 6 meses (acima dos 80%), sendo que as prevalências decrescem mais rapidamente a partir desta idade. As mães de 15 aos 19 anos têm maiores taxas de adesão ao aleitamento materno (84.0%). As crianças amamentadas até aos 3 meses detêm a menor taxa de excesso de peso, sendo transversal às crianças das idades estudadas, mas com maior expressão nas crianças com idades superiores a 3 anos, desde que amamentadas pelo menos de 3 a 6 meses. A prevalência de excesso de peso é menor nos rapazes amamentados no primeiro mês de idade e ainda com menos obesidade até ao 3º mês de amamentação. Nas raparigas, este efeito é mais notório entre os 3 e os 6 meses de idade, perdurando após os 6 meses de amamentação. DISCUSSÃO E CONCLUSÕES: O efeito protetor do aleitamento materno é mais evidente em estados de pré-obesidade e de excesso de peso nas faixas etárias dos 2 anos e 4 anos, com uma duração de aleitamento materno mínima de 3 meses. Assim sendo, o aleitamento materno confirma-se como uma medida eficaz para a prevenção do excesso de peso na infância.
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    Caracterização e impacte de eventos adversos: quedas, infeções associadas a cuidados de saúde e úlceras de pressão numa unidade privada de cuidados continuados de convalescença
    (2014) Monteiro, Rafaela Mariama Barbosa da Silva; Sousa, Paulo, orient.
    Os eventos adversos, cuja taxa ronda 10%, são um problema de saúde pública que devem ser analisados e controlados. Os objetivos do estudo são caracterizar e avaliar o impacte dos Eventos Adversos numa unidade privada de cuidados continuados de convalescença, nomeadamente, Infeções Associadas a cuidados de Saúde, quedas e Úlceras por Pressão, ocorridos em 2012. Tratou-se de um estudo quantitativo, observacional, transversal, analítico e retrospetivo. A frequência dos EA’s foi de 44%. As IACS foram os mais frequentes (70%), na maioria infeções urinárias, os antibióticos foram prescritos sobretudo de forma empírica. As quedas representam 24% dos EA’s, ocorreram maioritariamente no quarto e WC, e sem lesões em 68% dos casos. As UP foram apenas 6% dos EA’s, localizavam-se principalmente nos calcanhares e região sagrada, e à data da alta estavam cicatrizadas ou melhoradas. As consequências de um EA foram moderadas em 78% dos casos e grave em apenas 3%. Os custos com material e medicação para tratamento de um EA foram mais elevados nas UP, contudo o tratamento das IACS consumiu mais recursos. Os doentes que sofreram EA’s tiveram mais dias de internamento do que os doentes que não sofreram EA’s, contudo não foi possível apurar os dias específicos de internamento por EA.
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    Inteligência emocional: associação com job engagement em enfermeiros, no contexto da oncologia
    (2014) Barreira, Lucie Nunes; Reis, Vasco, orient.
    A inteligência emocional e o job engagement são constructos que têm sido principalmente trabalhados no contexto da psicologia. No entanto, as investigações recentes destes constructos na área de enfermagem têm promovido a compreensão do papel das emoções na interação humana do cuidar em contexto de saúde física. Os enfermeiros que desempenham funções na área oncológica vivem momentos de forte intensidade emocional que, de forma a serem bem geridas (i.e., garantindo em simultâneo a qualidade da assistência e o bem-estar do profissional), implicam o desenvolvimento de competências de inteligência emocional. Por outro lado, a exposição regular a situações de desgaste emocional tem impacto no que se refere à capacidade individual de trabalho e ao job engagement. O estudo aqui apresentado baseia-se numa abordagem quantitativa, observacional e transversal com recolha de dados feita através de questionários autoadministrados. A amostra é de natureza não probabilística (i.e., intencional) de enfermeiros que desempenham funções no Serviço de Oncologia do Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Lisboa Norte (HSM) e no Instituto Português de Oncologia de Lisboa (IPO). A avaliação de job engagement foi feita através da versão portuguesa do UWES (Marques-Pinto, 2008) e a de inteligência emocional através do questionário desenvolvido e validado por Rego e Fernandes (2005). Participaram no estudo 112 enfermeiros (79 do IPO e 33 do HSM). Os questionários apresentaram, neste estudo, boa consistência interna. Todas as dimensões da inteligência emocional e no seu global apresentam valores que se situam acima da média do valor médio possível para as escalas. Foi encontrada correlação significativa positiva entre inteligência emocional e job engagement. Foi também encontrada correlação positiva entre o número de anos de profissão de enfermagem na área da oncologia e a pontuação total das escalas de job engagement e de inteligência emocional.
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    Caracterização e avaliação do impacto dos erros nos serviços de medicina transfusional
    (2014) Teles, Ana Isabel Simão; Reis, Vasco, orient.
    A Medicina Transfusional não é isenta de riscos e a maioria das reacções transfusionais fatais é atribuída ao erro humano. Neste estudo pretende-se avaliar quantitativa e qualitativamente os eventos adversos resultantes de erros, notificados pelos SMT entre 2009 e 2012; e verificar se existem diferenças entre as instituições que dispõem e as que não dispõem de CTH. Foram analisadas as fichas de notificação de quase-erros, erros e RAR reportadas ao SPHv; os Relatórios de Actividades dos SS e SMT; e um questionário que foi enviado para todos os SMT que compunham a amostra. Apesar da maioria dos erros não terem provocado consequências para o doente, houve erros que desencadearam RAR, nomeadamente por grupo ABO errado. As áreas clínicas quando comparadas com as laboratoriais corresponderam às áreas mais críticas. O local de transfusão (à cabeceira do doente) foi o local onde ocorreram a maioria dos erros e o laboratório de estudos pré-transfusionais onde a maioria foi detectada. Os erros com a identificação do doente e da amostra são os mais recorrentes. Os SMT cuja instituição dispõe de CTH são os que mais notificam, sendo que esta tendência é mais acentuada no que respeita aos quase-erros.
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    Prontidão para a mudança em enfermeiros no contexto hospitalar: associação com job engagement e percepção de autoeficácia
    (2014) Jacinto, Sónia Maria Luís; Reis, Vasco, orient.
    Os enfermeiros enfrentam diariamente diretivas que alteram os métodos de trabalho, nomeadamente no âmbito da qualidade e segurança do doente. Como tal, é importante que o gestor identifique se os profissionais estão prontos e comprometidos com as novas medidas, e de que forma fenómenos como o Job Engagement (JE) e a Perceção de Autoeficácia (PAE) influenciam este processo, de forma a prever comportamentos e a adequar estratégias na implementação da mudança. Esta investigação teve por objetivo caracterizar a prontidão e o compromisso com a mudança de enfermeiros em contexto hospitalar, no âmbito de mudanças organizacionais promotoras da segurança do doente (SD), e analisar a associação entre JE e PAE na adoção de novas medidas de prevenção de infeção (lavagem de mãos) e de identificação do doente (uso de pulseira). O estudo baseia-se numa abordagem quantitativa, do tipo descritivo, observacional e transversal. A recolha de dados foi efetuada através de questionários autoadministrados a enfermeiros do Centro Hospitalar Lisboa Norte E.P.E. – Hospital Santa Maria (CHLN-HSM). Trata-se de um censos de enfermeiros integrados em serviços dos departamentos de cirurgia e medicina. Os questionários foram distribuídos com apoio da enfermeira-chefe de cada serviço, sendo a resposta anónima e confidencial (questionários entregues em envelope fechado e depositados em caixa de recolha apenas acessível pelo investigador). O questionário incluía um conjunto de escalas previamente estudadas: a adaptação do University of Rhode Island Change Assessment (URICA), o Commitment to Organizational Change, o General Self-Efficacy (GSE) e a Utrecht Work Engagement Scale (UWES). No total, participaram 265 enfermeiros (o que corresponde a uma taxa de resposta de 57,1%). Os resultados obtidos demonstram que há uma correlação significativa entre JE, PAE, compromisso com a mudança (CM) e prontidão para a mudança (PM). Verifica-se que os enfermeiros “engajados” e com elevada perceção de autoeficácia estão mais comprometidos com a mudança (em especial, com compromisso afetivo com a mudança). A perceção de autoeficácia é variável mediadora da relação JE e CM afetivo. Conclui-se ser fundamental que os gestores adotem estratégias que mantenham os funcionários motivados, promovendo a perceção de autoeficácia quanto às suas capacidades enquanto profissionais e promovendo o job engagement continuado no tempo. Desta forma será expectável maior adesão e envolvimento por parte dos enfermeiros a novas medidas a implementar.
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    Influência do protocolo no atendimento em unidades de saúde na área materna infantil na província do Cunene-Angola
    (2014) David, Eduardo Rodrigues Haiumba; Reis, Vasco, orient.
    A qualidade na saúde surge hoje como uma exigência de todos os envolvidos nos cuidados da saúde, sendo vista como um seu atributo essencial. Pela sua importância, este estudo pretendeu caracterizar e analisar a prevalência de protocolos de organização e a sua distribuição nas Unidades de Atendimento/Atenção à Saúde Reprodutiva (UASR) bem como a distribuição dos Recursos Humanos (RH) por município e a relação de ambos com carateristicas sociodemográficas da população quanto à acessibilidade e equidade geográficas na Província do Cunene, em Angola, assim como elucidar sobre o grau da aplicação destes protocolos e a sua generalização. Para tal, foi realizado um estudo descritivo, observacional e transversal, utilizando-se como instrumento de medida um questionário com variáveis previamente definidas. Assim, foram inquiridos 32 responsáveis de Unidades de Atendimento a Saúde Reprodutiva (UASR), distribuídas pelos 6 Município: Cuanhama, com 14; Ombadja, com 10; Namacunde e Cuvelai, com 3 cada; e Cahama e Curoca, com 1 cada. Dos resultados obtidos, verificou-se que na rede das UASR funcionam 880 técnicos, sendo 87 médicos, 27 Técnicos de Enfermagem e 512 Auxiliares de Enfermagem entre estes, apenas 21 estão formados na área da Saúde Reprodutiva. Para, além disso, a distância média das Unidades de Saúde (US) com as respetivas Unidades de Referência é de 58 km; a distância entre US homólogas é em média 25, 23 km e o paciente mais distante da US demora em média 13 horas; 47% das UASR não se dispõem de protocolos de atendimento para CPN, 69%; não têm protocolos para o atendimento ao parto, 88% não possuem protocolos para o PF e Puericultura respetivamente e apenas uma unidade possui protocolo que orienta a referênciação. Mesmo assim, estes serviços estão criados em quase todas as unidades de SR estudadas. Nenhuma Unidade possui protocolo elaborado localmente.
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    Ensaios clínicos em Portugal e no contexto Europeu
    (2013) Medeiros, Andreia Sofia Escada Fontes; Martins, João, orient.
    A investigação clínica está na origem do desenvolvimento da ciência e do conhecimento na área da saúde, e pretende explorar se uma estratégia médica, terapêutica ou um dispositivo é seguro e eficaz em humanos. O desenvolvimento de um ensaio clínico envolve a coordenação e cooperação entre várias entidades, principalmente a Autoridade competente, o sponsor, o investigador e o Comité de Ética. É fundamental compreender o papel e a responsabilidade de cada uma destas entidades e o modo como estas interagem entre si. Todo o processo desde o planeamento estratégico até ao desenvolvimento do ensaio clínico encontra-se legislado por regulamentação bem definida, e orientada sobretudo para a proteção dos direitos e bem-estar dos participantes e para a obtenção de dados clínicos com elevada qualidade científica. Este enquadramento regulamentar foi sendo desenvolvido ao longo do século XX, paralelamente à evolução do enquadramento ético. Apesar da qualidade científica e ética proporcionada pelos países desenvolvidos, no século XXI começou a assistir-se a uma deslocalização dos ensaios clínicos para países em desenvolvimento, nomeadamente a Ásia, América do Sul e África. Tratam-se de regiões que envolvem populações vulneráveis e onde os princípios éticos não assumem a mesma importância. Como consequência verificou-se uma redução no número de ensaios realizados tanto a nível europeu inclusive em Portugal. Perante tal, tornou-se imperativo fazer esforços no sentido de aumentar a atratividade da Europa como região para a realização de ensaios clínicos. Estes esforços passam pela apuramento da legislação europeia, e simultaneamente nacional, de modo a agilizar e a simplificar todo o processo de um ensaio clínico e adequá-lo às necessidades atuais, sem reduzir a proteção dos participantes. O âmbito do presente trabalho é dar a conhecer e clarificar de modo abrangente a situação atual dos ensaios clínicos em Portugal e enquadrá-la no contexto europeu.