Biomedical and Biopharmaceutical Research Vol.16 n.º1 (2019)

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    Preparação e caracterização de micropartículas encapsuladas com óleo de semente de maracujá da Caatinga obtidas por secagem por atomização
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2019) Oliveira, Jocilane Pereira de; Barroso, Lívia Alves; Júlio, Ana; Caparica, Rita; Macedo, Maria Josiane; Silva, Fabiane Neves; Horta, Michelle Guimarães; Soares, José Fábio; Almeida, Tânia Vanessa Santos de; Júnior, Álvaro; Carneiro, Guilherme; Fonte, Pedro; Costa, Joyce Maria Gomes da
    O objetivo deste trabalho foi a preparação e caracterização de micropartículas de óleo de semente do maracujá da Caatinga (Passiflora cincinnata). A microencapsulação é uma boa estratégia para a preservação de óleos, uma vez que protege os bioativos de fatores que levam à sua detioração e limita a perda de substâncias voláteis. O método de secagem utilizado foi a secagem por atomização, utilizando amido modificado, goma arábica e maltodextrina como material de encapsulação. As micropartículas foram caracterizadas quanto ao teor de humidade, atividade de água (Aw), propriedades físico-químicas e morfologia. As amostras apresentaram uma Aw de cerca de 0,10 e mistura de 1,03 %, que são valores relativamente comuns em pós produzidos por secagem por atomização. As micropartículas apresentaram um formato esférico com diâmetro de cerca de 23,1± 0,05 μm, que foi influenciado pelos parâmetros da técnica. As micropartículas mostraram uma dispersão de partículas, calculada usando o span de 1,56 ± 0,03, que é típico do tipo de atomizador usado (duplo fluido). As partículas carregadas com o óleo de semente do maracujá da Caatinga por secagem de atomização foram produzidas com sucesso e a sua caracterização apresentou baixos valores de Aw, humidade, diâmetro, forma esférica e o valor de span apresentou distribuição homogénea quanto ao tamanho de partícula. Os resultados obtidos são promissores e adequados para aplicações futuras que contribuam para o desenvolvimento de novos produtos alimentares e cosméticos.
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    Efeito citotóxico de antioxidantes de alimentos de origem vegetal em células de osteossarcoma humano U2OS
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2019) Nicolai, Marisa; Almeida, Nuno; Rijo, Patrícia; Costa, João Guilherme; Saraiva, Nuno; Fernandes, Ana Sofia
    As plantas são uma das principais fontes de produtos naturais com propriedades antioxidantes. Alguns destes fitoquímicos têm atraído atenção devido ao seu papel na prevenção e tratamento de doenças. Vários estudos assinalam estes antioxidantes como agentes quimiopreventivos, enquanto outros sugerem potenciais propriedades farmacológicas antitumorais. Contudo, os estudos disponíveis foram realizados em diferentes condições, impossibilitando uma análise comparativa. O osteossarcoma tem uma baixa incidência global, mas é o terceiro tipo de cancro mais comum na adolescência. Este tipo de cancro é localmente agressivo e tende a produzir metástases precocemente, justificando a procura de novas abordagens terapêuticas. Este trabalho avaliou o perfil citotóxico de dez antioxidantes de alimentos vegetais em células de osteossarcoma humano (U2OS): catequina, kaempferol, quercetina, resveratrol, ácido gálico, ácido ferúlico, ácido ascórbico, melatonina, licopeno e β-caroteno. A viabilidade celular foi determinada usando o ensaio de violeta de cristal (24 h). O β-caroteno e o ácido gálico reduziram consideravelmente a viabilidade celular, com valores de IC50 de 18,8 e 184,5 µM, respetivamente. Os restantes compostos não reduziram significativamente a viabilidade celular.
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    Determinação de endpoints relevantes para a avaliação in vivo da função barreira na saúde cutânea
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2019) Alves, Emília; Rijo, Patrícia; Rodrigues, Luís Monteiro; Rosado, Catarina
    Este estudo pretende identificar endpoints para avaliar in vivo a função de barreira da pele, por métodos não invasivos, em indivíduos com atopia e em saudáveis, contribuindo assim para a consolidação de metodologias de estudo que possam ser depois aplicadas na avaliação da ação na saúde da pele de diferentes produtos de saúde e suplementos alimentares. Neste contexto, usou-se o modelo de indução de agressão cutânea com lauril sufato de sódio (LSS) seguido de avaliação da perda transepidérmica de água (PTEA) e do fluxo sanguíneo vascular da derme, por colorimetria e por fluxometria de laser Doppler (FLD), num grupo de voluntários saudáveis (n=15) e num grupo de atópicos (n=5). Os voluntários saudáveis apresentaram uma PTEA basal ligeiramente superior aos atópicos. Na pele sem intervenção, os valores basais não sofreram alteração, 24h após indução da irritação, em ambos os grupos (p <0,05). Na pele tratada com LSS, no mesmo período, os valores apresentaram uma variação maior do que na zona controle (p <0,05), sendo maior no grupo atópico do que no grupo saudável. Os resultados confirmam que a avaliação das alterações cutâneas após agressão com LSS, por medição da PTEA permite uma boa apreciação da função de barreira da pele, quer em voluntários saudáveis quer em atópicos, e sugerem que a medição do eritema por colorimetria pode ser uma avaliação de suporte à robustez deses resultados.
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    Caracterização da hiperpigmentação pós inflamatória relacionada à acne por microscopia confocal de reflectância : aspectos morfológicos e estruturais
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2019) Martini, Ana Paula M.; Costa, Gabriela M. D.; Campos, Patrícia M. B. G. Maia
    Hiperpigmentação Pós Inflamatória (HPI) é uma desordem pigmentar comum em pacientes com pele pigmentada. Exames histológicos e clínicos são utilizados para o diagnóstico de HPI e para determinar o tratamento correto. Entretanto, a Microscopia Confocal de Reflectância à laser (MCR) tem potencial para substituir esses métodos, pois é uma técnica avançada de imagem, não invasiva e possui maior precisão diagnóstica do que a dermatoscopia. O objetivo deste estudo foi caracterizar a HPI e correlacionar os principais aspectos observados por MCR às características macroscópicas da HPI relacionada à acne. Para tal, 12 participantes de pesquisa com diagnóstico prévio de acne e HPI foram selecionadas e avaliadas por MCR. O brilho da camada basal, a espessura da junção dermoepidérmica (JDE) e a profundidade das papilas dérmicas foram quantificados e as características morfológicas e estruturais da JDE foram analisadas. Os resultados mostraram aumento da pigmentação epidérmica, redução da espessura da JDE e espessura da epiderme. Melanófagos foram observados na derme papilar, assim como mudanças no tamanho e na forma das papilas dérmicas. Por fim, este estudo descreve as características da HPI a fim de auxiliar os dermatologistas no diagnóstico de PIH com um método inovador que reduz o estresse associado à biópsia histológica.
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    A atividade de marcar passo : uma abordagem à concentração das células vermelhas do sangue CCVS da região dorsal do pé humano
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2019) Florindo, Margarida; Rodrigues, Luís Monteiro
    Os hábitos sedentários estão na origem das disfunções da microcirculação, embora tarefas simples possam atuar ativamente na prevenção. Este estudo tem como objetivo avaliar alterações na microcirculação utilizando espectroscopia de luz de polarização subsuperficial na região dorsal do pé, durante a atividade de marcar passo. Onze voluntários saudáveis (25,6±5,4 anos) de ambos os géneros com índice tornozelo-braquial normal (1,08±0,15) participaram neste estudo. O protocolo consistiu: um minuto em pé (fase 1); um minuto a marcar passo (fase 2) e um minuto de recuperação (fase 3). A CCVS foi avaliada com sonda Tissue Viability Imaging® System com resultados diferentes entre a fase 1 e a fase 2 (p=0.016) e sem alterações na fase 3 (p=0.113). A Fotopletismografia (FPG) revelou alterações quer na amplitude de onda (p=0.016) quer na frequência de pulso (p=0.005) na fase 3. Esses resultados podem ser explicados como uma resposta fisiológica ao movimento. Diferenças entre género foram encontradas nas fases 2 e 3 (p=0,011 e p=0,006), com maiores valores de CCVS nos homens. Simultaneamente, o gastrocnémio foi avaliado por eletromiografia de superfície (sEMG) com aumento significativo na fase 2 (p=0,003). No entanto, mais estudos são necessários para entender o comportamento da microcirculação durante a atividade.
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    Associação das características da habitação com episódios de sibilância em bebés até 36 meses: estudo observacional na região do Arco Ribeirinho
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2019) Santos, Raquel Rodrigues dos; Gregório, João; Castanheira, Liliana; Fernandes, Ana Sofia
    A prevalência de doenças respiratórias na primeira infância é ainda elevada, sobrecarregando os serviços e sistemas de saúde. As condições da habitação onde se vive a primeira infância têm sido associadas à incidência das doenças respiratórias. O objetivo deste estudo foi averiguar a possível associação entre características das habitações com a ocorrência de episódios de sibilância em crianças com menos de 36 meses de idade. Foi desenhado um estudo transversal numa amostra de bebés na região do Arco Ribeirinho. Foram selecionados 131 participantes através da consulta de Saúde infantil. A maioria vivia em apartamentos num ambiente urbano. Não se verificou qualquer associação entre sibilância e o tipo de habitação (casa vs. apartamento) nem com a zona (urbana vs. rural). No entanto, verificou-se que a área do quarto tem influência na ocorrência de episódios de sibilância: quartos mais pequenos têm tendência a apresentar bebés com mais incidência de episódios. Em futuras investigações, será importante averiguar as causas desta associação, nomeadamente o contributo que alguns poluentes do ar interior podem ter para o surgimento de sibilância e doença respiratória em bebés.
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    Trimetilaminúria : estudo de caso
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2019) Sousa, Bruno; Silva, Rui; Tavares, Nelson
    Uma mulher de 39 anos, funcionária pública, foi encaminhada à consulta de Nutrição para acompanhamento de alimentação e nutrição, após ter procurado o seu médico assistente com queixas de odor corporal intenso e desagradável, além de urina fétida. Segundo a própria, a situação ter-se-ia ficado a dever a umas potas de comeu e que estariam estragadas. As hipóteses de infecção urinária, tricomoníase vaginal e trimetilaminúria foram colocadas pelo médico.
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    Adesão à dieta mediterrânea em estudantes universitários portugueses
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2019) Ferreira-Pêgo, Cíntia; Rodrigues, Joana; Costa, Adriana; Sousa, Bruno
    A dieta mediterrânica (DM) é um dos padrões alimentares saudáveis mais reconhecidos. Apesar dos efeitos benéficos dos hábitos alimentares saudáveis no desempenho académico, os estudantes universitários apresentam escolhas alimentares pouco saudáveis. Foi feita uma análise observacional transversal sobre a adesão à DM em 305 estudantes da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, de diferentes cursos académicos, relacionados ou não com as ciências da saúde. Para avaliação da adesão à DM, os participantes responderam a um questionário validado de 14 pontos. Aproximadamente, 29% do total da população apresentou fraca (<5 pontos) adesão à DM, enquanto 59% apresentaram uma adesão média (entre 6 e 9 pontos) e apenas 12,50% apresentaram uma alta (>10 pontos) adesão à DM. Os alunos de ciências farmacêuticas e os outros estudantes não relacionados com as ciências da saúde apresentaram um risco significativamente maior de baixa adesão à DM. Os estudantes de nutrição apresentaram a maior adesão à DM, em comparação com todos os alunos analisados. Estudantes de ciências farmacêuticas, apesar de serem profissionais de saúde, apresentaram baixa adesão à DM, semelhante aos alunos de cursos não relacionados com ciências da saúde.
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    Consumo de ómegas 3 e 6 em mulheres portuguesas
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2019) Lucas, Catarina; Simões, Laurinda; Sá, Carla
    O presente estudo teve como principal objetivo avaliar o consumo de ácido gordos polinsaturados (AGPI) ómegas 3 (n-3) e 6 (n-6). A amostra foi constituída por 6 mulheres com idades superiores a 40 anos, residentes em Lisboa. Foi feita uma análise transversal do consumo de ómega 3 e 6 através da aplicação de diário alimentar de 3 dias (2 dias de semana e 1 dia de fim de semana), e posteriormente análise dos dados pelo FoodProcessor. Os resultados mostram que há uma ingestão inadequada de AGPI n-3 e n-6. Após a análise, a ingestão de n-6 é elevada (84%), relativamente à ingestão de n-3 (16%), e o rácio da ingestão de n-6 e de n-3 não está de acordo com as recomendações. Os resultados deste estudo sugerem que a amostra apresenta uma inadequada ingestão de AGPI n-3 e n-6, sendo necessário salientar a importância de programas nutricionais no sentido de diminuir a probabilidade de ocorrência de determinadas patologias associadas ao desequilíbrio da ingestão de n-6/n-3.
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    Referências para o perímetro da cintura de crianças e jovens dos 6 aos 18 anos de idade da região autónoma da Madeira, Portugal
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2019) Sousa, Bruno; Oliveira, Bruno Mendes de; Nunes, José Luís; Almeida, Maria Daniel Vaz de
    O perímetro da cintura (PC) tem sido associado a doenças cardiometabólicas. O objetivo deste estudo foi desenvolver referências antropométricas para o PC, em função da idade e sexo para uma população jovem da Região Autónoma da Madeira, Portugal (RAM). Este estudo transversal, foi realizado em duas fases - entre Maio de 2004 e Maio de 2005, nas escolas do 1.º ciclo, e entre Outubro de 2007 e Junho de 2009, nas escolas de 2º e 3º Ciclos , secundárias e profissionais. Esta amostra representativa de 6987 pessoas, inclui 3532 raparigas e 3455 rapazes dos 6 a 18 anos. O PC foi avaliado com uma fita não extensível no ponto médio entre a crista ilíaca e a última costela. Para elaborar as curvas de percentis e z-scores suavizados para idade e sexo, os valores foram estimados entre 72 e 225 meses (a cada três meses) utilizando o procedimento estatístico LMS, através do software LMSChartMaker, versão 2.76. As médias e desvio-padrão, Figura e as curvas de percentis suavizados (P3, P5, P10, P25, P50, P75, P85, P90, P95 e P97) e z-scores (-2, -1, 0, 1 e 2) são apresentados por idade e sexo. Estas referências constituem uma nova ferramenta para avaliar o risco cardiometabólico de crianças e adolescentes da RAM.
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    Avaliação do estado nutricional de crianças em idade pré-escolar e escolar, Ilha da Madeira, Portugal
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2019) Ferreira, Mafalda; Faria, Verónica; Sousa, Bruno; Tavares, Nelson
    Para avaliar o estado nutricional dos alunos do Concelho de Câmara dos Lobos, foram contactadas todas as escolas públicas da pré-primária e da primária do município. A avaliação da estatura e do peso corporal, utilizada para cálculo do IMC como método de diagnóstico da existência de baixo peso, excesso de peso ou obesidade, foi realizada em 1405 alunos com idades compreendidas entre 3 e 9 anos. Os pontos de corte do IMC adotados pela IOTF foram utilizados para calcular a prevalência de baixo peso, excesso de peso e obesidade. A prevalência de baixo peso, excesso de peso e obesidade foi de 2,5%, 36,9% e 13,1%, respectivamente. Nas crianças entre os 3 e os 5 anos, a prevalência de excesso de peso (incluindo obesidade) varia, respetivamente, entre 6,9 e 12,8% nos rapazes e entre 6,9 e 9,8% nas raparigas. Alunos das escolas da freguesia do Estreito de Câmara de Lobos foram os que apresentaram maior prevalência de baixo peso (3,5%). Alunos das escolas da freguesia do Curral das Freiras apresentaram maior prevalência de excesso de peso (42,0%), sendo a prevalência de obesidade 21,0%. Para prevenir a obesidade infantil, a autarquia deveria considerar os resultados obtidos para definir medidas adequadas.