Mestrado em Riscos e Violência(s) nas Sociedades Atuais: Análise e Intervenção Social

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    O perfil do Assistente Social enquanto técnico gestor de processo de habitação social : um agente na promoção
    (2023) Gabriel, Tânia Margarida Pereira; Gameiro, Fátima, orient.
    O Assistente Social (AS), apesar do avanço teórico sobre Serviço Social (SS), ainda não tem lugar na definição, execução e avaliação das políticas sociais. Esta investigação tem como objetivos caraterizar o papel do AS na área de habitação social e definir o perfil (saberes saber, saberes-fazer e os saberes-agir/ser) do AS, como técnico gestor de processo de habitação social. O método Delphi foi aplicado, em duas fases, a uma amostra de 21 especialistas. Como resultados, verifica-se que o AS, como gestor de processo de habitação social, se revê no modelo de gestor de caso, intervindo com uma abordagem colaborativa e são validadas 12 competências dos saberes-saber, 26 dos saberes-fazer e 16 dos saberes agir/ser, que sintetiza num perfil profissional de 53 competências profissionais. Apesar da evidência numérica dos saberes-fazer, os saberes-agir/ser têm maior relevância junto dos especialistas. Conclui-se que se contribuiu para a afirmação do AS, enquanto profissão, em particular na área da habitação, como profissional de relevo na defesa de um direito constitucional e para a discussão quanto à participação do AS na conceção, implementação e avaliação de políticas sociais. Palavras-chave: Assistente Social; Perfil de Competências; Habitação Social.
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    Competências dos assistentes sociais na intervenção com pessoas com deficiência vítimas de violência doméstica
    (2023) Pereira, Ana Catarina Baptista; Gameiro, Fátima, orient.
    A violência doméstica praticada contra a pessoa com deficiência ou incapacidade é um fenómeno social de grande complexidade que não pode ser tratado de forma superficial, seja por parte daqueles que intervêm tecnicamente, seja por parte das vítimas e agressores, pois trata-se da vida real de muitos indivíduos. Este estudo tem como objetivo conhecer a perceção dos assistentes sociais relativamente às competências necessárias para a intervenção com indivíduos com deficiência. O método utilizado para traçar o perfil do assistente social que desenvolve atividade na área da deficiência foi o de Delphi, sustentado no modelo de competências de Le Boterf (os saberes; os saberes-fazer e os saberes ser/agir). A amostra é composta por 25 especialistas da área do serviço social que trabalham diretamente com pessoas com deficiência. Como resultados, verificou-se que os técnicos especialistas identificam 94 competências necessárias para a intervenção com indivíduos com deficiência vítimas de violência doméstica, 24 relativas aos saberes (sete teóricos, quatro do meio e 13 procedimentais), 36 competências respeitantes aos saberes-fazer (15 formalizados, sete empíricos, 10 relacionais e quatro cognitivos) e 34 competências relativas aos saberes ser/agir (12 aptidões e/ou qualidades, 10 recursos fisiológicos e 10 recursos emocionais). O maior número de competências elencadas foram relativas aos saberes-fazer, depois os saberes ser/agir e por fim os saberes. Relativamente à significância atribuída, em primeiro lugar surgem os saberes-fazer (mais os saberes relacionais, depois os cognitivos, formalizados e empíricos respetivamente), depois os saberes (os saberes do meio e depois os teóricos e os procedimentais respetivamente) e por último os saberes-ser (aptidões e/ou qualidades, depois recursos fisiológicos e recursos emocionais, respetivamente). Como conclusão, foi possível estabelecer um perfil de 94 competências necessárias para a intervenção com indivíduos com deficiência vítimas de violência doméstica, sendo, de acordo com a perspetiva dos técnicos especialistas, as mais significativas os saberes do meio, os saberes relacionais e as aptidões e/ou qualidades.
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    Perceção do impacto da violência doméstica na gravidez e/ou pós-parto : estudo de caso
    (2023) Samarro, Maria Beatriz Lopes Pernes; Marques, Jacqueline, orient.
    A presente dissertação analisa e reflete sobre a temática da Violência Doméstica, onde se pretende entender o percurso de vida das mulheres vítimas de violência doméstica e compreender a perceção das mulheres sobre a Violência Doméstica e suas consequências, antes e durante a gravidez e no pós-parto. Este é um estudo exploratório, tratando-se de uma pesquisa qualitativa, utilizando a metodologia do estudo de caso. Para a recolha da informação utilizou-se a Entrevista Biográfica e a Entrevista Semiestruturada. A partir da entrevista biográfica construímos a história de vida das mulheres e posteriormente o biograma de cada uma delas. Numa segunda fase, a entrevista e a sua posterior análise de conteúdo permitiram concretizar os restantes objetivos. Foram criadas cinco dimensões que pretendiam responder aos objetivos. As participantes são mulheres vítimas de violência nas relações de intimidade com filhos. Os principais resultados: no percurso de vida das vítimas de violência doméstica constatou-se que com a violência doméstica as mulheres experienciaram acontecimentos negativos sucessivos e sentimentos negativos associados aos mesmo, após o fim da relação foi possível verificar que as mesmas identificavam acontecimentos e sentimentos positivos na sua vida; durante a gravidez foi possível verificar o aumento das situações de violência; durante a gravidez e depois de serem mães a perceção sobre a violência doméstica foi alterada, verificando que o principal fator para esta mudança foi a maternidade devido à preocupação constante em proteger os filhos para que estes futuramente não tenham sequelas da violência; referente às consequências da violência doméstica, foram a perda da autoestima, confiança, autonomia, dificuldades em fazerem novos amigos, dependência económica e financeira; as crianças ficam com problemas psicológicos, mau comportamento, carentes, inseguras, desconfiadas, maus resultados escolares e a perda da relação entre pais/filhos.
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    Competências dos técnicos nas equipas de adoção
    (2023) Reis, Rita Almodôvar dos; Ferreira, Paula Isabel Marques, orient.
    Os técnicos que desempenham as suas funções em equipas de adoção, devem seguir boas práticas profissionais, sendo estas fulcrais aos mesmos. Da pesquisa realizada constatou se que, não há muita informação acerca das competências que os técnicos das equipas de adoção devem deter na sua prática profissional. Este estudo pretende conhecer o perfil de competências dos técnicos que desempenham o seu exercício profissional em equipas de adoção, de acordo com as categorias do modelo teórico de Le Boterf (2003). A amostra da investigação é composta por 19 técnicos de diversas áreas de formação que desempenham o seu exercício profissional nas equipas de adoção, em Portugal. Para definir o perfil de competências essenciais destes profissionais nas equipas de adoção, recorreu-se a uma metodologia do tipo misto ou quali-quantitativa, optando por usar o método de Delphi, em duas fases, tendo os dados sido recolhidos através de inquéritos por questionário. Na 1ª fase do estudo, verificou-se que os técnicos demonstram estar em concordância no que se refere aos três tipos de competências (os saberes, os saberes-fazer e os saberes ser/agir). Após a análise dos resultados da 2ª fase, pode-se averiguar uma ligeira diferença entre as categorias. Os resultados apontam no sentido de uma maior valorização das competências relativas ao saber-ser, embora se reconheça ainda a importância de outras competências (saber e saber-fazer) na intervenção nas equipas de adoção. De igual modo, verificou-se que, na análise comparativa entre as competências referidas pelos técnicos e as normativas legais e manuais/ relatórios dos Organismos da Segurança Social, apenas uma minoria das competências identificadas pelos técnicos se encontram expressas nos normativos regulamentares. Conclui-se a necessidade de integrar estas competências nos normativos regulamentares, por forma a traduzir as competências presentes na intervenção.
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    Bullying racial nas escolas: a importância de implementação de práticas sociais como forma da prevenção no combate ao bullying
    (2023) Lima, Juceila Maria Rodrigues; Bracons, Hélia, orient.
    A presente dissertação procurou explorar a problemática do bullying racial nas escolas entre os pares. Pretende-se contribuir para uma tomada de consciência coletiva desta problemática e propor soluções que só se tornarão realidade, se formos capazes de transmitir às crianças e adolescentes, o respeito e a tolerância para com os outros. As estatísticas revelam um aumento dos casos do bullying em Portugal. À problemática consiste em identificar os fatores que podem facilitar a ocorrência de comportamentos racistas, em casos afirmativos deve-se ter conhecimento dos intervenientes pretendendo solucionar o problema e sobretudo, apoiar as crianças e adolescentes que são vítimas deste tipo de situações. Neste campo, não será demais lembrar que apenas a educação pode mudar valores, contribuindo para a valorização da diversidade e para a construção de respeito recíproco entre os alunos. Tendo em conta a problemática acima referida, e como forma de orientar a investigação realizada, recorreu-se a um objetivo, saber qual a implicação que o bullying racial tem no percurso escolar e no desenvolvimento dos alunos. Trata-se de um estudo transversal e a amostra é composta por 54 alunos de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 8 aos 14 anos de idade, que frequentam o primeiro, segundo e terceiro ciclo, e foi realizado, na Associação de Academia do Jonhson, onde foi constatado que, uma grande maioria dos alunos é de etnia africana e afrodescendente. O trabalho desenvolveu-se através de uma metodologia mista “quantitativa e qualitativa” e os instrumentos de recolha de dados foram recolhidos através de um questionário aplicado aos alunos e à aplicação de entrevistas semi-estruturadas a um grupo restrito de funcionários, analisando os dados através da análise do conteúdo. Para uma maior compreensão da temática recorreu-se a uma revisão da literatura em trabalhos científicos, artigos especializados, pesquisas académicas realizadas na Internet, analisou-se estudos que privilegiaram a reflexão sobre o impacto do bullying racial nos alunos em contexto escolar. A violência é um comportamento anti-social, cujas repercussões têm aumentado, sobretudo nas comunidades mais jovens e entre pares, manifestando-se através de comportamentos desajustados, com a pretensão de magoar, maltratar, humilhar ou causar dano a alguém física ou psicologicamente. Palavras-chave: Bullying Racial; Escola; Serviço Social; Práticas Sociais
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    A divulgação dos femicídios em contextos de relação de intimidade nos meios de comunicação social
    (2023) Novato, Kele Regina Novato; Ramalho, Nélson, orient.
    A prática do femicídio não se restringe às esferas das relações familiares ou de intimidade, contudo são nas relações de intimidade onde este crime é mais recorrente. A violência é cometida sobretudo por homens contra as mulheres, com quem as vítimas mantiveram algum tipo de relacionamento atual ou passado. Na tentativa de conhecer de que forma os femicídios em contexto de relaçoes de intimidade são divulgados nos jornais diários em Portugal, procurou-se realizar uma caracterização geral das vítimas e homicidas e da prática do crime, observar se as peças jornalísticas fomentam a culpabilização das vítimas em detrimento da desresponsabilização dos homicidas, e verificar se os jornais cumprem com as recomendações nacionais da divulgação de notícias referente à violência doméstica. Para tal, aplicou-se a metodologia qualitativa, fazendo uso pesquisa documental e análise de conteúdo de 20 peças jornalísticas de dois jornais de grande dimensão nacional jornalísticas, 11 do Correio da Manhã e 9 do Jornal de Notícias, respeitante a 13 vítimas assassinadas no ano 2021. Como resultado, assim verificou-se que as peças jornalísticas tendiam a justificar a prática do crime com argumentos ligados à sintomatologia depressiva e a traços de personalidades obsessivas dos homicidas. O crime era representado como sendo um “crime passional”, advindos de uma ação “impulsiva” e “inesperada” do homicida, desculpando o homicida e criando uma culpabilização em torno das vítimas, apresentando-as como “permissivas” e “negligentes” no processo de violência. Estes resultados permitiram identificar a existência de discursos incoerentes e desajustados em torno da violência doméstica, remetendo a conflitualidade conjugal para a esfera doméstica, podendo, por conseguinte, levar as pessoas leitoras a um posicionamento distorcido e enviesado face ao fenómeno.
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    A prática de judo em crianças e jovens em acolhimento residencial
    (2022) Jorge, Rogério Paulo Santos; Gameiro, Fátima, orient.
    As artes marciais tornaram-se uma atividade popular para os jovens pelo mundo inteiro e mais recentemente têm havido esforços para introduzir este desporto em contextos educacionais e de reabilitação. Esta dissertação é um estudo longitudinal, com início e três meses depois da integração no projeto D’AR-TE, que teve como objetivos avaliar a relação entre prática de judo, atitudes empáticas e comportamentos agressivos nas crianças e jovens em acolhimento residencial e conhecer a perceção das crianças e jovens relativamente à prática de judo, as suas repercussões ao nível das atitudes empáticas e dos comportamentos agressivos. A amostra foi constituída por 4 crianças e 10 jovens do sexo masculino, que integram duas respostas residenciais de uma Casa de Acolhimento. Para a execução dos objetivos utilizou-se uma metodologia mista. Como instrumentos foram utilizados o Questionnaire to Assess Affective and Cognitive Empathy in Children, uma grelha de observação dos comportamentos de agressão e uma entrevista semiestruturada. Embora não se tenham observado diferenças estatisticamente significativas após três meses da prática de judo ao nível da empatia, verificou-se uma redução significativa das agressões físicas nas crianças e jovens em acolhimento residencial e a presença de perceções positivas por parte das crianças e jovens relativamente à influência da prática da modalidade ao nível da mudança comportamental e das atitudes empáticas. Perante os resultados observados, pode-se considerar a prática de judo como uma ferramenta útil na diminuição dos comportamentos de agressão nas crianças e jovens com medida de acolhimento residencial.
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    Ser mulher num mundo de homens : perceções sobre género e desigualdades na Guarda Nacional Republicana
    (2022) Fonseca, Joana Alexandra Ramos da
    As mulheres encontram-se em desvantagem em inúmeras esferas da vida, e apesar dos inúmeros esforços e estratégias, a nível nacional e internacional, para combater a desigualdade de género, os progressos são lentos. Em Portugal, a Guarda Nacional Republicana “abriu portas” às mulheres em 1994, um passo tardio, dado que outras instituições militares e de segurança pública já haviam iniciado este processo. Apesar da crescente taxa de feminização na GNR nos últimos anos, as mulheres ainda se encontram sub-representadas em todas as categorias profissionais. Neste sentido, pretendeu-se conhecer as desigualdades sentidas pelas mulheres militares na Guarda Nacional Republicana.. Esta dissertação partiu de uma metodologia qualitativa, onde foram entrevistadas 14 mulheres, entre os 22 e os 50 anos, com funções exclusivamente militares do Comando Territorial de Lisboa da GNR. Verificou-se uma tendência, dos homens militares, para lógicas de exclusão e de hostilidade ou, por oposição, de protecionismo, para com as colegas mulheres militares. Confirmou-se que as mulheres tendem a produzir estratégias de manutenção no espaço hegemonicamente masculino, tendo, por isso, a necessidade de demonstrar competência acrescida para o trabalho que é, ainda, visto pela sociedade, como um trabalho masculino. As mulheres, responsáveis pelo cuidado familiar e pela maioria do trabalho doméstico, acabam por priorizar a vida pessoal e a estabilidade familiar, quando enfrentadas com a opção de progressão de carreira ou de saída para uma missão internacional.
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    Competências do assistente social na intervenção com utentes institucionalizados, vítimas de abandono
    (2022) Matos, Ana Cláudia Mora de; Ferreira, Paula, orient.
    Os profissionais, independentemente da área, devem dotar-se de competências, ao nível do saber, do saber-fazer e do saber-ser. Quando abordamos uma área temática sensível, como o abandono de idosos, o nível de competência dos profissionais, que contactam diretamente com estes indivíduos, torna-se mais exigente. Assim, definiu-se como objetivo geral desta investigação Conhecer as competências do AS na intervenção com utentes institucionalizados em UCCI–ULDM e UMDR, vítimas de abandono. Do universo constam AS que intervêm com utentes de UCCI–ULDM e UMDR, no território português. Da amostra fazem parte 18 destes profissionais, escolhidos de forma aleatória, após divisão por NUTS II. O modelo teórico utilizado para identificação e avaliação das competências foi o de Le Boterf (2003). Utilizou-se uma metodologia mista, através do método Delphi aplicando um inquérito aberto, numa primeira fase, e um inquérito por questionário, com uma escala de Likert de cinco níveis, numa segunda fase. Realizou-se um Focus Group com sete profissionais, que haviam, nas fases anteriores, respondido aos questionários. Com esta investigação reconhecemos que as competências mais valorizadas pelos Assistentes Sociais, na resolução da problemática do abandono nas UCCI-ULDM e UMDR, incidem no saber-fazer e que as estratégias mais utilizadas recaem sobre o trabalho em equipa/rede.
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    Violência doméstica contra o homem : perceções dos militares da GNR
    (2022) Neves, Pedro Miguel da Silva; Rodrigues, Miguel, orient.
    Em Portugal, o crime de violência doméstica continua a ser um dos mais praticados. O número de homens vítimas, tem vindo a aumentar, sendo que, no ano de 2021, uma em cada quatro eram do sexo masculino. A Guarda Nacional Republicana (GNR), enquanto órgão de polícia criminal, surge na primeira linha de intervenção e na receção das denúncias relacionadas com a prática deste crime e no auxílio às suas vítimas. Desta conjugação de fatores, surgiu o objetivo geral de compreender as perceções dos militares da GNR sobre as várias dimensões do crime de violência doméstica contra o homem. Nesse sentido, utilizamos uma metodologia quantitativa, com o recurso à técnica de inquérito por questionário para a recolha de dados. A amostra, de âmbito nacional (continente e arquipélagos), é constituída por 839 militares da GNR, que prestam serviço em funções operacionais genéricas, ou especializados em violência doméstica a desempenharem funções nos Núcleos de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) e nas Equipas de Investigação e Inquérito (EII). Alguns dos resultados mais relevantes indicam que a generalidade dos participantes apresentam perceções desadequadas face à violência doméstica contra os homens em relações heterossexuais.
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    Doença mental e violência intrafamiliar : fatores de risco e de proteção
    (2022) Lourenço, Mariana Ribeiro; Gameiro, Fátima, orient.
    Verificam-se na literatura perspetivas díspares relativamente à dinâmica dos indivíduos com doença mental no contexto familiar, em termos de papéis de vítima e/ou agressor/a, perceção de agressividade e fatores de risco e de proteção. Para conhecer esta realidade, desenvolveu se uma investigação com o objetivo de identificar, nos indivíduos com diagnóstico de doença mental, papéis de vítima e/ou agressor no contexto intrafamiliar, conhecer a perceção da agressividade destes indivíduos e conhecer os fatores de risco e proteção que estes indivíduos, com e sem integração em resposta social, identificam. A amostra foi constituída por vinte e seis indivíduos com diagnóstico de doença mental, oito com esquizofrenia, nove com perturbação de humor e nove com doença bipolar, com uma média de idade de 54,8 anos, dos quais doze são mulheres e catorze homens, dez encontram-se integrados em contexto institucional. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e aplicado o questionário de agressividade de Buss e Perry, com base em dimensões alinhadas aos objetivos da investigação e tendo em consideração todas as dimensões éticas. A recolha dos dados foi realizada através da plataforma ZOOM, contacto telefónico e presencialmente. Como resultados, relativamente à perceção de papéis de vítima e/ou agressor, verificou-se que 61,5% dos indivíduos que constituem a amostra vivenciaram episódios de violência intrafamiliar, destes onze como vítimas (42%), dois como agressoras (7,69%) e três como vítimas-agressoras (11,53%). A maior prevalência de vítimas e agressoras identifica-se na perturbação de humor e em pessoas que não se encontram integradas em resposta social. No que respeita à perceção de agressividade, o valor médio de agressividade reportada pelos 26 indivíduos foi 76,23 (mulheres, 79 e homens, 73,8) o que demonstra valores dentro dos valores normativos para a população portuguesa. No que concerne aos fatores de proteção individuais, verifica-se prevalência de toma de psicofármacos (n=19), proatividade (n=19) e capacidades cognitivas (n=17), considera-se o isolamento social (n=15) e a situação socioeconómica vulnerável (n=14) como fatores de risco individuais. Quanto a fatores protetores familiares, prevalecem a existência de família alargada (n=15) e a existência de suporte familiar (n=11), paralelamente, a desestruturação familiar (n=18), os conflitos familiares (n=14) e a existência de violência física contra o próprio (n=11) revelam-se como fatores de risco a nível familiar. Em contexto comunitário, prevalecem os fatores de risco, tais como, a ausência de rede de suporte social (n=24), de locais de referência na comunidade (n=13) e de grupos formais de pares (n=10). A nível institucional, identificaram como fatores protetores a existência de técnicos gestores (n=26), frequência em resposta social (n=12) e permanência em resposta social (n=10), como fatores de risco, 15 pessoas identificaram ausência de projeto. Assim, conclui-se que indivíduos com doenças mentais mais do que perpetradores tendem a ser vítimas de violência.
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    Violência no namoro: perceção dos adolescentes em escolas no concelho do Montijo
    (2022) Pinto, Nádia Sofia Codeca; Rodrigues, Miguel Oliveira, orient.
    A literatura de referência em contexto nacional e internacional é unânime ao afirmar que a violência no namoro entre os jovens pode provocar impactos negativos, quer na atual vivência, quer no seu desenvolvimento futuro. O presente estudo apresenta como principal objetivo o de estudar os níveis de legitimação da violência no namoro entre os jovens no concelho do Montijo, no qual se constatou uma ausência de estudos sobre o tema. A amostra compreendeu 454 alunos, entre os 15 e os 21 anos, sendo 63,2% do sexo feminino e 36,8% do sexo masculino. A abordagem metodológica utilizada foi a quantitativa e a recolha de dados foi realizada através do instrumento, inquérito por questionário, contendo a caracterização sociodemográfica e o EAVN. Alguns dos resultados mais relevantes observados evidenciam que o tipo de violência com mais elevado nível de legitimação se encontra associado à violência psicológica, decrescendo para a física e sexual. Relativamente à relação desta legitimação com as características dos jovens, observamos níveis de legitimação mais elevados associados aos jovens do sexo masculino, com maior número de retenções escolares, residentes em habitação social, inseridos em agregados familiares mais numerosos, de famílias com menores rendimentos, com hábitos de consumos de álcool, drogas, medicação e de jogar a dinheiro online, que são vítimas e agressores de violência no namoro. Palavras-chave: Violência; Namoro; Adolescência; Legitimação; Atitudes
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    O efeito da arte e do desporto na dinâmica afetiva e comportamental de crianças e jovens com medida de acolhimento
    (2022) Ros, Simone Chaves; Gameiro, Fátima, orient.
    No âmbito da promoção de competências pessoais, relacionais e sociais, a Casa de Acolhimento da Santa Casa da Misericórdia de Santarém, Unidades Residenciais, Primeiro Passo e Lar dos Rapazes encontram-se a desenvolver o projeto D’AR-TE, que contempla a promoção bissemanal do desporto e das artes. Esta investigação tem como objetivo analisar o efeito da participação no projeto na dinâmica fisiológica, afetiva e comportamental de crianças e jovens em perigo com medida de acolhimento residencial participantes nas oficinas do projeto. A investigação foi desenvolvida a partir do contacto direto com 16 rapazes, com idades compreendidas entre os 6 e os 20 anos, dividida em encontros grupais e individuais. Foram aplicadas, no início e 7 meses depois, a Escala de Comportamentos Assertivos para crianças (CABS), o Questionário de Agressividade (AQ), as Escalas de Medida de Perceção do Suporte Social dos Amigos (PSS-Am) e da Família (PSS-Fam), a Escala de Autoconceito de Piers- Harris (PHCSCS-2) e a Escala de Autoestima de Rosenberg (RSES). Foi também implementado, no primeiro e no sétimo mês do D’AR-TE, uma Grelha de Observação de Comportamentos Agressivos (GOCA), com o objetivo de registar os comportamentos dos indivíduos ao longo da intervenção. Os resultados evidenciaram alterações estatisticamente significativas na diminuição de comportamentos agressivos e no aumento da autoestima, após a participação nas oficinas de Artes e Desporto do projeto D’AR-TE. Em relação à perceção de assertividade e de agressividade, ao autoconceito, à perceção de suporte social dos pares e familiares e aos níveis de cortisol, apesar de na maior parte das dimensões avaliadas os resultados serem positivos, não se revelaram ainda melhorias estatisticamente significativas. Conclui-se que os sete meses de participação no D’AR-TE já revelou efeitos positivos, potenciando a autoestima e a diminuição de comportamentos agressivos das crianças e jovens. Palavras-chave: D’AR-TE; Arte; Desporto; Autoconceito; Autoestima; Perceção Social; Violência; Cortisol; Crianças e Jovens; Acolhimento Residencial.
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    Violência doméstica contra homens: perspetivas de vítimas e técnicos
    (2022) Antunes, Daniela Hammes Castro; Rodrigues, Miguel Oliveira, orient.
    Em âmbito nacional observa-se um desconhecimento sobre as dinâmicas que envolvem a vitimação masculina no contexto de violência doméstica. O presente estudo apresenta como objetivos gerais a caracterização socio-afetivamente do homem vítima de violência doméstica em situação de acolhimento em Portugal, e identificar a perceção do Técnico de Apoio à Vítima (TAV) face a violência doméstica contra os homens. Foi utilizada uma abordagem metodológica qualiquantitativa, recorrendo a instrumentos distintos para a recolha de dados, a entrevista semiestruturada e o inquérito por questionário A nossa amostra compreende dois grupos, oito homens vítimas de violência doméstica acolhidos na “Casa Abrigo para Homens” e 30 TAV da APAV. Alguns dos resultados mais relevantes obtidos demonstram que a maioria dos homens acolhidos como vítimas da violência doméstica possuem algum tipo de fragilidade física, os agressores não são exclusivamente a mulher companheira, estas vítimas demonstram muita resistência à denúncia, e o sentimento de medo, humilhação e vergonha persistem na maioria dos casos. As características e perfil do homem vítima de violência doméstica em contexto nacional comprovou ser desconhecido, nomeadamente pelos próprios técnicos especializados na matéria. Os apoios disponíveis para esta vítima masculina não são equivalentes com os que existem para a mulher. Palavras-chave: Violência doméstica; Vítima masculina; Técnico de Apoio à Vítima; Casa abrigo para homens.
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    Caraterização de crianças e jovens em risco com processo de promoção e proteção
    (2022) Felizardo, Beatriz Filipa Rodrigues; Gameiro, Fátima, orient.
    Com o aparecimento da pandemia por Covid-19, mesmo com a menor visibilidade e a crescente complexidade no acesso às crianças/jovens, famílias e pessoas de referência na comunidade, verificou-se em 2020, comparativamente a 2019, um aumento de 7,6% da violência doméstica com reporte às Comissões de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo (CPCJ). Esta investigação tem como objetivos caracterizar as crianças/jovens com processo de promoção e proteção em CPCJ entre os anos 2019-2020 e comparar a tipologia de maus tratos e as medidas de promoção e proteção aplicadas nos períodos pré e pandémico. O método utilizado foi a análise documental. A amostra foi constituída por 335 processos de crianças/jovens que se encontravam a ser acompanhadas por uma CPCJ (155 no ano de 2019 e 180 em 2020). Da análise dos processos, conclui-se que nos dois anos o tipo de mau trato mais frequente foi “exposição a comportamentos que possam afetar o bem-estar e desenvolvimento da criança”, no sexo masculino. No ano de 2019 as idades mais prevalentes foram entre os 11 e os 14 anos e em 2020 entre os 15 aos 21 anos. Ao nível da saúde física, nos dois anos, o problema mais frequente foi reações alérgicas e ao nível da saúde psicológica a regressão e infantilidade. Quanto ao percurso escolar, de um ano para o outro, o número de vítimas diminuiu mas o de agressores aumentou, aumentou a evasão escolar e a necessidade de apoio escolar. Quanto à organização psicossocial, nos dois anos a passividade/ agressividade e o consumo aditivo foram recorrentes, aumentando em 2020. A prática de desporto e integração em atividades lúdicas, apesar de escassa, aumentou em 2020. A maioria das crianças/jovens tiveram acompanhamento técnico e médico de família e estavam integrados em famílias bi-parentais (muitas em situação de desemprego, com RSI, a residir em casas/apartamentos arrendados, com aumento de 2019 para 2020 e muitos dos cuidadores com o 4º ano do 1º ciclo). Relativamente às medidas de apoio aplicadas, a mais prevalente nos dois anos foi o apoio junto dos pais. O apoio mais recorrente por parte da CPCJ foi o apoio psicológico e o encaminhamento foi para atividades extracurriculares, ambos mais utilizados em 2020. Palavras-chave: Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo; Tipologia de Mau-trato; Medida de Promoção e Proteção; Perfil das Crianças/Jovens; Perfil do agregado familiar.
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    Violência conjugal contra a mulher: impactos na produtividade laboral
    (2022) Ferreira, Marlene Pascoal; Bracons, Hélia, orient.
    A investigação qualitativa que desenvolvemos teve como objetivo de conhecermos os impactos causados pela violência conjugal na produtividade laboral das mulheres, através da experiência dos técnicos superiores de apoio a vítimas de violência doméstica, que desempenham funções na Casa de Abrigo que pertence à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Recorremos à entrevista semiestruturada junto dos técnicos para a recolha de informação sobre a temática em questão. Quanto a problemática da violência e empregabilidade, apurou-se que um dos impactos causados pela violência doméstica é por vezes a dificuldade que a vítima passa a ter para manter o emprego, outras vítimas acabam por ficar desempregadas temporariamente, dependentes dos apoios sociais e com maior vulnerabilidade financeira. Conclui-se que relativamente ao emprego, as agressões infligidas nas vítimas de violência doméstica de forma reiterada produzem impactos na sua capacidade e produtividade laboral. No processo de autonomização, apurou-se que as vítimas acolhidas na casa de abrigo eram de nacionalidade estrangeira e estavam todas desempregadas. Um dos passos que é fundamental para o projeto de autonomia das vítimas é a integração no mercado de trabalho, a vasta experiência dos técnicos na problemática da violência conjugal e o conhecimento da situação da vítima por parte de todos os intervenientes apresenta-se como uma boa resolução para o problema. No apoio Jurídico prestado à Vítima, apurou-se que o apoio jurídico é fundamental para a vítima, para além do apoio e acompanhamento jurídico que a vítima tem ao longo do processo de autonomização, desenvolve-se também junto da vítima, um trabalho de empoderamento de forma a manter a vítima bem informada dos seus direitos enquanto cidadã e futura trabalhadora. Relativamente as medidas de combate ao flagelo do crime de violência doméstica, apurou-se que seria uma mais-valia se as escolas criassem um programa de educação para a saúde, com incidência na abordagem da violência doméstica e fosse trabalhado com as crianças, as questões de género para o desenvolvimento da cidadania ativa, com o objetivo de alterar este costume da violência contra a mulher, no qual é considerado crime e atentado contra os direitos humanos.
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    Fatores de risco nos jovens para o consumo de cannabis: o papel do assistente social
    (2021) Ferreira, Joana Cordeiro das Neves; Gameiro, Fátima, orient.
    Os efeitos nefastos, de ordem holística, do consumo de cannabis são largamente reportados na literatura e manifestam-se a curto, a médio e longo prazo. A curto-prazo os efeitos mais comuns decorrentes de uma intoxicação, são as perturbações ao nível das emoções, dos comportamentos, de cognição e da consciência. O longo-prazo pode estar associado a uma multiplicidade de condições, que abrangem a dependência, perturbações psiquiátricas, disfunção cognitiva, doenças cardiovasculares, doença pulmonar obstrutiva crónica e cancro de pulmão (Barrona, 2017). Para conhecer a tomada de decisão relativamente ao consumo é preciso conhecer as interações entre as singularidades de cada usuário e o meio sociocultural em que vive. Este estudo tem como objetivo conhecer os fatores de risco individuais e sociais que levam os estudantes universitários, entre os 18 e os 25 anos, a consumir canabinoides e, ainda, conhecer a sua perceção relativamente à importância atribuída ao técnico superior de serviço social nas escolas. A amostra é constituída por 243 estudantes universitários, sendo que 179 dos mesmos já consumiram cannabis. A técnica utilizada para a recolha de dados foi o inquérito por questionário através do Google Forms. Concluiu-se que a perceção dos inquiridos relativamente às principais motivações para consumir cannabis passa pela procura de desinibição, pela busca de prazer e pela diversão com os seus pares, e que o consumo ocorre com maior frequência nas saídas à noite com os amigos. No que concerne aos fatores de risco, verificaram-se na dinâmica individual, a inconstância ao nível do autocontrolo, a dificuldade de decisão no imediato e as dificuldades de concentração, na dinâmica familiar, as expetativas elevadas por parte dos familiares em relação a si, na dimensão do grupo de pares, o consumo de tabaco, o abuso de álcool, o facto da maioria dos pares experimentarem droga e de alguns fumarem cannabis, no domínio escolar, a reduzida manifestação de interesse por parte dos professores em apoiar os estudantes e uma perceção de relação entre alunos e professores fragilizada, quanto à comunidade, foi identificado o fácil acesso a substâncias ilícitas. A maioria dos inquiridos reporta a importância dos assistentes sociais nas escolas secundárias e apontam como principais competências, apoiar os alunos nas suas dificuldades sociais e motivar para comportamentos adaptados.
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    A violência sobre os idosos : (os maus tratos aos idosos na ilha de São Tomé)
    (2021) Madre Deus, Paula Leal Martins de; Bracons, Hélia, orient.
    A presente dissertação tem como tema a violência exercida sobre as pessoas idosas, focando os maus tratos que lhes são infligidos, muitas vezes no seio da sua própria família. A parte prática deste trabalho debruça-se sobre a realidade desta temática vivida na ilha de São Tomé, onde os maus tratos aos idosos são uma constante, e partiu do estudo realizado pela mestranda, que se ali se deslocou e onde permaneceu cerca de um mês. A pergunta de partida que serviu de fio condutor ao longo de todo o processo de investigação foi a seguinte: Quais as principais causas que concorrem para a existência de maus tratos aos idosos na ilha de São Tomé? Os objetivos foram definidos tendo em conta a pretensão de aprofundar o conhecimento existente sobre os maus tratos infligidos aos idosos, bem como o seu abandono pelas próprias famílias, naquela ilha. Assim, tentou-se caraterizar o fenómeno dos Maus Tratos aos Idosos na ilha de São Tomé, bem como o perfil das famílias e dos idosos que são maltratados e abandonados. Tentou-se igualmente compreender até que ponto existe uma relação entre idosos maltratados e determinadas crenças socioculturais que levam os familiares dos mais velhos a infligirem-lhes maus tratos. Para tal, optou-se por uma metodologia qualitativa, tendo-se desenvolvido um estudo de caso, onde se utilizaram técnicas de pesquisa documental e bibliográfica, e de observação (direta e participante). Recorreu-se igualmente à aplicação de entrevistas semiestruturadas a uma amostra de 8 idosos institucionalizados. Para complementar foram também entrevistadas 4 Técnicas de várias instituições sociais e foi ainda aplicada uma entrevista ao Bispo de São Tomé. Depois da realização das entrevistas procedeu-se à análise e interpretação de dados, apresentando-se no final os respetivos resultados, onde podemos concluir que as diversas fontes de evidência indicam a existência de maus tratos aos idosos na ilha de São Tomé e que os mesmos são derivados da situação de extrema pobreza em que estas pessoas vivem, sendo também possível perceber que o aumento do número de idosos pobres os torna mais vulneráveis ao abandono e à solidão.
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    Violência no namoro: estudo com adolescentes em escolas no concelho de Cascais
    (2021) Martins, Carolina Fernandes; Rodrigues, Miguel Oliveira, orient.
    Segundo a literatura de referência, a violência no namoro entre os jovens é um grave problema na sociedade atual. O presente estudo que tem como objetivo estudar os níveis de legitimação da violência no namoro entre os jovens no concelho de Cascais, onde se verificou um vazio investigativo sobre a problemática. A amostra envolveu 1 026 alunos, entre os 14 e os 20 anos, composta por 53,8% do sexo masculino e 46,2% do sexo feminino. Utilizámos uma abordagem metodológica quantitativa e a recolha de dados foi realizada através do inquérito por questionário, comportando a caracterização sociodemográfica e a Escala de Atitudes acerca da Violência no Namoro (EAVN). Alguns dos resultados mais relevantes obtidos evidenciam que o tipo de violência com níveis mais elevados de legitimação encontram-se associados à violência psicológica, decrescendo para a física e sexual. Relativamente à relação desta legitimação com as características dos jovens, observamos níveis de legitimação mais elevados associadas aos jovens do sexo masculino, com três ou mais retenções escolares, residentes em habitação social, inseridos em agregados familiares numerosos, com consumos de drogas, que não são vítimas de violência no namoro, e que são agressores de violência no namoro.
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    Violência no namoro: legitimação da violência nas relações amorosas entre adolescentes
    (2021) Oliveira, Inês Dias; Ferreira, Paula Isabel Marques, orient.
    A Violência no Namoro entre os jovens tem sido alvo de estudos pelas comunidades científicas desde há alguns anos devido ao seu aumento substancial. A ideia de que este é um fenómeno raro tem vindo a ser deixada de lado devido a diversos estudos realizados sobre a temática e à constante procura e investigação sobre as causas e consequências desta. Assume-se então com os resultados destas investigações que a violência entre jovens casais é uma realidade presente e que muitas vezes é desvalorizada e naturalizada por estes. A presente Dissertação foca a sua investigação numa amostra composta por 146 alunos com idades compreendidas entre os 14 e os 20 anos, do ensino secundário, da Escola Jácome Ratton de Tomar, utilizando a metodologia quantitativa através da aplicação do inquérito por questionário, com o objetivo de perceber se a violência é algo presente nas relações amorosas destes e de que forma esta é legitimada e naturalizada por estes. Este inquérito por questionário foi baseado no Inventário de Conflitos nos Relacionamentos de Namoro Adolescente (CADRI P) e na Escala de Atitudes acerca da Violência no Namoro (EAVN). A estes foi acrescentado ainda uma questão aberta e incorporada no questionário final. De um modo geral os dados resultantes do processo de investigação remetem-nos para a presença, apesar de em baixa escala, de algumas formas de violência presentes nas relações de namoro e para a relação entre estas e a violência familiar registada em casa destes jovens. Estes dados dão também conta da necessidade de prevenção da violência no namoro e da necessidade de intervenção por parte de profissionais especializados com os jovens em idades escolares.