Mestrado em Riscos e Violência(s) nas Sociedades Atuais: Análise e Intervenção Social
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Item Percursos escolares : o envolvimento parental na reintegração no sistema educativo dos jovens, no âmbito da formação profissional(2012) Coelho, Célia Maria Caetano; Rodrigues, Marlene Braz, orient.Com as transformações no sistema de ensino, nomeadamente com a massificação do ensino é cada vez mais exigida uma participação da comunidade na escolarização dos jovens e essencialmente o envolvimento da família na mesma, tendo em conta os novos desafios que se colocam à educação. Crê-se contudo que o papel de cuidador e educador das famílias é imprescindível no desenvolvimento e crescimento de qualquer individuo, nomeadamente o seu envolvimento no sistema educativo, com vista à promoção de um projeto de vida com sucesso. No presente estudo procurámos analisar qual o envolvimento das famílias na reintegração escolar do sistema educativo de jovens, que já vivenciaram percursos de abandono escolar e reintegraram o sistema de ensino no âmbito da formação profissional. Enveredou-se por um estudo qualitativo, que visou captar as preocupações das famílias e jovens sobre o seu percurso escolar/formativo e para tal foram entrevistados dez jovens e respetivas famílias. Considera-se fulcral a colaboração das famílias de forma a promover o sucesso escolar, considerando ainda que a qualificação escolar pode despoletar grandes alterações na vida dos jovens e da própria família.Item Os filhos do silêncio : crianças e jovens expostos à violência conjugal : um estudo de casos(2013) Sousa, Tânia Sofia de; Carvalho, Maria Irene de, orient.O presente estudo debruça-se sobre a problemática violência doméstica, na vertente da infância, isto é, compreender o impacto/consequências e percepções das crianças e jovens expostos à vitimação indirecta. A família é o primeiro local de aprendizagem e formação social das pessoas, sendo responsável por experiências que podem ser determinantes na trajectória de vida. As crianças/jovens expostos aos diversos tipos de violência no seio familiar trazem consequências negativas para o seu desenvolvimento. É relevante ter em conta que apesar do impacto que a exposição poderá ter na criança/jovem, existem algumas variáveis mediadoras para avaliar os efeitos dessa exposição. A investigação realizada, que usou a metodologia qualitativa, caracterizou-se pela execução de múltiplos estudo de casos (quatro), possibilitando conhecer a experiência de crianças/jovens com história de exposição à violência entre os seus cuidadores. A investigação decorreu na Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo de Cascais (CPCJ). Os resultados indicam que a exposição à violência tem efeitos negativos a vários níveis da vida destas crianças/jovens, sendo que os mais prejudiciais verificaram-se ao nível psicológico e emocional. Ainda, os resultados sugerem que, por vezes, também são alvo direto de comportamentos abusivos no seio familiar.Item O acolhimento de emergência de crianças e jovens em perigo na perceção das adolescentes(2013) Paolo, Elizabeth Gaspar di; Andrade, Marília de Carvalho Seixas, orient.A presente dissertação contribui para a compreensão das vivências associadas ao acolhimento numa casa de acolhimento de emergência (CAE) de um grupo de adolescentes, retiradas às famílias por se encontrarem em situação de perigo iminente de vida. O estudo centra-se na análise categorial das narrativas das adolescentes, pretendendo-se caracterizar as suas percepções face ao acolhimento de emergência através da captação de expressões verbais e não verbais. O desafio foi construir uma gramática do sentir e do pensar que revelasse os significados que as jovens atribuem à retirada do contexto familiar e a eventual repercussão da experiência de acolhimento ao nível da qualidade de vida e bem estar. Trata-se de uma pesquisa exploratória que seguiu uma metodologia qualitativa, procurando fazer uma abordagem interpretativa do objeto de estudo. No decurso da pesquisa empírica, através de entrevistas, de elaboração de colagens e recortes de revistas e da realização de focus group, os discursos das adolescentes foram ganhando voz, deixando emergir as representações construídas em função das experiências e vivências das jovens. Através da construção de categorias e subcategorias de análise, foi possível captar a importância do acolhimento e das relações de afeto e de suporte na CAE. Foi possível entender a auto-perceção ou consciência de si e os desafios colocados pelas perspetivas futuras, estando estas relacionadas com os contextos de vida já vividos ou sonhados. Foi possível perceber através da análise dos testemunhos recolhidos que, ainda que não exista uma clara perceção da dimensão do perigo a que estavam expostas, a noção de perigo parece ser clara para as jovens. Manifestando acima de tudo o desejo de voltar a estar com a família, e Independentemente de não compreenderem e não aceitarem as causas que levaram à decisão de acolhimento, as adolescentes preferem permanecer na CAE em prejuízo de terem de mudar de instituição. Os tempos e modos de retirada dos contextos de vida, a separação e o sentimento de perda da família e a entrada na CAE, corresponderam a alguns dos momentos mais críticos das narrativas discursivas das adolescentes. Pode concluir-se que apesar do desgosto de estarem fora do contexto familiar, existe entre as jovens o sentimento de que a CAE permite um imediato e oportuno acolhimento face a inaceitáveis perigos, mas impõe um aprisionamento e impasse temporal vivencial incompatíveis com a necessidade de estabilização e de autonomia imprescindíveis a uma adolescência saudável.Item A Criminalidade Infanto-Juvenil : intervenção adotada pelo Centro Educativo na Recuperação dos Jovens Delinquentes que cumprem a Medida Tutelar Educativa(2014) Furtado, Elisangela Semedo; Sousa, Óscar Conceição de, orient.A criminalidade constitui uma prática anti–social capaz de impedir o desenvolvimento, progresso, paz e tranquilidade social. Por essa razão, a mesma, necessita de uma atenção especial por parte dos governantes, escolas, centros de formação profissional, psicólogos, sociólogos, ONG, Igrejas e pessoas coletivas. Pelo facto de se tratar do comportamento humano, que deve ser guiado constantemente pelas normas sociais, urge a necessidade dos jovens serem educados, reeducados e reintegrados pelas instituições. Neste âmbito, o estudo que apresentamos é uma investigação que se intitula Criminalidade Infanto-Juvenil tendo como principal objetivo analisar quais as Medidas Estratégicas de Intervenção na área do Serviço Social face a este problema (Criminalidade Juvenil) e também analisar os Tipos de Intervenção que constam e são recomendados num Projeto Educativo do Centro Educativo Padre António de Oliveira na Recuperação dos Jovens delinquentes e verificar se os Egressos testemunham mudanças e elencar as boas práticas e as menos boas práticas. Para alcançar o conhecimento sobre esta problemática, utilizamos a metodologia qualitativa, tendo o estudo empírico sido desenvolvido com base na observação descritiva dos contextos onde os jovens estão a cumprir medidas educativas em regime fechado e recolheu-se, através da entrevista, a opinião de uma pessoa responsável pelo Centro Educativo em questão que, com o seu testemunho, fornece uma visão pessoal sobre a problemática em estudo e a forma como a Instituição a enfrenta, ajudando a compreendê-la na sua totalidade. No que concerne à investigação, o estudo tinha como objetivo analisar 4 fontes: os documentos estruturantes da intervenção em um centro educativo, O Regulamento Interno (RI), que elabora todo o funcionamento do centro, o Projeto de Intervenção Educativa (PIE), documentos que estruturam e organizam a intervenção educativa, a observação direta feita no centro, bem como a entrevista a uma Responsável pelo Centro.Item Violência entre pares no contexto escolar (bullying) – estudo comparativo(2015) Reis, Sandy Pacheco dos; Gameiro, Fátima, orient.A presente dissertação pretende compreender a violência entre pares no contexto escolar, mais precisamente os comportamentos de bullying por parte de oito agressores, sendo um estudo comparativo, realizado em duas escolas da Região Autónoma da Madeira, uma escola do norte da ilha, zona rural, e uma escola do sul da ilha, zona urbana. A investigação assenta numa metodologia qualitativa, centrada na vivência singular do sujeito e no significado da sua narrativa. Tem como objetivo geral conhecer se existem diferenças na violência/bullying entre pares, por parte dos agressores, entre uma escola no meio rural e uma escola no meio urbano, e como objetivos específicos, identificar os fatores predisponentes da violência/bullying (ao nível individual, contexto escolar e contexto sociofamiliar) entre pares no contexto escolar; conhecer a violência/bullying utilizada entre pares em contexto escolar; identificar as diferenças entre os agressores da escola do meio rural e do meio urbano; e identificar as diferenças de género entre agressores da escola do meio rural e do meio urbano. Os entrevistados são oito alunos agressores, quatro de cada escola, dividindo-se por número igual entre raparigas e rapazes, que frequentam o 3º ciclo do ensino básico. Os alunos da escola rural caracterizam-se por apresentar um maior índice de autoestima, mais comportamentos de risco, um número superior de reprovações, utilizam maioritariamente o bullying verbal e físico em sala de aula, quando estão acompanhados, para com os alunos mais novos ou da mesma idade. Os alunos da escola urbana caracterizam-se por apresentarem conflitos para com os colegas, desentendimentos para com as figuras de autoridade escolar e discussões com as figuras parentais, utilizam maioritariamente o bullying verbal no pátio, quer estejam sós ou acompanhados, para com alunos mais novos e mais velhos.Item A perceção das crianças e jovens sobre a medida de proteção de colocação em acolhimento residencial e possibilidade(s) de participação no processo(2016) Varela, Patrícia Alexandra Gomes; Vieira, Sandra Regina Alexandre Ferreira, orient.A presente dissertação foi realizada no âmbito do Mestrado em Serviço Social, na especialização de Riscos e Violências nas Sociedades Atuais - Análise e Intervenção Social. Num período em que se fala e se promove muito o superior interesse da criança, a vontade de dar “voz” às crianças levou-nos a procurar perceber a sua perceção sobre a medida de proteção de colocação em acolhimento residencial e sobre as possibilidade(s) da participação das mesmas no processo. Desta forma, surge este trabalho de investigação, de cariz exploratório, sustentado numa metodologia qualitativa e tendo por objeto de estudo os jovens em acolhimento no Centro de Acolhimento Quinta dos Fidalgos. Como instrumentos de recolha de dados, para além da utilização da técnica de entrevistas com guiões semi-estruturados, foram explorados dados recolhidos a partir dos processos individuais das crianças e jovens. Ao longo dos discursos/das conversas ficou claro que as crianças e jovens consideraram-se em situação de risco/perigo antes do acolhimento, conseguindo identificar alguns dos motivos que os conduziram à medida de acolhimento. No entanto, se fosse uma decisão que estivesse nas suas mãos, quatro dos cinco jovens entrevistados acreditam que não aplicariam esta medida de acolhimento apesar de atualmente perceberem que foi uma medida necessária. Relativamente à participação no Projeto de Vida as crianças consideram que têm participado no mesmo. No entanto, a forma de participação é considerada numa dimensão passiva, na medida em que passa pelo cumprimento das regras que lhes são indicadas. Dois dos cinco jovens entrevistados referem que participam através do cumprimento das regras do CAT, outros dois dando a sua opinião sobre o Projeto de Vida e, por último, um dos cinco jovens considera que saber o que se passa com o seu processo também é uma forma de participação. Assim, através desta investigação focalizamos a nossa atenção no domínio do superior interesse da criança, colocando-a no centro da investigação social, procurando que seja este o procedimento a seguir por todos aqueles que diariamente trabalham em prol de uma sociedade pautada pelos direitos das suas crianças.Item Bullying juvenil entre pares em Saurimo-Angola(2016) Garreth, Carolina Chitambala; Gameiro, Fátima, orient.Esta investigação teve como objectivo estudar a prevalência do bullying na Província de Saurimo-Angola, mais especificamente determinar os intervenientes nas situações de bullying; identificar os tipos de bullying a que a vítima foi sujeita; identificar os tipos de bullying praticados pelos agressores; determinar se existem testemunhas de bullying activos e/ou passivos, bem como, identificar os locais de ocorrência identificados pela vítima e pelo agressor e caracterizar agressores e vítimas de bullying quanto ao género. A amostra foi constituída por 225 jovens com idades compreendidas entre os 10 e mais de 14 anos, estudantes do 5º e 6º ano de escolaridade. O instrumento utilizado foi o questionário de auto relato de bullying do Olweus, adaptado à realidade angolana. Da análise dos resultados, verificou-se que 81% dos participantes já foram testemunhas de comportamentos de bullying, 76,9% vítimas e 57,3% agressores. A maior parte das testemunhas percepcionam-se como activas e referem que tentaram ajudar. As vítimas relatam que foram maioritariamente alvo de agressão física e o local prevalente foi o recreio. Os agressores, promoveram mais agressão física e o local prevalente foi o recreio. Ao analisar o género, verificou-se que a maioria das vítimas eram rapazes e dos agressores raparigas. As vítimas de género feminino foram maioritariamente alvo de fofocas e as agressoras utilizaram mais vezes o desprezo. Esta investigação revela-se significativa por disponibilizar dados concretos relativos à prática de bullying em Saurimo-Angola, por forma a poderem ser desenvolvidos projectos preventivos e interventivos junto da comunidade escolar.Item Início e/ou desenvolvimento da sexualidade em adolescentes e jovens portadores de VIH(2016) Mota, Ana Sofia da Silva Gouveia Barata; Vilar, Duarte Gonçalo Rei , orient.Este trabalho enquadra-se numa abordagem compreensiva relativa ao início da sexualidade em adolescentes e jovens portadores de VIH. Tem-se como objetivo aprofundar conhecimentos no que respeita a esta realidade, descortinar obstáculos, conhecer formatos de actuação, pareceres, opções e soluções de mudança em prol da prevenção da infeção e reinfeção do vírus. Podemos considerar, actualmente, que a sociedade se tornou mais tolerante. Assim, considerando as margens de tolerância, identificamos que foram incluídas as vivências da sexualidade dos adolescentes na perspetiva de alguns adultos, ainda que não a identifiquem de uma forma plenamente positiva e não a incentivem (especialmente a sexualidade nas raparigas). Se, por um lado, uma parte dos adultos reconhecem que a vivência sexual dos jovens é algo de inevitável e positivo para o seu desenvolvimento posterior, outra parte continua a olhar os comportamentos sexuais dos adolescentes, sobretudo das raparigas, como um perigo, uma nova desordem amorosa que deve ser controlada. Os adultos encontram-se num misto de confusão e de impotência face às transformações que se operam nos comportamentos sexuais dos jovens nas últimas décadas. As questões referentes ao comportamento sexual são complexas porque muitas vezes o individuo compreende a situação, porem, não consegue interiorizar ou colocar em prática o que a ciência comprova, com vista à promoção da saúde. Relacionado com estes comportamentos de risco surge o vírus de VIH, que é associado a más práticas sexuais, a uma sexualidade anormal ou um padrão de conduta capaz de colocar em risco o bem-estar social.Item "Ter um/a filho/a com surdocegueira" : mudanças, vidas e narrativas de família(2016) Candeias, Dina Claudia Loura; Tomás, Catarina Almeida, orient.O nascimento de um/a filho/a implica sempre uma reorganização das relações e dinâmicas familiares. A investigação realizada teve como objetivo mapear as conceções que as famílias têm acerca das suas vidas e a dos/as seus/suas filhos/as e quais os obstáculos sentidos pelo facto de serem pais/mães de pessoas surdocegas. Foram convidados/as a colaborar pais/mães que tinham filhos/as surdocegos/as, em idade adulta, integrados no Lar Residencial do CEDAACF, em Lisboa. Metodologicamente optou-se por uma investigação qualitativa e como instrumento de recolha de dados, pela entrevista, realizada a sete pessoas, permitiu mapear as formas como a deficiência dos seus/suas filhos/as reconfiguraram percursos de vida e a (re)organização familiar. As conclusões revelam que o nascimento de um/a filho/a surdocego/a teve grande impacto na vida da família caraterizado por percursos solitários e fragmentados. As famílias deparam-se com dificuldades acrescidas quando tentam aceder a informação ou às respostas de reabilitação. Todas as famílias referem dificuldades em obter um diagnóstico conclusivo, o mesmo acontece no que confere ao percurso educativo e reabilitativo. Algumas relatam condicionantes ao nível laboral, social e económico, motivadas pelo facto de os/as filhos/as necessitarem de um/a cuidador/a em permanência. Finalmente indicam que se depararam com grandes dificuldades até encontrarem a instituição vocacionada para a surdocegueira. As políticas sociais de baixa intensidade e uma insuficiente intervenção psicossocial e cultural, que promova a partilha de experiências e informação, entre famílias e técnicos/as, são outras das considerações importantes a reter dos discursos das famílias.Item Violência conjugal contra a mulher: o atendimento telefónico em situação de risco severo e extremo(2018) Sainda, Júlia da Regina; Rodrigues, Marlene Braz, orient.Assumido como um problema mundial e transversal a todas as sociedades, a violência conjugal contra a mulher é, em contexto português, um crime público tipificado no artigo 152º do Código Penal - “Violência Doméstica”. Definido como sendo um padrão de comportamento que ocorre sob a forma física, psicológica, social, económica e sexual, e que é desenvolvido por parte do agressor masculino com vista a perpetuar a intimidação, o poder e o controlo sobre a mulher vítima. Em contexto nacional os relatórios oficiais indicam que a mulher surge, com imensa discrepância, como principal vítima e o homem como principal agressor, sendo atualmente a segunda tipologia de crime mais denunciada, e apresenta-se mesmo como o crime que mais vitimiza e mata a mulher. Por se tratar de uma problemática reconhecidamente grave a nível social e criminal, a sua intervenção exige o conhecimento de técnicas de comunicação e o trabalho conjunto duma equipa interdisciplinar que acompanhe todas as vertentes do crime. A Associação Portuguesa de Apoio à Vítimas (APAV), instituição de maior abrangência em contexto nacional de apoio a vítimas de crime, manifesta atualmente o atendimento telefónico como principal meio de contacto com as vítimas de violência doméstica que procuram os seus serviços. Foi, com esta perspetiva e perante um estágio realizado nesta associação, que o presente trabalho teve como objetivo geral o de avaliar o impacto da intervenção/comunicação dos Técnico de Apoio à Vítima (TAV) da Linha de Apoio à Vítima (LAV) junto das mulheres vítimas de violência conjugal em situação de risco severo e extremo. Para tal, utilizamos uma abordagem metodológica de investigação-ação e de natureza qualitativa, envolvendo uma amostra de mulheres vítimas de violência conjugal pelo seu parceiro masculino, numa abordagem que comportou as técnicas de observação participante, o diário de campo e a pesquisa bibliográfica. Alguns dos resultados mais relevantes obtidos evidenciam a preponderância no estabelecimento de uma relação de confiança com a vítima, envolvendo-a na procura de soluções, uma intervenção que se estabelece em colaboração e com o apoio de uma equipa solidária. Nesta operação a vítima deve ser conduzida a envolver-se no delineamento das estratégias de resolução, considerando-as como suas, permitindo assim que se sinta capaz de as colocar em prática. Este aspeto é de vital importância para se minimizarem os fatores de rejeição perante as estratégias de intervenção e os constrangimentos ao longo de todo um processo de apoio.Item Transições : resiliências contextuais - um estudo sobre o suicídio e comportamentos suicidas dos jovens transexuais masculinos(2020) Pires, Vânia Cláudia da Graça Cavacas; Bracons, Hélia, orient.A prevalência da literatura nacional e internacional alocada às suicidalidades em transexuais refere os avanços científicos que têm sido feitos na esteira da transexualidade. Os estudos científicos de ordem sociológica e psicológica foram inventariando as necessidades que imperam no segmento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transgénero), como legislação própria, estatutos, direitos, liberdades e garantias, da mesma forma que expuseram as violências a que esta esfera está sujeita. De forma similar, a estatística atesta a forte incidência do suicídio ou comportamentos suicidas dos indivíduos transexuais em contextos de discriminação, preconceito, rejeição social e/ou parental. Este estudo tencionou identificar e caraterizar os principais fatores sociais e familiares que concorrem para o comportamento suicida em jovens transexuais masculinos, assim como conhecer a perceção do jovem transexual da relevância do Assistente Social numa equipa multidisciplinar, contribuindo desta forma para uma melhor compreensão deste fenómeno. A investigação assentou numa metodologia qualitativa desenvolvida através de entrevistas semi estruturadas com recurso a guião, a dez indivíduos transexuais masculinos. Este estudo caraterizou que 5 dos 10 inquiridos tentaram o suicídio, 10 padeciam de ideação suicida e de 8 manifestaram práticas de parassuicídio. Como principais resultados, revela-se uma forte incidência das questões familiares como fonte de desesperança, como a rejeição parental ou quando esta não ocorre, os indivíduos transexuais percecionam um não reconhecimento da sua identidade pelos pais, mantendo estes o registo dos pronomes errados. O tempo de espera por consultas e/ou procedimentos no Serviço Nacional de Saúde é igualmente um stressor que potencia as ideações suicidas desta população, adiando a sua congruência e perpetuando sentimentos de opressão. A discriminação percecionada evidencia-se ainda em período de relações lésbicas ante transição social/clínica. De todas as esferas que envolvem estes indivíduos, os participantes classificaram a categoria do suporte familiar a mais importante para resiliências salutares. Este estudo vem trazer um conhecimento mais profundo dos móbeis envolvidos nos comportamentos suicidas dos jovens transexuais, contribuindo para identificar os seus fatores protetores, e na consonância especificar e compreender os seus fatores de risco.Item Reaprender a confiar : o perfil de competências do assistente social em contexto de acolhimento residencial(2020) Florêncio, Micaela Paulo; Gameiro, Fátima, orient.Os profissionais que trabalham na área da infância e juventude, mais especificamente no acolhimento residencial, devem reger-se por um conjunto de boas práticas, sendo estas essenciais porque o trabalho desenvolvido com esta população exige além da formação base, uma especialização e contínua na área. Da pesquisa efetuada não existe uma identificação, nem nacional nem internacionalmente, das competências que devem reger a sua formação/intervenção. O universo da investigação são os especialistas assistentes sociais que intervêm com crianças e jovens com medida de acolhimento residencial em Portugal, quer continental quer arquipélagos. A amostra é de 37 especialistas, licenciados em Serviço Social. Foram definidos como objetivos conhecer as competências que se conferem como necessárias aos assistentes sociais para a intervenção com crianças e jovens com medida de acolhimento residencial de acordo com as categorias (os saberes; os saberes-fazer e os saberes ser/agir) do modelo teórico de Le Boterf (2003). Foi utilizada a metodologia quali-quantitativa recorrendo ao método Delphi. Com a análise de conteúdos e dos dados estatísticos recolhidos nos inquéritos por questionário, delimitou-se, após um grau de concordância entre os especialistas, um perfil final de competências necessárias ao assistente social para realizar uma intervenção eficiente com as crianças e jovens com medida de acolhimento residencial.Item Violência no namoro: estudo com adolescentes em escolas no concelho de Cascais(2021) Martins, Carolina Fernandes; Rodrigues, Miguel Oliveira, orient.Segundo a literatura de referência, a violência no namoro entre os jovens é um grave problema na sociedade atual. O presente estudo que tem como objetivo estudar os níveis de legitimação da violência no namoro entre os jovens no concelho de Cascais, onde se verificou um vazio investigativo sobre a problemática. A amostra envolveu 1 026 alunos, entre os 14 e os 20 anos, composta por 53,8% do sexo masculino e 46,2% do sexo feminino. Utilizámos uma abordagem metodológica quantitativa e a recolha de dados foi realizada através do inquérito por questionário, comportando a caracterização sociodemográfica e a Escala de Atitudes acerca da Violência no Namoro (EAVN). Alguns dos resultados mais relevantes obtidos evidenciam que o tipo de violência com níveis mais elevados de legitimação encontram-se associados à violência psicológica, decrescendo para a física e sexual. Relativamente à relação desta legitimação com as características dos jovens, observamos níveis de legitimação mais elevados associadas aos jovens do sexo masculino, com três ou mais retenções escolares, residentes em habitação social, inseridos em agregados familiares numerosos, com consumos de drogas, que não são vítimas de violência no namoro, e que são agressores de violência no namoro.Item A violência sobre os idosos : (os maus tratos aos idosos na ilha de São Tomé)(2021) Madre Deus, Paula Leal Martins de; Bracons, Hélia, orient.A presente dissertação tem como tema a violência exercida sobre as pessoas idosas, focando os maus tratos que lhes são infligidos, muitas vezes no seio da sua própria família. A parte prática deste trabalho debruça-se sobre a realidade desta temática vivida na ilha de São Tomé, onde os maus tratos aos idosos são uma constante, e partiu do estudo realizado pela mestranda, que se ali se deslocou e onde permaneceu cerca de um mês. A pergunta de partida que serviu de fio condutor ao longo de todo o processo de investigação foi a seguinte: Quais as principais causas que concorrem para a existência de maus tratos aos idosos na ilha de São Tomé? Os objetivos foram definidos tendo em conta a pretensão de aprofundar o conhecimento existente sobre os maus tratos infligidos aos idosos, bem como o seu abandono pelas próprias famílias, naquela ilha. Assim, tentou-se caraterizar o fenómeno dos Maus Tratos aos Idosos na ilha de São Tomé, bem como o perfil das famílias e dos idosos que são maltratados e abandonados. Tentou-se igualmente compreender até que ponto existe uma relação entre idosos maltratados e determinadas crenças socioculturais que levam os familiares dos mais velhos a infligirem-lhes maus tratos. Para tal, optou-se por uma metodologia qualitativa, tendo-se desenvolvido um estudo de caso, onde se utilizaram técnicas de pesquisa documental e bibliográfica, e de observação (direta e participante). Recorreu-se igualmente à aplicação de entrevistas semiestruturadas a uma amostra de 8 idosos institucionalizados. Para complementar foram também entrevistadas 4 Técnicas de várias instituições sociais e foi ainda aplicada uma entrevista ao Bispo de São Tomé. Depois da realização das entrevistas procedeu-se à análise e interpretação de dados, apresentando-se no final os respetivos resultados, onde podemos concluir que as diversas fontes de evidência indicam a existência de maus tratos aos idosos na ilha de São Tomé e que os mesmos são derivados da situação de extrema pobreza em que estas pessoas vivem, sendo também possível perceber que o aumento do número de idosos pobres os torna mais vulneráveis ao abandono e à solidão.Item Fatores de risco nos jovens para o consumo de cannabis: o papel do assistente social(2021) Ferreira, Joana Cordeiro das Neves; Gameiro, Fátima, orient.Os efeitos nefastos, de ordem holística, do consumo de cannabis são largamente reportados na literatura e manifestam-se a curto, a médio e longo prazo. A curto-prazo os efeitos mais comuns decorrentes de uma intoxicação, são as perturbações ao nível das emoções, dos comportamentos, de cognição e da consciência. O longo-prazo pode estar associado a uma multiplicidade de condições, que abrangem a dependência, perturbações psiquiátricas, disfunção cognitiva, doenças cardiovasculares, doença pulmonar obstrutiva crónica e cancro de pulmão (Barrona, 2017). Para conhecer a tomada de decisão relativamente ao consumo é preciso conhecer as interações entre as singularidades de cada usuário e o meio sociocultural em que vive. Este estudo tem como objetivo conhecer os fatores de risco individuais e sociais que levam os estudantes universitários, entre os 18 e os 25 anos, a consumir canabinoides e, ainda, conhecer a sua perceção relativamente à importância atribuída ao técnico superior de serviço social nas escolas. A amostra é constituída por 243 estudantes universitários, sendo que 179 dos mesmos já consumiram cannabis. A técnica utilizada para a recolha de dados foi o inquérito por questionário através do Google Forms. Concluiu-se que a perceção dos inquiridos relativamente às principais motivações para consumir cannabis passa pela procura de desinibição, pela busca de prazer e pela diversão com os seus pares, e que o consumo ocorre com maior frequência nas saídas à noite com os amigos. No que concerne aos fatores de risco, verificaram-se na dinâmica individual, a inconstância ao nível do autocontrolo, a dificuldade de decisão no imediato e as dificuldades de concentração, na dinâmica familiar, as expetativas elevadas por parte dos familiares em relação a si, na dimensão do grupo de pares, o consumo de tabaco, o abuso de álcool, o facto da maioria dos pares experimentarem droga e de alguns fumarem cannabis, no domínio escolar, a reduzida manifestação de interesse por parte dos professores em apoiar os estudantes e uma perceção de relação entre alunos e professores fragilizada, quanto à comunidade, foi identificado o fácil acesso a substâncias ilícitas. A maioria dos inquiridos reporta a importância dos assistentes sociais nas escolas secundárias e apontam como principais competências, apoiar os alunos nas suas dificuldades sociais e motivar para comportamentos adaptados.Item Violência no namoro: legitimação da violência nas relações amorosas entre adolescentes(2021) Oliveira, Inês Dias; Ferreira, Paula Isabel Marques, orient.A Violência no Namoro entre os jovens tem sido alvo de estudos pelas comunidades científicas desde há alguns anos devido ao seu aumento substancial. A ideia de que este é um fenómeno raro tem vindo a ser deixada de lado devido a diversos estudos realizados sobre a temática e à constante procura e investigação sobre as causas e consequências desta. Assume-se então com os resultados destas investigações que a violência entre jovens casais é uma realidade presente e que muitas vezes é desvalorizada e naturalizada por estes. A presente Dissertação foca a sua investigação numa amostra composta por 146 alunos com idades compreendidas entre os 14 e os 20 anos, do ensino secundário, da Escola Jácome Ratton de Tomar, utilizando a metodologia quantitativa através da aplicação do inquérito por questionário, com o objetivo de perceber se a violência é algo presente nas relações amorosas destes e de que forma esta é legitimada e naturalizada por estes. Este inquérito por questionário foi baseado no Inventário de Conflitos nos Relacionamentos de Namoro Adolescente (CADRI P) e na Escala de Atitudes acerca da Violência no Namoro (EAVN). A estes foi acrescentado ainda uma questão aberta e incorporada no questionário final. De um modo geral os dados resultantes do processo de investigação remetem-nos para a presença, apesar de em baixa escala, de algumas formas de violência presentes nas relações de namoro e para a relação entre estas e a violência familiar registada em casa destes jovens. Estes dados dão também conta da necessidade de prevenção da violência no namoro e da necessidade de intervenção por parte de profissionais especializados com os jovens em idades escolares.Item Violência doméstica contra o homem : perceções dos militares da GNR(2022) Neves, Pedro Miguel da Silva; Rodrigues, Miguel, orient.Em Portugal, o crime de violência doméstica continua a ser um dos mais praticados. O número de homens vítimas, tem vindo a aumentar, sendo que, no ano de 2021, uma em cada quatro eram do sexo masculino. A Guarda Nacional Republicana (GNR), enquanto órgão de polícia criminal, surge na primeira linha de intervenção e na receção das denúncias relacionadas com a prática deste crime e no auxílio às suas vítimas. Desta conjugação de fatores, surgiu o objetivo geral de compreender as perceções dos militares da GNR sobre as várias dimensões do crime de violência doméstica contra o homem. Nesse sentido, utilizamos uma metodologia quantitativa, com o recurso à técnica de inquérito por questionário para a recolha de dados. A amostra, de âmbito nacional (continente e arquipélagos), é constituída por 839 militares da GNR, que prestam serviço em funções operacionais genéricas, ou especializados em violência doméstica a desempenharem funções nos Núcleos de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) e nas Equipas de Investigação e Inquérito (EII). Alguns dos resultados mais relevantes indicam que a generalidade dos participantes apresentam perceções desadequadas face à violência doméstica contra os homens em relações heterossexuais.Item Doença mental e violência intrafamiliar : fatores de risco e de proteção(2022) Lourenço, Mariana Ribeiro; Gameiro, Fátima, orient.Verificam-se na literatura perspetivas díspares relativamente à dinâmica dos indivíduos com doença mental no contexto familiar, em termos de papéis de vítima e/ou agressor/a, perceção de agressividade e fatores de risco e de proteção. Para conhecer esta realidade, desenvolveu se uma investigação com o objetivo de identificar, nos indivíduos com diagnóstico de doença mental, papéis de vítima e/ou agressor no contexto intrafamiliar, conhecer a perceção da agressividade destes indivíduos e conhecer os fatores de risco e proteção que estes indivíduos, com e sem integração em resposta social, identificam. A amostra foi constituída por vinte e seis indivíduos com diagnóstico de doença mental, oito com esquizofrenia, nove com perturbação de humor e nove com doença bipolar, com uma média de idade de 54,8 anos, dos quais doze são mulheres e catorze homens, dez encontram-se integrados em contexto institucional. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e aplicado o questionário de agressividade de Buss e Perry, com base em dimensões alinhadas aos objetivos da investigação e tendo em consideração todas as dimensões éticas. A recolha dos dados foi realizada através da plataforma ZOOM, contacto telefónico e presencialmente. Como resultados, relativamente à perceção de papéis de vítima e/ou agressor, verificou-se que 61,5% dos indivíduos que constituem a amostra vivenciaram episódios de violência intrafamiliar, destes onze como vítimas (42%), dois como agressoras (7,69%) e três como vítimas-agressoras (11,53%). A maior prevalência de vítimas e agressoras identifica-se na perturbação de humor e em pessoas que não se encontram integradas em resposta social. No que respeita à perceção de agressividade, o valor médio de agressividade reportada pelos 26 indivíduos foi 76,23 (mulheres, 79 e homens, 73,8) o que demonstra valores dentro dos valores normativos para a população portuguesa. No que concerne aos fatores de proteção individuais, verifica-se prevalência de toma de psicofármacos (n=19), proatividade (n=19) e capacidades cognitivas (n=17), considera-se o isolamento social (n=15) e a situação socioeconómica vulnerável (n=14) como fatores de risco individuais. Quanto a fatores protetores familiares, prevalecem a existência de família alargada (n=15) e a existência de suporte familiar (n=11), paralelamente, a desestruturação familiar (n=18), os conflitos familiares (n=14) e a existência de violência física contra o próprio (n=11) revelam-se como fatores de risco a nível familiar. Em contexto comunitário, prevalecem os fatores de risco, tais como, a ausência de rede de suporte social (n=24), de locais de referência na comunidade (n=13) e de grupos formais de pares (n=10). A nível institucional, identificaram como fatores protetores a existência de técnicos gestores (n=26), frequência em resposta social (n=12) e permanência em resposta social (n=10), como fatores de risco, 15 pessoas identificaram ausência de projeto. Assim, conclui-se que indivíduos com doenças mentais mais do que perpetradores tendem a ser vítimas de violência.Item Competências do assistente social na intervenção com utentes institucionalizados, vítimas de abandono(2022) Matos, Ana Cláudia Mora de; Ferreira, Paula, orient.Os profissionais, independentemente da área, devem dotar-se de competências, ao nível do saber, do saber-fazer e do saber-ser. Quando abordamos uma área temática sensível, como o abandono de idosos, o nível de competência dos profissionais, que contactam diretamente com estes indivíduos, torna-se mais exigente. Assim, definiu-se como objetivo geral desta investigação Conhecer as competências do AS na intervenção com utentes institucionalizados em UCCI–ULDM e UMDR, vítimas de abandono. Do universo constam AS que intervêm com utentes de UCCI–ULDM e UMDR, no território português. Da amostra fazem parte 18 destes profissionais, escolhidos de forma aleatória, após divisão por NUTS II. O modelo teórico utilizado para identificação e avaliação das competências foi o de Le Boterf (2003). Utilizou-se uma metodologia mista, através do método Delphi aplicando um inquérito aberto, numa primeira fase, e um inquérito por questionário, com uma escala de Likert de cinco níveis, numa segunda fase. Realizou-se um Focus Group com sete profissionais, que haviam, nas fases anteriores, respondido aos questionários. Com esta investigação reconhecemos que as competências mais valorizadas pelos Assistentes Sociais, na resolução da problemática do abandono nas UCCI-ULDM e UMDR, incidem no saber-fazer e que as estratégias mais utilizadas recaem sobre o trabalho em equipa/rede.Item Violência doméstica contra homens: perspetivas de vítimas e técnicos(2022) Antunes, Daniela Hammes Castro; Rodrigues, Miguel Oliveira, orient.Em âmbito nacional observa-se um desconhecimento sobre as dinâmicas que envolvem a vitimação masculina no contexto de violência doméstica. O presente estudo apresenta como objetivos gerais a caracterização socio-afetivamente do homem vítima de violência doméstica em situação de acolhimento em Portugal, e identificar a perceção do Técnico de Apoio à Vítima (TAV) face a violência doméstica contra os homens. Foi utilizada uma abordagem metodológica qualiquantitativa, recorrendo a instrumentos distintos para a recolha de dados, a entrevista semiestruturada e o inquérito por questionário A nossa amostra compreende dois grupos, oito homens vítimas de violência doméstica acolhidos na “Casa Abrigo para Homens” e 30 TAV da APAV. Alguns dos resultados mais relevantes obtidos demonstram que a maioria dos homens acolhidos como vítimas da violência doméstica possuem algum tipo de fragilidade física, os agressores não são exclusivamente a mulher companheira, estas vítimas demonstram muita resistência à denúncia, e o sentimento de medo, humilhação e vergonha persistem na maioria dos casos. As características e perfil do homem vítima de violência doméstica em contexto nacional comprovou ser desconhecido, nomeadamente pelos próprios técnicos especializados na matéria. Os apoios disponíveis para esta vítima masculina não são equivalentes com os que existem para a mulher. Palavras-chave: Violência doméstica; Vítima masculina; Técnico de Apoio à Vítima; Casa abrigo para homens.