Mestrado em Ciências da Educação - Esp. em Bibliotecas Escolares e Literacias do Séc.XXI
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Item Implementação e utilização da Classificação Decimal Universal, nas bibliotecas escolares do 1.ºciclo do ensino básico do distrito de Lisboa (estudo de caso)(2013) Ribeiro, Anabela da Conceição Gonçalves Morais; Felício, Gisélia Maria Martins, orient.Este trabalho de investigação apresenta um estudo de caso sobre a eficácia da implementação da Classificação Decimal Universal (CDU) nas Bibliotecas Escolares (BE) do 1.º Ciclo do distrito de Lisboa, que servem tanto os alunos do 1.º Ciclo como do Pré-escolar, na faixa etária dos 3 aos 6 anos, sobre os quais assenta esta investigação. As BE do 1.º Ciclo estão integradas no Programa da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) e são, atualmente, bibliotecas bem equipadas, modernas e com fundos documentais atualizados, diversificados e adequados ao número de alunos, satisfazendo as necessidades e a curiosidade dos seus utilizadores. Souberam corresponder aos propósitos deste Programa, lançado em 1996, e que sob orientações internacionais emanadas da IFLA2 e da IASL3, colocaram as BE ao nível das suas congéneres europeias. Através do processo de candidatura, mais de 2000 BE de todo o sistema de ensino público são apoiadas pela RBE. As BE do 1.º Ciclo usufruem, ainda de apoio ao nível do tratamento documental, das Bibliotecas Municipais através do Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares (SABE) que, na sua generalidade utiliza a CDU - assente na divisão das áreas do conhecimento em dez classes (0 a 9), correspondentes a 10 grandes áreas do conhecimento. Verificamos tratar-se da classificação mais utilizada nas Bibliotecas Escolares, embora não sendo imposta pela RBE. Usam-na como classificação mas também como cota para identificar os documentos em estante. No entanto, a CDU apresenta-se, em cada uma destas BE, com adaptações (cores, símbolos), o que deixa transparecer que a utilização desta classificação, enquanto cota, não é suficientemente clara em si mesma, para que possa ser compreendida especialmente pelos utilizadores das BE objeto deste estudo de caso, que têm idades compreendidas entre os 3 e os 10 anos. Para análise desta situação, efetuada em 16 Bibliotecas Municipais, foi utilizado um inquérito por questionário, lançado aos serviços SABE correspondentes.Conclui-se que a CDU é utilizada, enquanto cota, em 80% das BE do 1.º Ciclo do distrito de Lisboa e que todas recorrem a adaptações, sendo a mais utilizada a de código cromático, o que demonstra que a CDU em si mesma não responde às necessidades/perfil dos utilizadores da faixa etária em análise.Item A arte de ler. Ler para quê?(2014) Talefe, Rute Saraiva Ferreira; Sousa, Óscar Conceição de, orient.Este trabalho de pesquisa tem como principal objetivo aferir os hábitos e as preferências literárias de quem lê. Saber porque leem os leitores e o que pretendem encontrar. Escolhemos como amostra, indivíduos com formação académica superior e a frequentar a Universidade , este nosso critério de seleção prendeu-se com a necessidade de encontrar um conjunto de indivíduos com hábitos de leitura enraizados, de acordo com os objectivos da pesquisa. Pretendemos saber se num mundo onde a tecnologia impera e os computadores são um grande aliciante pela diversidade e rapidez de oferta, os indivíduos conseguem manter os seus hábitos de leitura e qual a importância que esta ocupa nas suas vidas. Procuramos ainda saber se os mesmos têm a noção de partilha, comunicação e criação artística implícitos no ato da leitura.Item A biblioteca escolar e o seu papel dinamizador na promoção da leitura (estudo de caso)(2012) Bernardo, Maria Alexandra Vieira; Felício, Gisélia Maria Martins, orient.O presente trabalho enquadra-se no âmbito dos estudos sobre a problemática da promoção da leitura, dando especial atenção ao papel que a biblioteca escolar poderá desempenhar junto dos alunos para que estes adquiram o gosto pela leitura. Relativamente ao enquadramento teórico, são focados aspectos relacionados com o ato de ler e a sua importância para o desenvolvimento cognitivo do aluno; o papel que a biblioteca escolar deve assumir enquanto mediadora de saberes e da sua importância junto dos alunos, pois, as atividades que são propostas, relacionadas com a promoção da leitura devem de ir ao encontro dos gostos dos alunos para que estes sintam prazer e não encarem os livros como uma obrigação. No que diz respeito à investigação-ação desenvolveu-se um projeto de promoção da leitura, onde a biblioteca escolar assume um papel principal; foram dinamizadas atividades como, sessões de leitura, encontro com escritores, contadores de histórias e concursos literários. Este projeto, foi aplicado a duas turmas do 4º ano existentes na escola básica do 1º ciclo da Conquinha, Torres Vedras. A escolha destes alunos deve-se ao facto de os mesmos pertencerem a uma turma enquadrada num ano de transição, ou seja, estão a completar um ciclo e a iniciar uma nova etapa, por isso, este projeto, teve como objetivo, revelar aos alunos o quanto as leituras podem contribuir para ampliar os seus conhecimentos. Para que tal acontecesse, o trabalho colaborativo entre professores, pais e a biblioteca escolar foi essencial, na medida em que permitiu unir esforços para que o trabalho da promoção da leitura se desenvolvesse. Ir ao encontro dos interesses e motivações dos alunos esteve na base da elaboração do projeto «Gosto de Ler!». A biblioteca escolar procurou o envolvimento dos alunos, estimulou-os a colaborar e a perceber que podiam atuar e envolver-se ativamente nas atividades propostas. A análise dos dados recolhidos através dos vários instrumentos utilizados, grelhas de observação, relatórios e principalmente através do questionário inicial, permitiram uma reflexão sobre os hábitos de leitura dos alunos e perceber quais os seus gostos e o que é que os motivava para o prazer da leitura. O projeto «Gosto de Ler», foi elaborado a partir da análise dos resultados do respetivo questionário. O projeto teve como finalidade que os alunos adquirissem o gosto pela leitura e soubessem escolher que tipo de livros se adequava mais ao seu perfil.Item Leitura e ideologia republicana: as escolas e bibliotecas populares da Figueira da Foz (1900-1910)(2013) Sousa, Maria Isabel Gaspar Ferreira de; Gonçalves, Maria Neves L., orient.Este trabalho de dissertação assenta, antes de mais numa matriz geográfica e histórica da cidade da Figueira da Foz, no início do séc. XX assim como as suas freguesias limítrofes mais influentes: Tavarede e Buarcos (contudo, são feitas breves alusões a outras freguesias onde aos poucos foram sendo criadas instituições similares às primeiras freguesias e embebidas do mesmo espírito). Temos como objeto de estudo a emergência e difusão do ideário republicano junto das populações, assim como a defesa intransigente da ideia do alargamento da instrução a um público cada vez mais vasto, combatendo o maior flagelo cultural do nosso país: o analfabetismo quase generalizado, através da criação de escolas e bibliotecas populares em Associações recreativas, de classe, mutualistas e outras. A certeza de que uma posição cívica e política mais consciente dos cidadãos só seria possível se fosse permitido o acesso à instrução a um maior número de pessoas, norteou a criação destas escolas, um pouco à margem do ensino oficial (que se definia como manifestamente insuficiente) e que tinham como objetivo tirar do analfabetismo uma grande parte do povo trabalhador da Figueira da Foz. Sendo assim, é neste ambiente ideológico fervilhante, na cidade da Figueira da Foz na primeira década do séc. XX que irão surgir as escolas populares, dinamizar conferências e cursos livres, criação de bibliotecas e salas de leitura que eram vistas como uma solução para o atraso cultural das camadas sociais mais baixas, rumo àquilo a que se entendia ser o progresso. A Figueira da Foz beneficiou com a dinâmica de uma série de personalidades com características humanitárias e benemerentes, republicanos e maçons, que não mediram esforços no sentido de criar condições para «derramar a luz da instrução» sobre as camadas populares.Item O Liceu Nacional de Oeiras: 1952-1969 : marcas e vivências da instituição escolar: estudo de Caso(2013) Carvalho, Maria Teresa Braga Teixeira Mocho de; Brás, José Gregório Viegas, orient.Este estudo propõe-se apresentar uma abordagem do Liceu de Oeiras, instituição educativa que imprimiu marcas indeléveis na sua população escolar e em todo o seu contexto geográfico e social. A identificação destas marcas é o nosso objetivo geral. Para tal procurou-se conhecer as várias análises históricas e conjunturais nacionais relativas ao ensino liceal, os contextos na origem do nascimento do Liceu de Oeiras e quais as transformações que sofreu durante o período em estudo; que professores o constituíram e que princípios e valores transmitiram aos alunos; qual a evolução da população escolar e que resultados escolares atingiram; que tipo de liderança foi exercido pelo reitor e que interações e características de cultura de escola se identificam. Para desenvolver a pesquisa recorreu-se à metodologia de estudo de caso, na linha do modelo das teorias sociais, analisando as dimensões formais e informais, colocando em confronto o sistema administrativo de organização e exercício dos poderes no interior do liceu, com os testemunhos orais relativos às interações dos atores intervenientes desse processo. Para a recolha de informação recorreu-se à análise documental dos elementos em arquivo na escola, no Ministério da Educação e de imprensa da época. Em paralelo realizou-se uma abordagem qualitativa, tendo-se procedido ao registo e análise de testemunhos que obedeceram a entrevistas semiestruturadas, aplicadas a seis alunos, uma professora e uma funcionária administrativa. A comparação e análise dos dados permitiu identificar as vivências e realidades percecionadas, práticas e valores adotados no Liceu de Oeiras que lhe angariaram um ideário de qualidade. Este estudo deixa ainda em aberto campos de aprofundamento e aponta para abordagem de áreas que podem conduzir ao melhor conhecimento histórico da realidade recente do ensino em Portugal.Item Aprender inglês como segunda língua : a importância do domínio de outras línguas num mundo globalizado(2013) Loureiro, Ana Paula Vaz; Sousa, Óscar Conceição de, orient.“Aprender inglês como segunda língua – A importância do Domínio de outras línguas num mundo globalizado” é um trabalho de investigação que visa abordar a importância da aprendizagem da língua inglesa na perspetiva dos alunos no final do 3º Ciclo do Ensino Básico e tendo em conta o mundo globalizado em que vivemos. A metodologia a aplicar é do tipo descritivo. Os sujeitos são 101 alunos do 9º ano de escolaridade do Ensino Básico, pertencentes ao Colégio Vasco da Gama, perfazendo cinco turmas. Para ter acesso às opiniões dos alunos, recorremos à elaboração de questionários estruturados de acordo com os objetivos da investigação. Os questionários foram aplicados em aula com a devida autorização da Direção do Colégio. Procuramos apurar se, de acordo com a legislação europeia que valoriza a aprendizagem de várias línguas como forma de aproximar os vários países da comunidade, nomeadamente de uma língua franca que possa ser o meio de comunicação preferencial no mundo político, económico, social e cultural, os alunos valorizam a aquisição da língua estrangeira e em caso afirmativo, quais as funções e com que objetivos pretendem os alunos atingir a fluência na língua inglesa. No que diz respeito aos resultados obtidos, podemos afirmar que os alunos valorizam o domínio de outras línguas num mundo globalizado, em especial o domínio da língua inglesa visto ser considerada a língua franca internacional que permite a comunicação entre povos de diferentes línguas maternas. Também o enriquecimento cultural e o desenvolvimento da criatividade são fatores apontados pelos alunos como importantes consequências da aquisição de outras línguas.Item A aula de educação musical : pedagogias diferentes conduzem a diferentes resultados na aprendizagem?(2013) Chagas, Manuel António Santos; Sousa, Óscar Conceição de, orient.Sendo professor de Educação Musical no ensino básico, decidi realizar o presente trabalho com o objetivo de averiguar se, para o universo de alunos indicado, é mais vantajoso trabalhar a partir das propostas pedagógicas de Edwin Gordon, que se baseiam no conceito de audiação como forma de levar o aluno a compreender a música (audiação é a capacidade de ouvirmos e compreendermos sons que podem estar, ou não, fisicamente presentes), ou nos ensinamentos de Jos Wuytack, que defende a utilização de técnicas de imitação nas fases iniciais de ensino da música a jovens. Tendo esta investigação sido realizada ao longo de um semestre letivo, não seria adequado nem possível aplicar extensivamente todas as propostas dos pedagogos referidos. Como tal, os trabalhos aqui apresentados foram limitados aos conceitos que considerei mais adequados para o tempo e para os objetivos definidos para o nível de ensino aqui em estudo. Foram trabalhadas as audiações números um, dois e quatro, por um lado, e, por outro, as técnicas de imitação melódica e rítmica. Foi feita uma avaliação contínua da evolução de cada aluno, como forma de estabelecer um padrão de desenvolvimento que permitisse concluir qual das duas metodologias de ensino da música a jovens se revelou mais adequada na globalidade e qual a que produziu melhores resultados no que diz respeito à melhoria da afinação vocal, do conhecimento das notas musicais, do rigor rítmico e da dedilhação na flauta de bisel. Os resultados obtidos não nos permitiram retirar nenhuma conclusão definitiva.Item A utilização do blogue na Biblioteca Escolar enquanto ferramenta de Marketing da Informação(2012) Moura, Pedro Rafael Fialho de Oliveira; Felício, Gisélia Maria Martins, orient.O presente estudo avalia as potencialidades do blogue como ferramenta de marketing nas bibliotecas escolares, nomeadamente para difundir o acervo documental existente, para desenvolver a comunicação entre a gestão da biblioteca escolar e os seus utilizadores ou potenciais utilizadores e adequar as tomadas de decisão da gestão da mesma às reais necessidades desses utilizadores. O estudo revela-se pertinente, uma vez que hoje em dia as tecnologias estão presentes nas escolas portuguesas em geral e nas bibliotecas escolares em particular. Para efetuar esta investigação, procedeu-se à elaboração de dois questionários que depois de testados, foram lançados a alunos e professores bibliotecários ou membros da equipa responsável de quinze blogues do distrito de Lisboa. Os questionários dirigidos a alunos de escolas que utilizam blogues nas suas bibliotecas, bem como os dirigidos aos respetivos coordenadores permitem concluir que os frequentadores dos blogues estudados mostram algum desinteresse nos mesmos e que dividem o seu tempo por outras redes socias e sítios da Internet. A atualização dos blogues parece ter uma influência direta positiva na frequência dos mesmos por parte dos alunos. Os professores inquiridos referem a falta de tempo como a maior dificuldade para a atualização do blogue. Face às conclusões a que se chegou neste estudo considera-se pertinente que venha a existir uma reflexão sobre as razões da não interação direta com os alunos e sobre a alteração de comportamentos nas práticas diárias dos docentes, por forma a mostrarem aos frequentadores da biblioteca e do blogue a importância das suas contribuições e comentários.Item Biblioteca dual : de biblioteca escolar a biblioteca pública(2012) Carias, Natália Maria Gomes Gaspar; Felício, Gisélia Maria Martins, orient.Este trabalho de investigação assenta num estudo comparativo da realidade das Bibliotecas Escolares e das Bibliotecas Públicas, procurando quer os pontos de contacto, quer as divergências entre ambas. No âmbito da nova filosofia de edificação das bibliotecas construídas pela empresa pública Parque Escolar, EPE, prevê-se a implantação das mesmas junto à entrada das escolas, de forma a servir não só a população escolar, sua principal razão de ser, mas também facilitar a abertura à comunidade. Tendo em conta este duplo papel das bibliotecas, foram analisadas as implicações ao nível da Selecção, do Tratamento e da Difusão da Informação nas mesmas, bem como as políticas de funcionamento e os recursos humanos que a situação exige. O estudo desta nova realidade faz-se a partir da análise dos dois casos concretos de Bibliotecas Escolares duais, em funcionamento efectivo, em Portugal. Complementarmente, são também objecto de análise as directrizes nacionais e internacionais que sustentam o funcionamento das Bibliotecas Escolares e das Bibliotecas Públicas, procedendo-se ainda à investigação da existência deste tipo de realidade a nível internacional, como ponto de partida para comparativamente analisar a situação portuguesa, face à realidade internacional. A identificação de pontos fortes e de pontos fracos a nível nacional e internacional, permite perceber as implicações que esta política organizacional pressupõe, quer para os seus utilizadores, quer para os professores bibliotecários, quer para o eficaz funcionamento destas bibliotecas, que procuram cumprir um duplo papel de Biblioteca Escolar e de Biblioteca Pública.Item A utilização da biblioterapia em contexto de biblioteca escolar no apoio a crianças com perturbações físicas e emocionais : criação de um modelo aplicacional(2012) Almeida, Maria Odete Rodrigues Gonçalves Ferreira de; Felício, Gisélia Maria Martins, orient.Este trabalho de investigação resulta de uma preocupação pedagógica que nos acompanha, a de proporcionar aos alunos ambientes propiciadores de experiências vicárias, promotoras da autonomia pessoal, apoiadas na leitura e no diálogo interpretativo. Parte-se de uma exaustiva revisão de literatura sobre a história da Biblioterapia, a evolução do conceito e as suas potencialidades na promoção da inteligência emocional de crianças saudáveis e/ou portadoras de perturbações físicas ou emocionais e no desenvolvimento de mecanismos de coping2 e empowerment3 a mobilizar no enfrentamento das suas narrativas problemáticas, aproveitando os recursos biblioteconómicos, o espaço físico e o ambiente informal de aprendizagem na Biblioteca Escolar. A investigação realizada levou-nos a uma análise da arquitetura de diversos modelos de aplicação e, subsequentemente, a uma proposta de um modelo aplicacional, eclético, de matriz educacional, para implementação de programas de intervenção biblioterapêutica, em contexto de Biblioteca Escolar, explicativo das fases que concorrem para a sua corporeidade.Item As bibliotecas na I República : do discurso político à visão dos intelectuais(2012) Gonçalves, Maria da Graça; Gonçalves, Maria Neves L., orient.Este trabalho visa contribuir para uma melhor compreensão da problemática das bibliotecas públicas durante o período da I República (1910-1926). Pretende-se, assim, apreender à luz do ideário educativo republicano, qual foi a visão doutrinária e as propostas para a criação e/ou reorganização das bibliotecas públicas apresentadas por parte do poder político e de distintos eruditos que pensaram e escreveram sobre esta temática. Neste sentido, a análise documental privilegiou como fontes principais, os diplomas legais considerados mais significativos e estruturantes para o sector bibliotecário, promulgados pelos governos republicanos, bem como os textos doutrinários versados em artigos e ensaios escritos por Raul Proença, António de Bettencourt Ataíde e António Ferrão, os quais deram um importante contributo para a dinamização desta área. O trabalho está organizado em três capítulos: no primeiro, procedemos a uma breve abordagem do contexto político e histórico que favoreceu o desenvolvimento das bibliotecas públicas; no segundo, centramo-nos na análise de legislação referente às bibliotecas Eruditas, Populares e Móveis e, no terceiro, procuramos sinalizar as principais temáticas que mobilizaram os autores acima referidos em torno das Bibliotecas. As bibliotecas públicas, nas suas diferentes tipologias, deveriam constituir-se como espaços complementares à escola, ao serviço da instrução e da cultura, facilitando o acesso ao livro, ao saber, à informação e ao conhecimento e, deste modo, contribuírem para elevar o nível de Educação de todos os cidadãos.Item Habilidades cognitivas e competências de leitura em crianças do 1º ano(2012) Soares, Ana Maria Nunes Castanheira; Sousa, Óscar Conceição de, orient.A criança quando inicia a educação pré-escolar, já sabe muitas coisas sobre o mundo que a rodeia através do seu meio familiar e sociocultural. O conjunto de estimulações fornecidas, desde muito cedo, faz com que a criança desenvolva o potencial cognitivo e afetivo. O desenvolvimento e as aprendizagens adquiridas dependem das estimulações realizadas pelo meio envolvente e da qualidade das interações logo desde o nascimento. Este processo antes da entrada na escola é movido pelo desejo de saber da criança e a sua exploração do meio, passando com o início da escolaridade a ser movido por necessidades externas à criança. O aluno é confrontado com um currículo formal com objetivos prévios de aprendizagem que, por vezes, podem estar além dos seus desejos de descoberta ou da sua história de vida. A aprendizagem da leitura é uma construção que tem início antes da entrada no 1º ciclo através do desenvolvimento da linguagem oral e do contacto com a cultura escrita, que permite novas modalidades de comunicação, nova capacidade de simbolizar e de dominar o meio envolvente. O sucesso escolar vai depender quer das aprendizagens prévias quer da capacidade de adaptação e integração no meio escolar. Foi nosso propósito verificar se existem habilidades cognitivas antecedentes que predizem o sucesso da leitura. O interesse por este estudo prende-se com a necessidade que professores e restantes profissionais da educação têm em compreender e analisar com cuidado a situação de entrada na aprendizagem da leitura de cada uma das crianças. Escolhemos, baseado na literatura científica, duas habilidades que testamos previamente em alunos do 1.º ano: a consciência fonológica e o vocabulário. Entre Março e Junho foi aplicado um teste de leitura/descodificação. O estudo é de tipo correlacional que se situa entre o estudo descritivo e uma abordagem experimental. Constatamos que na análise dos resultados obtidos nesta pesquisa, não observamos correlação entre os níveis da consciência fonológica e a leitura e o vocabulário e a leitura, não permitindo afirmar que existe uma relação preditora de uma dessas habilidades com a competência leitora.