Fatores de risco para infeção por Covid-19, paradigma realidade virtual

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2023

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Resumo

Em dezembro de 2019 foi descoberto uma nova estirpe do coronavírus, em Wuhan, na China, o COVID-19. As medidas de distanciamento e confinamento social trouxeram consequências enormes na sociedade, fazendo com que governos ao redor do mundo tomassem medidas para que as populações não incorressem em comportamentos de risco de forma a travar a propagação da doença. No entanto, e apesar de todas as consequências derivadas da pandemia, muitos indivíduos continuaram a incorrer em comportamentos de risco, fazendo com que a doença se disseminasse muito facilmente, sendo, deste modo relevante, compreender o porquê desta tendência comportamental. Um dos fatores que influenciam o modo como os indivíduos se comportam é a regulação emocional, tendo como base experiências anteriores e a situação vivida atualmente. Deste modo traçou-se a seguinte pergunta de investigação: De que modo a regulação emocional influência os fatores de risco associados à Covid-19? Para dar resposta a esta questão desenvolveu-se um estudo baseado no paradigma quantitativo da investigação, aplicando-se um questionário a uma amostra de 118 indivíduos com idades compreendidas entre os 17 e os 55 anos. Os resultados mostraram que, níveis mais elevados de medo parecem interferir com algumas subescalas da regulação emocional de forma negativa; ou pelo sentido inverso, indivíduos com menos competências de regulação emocional poderão ter mais medo ao Covid-19. A idade e o género são dois fatores sociodemográficos que influenciam amplamente o modo como os indivíduos regulam as suas emoções e, consequentemente, a tendência para a adoção de comportamentos de risco relativamente Covid-19. Quanto mais novos os indivíduos são, menos clareza têm acerca dos riscos associados à disseminação da doença assim como apresentam dificuldades em definir objetivos e agir segundo estes. O sexo feminino foi associado com a dificuldade de agir por objetivos, com a falta de clareza assim como, com o medo do covid-19. Palavras-chave: Covid-19; Comportamentos de Risco; Regulação Emocional; Realidade Virtual
In December 2019, a new strain of coronavirus, COVID-19, was discovered in Wuhan, China. The measures of social distancing and confinement had enormous consequences in society, causing governments around the world to take measures so that populations would not engage in risky behaviour in order to stop the spread of the disease. However, and despite all the consequences derived from the pandemic, many individuals continued to incur in risky behaviours, causing the disease to spread very easily, thus being relevant to understand why this behavioural trend. One of the factors that influence the way individuals behave is emotional regulation, based on previous experiences and the situation currently experienced. Thus, the following research question was formulated: How does emotional regulation influence the risk factors associated with Covid-19? To answer this question, a study based on the quantitative research paradigm was developed, applying a questionnaire to a sample of 118 individuals aged between 17 and 55 years. The results showed that higher levels of fear seem to interfere with some subscales of emotion regulation in negative way; or conversely, individuals with less emotion regulation skills may be more afraid of Covid-19. Age and gender are two sociodemographic factors that largely influence the way individuals regulate their emotions and, consequently, the tendency to adopt risky behaviors regarding Covid-19. The younger individuals are, the less clarity they have about the risks associated with the spread of the disease, as well as having difficulties in defining goals and acting on them. The female gender was associated with the difficulty of acting for goals, with the lack of clarity as well as, with the fear of covid-19. Keywords: Covid-19; Risk Behaviours; Emotional Regulation; Virtual Reality

Descrição

Orientação: Ricardo José Martins Pinto

Palavras-chave

MESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDE, PSICOLOGIA, PSYCHOLOGY, PSICOLOGIA CLÍNICA, CLINICAL PSYCHOLOGY, COVID-19, COMPORTAMENTOS DE RISCO, RISK BEHAVIOURS, COMPORTAMENTO EMOCIONAL, EMOTIONAL BEHAVIOUR, REALIDADE VIRTUAL, VIRTUAL REALITY

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