Estratégias de coping face à experiência de discriminação

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2017

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Resumo

Sendo o ato violento, aquele que cuja intenção é causar dano e sofrimento, pode ser transposto para a experiência de discriminação, podendo esta ser entendida como um ato de agressão (Bandeira & Batista, 2002; Silva, 2010). Paralelamente, também a desigualdade social pode ser encarada como uma forma de violência estruturalmente exercida sobre os indivíduos de uma sociedade (Galtung, 1990; Iadicola & Shupe, 2013). A evidência sugere que a exposição à discriminação contribui para um efeito cumulativo e intensificador deste stress (Gerra et al. 1995) e que a experiência de discriminação racial se afigura como um fator de risco para promoção e manutenção do comportamento violento em jovens adultos (Caldwell et. al. 2004). Mais ainda a investigação tem demonstrado que indivíduos que vivem em comunidades urbanas desfavorecidas estão mais expostos a sucessivos eventos estressantes e que estes podem desencadear problemas emocionais e comportamentais. O presente estudo pretende contribuir para a compreensão das consequências das várias formas de desigualdade e discriminação, ao nível do bem-estar psicológico, procurando ainda identificar as respostas de coping que face a esta se desencadeiam. Os participantes têm mais de 18 anos e são de ambos os sexos. Como instrumentos foram usados: o Instrumento de Desigualdade Percebida (IDP, Antunes, Ferreira, Moreira, Moreira, Pasion, & Cabral, 2016), Inventário de Experiências de Discriminação (IED, Antunes, Ferreira, & Cabral, 2016), Inventário de Sintomas Psicopatológicos (BSI, Canavarro, 1999), Cenários Projetivos- Discriminação Percebida (Souza & Cabral 2017), a Coping With Discrimination Scale (Alvarez, Bonett, Ku, Russel, & Wei, 2010), e Word Health Organization Quality of Life – WHOQOL-Bref (Canavarro, Carona, Simões, Vaz Serra, Quartilho,Paredes, Pereira, Rijo, 2006). Os resultados obtidos demonstram que a experiência de desigualdade e discriminação influenciam negativamente o bem-estar subjetivo e permitiu identificar estratégias que funcionam como protetivas. São necessárias medidas que façam valer os “Direitos Humanos”.
Being the violent act, the one whose intention is to cause harm and suffering, can be transposed to the experience of discrimination, and this can be understood as an act of aggression (eg, Bandeira & Batista, 2002; Silva, 2010). At the same time, social inequality can also be seen as a form of violence structurally exercised over the individuals of a society (Galadung, 1990; Iadicola & Shupe, 2013). The evidence suggests that exposure to discrimination contributes to a cumulative and intensifying effect of this stress (eg, Gerra et al., 1995) and that the experience of racial discrimination appears to be a risk factor for the promotion and maintenance of violent behavior in young people adults (eg, Caldwell et al., 2004). Further research has shown that individuals living in disadvantaged urban communities are more exposed to successive stressful events and that these can trigger emotional and behavioral problems. The present study intends to contribute to the understanding of the consequences of the various forms of inequality and discrimination, in terms of psychological well-being, while also seeking to identify the coping responses that arise from it. Participants are over 18 and are of both sexes. As instruments were used: the Perceived Inequality Instrument (IDP, Antunes, Ferreira, Moreira, Moreira, Pasion, & Cabral, 2016), Inventory of Discrimination Experiences (IED, Antunes, Ferreira, & Cabral, 2016) Psychopathological (BSI, Canavarro, 1999), Projective Scenarios- Perceived Discrimination (Souza & Cabral 2017), Coping With Discrimination Scale (Alvarez, Bonett, Ku, Russel, & Wei, 2010), and WHOQOL -Bref (Canavarro, Carona, Simões, Vaz Serra, Pita, Paredes, Pereira, Rijo, 2006). The results show that the experience of inequality and discrimination negatively influence the subjective well-being and allowed to identify strategies that work as protective. Measures are needed to enforce human rights.

Descrição

Orientação: Joana Cabral

Palavras-chave

MESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDE, PSICOLOGIA, PSICOLOGIA CLÍNICA, DISCRIMINAÇÃO RACIAL, COPING, VIOLÊNCIA, BEM-ESTAR PSICOLÓGICO, DEPRESSÃO, ANSIEDADE, DESIGUALDADES SOCIAIS, PSYCHOLOGY, CLINICAL PSYCHOLOGY, RACIAL DISCRIMINATION, COPING, VIOLENCE, PSYCHOLOGICAL WELL-BEING, DEPRESSION, ANXIETY, SOCIAL INEQUALITIES

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