Estudo da atividade antioxidante e anti-tumoral dos compostos diterpénicos parviflorona d e 7α-acetoxi-6β-hidroxiroileanona

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2014

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Resumo

Os produtos naturais são compostos utilizados no desenvolvimento e conceção de inúmeros produtos farmacêuticos sendo uma fonte de inspiração na maioria dos fármacos hoje em dia aprovados. Neste trabalho experimental, foram avaliadas a atividade antioxidante e anti-tumoral de dois compostos diterpénicos, Parviflorona D e 7α-acetoxi-6β-hidroxiroileanona. A nível da atividade antioxidante, realizaram-se três ensaios. Primeiro foi avaliada a capacidade de eliminação do radical DPPH, no qual se verificou que a Parviflorona D era muito mais ativa que a 7α-acetoxi-6β-hidroxiroileanona, possuindo portanto uma atividade antioxidante mais notória. No segundo ensaio foi avaliada a capacidade de degradação do peróxido de hidrogénio. Foi testada a Parviflorona D, a qual se verificou que não exercia efeito a este nível. O último ensaio foi realizado utilizando técnicas de eletroforese e teve como objetivo avaliar a capacidade da Parviflorona D para proteger o DNA de lesões oxidativas. Verificou-se que a Parviflorona D exerce efeito neste âmbito, o que poderá ser vantajoso a nível da sua atividade antioxidante. Numa segunda parte foi avaliada a capacidade anti-tumoral dos mesmos compostos, utilizando um modelo in vitro com células de cancro da mama humanas MDA-MB-231. Através da técnica de Cristal Violeta, realizaram-se curvas de citotoxicidade nas quais se verificou que a Parviflorona D era mais ativa que a 7α-acetoxi-6β-hidroxiroileanona e, como tal, foi selecionada para a realização de outros estudos. Nesta sequência, foram então realizados ensaios que avaliaram a sua ação ao nível da migração e invasão celular. Os resultados obtidos sugerem que a Parviflorona D exerce efeito significativo ao nível destes dois processos. Procedeu-se ainda ao estudo do efeito deste composto, quando utilizado em conjunto com Doxorrubicina, que poderia ser vantajoso para co-tratamentos. No entanto, verificou-se que a Parviflorona D não exercia efeito sinergista quando em conjunto com este anti-tumoral. Neste âmbito foi ainda avaliado se a atividade anti-tumoral da Parviflorona D era devida ao ataque às ligações fosfodiéster do DNA. Após a realização de um ensaio utilizando o plasmídeo PuC18, verificou-se que a forma superenrolada do DNA se mantinha após exposição à Parviflorona D, o que significa que a sua atividade anti-tumoral não poderá ser explicada por este mecanismo. Assim, a importância deste trabalho concentra-se essencialmente no estudo de duas vertentes diferentes destes dois compostos naturais, cuja ação poderá ser vantajosa em tratamentos futuros no cancro de mama.

Descrição

Orientação : Ana Sofia Fernandes

Palavras-chave

MESTRADO INTEGRADO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS, DOENÇAS ONCOLÓGICAS, ONCOLOGICAL DISEASES, CANCRO, CANCER, CANCRO DA MAMA, BREAST CANCER, ANTIOXIDANTES, ANTIOXIDANTS, DITERPENOS, DITERPENES, CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS, PHARMACEUTICAL SCIENCES, FARMACOLOGIA, PHARMACOLOGY

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