Capacidade para amar e bem-estar: um estudo comparativo entre adultos emergentes e adultos de meia-idade

Miniatura indisponível

Data

2023

Título da revista

ISSN da revista

Título do Volume

Editora

Resumo

O amor é um construto complexo e de incontestável importância para o ser humano, sendo uma área de investigação que tem vindo a progredir no decorrer das últimas décadas. A capacidade para amar, em específico, refere-se à capacidade para o envolvimento, investimento e manutenção de um relacionamento romântico comprometido, resultando de processos desenvolvimentais complexos que se iniciam na infância e continuam a ser moldados ao longo do desenvolvimento. Por ser um construto ainda recente, existe pouca evidência relativa às relações entre a capacidade para amar e indicadores de funcionamento positivo. O presente estudo tem como objetivo central explorar as relações entre as dimensões da capacidade para amar e o bem-estar emocional, psicológico e social. Pretende-se ainda analisar as diferenças na capacidade para amar em função da fase do ciclo vital (adultez emergente e meia-idade) e do género. Participaram neste estudo 535 participantes, dos quais 282 (52.7%) são adultos emergentes com idades entre os 18 e os 25 anos (M = 21.88, SD = 1.80), sendo 240 (85.1%) mulheres, e 253 (47.3%) adultos de meia-idade com idades entre os 45 e os 65 anos (M = 52.24, SD = 5.39), sendo 196 (77.5%) mulheres. As análises de diferenças multivariadas indicam que os adultos emergentes demonstram maior capacidade para amar em todas as dimensões, à exceção da aceitação da perda, luto e ciúme. Em relação ao género, não se verificaram diferenças significativas. Os modelos de predição indicam que a idade e a aceitação da perda, luto e ciúme são preditores significativos e positivos de todos os tipos de bem-estar, sendo a confiança básica um preditor significativo e positivo de bem-estar emocional. São discutidas as implicações destes resultados para a intervenção. Palavras-chave: Capacidade para Amar, Adultos Emergentes, Adultos de Meia-Idade, Bem-Estar
Love is a complex construct of undeniable importance for human beings and an area of research that has progressed over the last decades. The capacity to love, specially, refers to the capacity for involvement, investment, and maintenance of a committed romantic relationship, resulting from complex developmental processes that begin in childhood and continue to be shaped throughout development. Since this is a recent construct, there is little evidence regarding the relationships between the capacity to love and indicators of positive functioning. The present study explores the associations between the capacity to love and emotional, psychological, and social well-being. It also aims to analyze differences in the capacity to love according to life cycle stage (emerging adulthood and midlife) and gender. A total of 535 participants participated in this study, of which 282 (52.7%) were emerging adults aged 18 to 25 years (M = 21.88, SD = 1.80), of which 240 (85.1%) were women, and 253 (47.3%) were middle-aged adults aged 45 to 65 years (M = 52.24, SD = 5.39), of which 196 (77.5%) were women. Multivariate difference analyses indicate that emerging adults demonstrate a greater capacity to love in all dimensions except acceptance of loss, grief, and jealousy. Concerning gender, there were no significant differences. Prediction models indicate that age and acceptance of loss, grief and jealousy are significant and positive predictors of all types of well-being, and basic trust is a significant and positive predictor of emotional well-being. Implications of these results for intervention are discussed. Keywords: Capacity to Love, Emerging Adults, Middle-Aged Adults, Well-being

Descrição

Orientação: Maria José Pereira Ferreira ; coorientação: Cláudia Noémia Soares de Sousa

Palavras-chave

MESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDE, PSICOLOGIA, PSYCHOLOGY, PSICOLOGIA CLÍNICA, CLINICAL PSYCHOLOGY, AMOR, LOVE, BEM-ESTAR, WELL-BEING, ADULTOS, ADULTS, JOVENS ADULTOS, YOUNG ADULTS

Citação