Cinema e realidade
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Data
2018
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Resumo
A modernidade, com o advento da fotografia, traz consigo um novo paradigma em
relação à obra de arte. A esfera intocável do objecto artístico desmembra-se numa era em que
tudo está em movimento, onde a representação da realidade na película ultrapassa as barreiras
do tempo e do espaço.
A câmara de filmar, segundo processo mecânico de impressão do real na película,
desvela um mundo diferente daquele que vemos a olho nu. As imagens não têm mais
significado, apresentam-se como objectos na sua forma pura e cabe ao cineasta encontrar uma
maneira de lhes voltar a dar significado.
O cinema, na sua tentativa de construir uma realidade verosímil, começou por permitir
ao espectador uma experiência de hipnose onde ele participaria em tempo real no filme através
da excitação das suas funções sensório-motoras. Contudo, com a chegada de meados dos anos
quarenta, numa Europa devastada pela guerra, vemos surgir um outro paradigma através de
uma nova representação do mundo.
Este tipo de representação vem criar situações puras onde a realidade e imaginação se
entrecruzam. A imagem-tempo está ao nível do pensamento, da nossa construção cognitiva ao
observar uma acção nas suas várias camadas de significação.
The modern age, with the advent of photography, brings a new paradigm concerning the work of art. The untouchable sphere of the artistic object dismembers in an era where everything is in movement and the representation of reality in film surpasses the barriers of time and space. The camera, according to its mechanical process of printing reality in film, unveils a world different from the one we see with naked eye. The images have no meaning anymore, they appear as objects in their pure form and it’s up to the filmmaker to find a way to give them meaning again. Cinema, in its attempt to construct a plausible reality, began by allowing the viewer a hypnosis experience where he would participate in the real time of the film through the excitation of his sensory-motor functions. However, with the coming of the mid-1940s, in a war-torn Europe, we see another paradigm emerge through a new representation of the world. This type of representation comes to create pure situations where reality and imagination intersect. The time-image is at the level of thought, of our cognitive construction in observing an action and its various layers of meaning.
The modern age, with the advent of photography, brings a new paradigm concerning the work of art. The untouchable sphere of the artistic object dismembers in an era where everything is in movement and the representation of reality in film surpasses the barriers of time and space. The camera, according to its mechanical process of printing reality in film, unveils a world different from the one we see with naked eye. The images have no meaning anymore, they appear as objects in their pure form and it’s up to the filmmaker to find a way to give them meaning again. Cinema, in its attempt to construct a plausible reality, began by allowing the viewer a hypnosis experience where he would participate in the real time of the film through the excitation of his sensory-motor functions. However, with the coming of the mid-1940s, in a war-torn Europe, we see another paradigm emerge through a new representation of the world. This type of representation comes to create pure situations where reality and imagination intersect. The time-image is at the level of thought, of our cognitive construction in observing an action and its various layers of meaning.
Descrição
Orientação: José Bragança de Miranda
Palavras-chave
MESTRADO EM ESTUDOS CINEMATOGRÁFICOS, CINEMA, PERCEÇÃO, IMAGEM, MODERNIDADE, CINEMA, PERCEPTION, IMAGE, MODERNITY