Consequências da ameaça de estereótipo de género no comprometimento organizacional e bem-estar dos colaboradores : um estudo experimental

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2019

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Resumo

Vários autores têm encontrado um efeito de ameaça de estereótipo (AE), isto é, a preocupação de confirmar ou ser reduzido a um estereótipo negativo sobre o próprio grupo de pertença (Spencer, & Aronson, 2002). No seguimento desses mesmos trabalhos, a presente dissertação teve como objetivo estudar este fenómeno em contexto organizacional, explorando os efeitos de ameaça de estereótipo ligado ao gênero nos níveis de comprometimento organizacional e de bem-estar dos colaboradores. Para isso foi desenvolvido um estudo experimental, sustentado na manipulação dos níveis de AE entre 130 colaboradores de várias empresas portuguesas, 69 do sexo feminino e 61 do sexo masculino. Contrariamente ao esperado, esta manipulação não surtiu efeito nas perceções de AE dos participantes mas, ainda assim, as mulheres relataram níveis superiores de AE em comparação com os homens. Consequentemente, tanto o bem-estar como o comprometimento normativo das participantes revelaram-se negativamente afetados pela AE. Por fim as correlações entre as variáveis demonstraram que o bem-estar e o comprometimento organizacional estão positivamente associados para ambos os sexos. Estes resultados foram discutidos e as considerações finais sugerem o que se pensa ser uma melhor estratégia para a replicação deste estudo.
Several authors have found effects of stereotype threats (ST), ie the concern of confirming or be reduced to a negative stereotype about a person’s own group (Spencer, & Aronson, 2002) (Spencer, & Aronson, 2002). Based on these works, this dissertation aimed to study this phenomenon in an organizational context, exploring the effects of gender-related stereotypes on the levels of organizational commitment and employees’ well-being. In this context, an experimental study was developed, underpinned by a manipulation of the ST levels amongst 130 employees of several Portuguese companies, more specifically 69 female and 61 male. Contrasting with the anticipated results, the manipulation had no effect on the ST perceptions of the participants. Nevertheless, women participants reported higher levels of ST when compared to men. Consequently, not only women’s well-being but also normative commitment were negatively affected by stereotype threat. Finally, the correlations between the variables demonstrated the association of well-being and organizational commitment for both sexes. These results were further discussed and the final reflections suggest how to do a belated analysis for a better replication strategy for this study.

Descrição

Orientação: Mauro Bianchi

Palavras-chave

MESTRADO EM PSICOLOGIA SOCIAL E DAS ORGANIZAÇÕES, PSICOLOGIA, PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL, ESTEREÓTIPOS, COMPROMISSO ORGANIZACIONAL, GÉNERO, BEM-ESTAR, METODOLOGIA EXPERIMENTAL, PSYCHOLOGY, ORGANIZATIONAL PSYCHOLOGY, STEREOTYPES, ORGANIZATIONAL COMMITMENT, GENDER, WELL-BEING, EXPERIMENTAL METHODOLOGY

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