Mestrado em Psicologia Social e das Organizações

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    Implicações da hora de saída do trabalho na formação de impressões
    (2023) Cruz, Bernardo Mateus; Luís, Silvia, orient.
    O presente trabalho explora as implicações da hora de saída do trabalho nas impressões formadas sobre os trabalhadores. Foi utilizado um design experimental para analisar de que forma o horário de saída do trabalho (a horas vs. 1h30 mais tarde) era avaliado (intelectualidade, sociabilidade e moralidade; N = 332). Na análise deste efeito foi controlado o sexo do alvo (homem vs. mulher) e o efeito moderador da idade e do estatuo socioeconómico percebido de quem forma a impressão. Formularam-se como hipóteses que as pessoas percecionam diferentes níveis de intelectualidade (H1), sociabilidade (H2) e moralidade (H3) em função do horário de saída de um trabalhador. Era ainda esperado que a idade (H4) e o ESS (H5) moderassem estes efeitos. Correlações bivariadas evidenciaram uma relação entre o horário de trabalho e a sociabilidade: o trabalhador que sai a horas é visto como mais social. As análises de dupla moderação embora se tenham apresentado como adequadas, apenas a idade revelou moderar a impressão de sociabilidade e moralidade. As pessoas que saem à hora prevista no trabalho, são avaliadas por pessoas de maior idade como sendo mais sociais e morais. De um outro modo, quem sai 1h30m depois da hora prevista, é vista pelos mais novos como sendo mais moral. O género do alvo também influenciou a formação de impressão sendo que as mulheres foram percebidas como mais intelectuais e afetuosas do que os homens. Estes resultados destacam a importância de estudar o horário de saída do trabalho, pelo impacto que pode ter no relacionamento interpessoal numa organização por via das impressões. Palavras-chave: Horário de trabalho; Impressões; Estilos de impressão; Comportamento de cidadania organizacional; Presentismo
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    Preconceito, teoria de contacto e embodiment na ótica de uma metanálise
    (2023) Félix, Elsa Maria Ludovice Santos; Costa, Leonor Pereira da, orient.
    O preconceito, enquanto atitude, emoção e/ou juízo de valor, negativo e depreciativo, molda as relações intergrupais, e exclui grupos e pessoas em detrimento de outras (Allport, 1954; Brown, 1995; Duckitt, 1992, 2019). A pesquisa demonstra que o Contacto Intergrupal Indirecto reduz o preconceito (); e, que as plataformas digitais (online/virtual/online) são uma ferramenta privilegiada de mudança nas relações intergrupais No âmbito de um projeto de intervenção Fighting Prejudice, procurámos avaliar a eficácia da Realidade Virtual e do Embodiment, á luz da Hipótese de Contato (Allport, 1954; Pettigrew & Tropp, 2006) na redução do preconceito, via contato intergrupal virtual () A presente meta - análise testou as seguintes hipóteses: H1) o contato intergrupal via plataformas digitais reduz o preconceito ; H2) o contato intergrupal, via realidade virtual reduz o preconceito (autores); e, H3) o contato intergrupal, através do embodiment, reduz o preconceito (autores). A revisão sistemática de literatura e, o processo de análise cumpriram as recomendações PRISMA (autores). Esta meta-análise, avaliou 60 artigos, 64 estudos, que incluíram 6577 participantes, e 294 efeitos estatísticos. Os resultados, suportaram as hipóteses da seguinte maneira: H1) o contato intergrupal via plataformas digitais reduz o preconceito (autores); H2) o contato intergrupal, via realidade virtual reduz o preconceito, mas não supera o efeito das outras palataformas digitais (autores); e, H3) o contato intergrupal, através do embodiment, reduz o preconceito, mas não é significativo quando comparado com outras plataformas digitais (autores). Palavras-Chave: Preconceito, Hipótese de Contacto, Contato Intergrupal Virtual, Realidade Virtua, Embodiment, Meta -análise
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    Relação entre a natureza e o bem estar
    (2022) Vaz, Diogo Miguel Casaca; Loureiro, Ana Luisa Cardoso Marques Teixeira, orient.
    Este estudo tem como objetivo perceber como é que os ambientes urbanos e naturais afetam a nossa vida, bem como a nossa atenção, stress e ansiedade. Os ambientes urbanos aumentam os níveis de stress e ansiedade dos sujeitos por serem ambientes que contêm muitos estímulos para que tal aconteça, como por exemplo, o trânsito. Ao contrário dos ambientes naturais que fazem o efeito oposto, vários estudos apontam para que quando um sujeito é exposto a um ambiente natural, não só reduz os níveis de stress como o batimento cardíaco acalma etc. Atualmente existem provas de que um sujeito que resida ou trabalhe num ambiente natural é mais feliz do que um sujeito que resida ou trabalhe num ambiente urbano. Nos vários estudos de diferentes autores apresentados ao longo do trabalho, existem relatos de que ambientes com água e com espaços verdes têm melhor resposta dos participantes a todos os aspetos como será possível perceber no decorrer na dissertação. Palavras-chave: ambiente natural, bem-estar, realidade virtual
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    Espaços naturais virtuais e bem-estar : um estudo com medidas psicofisiológicas
    (2022) Alves, Hugo Miguel Mateus Pinheiro; Loureiro, Ana Luísa Cardoso Marques Teixeira, orient.
    Este estudo tem como objetivo perceber como é que os ambientes naturais e urbanos se relacionam com o bem estar e no qual serão usadas medidas psicofisiológicas. Os ambientes urbanos aumentam os níveis de stress e ansiedade dos sujeitos por serem ambientes que contêm muitos estímulos para que tal aconteça, como por exemplo, o trânsito. Ao contrário dos ambientes naturais que fazem o efeito oposto, vários estudos apontam para que quando um sujeito é exposto a um ambiente natural, não só reduz os níveis de stress como, por exemplo, o batimento cardíaco acalma. Atualmente existem provas de que um sujeito que resida ou trabalhe num ambiente natural é mais feliz do que um sujeito que resida ou trabalhe num ambiente urbano. Nos vários estudos de diferentes autores apresentados ao longo do trabalho, existem relatos de que ambientes com água e com espaços verdes têm melhor resposta dos participantes a todos os aspetos, como será possível perceber no decorrer na dissertação. É realizado um estudo experimental onde é investigado se cada tipo de ambiente tem efeitos diferentes ao nível do bem-estar que produzem. A hipótese deste estudo é que as pessoas com um maior acesso à natureza virtual irão ter uma melhoria de níveis de bem-estar. O resultado desta investigação tem implicações que se podem aplicar em diversos contextos (desenvolvimento urbano, clínico, de intervenção social, em contexto de trabalho, entre outros). Palavras-chave: ambiente natural, bem-estar, medidas psicofisiológicas, realidade virtual
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    Comportamento ambiental da comunidade lusófona : uma análise crítica do descarte de resíduos
    (2022) Aquino, Iara Enilda Araújo; Luís, Sílvia, orient.
    Uma das maiores preocupações com o meio ambiente é sobre os impactos negativos causados pelo descarte inadequado dos resíduos. Este tema é uma das principais pautas das conferências mundiais, que tem como finalidade promover estratégias que visem o desenvolvimento socioeconómico e à preservação do meio ambiente. Contudo, para que estas estratégias tenham êxito é necessário o envolvimento de toda sociedade, aliada aos órgãos públicos e privados, visando conscientização e a educação referente o descarte e a separação correta dos resíduos. O objetivo deste estudo foi analisar as perceções e o comportamento da comunidade dentro do campus universitário sobre o descarte de resíduos e a influência que o tipo de contentor poderá ter. Participaram deste estudo 282 membros da comunidade Lusófona de ambos os sexos, com idade entre 18 e 65 anos, através de um questionário online. A pesquisa mostrou que a maioria dos inquiridos estão no estádio comportamental da ação, indicando que não é por falta conhecimento que não separam mais resíduos, mas sim por falta de motivação, tal como antecipado. Relativamente à utilização de contentores de separação, os mais utilizados foram os com características percetivas mais visíveis (mas não os com mais informações), sendo o descarte de resíduos maior, quando as pessoas consideravam os contentores atrativos e tinham maior identidade ambiental. Estes dados sugerem que em campanhas de promoção do descarte, deverão considerar o estádio comportamental da maioria dos indivíduos, focando na motivação, aumentando a visibilidade e atratividade dos contentores e tornando a identidade ambiental saliente.
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    Relação entre identidade ambiental, frugalidade, comportamento e nível sócio-económico : estudo exploratório em Angola
    (2022) Inácio, Edson Salvador; Loureiro, Ana Luisa Cardoso Marques Teixeira, orient.
    Este estudo tem como objetivo analisar a relação entre identidade ambiental e o comportamento ecológico, explorando o papel do nível socioeconómico, na população de Angola. Trata-se de um estudo exploratória de abordagem quantitativa, em que se aplicou um questionário composto por medidas de comportamento ecológico, comportamento frugal, identidade ambiental, bem como dados sociodemográficos. Os resultados mostram uma maior associação entre identidade ambiental e a frugalidade do que ao comportamento ambiental, e que no contexto angolano as mulheres e os mais velhos têm maior identidade ambiental, que os mais instruídos e a viver em ambiente urbano têm mais ações comportamentais em prol do ambiente.
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    Redução do preconceito por via do contacto indireto em contexto virtual : uma meta-análise
    (2022) Baptista, Andrea Nvuama Ceita de Nogueira; Bianchi, Mauro, orient.
    Objetivo: a presente investigação, tem como intuito realizar uma meta-an lise so re o estado da arte das intervenções virtuais que têm vindo a contribuir para a redução do preconceito e consequentemente melhorem as relações intergrupais. Valor/originalidade: esta meta-análise para além de apresentar um elevado impacto nas demais sociedades, contribui de igual forma para a comunidade científica, provendo informações adicionais no que se refere aos tipos de intervenções digitais e/ou virtuais que possam ter um impacto na redução do preconceito. Design/metodologia / abordagem: ara a operacionaliza o da meta-an lise foi elaborada uma revisão sistemática da literatura utilizando as ases de dados cademic earch omplete da V da Universidade Lusófona, oogle cad mico, EBSCO APA PsychInfo e Web of Science. Os termos de pesquisa utilizados foram (prejudice or “intergroup ias”) D (virtual or digital or app). Da qual resultou uma compilação de 208 artigos (entre 2003 e 2021). Para além disso, os resultados dos artigos incluídos (n=52) foram meta-analisados através da metodologia robust variance estimation. Descobertas: Verificou-se que: o contacto intergrupal virtual ,no geral, tem um efeito negativo no preconceito (i.e., reduz o nível de preconceito); o moderador contacto virtual direto, apresentou resultados significativos e mais fortes em comparação com os contactos vicário, extended, embodied e imaginado; e por fim os estudos onde ocorreram contactos por interação virtual demonstram efeitos significativos e mais robustos em comparação com os que não utilizaram a interação (i.e., contacto virtual por observação). Resultados/Implicações/ Estudos futuros: Tendo em conta as limitações detetadas nesta meta análise sugeriu-se a elaboração de novos estudos. Para além disso, os resultados relacionados com o contacto virtual intergrupal, no geral, tiveram um impacto significativo na redução do preconceito levando a implicações práticas.
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    A conexão com a natureza e suas relações com o self
    (2022) Ruckert, Cátia Elisa; Loureiro, Ana Luisa Cardoso Marques Teixeira, orient.
    A exposição e conexão com a natureza estão intimamente relacionadas com o bem-estar do indivíduo e muitas pesquisas sugerem o resgate desta conexão para uma melhor qualidade de vida. Para além de proporcionar esses benefícios para a saúde, esta conexão com a natureza está diretamente ligada ao Self, ao funcionamento do “Eu” de cada indivíduo. Este estudo insere-se no âmbito de uma colaboração da EPCV/ULHT com a Université Paris Nanterre (França) e National Research University Higher School of Economics (Rússia) e teve como objetivo verificar qual a conexão que as pessoas têm com a natureza e se esta conexão está ligada ao Eu centrado ou descentrado. Para isso, foi realizada uma pesquisa com a aplicação de um questionário a participantes com idade superior a 18 anos e residentes em Portugal. Além de questões sociodemográficas, o questionário contou com oito escalas que estavam a medir a conexão com a natureza, o compromisso com o comportamento ecológico e a auto-medida centrada e descentrada. Os resultados permitiram a identificação de uma conexão positiva com a natureza por parte dos participantes e confirmar que esta conexão está ligada ao Eu descentrado de cada um.
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    Análise do multiculturalismo e da assimilação na dinâmica organizacional que envolve trabalhadores dos grupos minoritários étnicos e majoritário em Portugal
    (2022) Oliveira, Diana Tavares de; Bianchi, Mauro, orient.
    A complexidade das relações nas organizações de trabalho tem sido estudada há algum tempo pela ciência organizacional, com o intuito de compreender as variáveis psicológicas relacionadas entre o indivíduo, o coletivo e o ambiente em que estão inseridos. Entretanto, com o avanço tecnológico, rompimento das fronteiras e consequentemente, a globalização, têm se tornado um desafio para os estudiosos avaliar toda a dinâmica que surge com essa interação global. O presente estudo após uma extensa pesquisa no campo da diversidade nas relações de trabalho, propôs investigar os impactos da aculturação (ex.: atitudes face ao multiculturalismo e á assimilação) nos resultados de trabalho (ex.: satisfação no trabalho e intenção de turnover) levando em consideração conjuntamente a identificação dos colaboradores com a organização e seus grupos nacionais (ex.: dupla identidade). Os presentes dados foram coletados através de um questionário on-line, criado na plataforma Qualtrics. Os resultados indicam a existência de um efeito total significativo do multiculturalismo com a satisfação no trabalho para o grupo majoritário, contrariamente ao grupo minoritário. Já a assimilação não indica a existência do mesmo efeito com a satisfação no trabalho em ambos os grupos, mas os resultados indicam a existência de um efeito total significativo da assimilação com a intenção de saída no grupo minoritário. Por outro lado, o multiculturalismo e a assimilação, não são preditores significativos da dupla identidade e os efeitos indiretos de ambos, mediado pela dupla identidade, não são significativos nos resultados no trabalho (satisfação no trabalho e intenção de sair). Contudo, por se tratar de um tema relevante meio a diversidade global atual, aconselha-se investigações sobre o tema utilizando uma amostragem mais significativa.
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    Reconhecimento de emoções faciais em contextos intergrupais : um estudo com realidade virtual
    (2022) Ledo, Mariana Barreto Mota; Bianchi, Mauro, orient.
    Em psicologia social muito se tem estudado sobre os estereótipos sociais, principalmente no que diz respeito à etnia e ao sexo. Devido à importância deste assunto e à crescente identificação de comportamentos que podem desencadear atitudes de preconceito em relação aos outros, o presente estudo analisa a identificação de emoções em rostos de avatares de diferentes sexos e etnias. Utilizando a realidade virtual, o estudo foi realizado com participantes femininas, mulheres brancas, estudantes da Universidade Lusófona, que responderam sobre a sua percepção de expressões faciais de avatares negros, brancos, masculinos e femininos através de um ambiente em realidade virtual. A amostra deste estudo foi de40 indivíduos com idades compreendidas entre os 18 e os 40 anos, sendo na sua maioria de nacionalidade portuguesa, raça branca, sexo feminino, estudantes universitárias, licenciadas e trabalhadoras-estudantes. Os resultados demonstram a hipótese de enviesamento para uma mais rápida deteção de rostos ameaçadores do que alegres. Com relação à expressão de felicidade, as participantes são mais rápidas em detectar esta emoção em avatares brancos independente do sexo. No que diz respeito ao medo, as participantes são mais rápidas em detectar essa emoção em avatares masculinos do que femininos, independente da etnia. Com a emoção raiva, as participantes detectaram mais rápido em rostos de avatares masculinos brancos do que negros, esta mesma emoção foi maior detectada em avatares femininos negros do que brancos.
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    Speeding up with sustainable mobility : um estudo exploratório da população portuguesa
    (2020) Soares, Marisa Lira de Souza Camacho; Loureiro, Ana Luísa Cardoso Marques Teixeira, orient.
    Este estudo exploratório tem como objetivo comparar o papel das variáveis sociodemográficas nomeadamente género, idade, classe social e zona de residência e a sua influência nas atitudes e comportamentos na mobilidade sustentável da população portuguesa, através dos dados recolhidos do Questionário do Observatório do Consumo Consciente de 2018. Os resultados revelam que os portugueses de Portugal Continental se preocupam com as questões ambientais e demonstram que algumas vezes são adotados comportamentos de mobilidade sustentável. Quanto ao género e status social não se encontraram diferenças significativas. No entanto o estudo revelou diferenças significativas quanto à idade e região de residência. Estes resultados exigem uma reflexão profunda sobre as estratégias de sensibilização da população portuguesa utilizadas até o momento, nomeadamente estratégias diversificadas de acordo com as perceções, hábitos e contextos das diferentes camadas sociodemográficas para que se atinja uma mobilidade sustentável que realmente colmate os impactes ambientais e seja referência a nível mundial.
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    Efeito da ameaça de estereótipo de género : suas consequências e relação com a satisfação e o engagement no trabalho
    (2021) Monteiro, Maria de Fátima; Bianchi, Mauro, orient.
    A constatação de alguma existência de escassez de estudos sobre os efeitos de ameaça de estereótipo no âmbito organizacional e de estudos publicados que avaliem a relação entre ameaça de estereótipo, engagement e satisfação com o trabalho constituiu-se como a principal motivação para a concretização desta investigação. A presente dissertação teve como objetivo investigar os efeitos da ameaça de estereótipo ligado ao género nos níveis de envolvimento (engagement) e de satisfação dos colaboradores com o trabalho, bem como analisar a relação entre perceções de colaboradores face às experiências e sua satisfação com o trabalho e a organização onde trabalham. Estudar a eventual mediação dos níveis de engagement dos colaboradores na relação entre ameaça de estereótipo ligado ao género e a satisfação face ao trabalho constituiu-se como um objetivo complementar. Uma amostra de 103 participantes empregados, de ambos os géneros e com idade superior a 18 anos, participou neste estudo. Os valores de satisfação com o trabalho e engagement no trabalho obtidos eram elevados, i. e., significativamente superiores ao ponto médio das escalas, sendo que, quando comparamos as dimensões do envolvimento no trabalho se constata que os valores de vigor e dedicação são significativamente superiores ao valor da absorção. Os valores obtidos nas dimensões do engagement, vigor e dedicação, eram significativamente mais elevados do que os da absorção. A influência da ameaça de estereótipo na satisfação, vigor, dedicação e absorção era negativa, tal como esperado, mas não estatisticamente significativo. Não se encontrou um efeito moderador do engagement. No entanto ocorre um efeito de mediação significativo do engagement na relação entre ameaça de estereótipo e satisfação no trabalho, sugerindo que na presença de engagement no trabalho os efeitos da ameaça de estereótipo sobre a satisfação no trabalho tendem a diminuir.
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    Representações sociais : a sua relação com a gestão de stress e qualidade de vida no trabalho em profissionais das forças de segurança
    (2021) Rodrigues, Sónia Cristina Mota; Rodrigues, Maria de Fátima Oliveira, orient.
    Esta investigação visa explorar a possível relação entre a representação social da profissão e a manifestação do stress ocupacional nos agentes de diversas Forças de Segurança, tendo em conta as suas duas vertentes: o distress e o eustress, assim como avaliar a eficácia das estratégias utlizadas para fazer face aos eventos stressores da profissão. Especificamente, procura compreender o tipo de stress percecionado pelos elementos das organizações e, se a representação social da profissão tem alguma relevância na classificação do evento e na eficácia das estratégias utilizadas em resposta ao mesmo. Consiste numa investigação de cariz qualitativo, não experimental, com um caráter exploratório e descritivo (Given, 2008) e, para esta análise recorreu se ao modelo holístico de stress de Nelson & Simmons (2003). Este modelo assume particular relevância no estudo desta população profissional, porque existem muitas referências ao forte impacto do stress no trabalho destes profissionais (McGowan, DianneGardner, & Fletcher, 2006) e, alguns estudos apontam também no sentido da vivência de eustress no exercício desta profissão (Azevedo, 2017). Sendo que essa vivência parece estar associada ao reconhecimento da profissão, questionou-se se a própria representação social da profissão poderia constituir um fator moderador entre as exigências da profissão e a vivência de eustress ou distress, com o subsequente impacto nas estratégias de abordagem utilizadas pelos profissionais e consequências na qualidade de vida. Mais especificamente, pretende-se apreciar em que medida estas representações sociais podem constituir um mecanismo de suporte nestas profissões, com elevado risco de burnout e mal-estar psicológico (Aster, 2008; Cintas & Sprimont, 2011; Serra, 2005). Também a abordagem psicológica da gestão de stress (Lazarus & Folkman, 1980) será importante para a análise, na medida em que se concetualizou que as representações sociais sobre a profissão e instituição constituirão um elemento relevante de análise primária para a identificação do contexto profissional como stressante. Na medida em que as representações sociais constituem uma interface entre o indivíduo e a sociedade, congregando dinâmicas sociológicas e psicológicas, pareceu ser um conceito de particular utilidade para o estudo destas profissões onde a vivência profissional é fortemente determinada pelo social. Sendo as representações sociais construções que permitem ao indivíduo entender o mundo em seu redor, comunicar e definir comportamentos adequados a cada situação, considerou-se relevante analisar o trabalho psicológico individual de negociação e adaptação dos profissionais às contingências do seu trabalho (Malczewski, 2013; Moscovici, 2007; Ramos & Novo, 2002; Vala, 1993) Paralelamente foram investigadas estratégias de coping (Folkman & Lazarus, 1988), bem como outros fatores individuais e organizacionais, respetivamente protetores e potenciadores de stress ocupacional. Com estes objetivos em mente foram conduzidas 103 entrevistas semiestruturadas a uma amostra de conveniência de elementos de três Forças de Segurança – PSP, GNR e Polícia Municipal. Os conteúdos das respostas foram sujeitos a uma análise de conteúdo qualitativa e quantitativa assim como a uma análise temática (Vala, 1986). A análise de conteúdo compreende procedimentos especiais para o processamento de dados científicos e constitui uma metodologia de pesquisa usada para descrever e interpretar o conteúdo de documentos e textos (Bardin, 2011). E, a analise temática é um método de análise qualitativa de dados para identificar, analisar, interpretar e relatar padrões (temas) a partir de dados qualitativos, sendo que possui características semelhantes a procedimentos também adotados na análise qualitativa (Braun & Clarke, 2016). Os resultados obtidos mostraram apoio a três das hipóteses colocadas e relacionadas com o modelo holístico de stress de Nelson e Simmons (2003). Indivíduos com uma representação social positiva evidenciaram uma predominância de eustress e de estratégias de savoring e indivíduos com uma representação social negativa evidenciaram uma predominância de estratégias de coping, no entanto, não evidenciaram uma predominância de distress. Ambas as hipóteses colocadas com base no modelo transacional de stress de Lazarus e Folkman (1984) não foram apoiadas pelos dados recolhidos, ou seja, indivíduos com uma representação social positiva não classificam maioritariamente os eventos como positivos ou irrelevantes e, numa avaliação secundária dos mesmos também não evidenciam uma perceção de maior disponibilidade de recursos pessoais para lidar com a situação.
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    Os efeitos da ameaça de estereótipo ligado ao género nas auto-perceções de trabalhadores portugueses e as suas consequências em papéis de liderança
    (2020) Lopes, Bárbara Filipa Mano; Bianchi, Mauro, orient.
    Cargos de liderança encontram-se acompanhados pelo estereótipo do que é um líder ideal, encontrando-se associado a caraterísticas como Carisma, Objetividade, Conhecimento, Pragmatismo, etc. Estas caraterísticas, segundo os estudos, têm um maior impacto nas mulheres, visto que as mesmas estão associadas à liderança masculina. O estudo tenta perceber qual o impacto que tem a ameaça de um estereótipo relativo às caraterísticas de um líder ideal, e como é que isto irá influenciar a auto-perceção, assim como, perceber se as pessoas que apresentam um maior nível de ameaça de estereótipo ligada ao género questionam as suas competências, quando envolvidos em papéis de liderança. Pretende-se assim estudar o nível de auto-eficácia percebido como variável mediadora a relação entre ameaça de estereótipo e atribuição de competências de liderança. Os resultados demostraram a existência desta relação mediada pela auto-eficácia, fazendo com que quando a ameaça de estereótipo se apresenta elevada diminuirão os níveis de auto-eficácia, o que por sua vez irá aumentar a discrepância percebida das caraterísticas ligadas à liderança, ou seja, os indivíduos identificam-se menos com caraterísticas que atribuem a um líder ideal.
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    Populismo vs pluralismo : associação com preferências de liderança com base na teoria dos modelos relacionais
    (2020) Tomás, Diogo Miguel Correia; Brito, Rodrigo, orient.
    O populismo apresenta-se como um fenómeno político da actualidade que emerge como alternativa ao sistema democrático liberal. Neste estudo testámos as associações da atitudes populistas e pluralistas a preferências por estilos de liderança com base em formas de legitimação do poder e à auto-eficácia. Salientamos que o Populismo e Pluralismo não se encontram correlacionadas entre si, o que nos permite compreender desde logo que estas variáveis não são opostas. Confirmámos a hipótese da associação entre a preferência por uma liderança legal-racional (baseada no Mercado e Igualdade) e o Pluralismo, o mesmo não se verificou para a hipótese da associação entre a preferência por uma liderança carismática (baseada na Comunhão e Autoridade) e o Populismo. O Populismo apresenta-se associado aos modelos de Igualdade, Mercado e Comunhão. No entanto, o modelo de Autoridade não apresenta um impacto sobre as atitudes políticas, nem um efeito de interacção com as outras variáveis do modelo. Podemos assim concluir que nem o populismo nem o pluralismo se baseiam numa preferência pelo estilo de liderança com bases autoritárias. As preferências pela Igualdade, Mercado e Comunhão encontram-se relacionadas entre si e apresentam todas tanto um impacto nas atitudes pluralistas como populistas.
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    O contexto de trabalho e a perceção do bem-estar individual: o papel do espaço natural
    (2019) Hîncu, Elena; Loureiro, Ana Luísa Cardoso Marques Teixeira, orient.
    O contexto de trabalho e a perceção do bem-estar são aspetos que demonstram ter uma incidência na satisfação individual nomeadamente através do contacto com elementos naturais. O estudo insere-se no âmbito de uma colaboração da EPCV/ULHT com a Université de Nantes. Há evidências científicas dos benefícios que o contacto com elementos naturais, inclusive em ambientes urbanos, leva ao bem-estar e qualidade de vida dos indivíduos. O presente estudo pretende compreender se o contato com elementos naturais no contexto de trabalho se traduzem em níveis de bem-estar e qualidade de vida mais elevados e se o grau de ligação à natureza dos indivíduos influencia esses níveis em ambientes físicos. Responderam 221 participantes ao questionário online divulgado nas redes sociais, sendo de carácter local pelo que só foram analisadas as respostas dos habitantes da cidade de Lisboa. Os resultados não demonstraram uma relação significativa entre a visualização de elementos naturais do contexto de trabalho e o bem-estar nem quando se considera o papel da ligação à natureza. No entanto, o contacto com ambientes naturais em geral e no contexto de trabalho parece favorecer os indivíduos no seu bem-estar e qualidade de vida.
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    Consequências da ameaça de estereótipo de género no comprometimento organizacional e bem-estar dos colaboradores : um estudo experimental
    (2019) Lourenço, Ana Isabel de Campos; Bianchi, Mauro, orient.
    Vários autores têm encontrado um efeito de ameaça de estereótipo (AE), isto é, a preocupação de confirmar ou ser reduzido a um estereótipo negativo sobre o próprio grupo de pertença (Spencer, & Aronson, 2002). No seguimento desses mesmos trabalhos, a presente dissertação teve como objetivo estudar este fenómeno em contexto organizacional, explorando os efeitos de ameaça de estereótipo ligado ao gênero nos níveis de comprometimento organizacional e de bem-estar dos colaboradores. Para isso foi desenvolvido um estudo experimental, sustentado na manipulação dos níveis de AE entre 130 colaboradores de várias empresas portuguesas, 69 do sexo feminino e 61 do sexo masculino. Contrariamente ao esperado, esta manipulação não surtiu efeito nas perceções de AE dos participantes mas, ainda assim, as mulheres relataram níveis superiores de AE em comparação com os homens. Consequentemente, tanto o bem-estar como o comprometimento normativo das participantes revelaram-se negativamente afetados pela AE. Por fim as correlações entre as variáveis demonstraram que o bem-estar e o comprometimento organizacional estão positivamente associados para ambos os sexos. Estes resultados foram discutidos e as considerações finais sugerem o que se pensa ser uma melhor estratégia para a replicação deste estudo.
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    Atitudes e comportamentos ambientais responsáveis na Região Autónoma da Madeira
    (2019) Viveiros, Pedro Duarte Fernandes Andrade; Loureiro, Ana Luísa Cardoso Marques Teixeira, orient.
    Este estudo exploratório tem como objetivo verificar, através da aplicação do Questionário Observatório do Consumo Consciente, a relação que existe entre atitudes ambientais e o comportamento responsável, nomeadamente pelos hábitos de consumo, comportamentos de poupança energética, comportamentos de reciclagem e comportamentos de mobilidade em indivíduos residentes na Região Autónoma da Madeira (RAM), bem como, analisar as diferenças existentes ao nível de fatores como a idade e o género. Os resultados mostram que a população da RAM demonstra níveis altos de atitudes e preocupações ambientais, comportamentos de consumo consciente, comportamentos de poupança energética e comportamentos pró-ambientais (reciclagem), apresentando níveis moderadamente baixos em comportamentos de mobilidade ambientalmente responsável. Os resultados mostram que as atitudes e preocupações ambientais estão associadas aos comportamentos pró-ambientais e aos comportamentos de poupança. Bem como, que os comportamentos de consumo consciente estão associados aos comportamentos de poupança e negativamente associados aos comportamentos de mobilidade. No que se refere ao género, não foram encontradas diferenças significativas em nenhum dos comportamentos e atitudes analisados. Quanto à idade, verificamos que há uma tendência para os mais velhos terem mais comportamentos de poupança e que demonstram significativamente mais comportamentos pró-ambientais do que os mais novos.
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    Estímulos de ambientes naturais virtuais em espaços de saúde e bem-estar : efeito moderador da necessidade de controlo
    (2018) Mello, Nara Santos de; Loureiro, Ana Luísa Cardoso Marques Teixeira, orient.
    Estudos sugerem que o contacto/exposição com a natureza tem efeitos positivos no stress/ansiedade, nomeadamente em contextos de cuidados de saúde. Para testar esses efeitos, o presente estudo pretende investigar se a exposição a cenários de ambientes naturais contribui para a diminuição dos níveis de ansiedade, em indivíduos submetidos a procedimentos dentários. Pretende também verificar o papel moderador da necessidade de controlo (característica individual) nos níveis de ansiedade, no sentido de que, quanto maior for a necessidade de controlo dos indivíduos, e numa situação em que é permitido maior controlo (escolha do cenário natural), os níveis de ansiedade serão menores. Os resultados mostram que a relação entre a exposição a cenários de ambiente natural e a ansiedade não é positiva, mesmo ao considerar o papel da necessidade de controlo. Estes resultados sugerem que, a relação entre o contacto com a natureza e o impacto que esta traz ao bem-estar não é evidente, sendo que neste estudo, o contexto, nomeadamente a severidade dos procedimentos dentários podem estar associados.
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    Efeito de ameaça de estereótipo de género sobre o engagement e satisfação no trabalho
    (2017) Salomão, Solange Verónica de Sales; Bianchi, Mauro, orient.
    Poucas pesquisas feitas em âmbito organizacional indicam que a perceção de ameaça de estereótipo tem consequências para o desengagement e a desidentificação com a organização e a satisfação com o trabalho. O presente estudo tem como objetivo de investigar se homens e mulheres diferem nas próprias perceções de ameaça de estereótipos no local do trabalho, nos níveis de engagement e de satisfação com o trabalho, uma vez que, nas organizações, as práticas que desenvolvem as competências dos trabalhadores aumentam e/ou são diretamente relacionadas a satisfação e o engagement dos colaboradores (Savaneviciene e Stankeviciute 2011). Pretende-se também investigar o possível papel mediador do engagement na relação entre ameaça de estereótipo e satisfação no trabalho. Participaram no presente estudo cinquenta e cinco homens e mulheres, trabalhadores com distintas funções de uma empresa pública angolana do ramo do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos. Os resultados mostraram que homens e mulheres não diferem nas perceções de ameaça de estereótipo. Entretanto, o género teve um papel moderador na relação entre ameaça de estereótipo e níveis de engagement, ou seja, para as mulheres existe uma relação significativamente negativa entre ameaça de estereótipo e engagement, e para os homens esta relação não é significativa. Mas, para as mulheres, ao aumentar as perceções de ameaça de estereótipo diminui a satisfação com o trabalho, e esta relação é mediada pelos níveis de engagement. Os resultados foram discutidos tendo em conta a literatura mais recente sobre ameaça de estereótipo.