Experiências adversas na infância e violência nas relações de intimidade : o papel mediador da regulação emocional

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2015

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Resumo

O presente estudo pretende explorar o papel mediador da regulação emocional na associação entre as experiências adversas precoces e a perpetração de violência nas relações de intimidade (VRI) entre jovens adultos. Pretende também, a título exploratório, testar o papel potencialmente moderador da regulação emocional na associação entre experiências adversas precoces e VRI. Os participantes são jovens adultos (M = 21; DP = 2,45; 65% mulheres), sendo usada uma amostra por conveniência. Foram administrados os seguintes instrumentos: Trait Meta-Mood Scale (TMMS, Salovey, Mayer, Goldman, Turvey y Palfai, 1995; versão adaptada de Cabral & Matos, 2004), Inventário de Conflitos nas Relações de Namoro entre Adolescentes (CADRI, Wolfe, Scott, Reitzel-Jaffe, Wekerle, Grasley e Straatman, 2001; versão adaptada de Saavedra, Machado, Martins & Vieira, 2008) e o Questionário de História da Infância (ACE, Felitti e Anda, 1998; versão adaptada de Pinto & Maia, 2013). Os resultados sugerem que a experiência adversa na infância é preditora da desregulação emocional e da VRI. Para além disso, revelam ainda que a regulação emocional medeia a associação entre experiência adversa precoce e VRI, mas não modera essa mesma associação. Com base nos resultados destaca-se a importância da intervenção com jovens vítimas de adversidade ou envolvidos em relações violentas. Este estudo sublinha a relevância da regulação emocional como potencial fator protetor ou de risco do impacto da adversidade na infância e do envolvimento e manutenção de relações íntimas violentas. Assim, importará dirigir a intervenção com jovens vítimas de adversidade na infância e envolvidos em relações abusivas para a promoção das estratégias de regulação emocional.
The present study aims to explore the role of emotion regulation as mediator on the association between adverse early experiences and the perpetration of violence in intimate relationships (IPV) among young adults. The potentially role of emotional regulation as moderator in the association between adverse early experiences and VRI, is also tested. Participants are young adults and a convenience sample was used. The following instruments were administered: Trait Meta-Mood Scale (TMMS, Salovey, Mayer, Goldman, Turvey & Palfai, 1995; adapted version from Cabral & Matos, 2004), Conflict in Adolescent Dating Relationships Inventory (CADRI, Wolfe, Scott, Reitzel-Jaffe, Wekerle, Grasley & Straatman, 2001; adapted version from Saavedra, Machado, Martins, & Vieira, 2008) and the Adverse Childhood Experiences (ACE, Felitti & Anda, 1998; adapted version from Pinto & Maia, 2013). Results suggest that adverse experiences in childhood are predictive of emotional dysregulation and VRI. In addition, reveal that the emotional regulation mediates the association between adverse early experience and VRI, but not moderates this same association. Results highlight the importance of intervention with young victims of adversity and/or those involved in violent relationships. This study underscores the importance of emotion regulation as a potential protective or risk factor on the later impact of adversity in childhood and the engagement and maintenance of violent intimate relationships. It is, then, crucial that intervention with young victims of adversity in childhood and those involved in abusive relationships focus in the promotion of emotion regulation strategies.

Descrição

Orientação: Joana Cabral

Palavras-chave

MESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDE, PSICOLOGIA, PSYCHOLOGY, VIOLÊNCIA NAS RELAÇÕES DE INTIMIDADE, INTIMATE PARTNER VIOLENCE, INFÂNCIA, CHILDHOOD

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