Percorrer por autor "Bracons, Hélia, orient."
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Item Bullying racial nas escolas: a importância de implementação de práticas sociais como forma da prevenção no combate ao bullying(2023) Lima, Juceila Maria Rodrigues; Bracons, Hélia, orient.A presente dissertação procurou explorar a problemática do bullying racial nas escolas entre os pares. Pretende-se contribuir para uma tomada de consciência coletiva desta problemática e propor soluções que só se tornarão realidade, se formos capazes de transmitir às crianças e adolescentes, o respeito e a tolerância para com os outros. As estatísticas revelam um aumento dos casos do bullying em Portugal. À problemática consiste em identificar os fatores que podem facilitar a ocorrência de comportamentos racistas, em casos afirmativos deve-se ter conhecimento dos intervenientes pretendendo solucionar o problema e sobretudo, apoiar as crianças e adolescentes que são vítimas deste tipo de situações. Neste campo, não será demais lembrar que apenas a educação pode mudar valores, contribuindo para a valorização da diversidade e para a construção de respeito recíproco entre os alunos. Tendo em conta a problemática acima referida, e como forma de orientar a investigação realizada, recorreu-se a um objetivo, saber qual a implicação que o bullying racial tem no percurso escolar e no desenvolvimento dos alunos. Trata-se de um estudo transversal e a amostra é composta por 54 alunos de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 8 aos 14 anos de idade, que frequentam o primeiro, segundo e terceiro ciclo, e foi realizado, na Associação de Academia do Jonhson, onde foi constatado que, uma grande maioria dos alunos é de etnia africana e afrodescendente. O trabalho desenvolveu-se através de uma metodologia mista “quantitativa e qualitativa” e os instrumentos de recolha de dados foram recolhidos através de um questionário aplicado aos alunos e à aplicação de entrevistas semi-estruturadas a um grupo restrito de funcionários, analisando os dados através da análise do conteúdo. Para uma maior compreensão da temática recorreu-se a uma revisão da literatura em trabalhos científicos, artigos especializados, pesquisas académicas realizadas na Internet, analisou-se estudos que privilegiaram a reflexão sobre o impacto do bullying racial nos alunos em contexto escolar. A violência é um comportamento anti-social, cujas repercussões têm aumentado, sobretudo nas comunidades mais jovens e entre pares, manifestando-se através de comportamentos desajustados, com a pretensão de magoar, maltratar, humilhar ou causar dano a alguém física ou psicologicamente. Palavras-chave: Bullying Racial; Escola; Serviço Social; Práticas SociaisItem Centro de noite como promoção da permanência da pessoa idosa no seu meio habitacional(2017) Cipriano, Andreia Filipa Fortunato; Bracons, Hélia, orient.A presente dissertação tem como problemático o envelhecimento, e o principal objetivo da investigação é entender se a resposta de centro de noite (serviço noturno) atrasa ou mesmo evita a institucionalização da pessoa idosa, permitindo a estas de ficar em suas casas. Depois de definido o principal objetivo, tentamos perceber quais as mais valia do Centro de Noite pode trazer para melhorar as condições físicas e psicológicas do idoso no seu quotidiano, privilegiando a manutenção dos seus hábitos e meios que o envolvem, promovendo a autonomia, minimizar o isolamento e solidão. Estas medidas permitiram concluir que a entrada do idoso para Lar passou a ser feita mais tarde. De referir que o Centro de Noite foi criado como uma resposta social, destinado aos idosos autónomos que precisam apenas de acompanhamento durante a noite, de forma a assegurar o bem-estar e segurança dos utilizadores, fomentando a permanência da pessoa idosa no seu meio natural. Perante a análise dos resultados, foi possível verificar que esta resposta social de Centro de Noite do Centro Social e Paroquial da Encarnação responde aos objetivos definidos e permite a permanência da pessoa idosa no seu Lar, promovendo o acompanhamento no período noturno onde estas se sentem mais vulneráveis.Item Estratégias de integração de travestis brasileiras na cidade de Lisboa(2018) Castilho, Taís Diniz Sousa; Bracons, Hélia, orient.O presente estudo pretende conhecer quais os elementos que contribuem para que as travestis brasileiras decidam sair do Brasil e imigrarem para Portugal, tendo como preocupação conhecer como é que as travestis brasileiras, que imigram para Lisboa, analisam as estratégias das políticas públicas e sociais, vislumbrando ficar livres do contexto de violência urbana e vulnerabilidade social do Brasil. A perspectiva metodológica foi de caráter histórico oral, em pesquisa qualitativa, sobre as vivências das travestis na cidade de Lisboa, rumando significar quais os aspectos que auxiliem no mapeamento para a produção de conhecimento e saberes acerca das realidades sociais e da integração das travestis fora de seus país de origem. Neste estudo foram investigadas as experiências sociais de seis travestis brasileiras que vivem na cidade de Lisboa, afim de perceber, também, como constrõem as suas relações sociais com a comunidade portuguesa. De acordo com os resultados, destaca-se que as travestis entrevistadas encontraram em Lisboa melhores condições económicas, sociais e de integração. Começaram a imigrar para Portugal na procura de encontrar melhores oportunidades de trabalho e conseguirem viver uma vida com menos violência e discriminação.Item A gestão de pessoas na casa de abrigo : a violência conjugal(2018) Carvalho, Mónica Cristina Tomás; Bracons, Hélia, orient.O número de mulheres vítimas de violência doméstica tem vindo a ser cada vez maior, o que merece uma maior atenção dos poderes públicos, na definição de políticas de combate ao fenómeno. O presente estudo pretende contribuir para uma melhor compreensão do fenómeno de violência doméstica, em particular da violência contra as mulheres no âmbito das relações conjugais e uma compreensão da gestão de pessoas efetuada numa das medidas de apoio às vítimas que têm sido adotadas no âmbito nacional, designadamente a Casa de Abrigo. A Violência Conjugal e a Gestão de Pessoas na Casa de Abrigo, são o objeto de pesquisa e o propósito do estudo que pretendeu Compreender a Violência Conjugal e a Gestão de Pessoas na Casa de Abrigo. A investigação realizou-se na Casa de Abrigo APAV, foi utilizada uma triangulação metodológica, isto é, foram utilizados múltiplos métodos para estudar o problema de investigação. Primeiro foi realizado uma entrevista semiestruturada à gestora da Casa de Abrigo e utilizada a técnica histórias de vidas a duas utentes acolhidas na Casa de Abrigo, utilizando assim uma metodologia qualitativa. Seguindo por uma metodologia quantitativa com recurso a um questionário, aplicado aos colaboradores da Casa de Abrigo. Este estudo evidencia que no decorrer da infância ambas as utentes vivenciaram situações de violência familiar, e na relação de conjugalidade foram vítimas de violência física, psicológica e sexual. As principais razões que levam estas mulheres a permanecer na relação violenta, é o medo de que o parceiro realize as ameaças que tece, a vergonha de procurar ajuda, a perspetiva que o alegado agressor mude as suas atitudes e o receio que lhes tirem os filhos, contudo os filhos são também, o motivo pelo qual muitas abandonam a relação violenta, sobretudo quando passam também a ser vítimas. O processo de rutura com a relação violenta, a procura de apoios por parte da vítima e oacolhimento em Casa de Abrigo é complexo, contudo é reforçado a excelente relação com aequipa técnica. A maior fragilidade que identificam na Casa de Abrigo, é o excesso de discussões entre as utentes, chegando mesmo a referenciar que saíram de um ambiente de violência e de gritos, para vir para outro igual. Refletindo sobre as práticas de gestão de pessoas que deverão ser valorizas no futuro na Casa de Abrigo. É identificado pela gestora a necessidade de estar mais atenta à própria equipa, promovendo mais pontos de encontro e de diálogo.Item A intervenção do serviço social nas unidades de cuidados continuados integrados em tempo de pandemia: estudo realizado nas ULDM da Comunidade Intermunicipal do Oeste(2022) Lopes, Isabel Maria Moreira Maximiano; Bracons, Hélia, orient.Atualmente, a população vive mais tempo e com melhores condições de vida do que num passado recente. O desenvolvimento da proteção social e as políticas de saúde que se têm vindo a verificar criaram condições para um envelhecimento ativo e saudável. Quando se envelhece em situação de dependência, o Estado tenta garantir respostas sociais através de políticas sociais, como forma de dar resposta na continuidade de cuidados. Em resposta a esta necessidade, foi criada a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), uma política que o Estado regula, mas que, através de acordos e parcerias, coloca a responsabilidade da continuidade de cuidados no terceiro setor e em entidades privadas. O presente estudo incide sobre a intervenção do Serviço Social nas Unidades de Longa Duração e Manutenção da RNCCI, inseridas na Comunidade Intermunicipal do Oeste, e pretende conhecer o trabalho dos Assistentes Sociais, a envolvência das famílias dos utentes na procura de solução futura para a necessidade específica do utente, assim como os desafios sentidos durante a pandemia provocada pela Covid-19. O trabalho assenta na metodologia qualitativa com recurso à técnica da entrevista semidiretiva. Foram entrevistadas as sete Assistentes Sociais das Unidades de Longa Duração e Manutenção, pertencentes à Comunidade Intermunicipal do Oeste. Este estudo mostrou que, dos 180 utentes das ULDM da OesteCIM, 81 são “casos sociais” que, na voz das entrevistadas, são utentes que estão na Rede para resolver a “questão social”, com reduzido suporte familiar e económico, que aguardam vaga protocolada pela Segurança Social em ERPI, vaga esta, que pode demorar anos até ser disponibilizada. Salienta-se a persistência das Assistentes Sociais na tentativa permanente de encontrar uma solução social para estes utentes, bem como na envolvência familiar para manter os vínculos afetivos. Foi relatado que a consequência mais danosa a nível social sentida durante a pandemia foi a ausência de visitas, não só para os utentes como para as famílias.Item Panorama da estratégia nacional para as pessoas de sem-abrigo : um novo olhar sobre as pessoas em situação de sem-abrigo(2023) Perú, Jéssica Verónica Cruz Martel; Bracons, Hélia, orient.A presente dissertação aborda a problemática das pessoas em situação de sem-abrigo e a Estratégia Nacional para as pessoas em situação de sem-abrigo. A Estratégia Nacional para integração de pessoas em situação sem-abrigo foi implementada e apresentada, publicamente, a 14 de março de 2009, visando a elaboração de respostas para que ninguém tivesse de permanecer na rua por ausência de alternativas, bem como monitorizar o fenómeno. A metodologia utilizada nesta investigação baseou-se numa abordagem qualitativa. A investigação pretende, através dos discursos de 16 profissionais que intervêm junto da população de rua e de quem tem muito conhecimento sobre ENIPSSA, compreender se a Estratégia Nacional tem sido eficaz e eficiente na reposta às necessidades das pessoas em situação de sem-abrigo e atenuado o fenómeno. Os principais resultados permitem constatar que a Estratégia Nacional para as pessoas em situação de sem-abrigo tem sido importante para um melhor entendimento da problemática. A ENIPSSA elaborou um novo conceito a nível nacional, que promoveu a inclusão das pessoas em situação de sem-abrigo. A implementação e o alargamento dos NPISAS e o aparecimento de uma ajuda especializada no âmbito da intervenção, o gestor de caso. Estratégia Nacional para as pessoas em situação de sem-abrigo necessita ajustar várias questões: existir linhas de financiamento no âmbito da ENIPSSA; mais respostas de alojamento; respostas de alojamento com mais durabilidade; mais respostas de Housing First, respostas ajustadas a cada indivíduo; mais acompanhamento técnico nos modelos Housing First e apartamentos partilhados; mais respostas de emergência; existir mais recursos humanos; assegurar o acesso aos cuidados na saúde mental; mais apoio dos municípios na ENIPSSA; uniformização do novo conceito; participação das pessoas em situação de rua na ENIPSSA; respostas menos burocráticas e promover a sensibilização da comunidade sobre as pessoas em situação de sem-abrigo.Item Serviço Social: a intervenção da arte no quotidiano profissional do assistente social(2020) Martins, Robson de Souza; Bracons, Hélia, orient.O presente trabalho propos compreender a arte como instrumento de intervenção no quotidiano do assistente social na atualidade. Contextualizou-se o Serviço Social e Arte ao longo dos tempos, analisando a forma como se aproximam e se ancoram nas mesmas motivações, ou seja, o estímulo da consciência crítica do ser humano que o conduz à sua emacipação, para além de um recurso inovador na instrumentalidade do Serviço Social. Deste modo, clarificam-se questões relativas à identidade profissional, autonomia, particularidade e singularidade da profissão, e como a arte pode ser incorporada metodologicamente no agir profissional. Seguindo esta perspetiva, sugere-se a hipótese da relação entre a arte - enquanto fator de proteção -, a intervenção do assistente social e a alteração de situações de vida induzidas por fatores de vulnerabilidade. Empregou-se nesta pesquisa exploratória uma metodologia qualitativa e dentre os principais contributos, pode se destacar o debate oprofundamento teórico-metodológico do serviço social e as possibilidades que emergem do agir profissional.Item Transições : resiliências contextuais - um estudo sobre o suicídio e comportamentos suicidas dos jovens transexuais masculinos(2020) Pires, Vânia Cláudia da Graça Cavacas; Bracons, Hélia, orient.A prevalência da literatura nacional e internacional alocada às suicidalidades em transexuais refere os avanços científicos que têm sido feitos na esteira da transexualidade. Os estudos científicos de ordem sociológica e psicológica foram inventariando as necessidades que imperam no segmento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transgénero), como legislação própria, estatutos, direitos, liberdades e garantias, da mesma forma que expuseram as violências a que esta esfera está sujeita. De forma similar, a estatística atesta a forte incidência do suicídio ou comportamentos suicidas dos indivíduos transexuais em contextos de discriminação, preconceito, rejeição social e/ou parental. Este estudo tencionou identificar e caraterizar os principais fatores sociais e familiares que concorrem para o comportamento suicida em jovens transexuais masculinos, assim como conhecer a perceção do jovem transexual da relevância do Assistente Social numa equipa multidisciplinar, contribuindo desta forma para uma melhor compreensão deste fenómeno. A investigação assentou numa metodologia qualitativa desenvolvida através de entrevistas semi estruturadas com recurso a guião, a dez indivíduos transexuais masculinos. Este estudo caraterizou que 5 dos 10 inquiridos tentaram o suicídio, 10 padeciam de ideação suicida e de 8 manifestaram práticas de parassuicídio. Como principais resultados, revela-se uma forte incidência das questões familiares como fonte de desesperança, como a rejeição parental ou quando esta não ocorre, os indivíduos transexuais percecionam um não reconhecimento da sua identidade pelos pais, mantendo estes o registo dos pronomes errados. O tempo de espera por consultas e/ou procedimentos no Serviço Nacional de Saúde é igualmente um stressor que potencia as ideações suicidas desta população, adiando a sua congruência e perpetuando sentimentos de opressão. A discriminação percecionada evidencia-se ainda em período de relações lésbicas ante transição social/clínica. De todas as esferas que envolvem estes indivíduos, os participantes classificaram a categoria do suporte familiar a mais importante para resiliências salutares. Este estudo vem trazer um conhecimento mais profundo dos móbeis envolvidos nos comportamentos suicidas dos jovens transexuais, contribuindo para identificar os seus fatores protetores, e na consonância especificar e compreender os seus fatores de risco.Item Violência conjugal contra a mulher: impactos na produtividade laboral(2022) Ferreira, Marlene Pascoal; Bracons, Hélia, orient.A investigação qualitativa que desenvolvemos teve como objetivo de conhecermos os impactos causados pela violência conjugal na produtividade laboral das mulheres, através da experiência dos técnicos superiores de apoio a vítimas de violência doméstica, que desempenham funções na Casa de Abrigo que pertence à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Recorremos à entrevista semiestruturada junto dos técnicos para a recolha de informação sobre a temática em questão. Quanto a problemática da violência e empregabilidade, apurou-se que um dos impactos causados pela violência doméstica é por vezes a dificuldade que a vítima passa a ter para manter o emprego, outras vítimas acabam por ficar desempregadas temporariamente, dependentes dos apoios sociais e com maior vulnerabilidade financeira. Conclui-se que relativamente ao emprego, as agressões infligidas nas vítimas de violência doméstica de forma reiterada produzem impactos na sua capacidade e produtividade laboral. No processo de autonomização, apurou-se que as vítimas acolhidas na casa de abrigo eram de nacionalidade estrangeira e estavam todas desempregadas. Um dos passos que é fundamental para o projeto de autonomia das vítimas é a integração no mercado de trabalho, a vasta experiência dos técnicos na problemática da violência conjugal e o conhecimento da situação da vítima por parte de todos os intervenientes apresenta-se como uma boa resolução para o problema. No apoio Jurídico prestado à Vítima, apurou-se que o apoio jurídico é fundamental para a vítima, para além do apoio e acompanhamento jurídico que a vítima tem ao longo do processo de autonomização, desenvolve-se também junto da vítima, um trabalho de empoderamento de forma a manter a vítima bem informada dos seus direitos enquanto cidadã e futura trabalhadora. Relativamente as medidas de combate ao flagelo do crime de violência doméstica, apurou-se que seria uma mais-valia se as escolas criassem um programa de educação para a saúde, com incidência na abordagem da violência doméstica e fosse trabalhado com as crianças, as questões de género para o desenvolvimento da cidadania ativa, com o objetivo de alterar este costume da violência contra a mulher, no qual é considerado crime e atentado contra os direitos humanos.Item A violência sobre os idosos : (os maus tratos aos idosos na ilha de São Tomé)(2021) Madre Deus, Paula Leal Martins de; Bracons, Hélia, orient.A presente dissertação tem como tema a violência exercida sobre as pessoas idosas, focando os maus tratos que lhes são infligidos, muitas vezes no seio da sua própria família. A parte prática deste trabalho debruça-se sobre a realidade desta temática vivida na ilha de São Tomé, onde os maus tratos aos idosos são uma constante, e partiu do estudo realizado pela mestranda, que se ali se deslocou e onde permaneceu cerca de um mês. A pergunta de partida que serviu de fio condutor ao longo de todo o processo de investigação foi a seguinte: Quais as principais causas que concorrem para a existência de maus tratos aos idosos na ilha de São Tomé? Os objetivos foram definidos tendo em conta a pretensão de aprofundar o conhecimento existente sobre os maus tratos infligidos aos idosos, bem como o seu abandono pelas próprias famílias, naquela ilha. Assim, tentou-se caraterizar o fenómeno dos Maus Tratos aos Idosos na ilha de São Tomé, bem como o perfil das famílias e dos idosos que são maltratados e abandonados. Tentou-se igualmente compreender até que ponto existe uma relação entre idosos maltratados e determinadas crenças socioculturais que levam os familiares dos mais velhos a infligirem-lhes maus tratos. Para tal, optou-se por uma metodologia qualitativa, tendo-se desenvolvido um estudo de caso, onde se utilizaram técnicas de pesquisa documental e bibliográfica, e de observação (direta e participante). Recorreu-se igualmente à aplicação de entrevistas semiestruturadas a uma amostra de 8 idosos institucionalizados. Para complementar foram também entrevistadas 4 Técnicas de várias instituições sociais e foi ainda aplicada uma entrevista ao Bispo de São Tomé. Depois da realização das entrevistas procedeu-se à análise e interpretação de dados, apresentando-se no final os respetivos resultados, onde podemos concluir que as diversas fontes de evidência indicam a existência de maus tratos aos idosos na ilha de São Tomé e que os mesmos são derivados da situação de extrema pobreza em que estas pessoas vivem, sendo também possível perceber que o aumento do número de idosos pobres os torna mais vulneráveis ao abandono e à solidão.