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Item A intervenção do serviço social no protelamento da alta do idoso no serviço de urgência : o caso do hospital de São José(Edições Universitárias Lusófonas, 2021) Almeida, Janine Lúcia Rijo de; Ferreira, Paula Isabel Marques; Instituto de Serviço SocialO presente artigo visa analisar o processo de gestão do protelamento de alta dos doentes idosos, no serviço de urgência do Hospital de São José, efectuada pela equipa de serviço social. Foi realizada uma triangulação metodológica suportada na consulta e análise dos processos sociais, entrevistas à equipa multidisciplinar e análise documental. Os objetivos centraram-se na definição do perfil do utente, motivos de protelamento, destino pós-alta e dificuldades inerentes à atividade do serviço de urgência. Destaca-se como resultados os doentes do género feminino, com idade entre os 81-85 anos, tendo como motivos de protelamento decorrentes sobretudo de incapacidade/indisponibilidade da rede de suporte informal e a insuficiência/demora da resposta social formal. Por conseguinte, a gestão do protelamento de alta do idoso é efetuada pela equipa multidisciplinar, destacando-se neste contexto o papel mediador do assistente social neste processoItem Entre a teoria e a prática : visões das assistentes sociais(Edições Universitárias Lusófonas, 2021) Marques, Jacqueline; Carvalho, Kathy Mutschen; Instituto de Serviço SocialHoje, vivemos uma fase de desenvolvimento científico do serviço social, sendo crucial discutir a importância de uma prática que funcione em sintonia com a teoria. Nesse sentido, este estudo pretende compreender as diferentes perspetivas teóricas que enquadram a prática profissional de uma amostra de assistentes sociais portugueses a partir da perspetiva tripartida de Malcolm Payne. Aplicou-se um questionário online, no ano de 2018, a uma amostra de 54 assistentes sociais. Os resultados mostram que a maioria das assistentes sociais se posiciona numa visão individualista-reformista e terapêutica-reflexiva e apenas uma minoria na visão socialista-coletivista ou mistaItem Hospitalização domiciliária em Portugal : um novo campo de actuação do Serviço Social hospitalar(Edições Universitárias Lusófonas, 2021) Ferreira, Fátima Marisol Gonçalves; Instituto de Serviço SocialO presente artigo pretende dar a conhecer práticas da intervenção do serviço social na Unidade de Hospitalização Domiciliária (UHD) do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC), assim como caracterizar os doentes tratados e respostas sociais activadas no âmbito do internamento domiciliário. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, do tipo descritivo e exploratório. Entre maio de 2019 e Maio de 2020, foram avaliados para admissão na UHD do CHULC, 232 doentes, dos quais 122 foram excluídos por diversos motivos e 110 doentes foram tratados. Dos doentes tratados em domicílio, 28 necessitaram da intervenção do assistente social. Os dados foram recolhidos através da análise dos processos sociais, obtidos pelos registos da actividade do assistente social nos sistemas informáticos SAAS (Sistema de Apoio ao Assistente Social) e Clínico e elaborada uma folha de registo específica para recolha dos seguintes parâmetros: o perfil do utente, motivos de exclusão, diagnóstico social e respostas sociais que foram accionadas. Os resultados desta análise permitem verificar que a intervenção do assistente social na UHD é insubstituível, fundamental e determinante no apoio ao doente e família e na qualidade da prestação dos serviços de saúdeItem A intervenção do/a assistente social com pessoas idosas que residem em estruturas residenciais : um estudo qualitativo a propósito das lógicas de projeto de vida(Edições Universitárias Lusófonas, 2021) Crispim, Ricardo; Instituto de Serviço SocialEsta investigação tem por objetivo analisar a dinâmica do Serviço Social no campo gerontoinstitucional, à luz de uma reflexão sobre as várias expressões do EA e participação, em benefício de projetos de vida para e na velhice. A amostra envolveu cinco assistentes sociais que laboram em Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI) de cinco ERPI distintas. Os dados foram recolhidos por questionário sociodemográfico e entrevistas em profundidade (semiestruturada) prosseguindo uma abordagem essencialmente qualitativa (análise de conteúdo). Verificou-se nos principais resultados que desenhar projetos de vida para e na velhice em ambientes residenciais revelou de forma consistente estar apoiado, por um lado em padrões e diretrizes institucionalizadas e por outro lado, embora surjam a um ritmo tímido, em abordagens holísticas, abrangentes e multidimensionais. Estes resultados são promissores na forma como analítica e empiricamente se idealizam e concretizam projetos de vida em ERPI baseados nas novas expressões da(s) velhice(s), privilegiando lógicas interativas, integrativas e multidimensionaisItem Los fondos de conocimiento en el desarrollo de la interculturalidad : dilemas y paradojas ante los efectos de la covid-19 en alumnado inmigrante en situación de vulnerabilidad(Edições Universitárias Lusófonas, 2021) Olmo Fernández, María José Alcalá del; Leiva Olivencia, Juan José; Instituto de Serviço SocialActualmente, os sistemas educativos mundiais estão a atravessar um período de incerteza causado pela eclosão de uma crise sócio-sanitária causada pela COVID-19, que levou à implementação de toda uma gama de soluções educativas numa modalidade híbrida para assegurar a continuidade educativa nas melhores condições possíveis. Esta situação sem precedentes teve um grande impacto em todos os agentes educacionais, afectando significativamente os estudantes mais vulneráveis. O objectivo deste documento é analisar os efeitos da pandemia causada pela COVID-19 nos estudantes imigrantes vulneráveis, reflectir sobre os Fundos do Conhecimento como instrumentos essenciais para tornar as minorias étnicas visíveis e tentar investigar, de forma crítica e reflexiva, as acções que podem ser decisivas para garantir a equidade a partir de uma abordagem democrática, inclusiva e comprometida com a justiça socialItem Reflexões sobre a confidencialidade como ética na prática profissional dos assistentes sociais(Edições Universitárias Lusófonas, 2021) Carvalho, Maria Irene; Teles, Helena; Garcia, Ana Paula; Instituto de Serviço SocialA prática dos assistentes sociais tem-se confrontado com complexos problemas e dilemas éticos, sobretudo no que diz respeito ao princípio da confidencialidade. Sendo o Serviço Social uma profissão das relações sociais e humanas, a confidencialidade é um bem único e insubstituível que tem ganho destaque não só do ponto de vista normativo, mas do ponto de vista ético. Neste artigo, argumentamos que os profissionais asseguram a confidencialidade, promovendo os direitos das pessoas, mas enfrentam alguns desafios na sua prática profissional nem sempre fáceis de superar. Pretende-se refletir sobre o princípio da confidencialidade do ponto de vista normativo ético. Para atingir este objetivo, tomamos como referência as normas e os princípios éticos do código deontológico da Federação Internacional dos Assistentes Sociais, da Associação Internacional de Escolas dos Assistentes sociais e da associação de profissionais de Serviço Social e alguns exemplos práticos que foram revelados na revisão da literaturaItem Contributo do serviço social para o entendimento sobre o condicionamento dos tempos livres das crianças que frequentam o 1º ciclo(Edições Universitárias Lusófonas, 2021) Marques, Ana; Rodrigues, Miguel; Instituto de Serviço SocialEste artigo pretende clarificar a importância do Serviço Social para o entendimento do condicionamento dos tempos livres de crianças que frequentam o 1º ciclo na freguesia de São Domingos de Rana. Foi utilizada uma abordagem metodológica qualitativa, recorrendo à entrevista exploratória, comportada por uma amostra de visões e saberes de áreas interdisciplinares imprescindíveis para os objetivos definidos. Os resultados obtidos demonstram a evolução das estruturas familiares, com a conjugalidade marcada pelo paradoxo da existência de afeto e do tempo de qualidade entre pais e filhos. As características sociodemográficas das famílias residentes na freguesia são potenciadas pela sua génese e caracterizadas por uma população heterógena, interventiva na sociedade e com estabilidade económica e social. As instituições de resposta aos tempos livres na freguesia são classificadas pela escolarização, com a escola a adquirir maior representatividade, em resposta às necessidades dos pais. A família é destacada em contexto educativo e em contexto de mercado de trabalho, no sentido em que a sua articulação condiciona o desempenho destasItem Rules for Radicals : 50 anos depois(Edições Universitárias Lusófonas, 2021) Pinto, Carla; Instituto de Serviço SocialEste artigo tem por objetivos (1) assinalar os cinquenta anos da publicação de uma das mais importantes obras sobre organização comunitária intitulada “Rules for Radicals”, de Saul Alinsky; (2) deixar algumas reflexões sobre a relevância desta obra e do pensamento de Alinsky para a intervenção social na atualidade. Começamos por referir alguns apontamentos biográficos sobre Alinsky e o seu percurso de organizador comunitário, apresentamos a obra e as regras para radicais nele enunciadas e finalizamos com breves reflexões suscitadas por este livro tão controverso e pragmáticoItem Os direitos na relação de cuidado com pessoas idosas em contexto de lar(Edições Universitárias Lusófonas, 2021) Elvas, Sandra Patrícia Custódio Baptista; Instituto de Serviço SocialOs assistentes sociais no desenvolvimento da relação de cuidado com pessoas idosas integradas em lar, têm como objetivo o bem-estar, a dignidade e os direitos. Esta relação de cuidado transporta para valores e princípios éticos, na garantia efetiva da dignidade e direitos das pessoas idosas. O presente artigo, trata da relação de cuidado desenvolvida pelos assistentes socias com pessoas idosas integradas em lar, numa abordagem qualitativa, através de pesquisa documental, de modo a ampliar o debate sobre o desenvolvimento da relação de cuidado, partindo da ética, da dignidade e dos direitos das pessoas idosas integradas em lar. Toda a relação de cuidado deve desenvolver-se assente em valores éticos, na autodeterminação, no poder de decisão, na individualização, na dignidade e no respeito. Através desta atuação desenvolve-se a capacitação, a tomada de decisão livre, a garantia do respeito das convicções, necessidades e privacidade. Os direitos, vontades e gostos das pessoas idosas, ainda são invisíveis na relação de cuidado, pelo que existe a necessidade de serem uma prática efetivaItem Ser assistente social : a formação académica em serviço social (Portugal) enquanto elemento estruturante e identitário(Edições Universitárias Lusófonas, 2021) Menezes, Nídia; Instituto de Serviço SocialNo presente artigo pretendemos refletir em torno do Serviço Social em Portugal, mais especificamente sobre a formação académica ministrada em Serviço Social, recorrendo por isso a uma análise socio histórica da profissão em Portugal, de modo a refletir sobre o trajeto percorrido até à atualidade, bem como o impacto que as várias transformações sociais e políticas tiveram e têm na formação em Serviço Social. A reflexão desenvolvida privilegia a formação enquanto elemento estruturante e identitário da profissão. Refletir sobre o Serviço Social bem como sobre o seu contributo na sociedade, torna-se num exercício ininterrupto, sobretudo numa era em que os direitos sociais são ultrapassados pelas imposições neoliberais e marcados pela retração da responsabilidade estatal, implicando que o assistente social seja detentor de um pensamento crítico, reflexivo e políticoItem A formação em serviço social para a intervenção na diversidade de género e sexual(Edições Universitárias Lusófonas, 2021) Ramalho, Nélson; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoAs organizações nacionais e internacionais de serviço social têm vindo a assumir o compromisso de proteção e preservação dos direitos das pessoas LGBTI por reconhecerem as múltiplas opressões a que estão sujeitas. Todavia, as escolas de serviço social continuam a fornecer pouca formação sobre género e sexualidade, o que contribui para os assistentes sociais não estarem qualificados para lidar e responder adequadamente às necessidades das pessoas LGBTI. O presente artigo fundamenta, assim, a necessidade das escolas de serviço social promoverem conhecimentos e desenvolverem competências específicas para a intervenção com populações com identidades de género e/ou orientações sexuais diversas, e apresenta recomendações que poderão contribuir para esse trabalho pedagógico de formação e qualificação profissional.Item O serviço social e a pandemia : reflexões prospetivas(Edições Universitárias Lusófonas, 2021) Carmo, Hermano; Instituto de Serviço SocialO objetivo deste texto é iniciar uma reflexão exploratória sobre as aprendizagens que colhemos da pandemia, eventualmente úteis na qualificação das práticas do serviço social. Começar-se-á por descrever em traços gerais o impacto da pandemia na sociedade contemporânea, a três escalas de complexidade: micro, meso e macro. Seguidamente, far-se-ão algumas reflexões exploratórias sobre o papel do serviço social na pandemia, a partir de uma breve análise de documentos disponíveis e da observação indireta. Num terceiro momento, procurar-se-ão extrair algumas lições que permitam enfrentar coletivamente um futuro recheado de incertezas e de ameaças, mas também de oportunidades de superaçãoItem Violência no namoro : a perspetiva de adolescentes do concelho de Cascais(Edições Universitárias Lusófonas, 2022) Martins, Carolina; Rodrigues, Miguel; Instituto de Serviço SocialEste artigo procura estudar os níveis de legitimação da violência no namoro entre os jovens adolescentes no concelho de Cascais. O estudo envolveu 1 026 alunos, com idades entre os 14 e os 20 anos, sendo 53,8% do sexo masculino e 46,2% do sexo feminino. Utilizámos uma abordagem metodológica quantitativa e a recolha de dados foi cumprida através do inquérito por questionário, comportando a caracterização sociodemográfica e a Escala de Atitudes acerca da Violência no Namoro (EAVN). Alguns dos resultados mais relevantes obtidos mostram que o tipo de violência com níveis mais elevados de legitimação encontra-se associada à violência psicológica, decrescendo para a física e sexual. Relativamente à relação desta legitimação com as características dos jovens, observamos níveis de legitimação mais elevados em jovens do sexo masculino, com três ou mais retenções escolares, residentes em habitação social, inseridos em agregados familiares numerosos, com consumos de drogas, que não são vítimas de violência no namoro, e que são agressores de violência no namoro.Item Caminhos para uma reforma do sistema de promoção e proteção das crianças e jovens : recomendações(Edições Universitárias Lusófonas, 2022) Diogo, Elisete; Sacur, Bábara Mourão; Guerra, Paulo; Instituto de Serviço SocialA evolução operada no quadro do Sistema de Promoção e Proteção das Crianças e Jovens (SPPCJ) compreende marcos legais no sentido da centralidade da criança. Observa-se, porém, a existência de um conjunto de preocupações que exigem uma ação política concertada, para a efetiva garantia dos direitos da criança. Perante este panorama, o presente artigo descreve a realidade atual e tece recomendações fundamentadas para alterações ao SPPCJ, tendo por base literatura científica, relatórios, diplomas legais e instrumentos políticos. Os resultados centram-se em dois eixos, alterações na lei e alterações na gestão do SPPCJ. Do ponto de vista da lei, destaca-se o alargamento da idade relativamente à readmissão no SPPCJ, à aplicabilidade de determinadas medidas de promoção de proteção e à adoção; a renomeação das medidas, dos juízos e do conceito de menor; e o aumento do apoio para o apadrinhamento civil. Do ponto de vista da gestão, destaca-se a criação da figura do provedor da criança; o estabelecimento de um conselho nacional coordenador de todo o SPPCJ; e a publicação integrada de dados estatísticos envolvendo todos os intervenientes. As conclusões seguem no sentido de um urgente repensar e reformar no SPPCJ.Item A intervenção do serviço social nas Unidades de Cuidados Continuados Integrados em tempo de pandemia : estudo realizado nas ULDM da Comunidade Intermunicipal do Oeste(Edições Universitárias Lusófonas, 2022) Lopes, Isabel Maximiano; Bracons, Hélia; Santo, Inês Espírito; Instituto de Serviço SocialA Rede Nacional de Cuidados Continuados (RNCCI) resulta de uma parceria entre o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e do Ministério da Saúde para garantir a reabilitação, a readaptação e a reintegração social e familiar de pessoas em situação de dependência. Uma política que o Estado regula através de acordos e parcerias com o terceiro setor e entidades privadas. A pandemia enquanto crise de saúde pública sem precedentes, veio colocar enormes desafios à proteção do bem-estar e dos direitos humanos dos cidadãos. O estudo dá relevo à intervenção do assistente social nas ULDM bem como as estratégias usadas face ao surto pandémico, tendo como finalidade oferecer uma visão das vulnerabilidades económicas e sociais dos utentes das ULDM da OesteCIM. Assenta na metodologia qualitativa com recurso à técnica da entrevista semidiretiva. O resultado mostra que, dos 180 utentes das ULDM da OesteCIM, 81 são “casos sociais” que, na voz das participantes, são utentes que aguardam a resolução da “situação social”, com reduzido suporte familiar e económico. Salienta-se a persistência e resiliência das Assistentes Sociais no encontro de respostas sociais e na envolvência da família para manter os vínculos afetivos e relacionais. Foi relatado que a consequência mais danosa durante a pandemia foi a ausência de visitas.Item A análise do ciclo das políticas : uma ferramenta para Assistentes Sociais(Edições Universitárias Lusófonas, 2022) Marques, Jacqueline; Instituto de Serviço SocialEste artigo pretende apresentar alguns conceitos teóricos e modelos de análise de políticas públicas. O objetivo é fornecer aos assistentes sociais uma análise teórica do processo de políticas sociais com especial relevância ao modelo de análise do ciclo de políticas em fases ou momentos. Tal opção prende-se com a perspetiva do assistente social como agente implementador da política pública, seguindo a perspetiva de Michael Lipsky (1976, 2010), que considera os implementadores como agentes ativos com influência na política, como verdadeiros “fazedores de políticas”. Assim, o artigo apresenta as três fases do ciclo - formulação, implementação e avaliação - de modo a expor um quadro geral que pode ser operacionalizado e utilizado como ferramenta de análise das políticas que estes profissionais implementam..Item Pistas para renovar a ação social antirracista(Edições Universitárias Lusófonas, 2022) Aguilar Idáñez, María José; Buraschi, Daniel; Instituto de Serviço SocialA ação social antirracista não está a combater eficazmente o racismo contemporâneo. Os modelos tradicionais de sensibilização possuem várias limitações que impedem a realização dos seus objetivos declarados. Este artigo descreve e explica essas limitações, partindo da análise dos modelos implícitos dominantes da atual intervenção antirracista. Propomo-nos, também, apresentar dois novos instrumentos conceptuais que permitam reenquadrar a ação antirracista, para a tornar numa ação com verdadeira capacidade de transformação e despojada de fronteiras morais. Finalmente, são apresentadas e descritas várias propostas operacionais que permitem a renovação da ação social antirracista numa perspetiva crítico-transformativa: a reflexividade crítica; a descolonização da própria cultura; compreender para transformar; o protagonismo de grupos racializados e discriminados; a comunicação participativa; e o empowerment comunicacional.Item O Serviço Social e a tomada decisão na jurisdição de menores em Portugal : uma reflexão sobre o papel da racionalidade(Edições Universitárias Lusófonas, 2022) Mota, Gonçalo; Albuquerque, Cristina Pinto; Instituto de Serviço SocialO assistente social que trabalha no âmbito dos processos judiciais de promoção e proteção, promove decisões difíceis em contextos de incerteza, pautados por diversas circunstâncias que interferem na dinâmica do seu processo de pensamento e consequente tomada de decisão. A prática no quotidiano do Serviço Social é, assim, definida pelo excesso de procedimentos, fundada numa lógica burocrática, imposta pelas organizações, que vão limitando a execução do trabalho deste profissional. Em Portugal, podemos observar a exigência do cumprimento de orientações e normativos institucionais, corporizados em manuais de procedimentos, enquanto recurso obrigatório para a elaboração, nomeadamente, das informações e relatórios sociais, por parte do Serviço Social. Ao assistente social é exigido que, seguindo determinados referenciais, assegure que a avaliação do risco e o correspondente processo de decisão, se fundamente, necessariamente, num pensamento racional, evitando qualquer outro tipo de influência na sua tomada de decisão.Item Agentes de geriatria : uma profissão invisível?(Edições Universitárias Lusófonas, 2022) Elvas, Sandra Patrícia Custódio Baptista; Instituto de Serviço SocialOs cuidados dirigidos às pessoas idosas integradas em lar, têm como objetivo proporcionar qualidade de vida e bem-estar. Estes cuidados integram a relação de cuidado, assente na dignidade e direitos das pessoas idosas, pelo que se perspetiva que os cuidados formais – agentes de geriatria- detenham formação e qualificações que visem o desenvolvimento e a afirmação da dignidade das pessoas idosas integradas em lar. O presente artigo, aborda o perfil dos agentes de geriatria, assim como, a formação e competências destes profissionais na relação de cuidado. Recorre-se a uma abordagem qualitativa, através de pesquisa documental, de modo, a ampliar o debate sobre a importância dos agentes de geriatria no desenvolvimento de cuidado qualificados, impulsionadores da dignidade das pessoas idosas integradas em lar. A invisibilidade a que estes profissionais se encontram sujeitos por parte das políticas sociais no desenvolvimento dos cuidados, a insuficiente formação e os baixos rendimentos, posiciona o cuidado às pessoas idosas num patamar de baixa relevância.Item A qualidade do Serviço de Apoio Domiciliário : perspetiva de clientes e colaboradores de SAD do concelho de Vagos(Edições Universitárias Lusófonas, 2022) Santos, Gabriela; Rodrigues, Miguel; Instituto de Serviço SocialEste artigo procura compreender a qualidade do Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) no Concelho de Vagos, com base no grau de satisfação, na perspetiva de clientes e colaboradores. O estudo envolveu 80 clientes e 50 colaboradores, de nove instituições do Concelho de Vagos com SAD. Utilizámos uma abordagem metodológica quantitativa, e a recolha de dados foi cumprida através do inquérito por questionário, comportando a caracterização sociodemográfica destes dois grupos de amostra, e a aplicação do questionário de satisfação do SAD oficial da Segurança Social. Este instrumento compreende 62 questões que caracterizam o grau de satisfação do SAD por cinco áreas: Instalações, Equipamentos e Sinalética; Fiabilidade/Credibilidade; Competência Técnica; Responsabilidade e recetividade; Atendimento e Comunicação. Alguns dos resultados mais relevantes obtidos permitem afirmar que ambos os grupos da amostra avaliaram o SAD como elevado, no entanto, os clientes apresentam uma média superior em quatro destas cinco áreas, em comparação com os colaboradores.
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