Mestrado em Psicologia da Justiça
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Percorrer Mestrado em Psicologia da Justiça por assunto "ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL"
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Item Memória autobiográfica de experiências de acolhimento: temáticas, emocionalidade e funções(2022) Pinho, Mariana Mortágua; Oliveira, Célia Regina Gomes, orient.A presente investigação teve por objetivo explorar e caracterizar as memórias autobiográficas (M.A) de jovens adultos e adultos com experiência de acolhimento residencial (AR) na infância ou adolescência. Estas memórias referem-se a interpretações pessoais de eventos, anteriormente vivenciados. Deste modo, pretendeu-se analisar o conteúdo temático e a valência emocional dessas memórias para o período de acolhimento, bem como as funções que essas memórias assumem na vida dos/as participantes. Participaram no estudo 16 jovens e adultos de nacionalidade portuguesa, com idades entre os 20 e os 34 anos. Na primeira etapa procedeceu-se à administração do Inventário de Sintomas Psicopatológicos (BSI, versão portuguesa de Canavarro, 2007) e da Posttraumatic Stress Disorder Checklist for DSM (PCL-5, versão portuguesa de Carvalho et al., 2018). Na segunda etapa, administrou-se o questionário sociodemográfico, questões relativas à história e situação atual de saúde mental, bem como à experiência de acolhimento e ao Thinking about Life Experiences Questionnaire (TALE, Bluck & Alea, 2011, adaptação portuguesa por Naves et al., 2021). Os resultados confirmam a diversidade temática das narrativas de acolhimento em cuidados substitutos, destacando-se o predomínio de emocionalidade positiva em relação à experiência de AR. Por outro lado, constatou-se que a M.A dos(as) participantes não assume nenhuma das suas três funções (função de direção/orientação do comportamento; função de continuidade do self; função de ligação social), no seu funcionamento atual. Em conclusão, a presente investigação apresenta originalidade e relevância conceptual, empírica e social para a compreensão das práticas, necessidades e impactos individuais do AR de crianças e jovens em perigo, pretendendo, deste modo, contribuir para informar as instituições e os/as profissionais acerca das condições que favorecem a criação de memórias positivas futuras sobre a experiência de acolhimento. Palavras-chave: Memória autobiográfica; Acolhimento residencial; Valência emocional; Funções das memórias; Jovens adultos e adultos ex-acolhidosItem A relação entre polivitimação, sintomas de perturbação de pós-stress traumático e resiliência, em jovens em acolhimento residencial(2023) Rabaldinho, Rute Marlene Moreira; Pinto, Ricardo José Martins, orient.A presente dissertação teve como objetivo avaliar a relação entre Polivitimação (PV), Perturbação Pós-Stress Traumático (PSPT) e Resiliência em jovens em Acolhimento Residencial. A Polivitimação foi conceptualizada como a exposição de uma criança ou jovem a vários tipos de vitimação ao longo da sua vida, mais especificamente inclui quatro ou mais tipos de violência durante um ano. No presente trabalho, estas variáveis foram avaliadas em jovens em acolhimento residencial, tendo em conta que grande parte da literatura existente abordou estudos sobre a população em geral, após a exposição e/ou experienciar mais do que um acontecimento potencialmente traumático. Este estudo avaliou a PSPT com base nos critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Perturbações Mentais - V (DSM-V). Método: A amostra foi constituída por 103 participantes, dos quais 53 (51.5%) eram do sexo feminino e 50 (48.5%) do sexo masculino. A idade dos participantes varia entre 12 e os 17 anos (M = 15.36, DP = 1.468). Os instrumentos administrados foram: Questionário Sócio-Demográfico; Traumatic Events Screening/Diagnostic Inventory (TESI); Child PPST Symptom Scale – V (CPSS-V) e Resilience Scale (RS). Resultados: Os principais resultados revelaram que níveis superiores de PV estão associados a níveis superiores de PSPT e que a PV não foi associada à Resiliência (RS). Conclusões: A identificação precoce de Polivitimação na infância, pode diminuir as consequências negativas da exposição a acontecimentos traumáticos, nomeadamente o desenvolvimento de PSPT. Todavia, é importante salientar que estes acontecimentos traumáticos não determinam irreversivelmente a trajetória de vida da criança, visto que esta pode seguir por uma trajetória de resiliência. Palavras-Chave: Polivitimação (PV); Perturbação de Pós-Stress Traumático (PSPT); jovens em Acolhimento Residencial (AR); Resiliência (RS)