Mestrado em Psicologia da Justiça

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    Conhecimentos e práticas dos/as professores/as na identificação, sinalização e resposta às crianças e jovens em perigo : um estudo exploratório
    (2023) Ferreira, Joana Marinho Pinto; Oliveira, Célia, orient.
    O Presente estudo visa analisar os conhecimentos e práticas dos/as professores/as em relação à identificação, sinalização e resposta às crianças e jovens em perigo. Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, com uma amostra constituída por 417 professores/as portugueses/as do ensino público e secundário, de escolas do continente e ilhas. Para a recolha de dados construiu-se um questionário a partir da revisão da literatura científica e da consulta documental e legislativa respeitante à promoção e proteção das crianças e jovens em perigo, bem como às orientações tutelares emanadas para os estabelecimentos educativos. Os resultados obtidos, relativamente ao conhecimento do conceito dos maus-tratos revelam que o mesmo parece ser familiar à maioria dos/as docentes. No entanto, a maioria dos/as docentes (87,3%) refere não ter recebido formação inicial ou contínua na problemática dos maus-tratos e 60,2% dos/as professores/as reportam necessidade de receber formação específica. No que concerne ao conhecimento dos sinais de maus-tratos, os resultados indicam que, 40,5% dos/as professores/as considera ter conhecimento insuficiente sobre os indicadores comportamentais das crianças observáveis em contexto escolar, e 38,4% reporta conhecimento insuficiente sobre os indicadores associados ao rendimento académico. A maioria dos/as professores/as registam ainda que têm conhecimento insuficiente em relação ao Protocolo de Observação para a Deteção de Situações de Perigo, às consequências das experiências da vitimação, à Lei de Promoção e Proteção de Crianças e Jovens em Perigo, aos recursos e redes de apoio, e à prevenção dos maus-tratos intra e extrafamiliares. Relativamente à sinalização das crianças e jovens potencialmente vítimas de maus-tratos, os resultados indicam que a maioria dos/as docentes privilegiam o encaminhamento para a CPCJ. No que concerne à resposta à revelação de uma criança sobre vivências de maus-tratos, os resultados revelam que os/as docentes optam por se mostrarem disponíveis para ajudar. Do conhecimento desta realidade nacional resultam um conjunto de implicações para a promoção de conhecimentos e práticas, em contexto educativo, que facilitem a proteção e resposta eficiente e imediata às crianças e jovens em perigo, assim como implicações empíricas para o aprofundamento da investigação neste âmbito.
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    Os preditores de saúde mental em reclusos do género masculino : o papel das estratégias de coping e da orientação positiva para a vida
    (2023) Teixeira, Marta Maria de Sousa; Ferreira, Maria José, orient.
    As estratégias de coping, a par da orientação positiva para a vida (OPV), têm-se revelado como essenciais para o processo de adaptação com sucesso em vários contextos, todavia, são ainda escassos estudos no âmbito da reclusão apesar da relevância em compreender o que poderá potenciar uma melhor adaptação e ajustamento psicológico em contexto prisional. Assim sendo, esta investigação apesenta os seguintes objetivos: 1) Analisar as principais fontes de stress e as estratégias de coping mais utilizadas em reclusão; 2) Analisar as diferenças ao nível das estratégias de coping, da OPV, da saúde mental e distress psicológico em função do tempo de pena cumprido; 3) Analisar o papel da OPV e das estratégias de coping na saúde mental e no distress psicológico. Este estudo contou com a participação de 180 reclusos portugueses do género masculino, com idades compreendidas entre os 22 e os 75 anos (M = 40.36; DP = 11.12). No que concerne às fontes de stress, as relações interpessoais surgem como a maior fonte (40.2% das respostas), seguindo-se a situação de reclusão (19.1% das respostas). Relativamente às estratégias de coping, as mais utilizadas pelos reclusos foram o coping ativo, a aceitação e o planeamento. Ainda no que concerne às estratégias de coping foram encontradas diferenças significativas na sua utilização entre grupos, mais especificamente na ventilação emocional e no uso de substâncias. No que diz respeito ao bem-estar, os níveis de bem-estar emocional e psicológico estão abaixo dos valores médios para a população portuguesa, já o bem-estar social apresenta valores acima. Relativamente aos valores de distress, foram registados valores de ansiedade e depressão moderados e de stress ligeiros considerando os valores de referência. Relativamente ao bem-estar, depois de controlado o efeito da idade e do tempo de pena cumprido, a OPV, o planeamento, e o coping ativo destacaram-se como preditores significativos. Já no que concerne ao distress, após controladas as mesmas variáveis supramencionadas, a OPV, a negação, o desinvestimento comportamental, o uso de substâncias, a religião, a autoculpabilização e o humor revelaram-se como preditores significativos.
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    Acontecimentos de vida adversos e coping : o papel mediador da regulação emocional
    (2023) Cunha, Cristiana Filipa Fernandes; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient
    Pese embora a controvérsia em torno da definição, delimitação e conceptualização do construto de acontecimentos de vida adversos, é consensual que este é, frequentemente, experienciado de forma negativa pelo sujeito e pode ter repercussões em vários domínios da saúde. Perante a vivência de acontecimentos adversos, o coping dispõe de potencial para estabilizar os indivíduos e suscetibilizar, positiva ou negativamente, a sua saúde física e mental, mediante a evolução do stress. Nesta perspetiva, a adaptação bem-sucedida, de um indivíduo a um dado ambiente, requer a utilização e aplicação de estratégias adequadas. A regulação emocional surge em virtude da regulação das emoções e como indispensável para o bem-estar e saúde mental dos indivíduos. Posto isto, o presente estudo procurou testar o efeito mediador da regulação emocional na relação entre os acontecimentos de vida adversos, vivenciados no último ano, e o coping. Para tal, os instrumentos utilizados incluem o Questionário Sociodemográfico, a Escala de Coping, a Escala de Acontecimentos de Vida Adversos e a Escala de Dificuldades de Regulação Emocional. A amostra deste estudo foi constituída por 225 participantes (77.8% do sexo feminino), com idades entre os 18 e os 63 anos (M=29.31; DP=10.56). Os resultados contrariaram a hipótese de associações estatisticamente significativas entre a experiência de adversidade e o coping, no entanto verificaram-se associações significativas entre outras variáveis, tanto positivas (experiência de adversidade e idade, assim como entre o coping e a idade), como negativas (regulação emocional e coping, e entre a regulação emocional e a idade). Ademais, não se verificou um efeito de mediação total e estatisticamente significativo do construto de regulação emocional, mas obtiveram-se efeitos indiretos estatisticamente significativos. Os resultados obtidos apontam para a importância de desenvolver competências de regulação emocional, incentivando os profissionais de psicologia a adotar uma abordagem de promoção que evidencie esta capacidade como objetivo de intervenção.
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    Relação entre dominância social e representações sociais face à parentalidade de homens reclusos
    (2023) Mendes, Cátia Patrícia Pinheiro
    O presente estudo teve como objetivo principal analisar o papel preditor da dominância social em relação às representações sociais face à parentalidade em grupos e risco, neste caso, homens reclusos. Assim sendo, a amostra foi constituída por 302 participantes, com idades compreendidas entre os 18 anos e 68 anos (M= 30.92; DP= 7.83), residentes em Portugal (99%), maioritariamente do sexo feminino (88.3%). A recolha de dados decorreu através de uma plataforma online, a partir do seguinte protocolo de instrumentos: Questionário sociodemográfico, Questionários de Representações acerca da Parentalidade e Escala de Dominância Social (SDO). Os resultados deste estudo demonstraram que as mulheres apesentaram mais representações acerca da parentalidade ‘ideal’. Por sua vez, os homens evidenciaram níveis mais elevados de dominância social, comparativamente às mulheres. Não obstante não se confirmou o papel preditor da dominância social nas representações negativas sobre homens reclusos. Este estudo acrescentou conhecimento neste domínio da literatura, revelando-se fundamental continuar a investir nas representações sociais sobre a parentalidade em grupos de risco, em específico em relação a homens reclusos.
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    Criminalidade feminina : características de personalidade e experiências de adversidade
    (2023) Silva, Ariana Patrícia da; Dias, Ana Rita Conde, orient.
    Enquadramento: Existe uma escassez de estudos, particularmente a nível nacional, sobre as práticas criminais femininas, sendo que é possível perceber que determinadas caraterísticas da personalidade e experiências de adversidade são fatores que apresentam uma ligação aos comportamentos e atitudes antissociais, e consequentemente à criminalidade. Contudo, existem ainda poucos estudos que procurem analisar simultaneamente o papel destas duas dimensões na criminalidade feminina. Objetivo: Analisar se as mulheres que praticaram crimes violentos e não violentos apresentam uma história de adversidade na infância e como se caraterizam em termos de personalidade, de modo a melhor compreender e analisar esta problemática. Método: O estudo contempla uma amostra de 138 reclusas condenadas por crimes violentos e não violentos. Administrou-se um questionário sociodemográfico e criminal, Questionário de Trauma de Infância – Versão Breve e Escala Breve de Personalidade. Foram realizadas regressões logísticas hierárquicas para análise dos dados. Resultados: Elevada extroversão parece estar associada ao aumento da possibilidade de se cometer um crime violento, enquanto a possibilidade de se cometer violência criminal diminui com o aumento do abuso emocional e da abertura à experiência, sendo que as variações observadas na possibilidade de se cometer um crime violento são superiores no caso das características de personalidade. Ademais, o efeito cumulativo de vários tipos de maltrato na infância não é um preditor significativo de violência criminal feminina. Conclusão: Neste estudo, a possibilidade de perpetração de um crime violento parece estar mais relacionada com caraterísticas de personalidade do que coma adversidade sofrida na infância. Mais particularmente, o aumento da possibilidade de se cometer um crime violento associa-se com elevada extroversão, reduzida abertura à experiência e reduzido abuso emocional, embora este último tenha um menor impacto.
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    O impacto dos media nas atitudes da comunidade face aos/às ofensores/as sexuais
    (2023) Faria, Sofia Catarina Almeida; Cunha, Olga Cecília Soares da, orient.
    O presente estudo teve como objetivo compreender se as representações dos media acerca dos/das ofensores/as sexuais, nomeadamente a descrição feita em notícias, influenciam as atitudes da comunidade em relação a este grupo específico de ofensores/as. Além disso, pretendeu-se verificar se variáveis sociodemográficas, tais como o género, a idade, a escolaridade, a religião e o posicionamento político têm influência sobre essas atitudes. Para tal, realizou-se um estudo online junto de uma amostra de 188 indivíduos da comunidade. Para o efeito foi aplicada a Escala de Atitudes em relação aos/às Ofensores/as Sexuais e a Escala de Distanciamento Social e Antecipação do Comportamento. Recorreu-se ainda a três notícias fictícias, duas sobre ofensores/as sexuais - uma factual/informativa e uma sensacionalista - e uma notícia neutra, ou seja, que não se relaciona com o tema alvo de análise. Os resultados revelaram que, independemente da notícia à qual a pessoa era exposta, as suas atitudes tendiam a ser negativas. Além disso, verificou-se que indivíduos mais velhos e com níveis mais altos de escolaridade apresentavam atitudes mais positivas. Constatou-se ainda, que pessoas do género feminino, que não tinham religião e com um posicionamento político mais liberal, apresentavam atitudes mais positivas. Estes dados refletem a importância de consciencializar a comunidade para uma maior aceitação das pessoas que cometeram crimes sexuais, com o intuito de promover a sua reinserção bem-sucedida na comunidade e diminuir o risco de reincidência.
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    As memórias coletivas sobre o colonialismo e os preconceitos intergrupais : uma revisão sistemática
    (2023) Campos, Mariana Isabel da Silva; Cabral, Joana, orient.
    As memórias são criadas a partir de um todo, seja esse todo constituído por componentes internas ou externas, por experiências próprias, relatadas por familiares ou até mesmo pelos media em forma de notícia, censura ou arte. Assim acontece com o colonialismo, na qual inicialmente memórias relacionadas foram negadas, escondidas em prol de histórias de conquistas, lutas, heróis. Existe pouca informação que reflita as memórias coloniais nas diferentes perspetivas. Esta revisão sistemática pretende: (i) explorar o papel dos media na construção de memórias coletivas relacionadas com a vivência do colonialismo; (ii) explorar a influência das memórias sobre o colonialismo nas memórias coletivas, o seu impacto nas identidades sociais e atitudes. Foram extraídos um total de 723 artigos de três bases de dados (B-On, Psycinfo, Pub-Med) entre janeiro de 2010 e novembro de 2021. Dez artigos cumpriram os critérios de inclusão. Os resultados indicam a valência das memórias transmitidas pelos familiares em comparação com a esfera pública, bem como a importância que esta esfera tem na criação, na alteração de memórias. É de realçar também a importância de se sentir pertencente a um grupo e como isso pode afetar os nossos ideias, crenças e atitudes perante outro grupo.
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    Representações sociais da parentalidade de homens reclusos : o papel da empatia
    (2023) Lopes, Daniela Alexandra Guerner; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.
    O objetivo principal do presente estudo consistiu em analisar o papel da empatia nas representações sociais relativamente à parentalidade de homens reclusos. A amostra do estudo foi constituída por 336 participantes, maioritariamente do sexo feminino (88.7%), com idades compreendidas entre os 18 e os 61 anos (M= 30.87; DP= 7.57). A recolha de dados ocorreu online, com recurso aos seguintes instrumentos: Questionário Sociodemográfico; Maternal Behavior Q-Sort (MBQS) e a Escala de Empatia. Os resultados sugerem que as representações de parentalidade de adultos reclusos são, significativamente, menos favoráveis comparativamente com as representações de parentalidade ideal. As mulheres apresentaram níveis mais elevados nas representações acerca da parentalidade “ideal”, assim como os indivíduos com experiência parental e os indivíduos com níveis de empatia mais elevados. No entanto, a relação da empatia com as representações negativas de homens reclusos não se revelou estatisticamente significativa. Os resultados deste estudo contribuíram para um maior conhecimento acerca das representações sociais face à parentalidade em contextos de risco, nomeadamente face a homens reclusos.
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    Impacto adverso de perdas e separações traumática em adolescentes
    (2022) Neves, Inês Catarina Lixa; Pinto, Ricardo José Martins, orient.
    O presente estudo, em que participaram adolescentes com história de perdas e separações traumáticas, teve como objetivo avaliar se estas separações/perdas traumáticas estão associadas a sintomatologia de PTSD, problemas comportamentais e emocionais assim como avaliar de que forma jovens que têm na sua experiência de vida perda ou separação traumáticas de cuidadores primários apresentam mais sintomatologia traumática quando comparados com jovens que têm na sua experiência de vida perdas ou separação traumáticas de outros significativos. Método: A amostra foi constituída por 404 adolescentes, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos (M= 15.74; DP=1.21), sendo que 241 eram do sexo feminino (59.7%) e 163 do sexo masculino (40.3%). Para além disso, 275 (68.1%) foram avaliados em contexto de Escola Profissional (EP), 27 (6.7%) em contexto de Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) e 102 (25.2%) em instituição/ casa de acolhimento (IA). Resultados: Os testes t-student revelaram que os adolescentes que relataram perda traumática de outros significativos e separação traumática de outros significativos foram os que apresentaram médias significativamente superiores de sintomatologia de PTSD, problemas comportamentais e emocionais, comparativamente aos adolescentes que não relataram perda ou separação traumáticas. As ANOVAS, na comparação entre adolescentes que relataram perdas de outros significativos com os adolescentes que não tiveram qualquer perda traumática apresentaram médias significativamente superiores de sintomatologia PTSD. Na comparação entre os adolescentes que relataram apenas perda de outras pessoas significativas, com os adolescentes que relataram ambas as perdas, apresentaram médias significativamente superiores de problemas emocionais e comportamentais, quando comparados com jovens que não relataram qualquer perda, ou relataram apenas a perda de cuidadores primários. Conclusões: A nível de implicações práticas, o estudo sugere que perda ou separação, de cuidadores primários e/ou de outros significativos, tem um impacto na saúde mental dos jovens. Sugere-se ainda o investimento em programas de intervenção que tenham como objetivo diminuir o impacto destas experiências traumáticas nos jovens, nomeadamente o desenvolvimento de sintomatologia PTSD e problemas comportamentais/emocionais.
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    Violência bidirecional em relações de intimidade e perceções acerca da relação pais-filhos
    (2022) Vasconcelos, Diana Filipa Ribeiro; Cunha, Olga Cecília Soares da, orient.
    O tema em estudo tinha como foco a violência bidirecional nas relações de intimidade, associada à forma como os pais envolvidos neste contexto percecionam a relação com os filhos. A escassez de estudos sobre a temática conferiu relevância e pertinência à investigação da mesma. Desta forma, o objetivo deste estudo consistia em compreender se existiam diferenças nas perceções acerca da qualidade da relação pais-filhos, entre pais envolvidos em relações íntimas caracterizadas por violência unidirecional e pais envolvidos em relações íntimas caracterizadas por violência bidirecional. A amostra foi constituída por 138 participantes, de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 18 anos e com filhos menores de idade. O presente estudo foi realizado online e os dados foram recolhidos através de um questionário sociodemográfico, do Inventário de Violência Conjugal (IVC) e do Inventário da Relação Pais-filhos (PCRI). Assim, de acordo com a literatura, a hipótese inicial foi que os pais perpetradores de violência bidirecional apresentavam uma menor perceção da qualidade da relação com os filhos do que pais perpetradores de violência unidirecional e do que pais sem violência. De facto, os resultados da investigação demonstraram que os pais (homens e mulheres) envolvidos em relações íntimas caracterizadas por violência bidirecional apresentam perceções de menor qualidade na relação com os filhos. Isto porque, existe uma maior tendência para os casais transporem para a relação com os filhos as dinâmicas que estabelecem na relação conjugal (Cox & Paley, 1997; HosokawaI & Katsura, 2019). Palavras-chave: Violência em relações de intimidade, Violência Bidirecional, Parentalidade, Relação pais-filhos
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    Violência bidirecional nas relações de intimidade e stress parental: que relação?
    (2022) Silva, Ana Carolina Castro; Machado, Andreia, orient.
    Vários estudos têm demonstrado que a violência bidirecional é a tipologia de violência com maior prevalência nas relações de intimidade. Estudos anteriores relatam uma relação entre a violência nas relações de intimidade e o aumento do nível de stress parental, tornando-se assim pertinente estudar esta última variável no contexto da violência bidirecional. Uma amostra comunitária de 226 participantes respondeu a um questionário sociodemográfico e a dois instrumentos de avaliação: Escala Tática de Conflitos Revista (CTS2) e o Índice de Stress Parental- Versão Reduzida (ISP-VR). Os resultados demonstraram que a violência bidirecional é a tipologia de violência mais prevalente. Além disso, foram encontradas correlações entre o nível de stress parental e a exposição a violência bidirecional, nomeadamente na agressão psicológica severa e coerção sexual ligeira. Assim, na presença de níveis mais elevados destes tipos de violência, maior o nível de stress parental experienciado. Também foram encontradas correlações significativas e positivas entre a violência bidirecional e as subescalas dificuldade parental e criança difícil do ISP-VR. Perante estes resultados torna-se imprescindível investir na redução/cessação da violência, atendendo ao impacto desta ao nível do stress parental e às possíveis repercussões, quer na parentalidade quer na criança. Palavras-Chave: Violência Bidirecional, Stress Parental, CTS-2, ISP-VR
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    Psicopatia e saúde mental: estudo comparativo entre reclusos que cometeram crimes violentos e não violentos
    (2022) Cunha, Catarina José Soares da; Conde, Rita, orient.
    Enquadramento: A comparação entre criminalidade e indicadores de psicopatia e saúde mental tem sido um fenómeno que não tem reunido consensualidade, embora a criminalidade (especialmente violenta) se encontrar muitas vezes interrelacionada com maiores níveis de psicopatia e de problemas de saúde mental. Objetivo: O objetivo deste estudo tem como finalidade a comparação entre ofensores violentos e não violentos, relativamente aos indicadores de saúde mental e nível de psicopatia, tendo em consideração o género. Método: Como medidas foram utilizadas o questionário sociodemográfico e criminal, o teste Self-Report Psychopathy – SRP, e a Escala Continuum de Saúde Mental – MHC-SF. Foram aplicados 322 questionários a reclusos, sendo que 168 são do género masculino e 131 são do género feminino, com idades compreendidas entre os 21 e os 75 anos, dos quais 223 cometeram crimes não violentos e 80 crimes violentos. Com vista a dar resposta aos objetivos, foram realizadas duas MANOVAs (Multivariate Analysis of Variance). Resultados: Os resultados obtidos indicam que o tipo de crime cometido (violento ou não violento) não tem um efeito significativo nos indicadores de psicopatia e de saúde mental, sendo esta conclusão independente do género dos indivíduos. De igual forma, o género dos indivíduos não tem um efeito significativo nos indicadores de psicopatia e saúde mental dos reclusos, sendo esta conclusão independente do tipo de crime cometido. Discussão: Os participantes desta amostra tendem a reportar um melhor funcionamento social (bem-estar social) do que individual (bem-estar psicológico) e menores sentimentos positivos (bem-estar emocional), quando comparados com os participantes do estudo de validação. Também os níveis de psicopatia não se encontram significativamente relacionados com o género, nem com o tipo de crime, ou seja, o tipo de crime é independente do género dos indivíduos e vice-versa. Palavras-chave: Psicopatia, Saúde Mental, Criminalidade, Reclusos
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    Vitimação e bem-estar subjetivo: o papel moderador da construção de significado
    (2023) Silva, Luciana Fernandes; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.
    A investigação sobre o impacto da vitimação juvenil na saúde mental tem-se focado, essencialmente, na dimensão psicopatológica e menos na dimensão de funcionamento positivo. Assumindo uma concetualização multidimensional da saúde mental, é fundamental investir, também, no estudo do impacto da vitimação no funcionamento positivo, mais especificamente no bem-estar subjetivo. Adicionalmente, a literatura aponta para a necessidade de uma abordagem mais compreensiva do impacto destas experiências no sentido de esclarecer o papel de alguns fatores que podem influenciar a relação entre vitimação e bem-estar, sendo um destes fatores a construção de significado. Nesta sequência, o presente estudo procurou analisar o papel moderador dos recursos de construção de significado na relação entre a vitimação na infância e adolescência e o bem- estar subjetivo na idade adulta. A amostra constituiu-se por 206 participantes (78.6 % do sexo feminino), com idades compreendidas entre os 18 e os 63 anos (M=28.9, DP=10.26). Os dados foram recolhidos online, através da aplicação de um questionário sociodemográfico, e versões adaptadas do Questionário de Vitimação Juvenil, do Questionário de Bem-estar Subjetivo e do Questionário de Construção de Significado (auto-orientado). Os resultados revelaram que a maior exposição a vitimação estava associada a níveis inferiores de bem-estar subjetivo. Além disso, confirmou-se o efeito moderador da construção de significado numa subamostra de polivítimas na relação entre a vitimação e o bem-estar subjetivo. Mais especificamente, constatou-se que as polívitimas apresentam níveis superiores de bem-estar subjetivo, na presença de mais recursos para a construção de significado. Os resultados deste estudo ressaltam a importância da inclusão do bem-estar no domínio da investigação para uma compreensão mais holística do funcionamento positivo do indivíduo, após a experiência de vitimação, salientando, também, a necessidade de a construção de significado ser uma dimensão a considerar na intervenção psicológica. Palavras-chave: Vitimação; Bem-Estar Subjetivo; Construção de Significado
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    A relação entre polivitimação, sintomas de perturbação de pós-stress traumático e resiliência, em jovens em acolhimento residencial
    (2023) Rabaldinho, Rute Marlene Moreira; Pinto, Ricardo José Martins, orient.
    A presente dissertação teve como objetivo avaliar a relação entre Polivitimação (PV), Perturbação Pós-Stress Traumático (PSPT) e Resiliência em jovens em Acolhimento Residencial. A Polivitimação foi conceptualizada como a exposição de uma criança ou jovem a vários tipos de vitimação ao longo da sua vida, mais especificamente inclui quatro ou mais tipos de violência durante um ano. No presente trabalho, estas variáveis foram avaliadas em jovens em acolhimento residencial, tendo em conta que grande parte da literatura existente abordou estudos sobre a população em geral, após a exposição e/ou experienciar mais do que um acontecimento potencialmente traumático. Este estudo avaliou a PSPT com base nos critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Perturbações Mentais - V (DSM-V). Método: A amostra foi constituída por 103 participantes, dos quais 53 (51.5%) eram do sexo feminino e 50 (48.5%) do sexo masculino. A idade dos participantes varia entre 12 e os 17 anos (M = 15.36, DP = 1.468). Os instrumentos administrados foram: Questionário Sócio-Demográfico; Traumatic Events Screening/Diagnostic Inventory (TESI); Child PPST Symptom Scale – V (CPSS-V) e Resilience Scale (RS). Resultados: Os principais resultados revelaram que níveis superiores de PV estão associados a níveis superiores de PSPT e que a PV não foi associada à Resiliência (RS). Conclusões: A identificação precoce de Polivitimação na infância, pode diminuir as consequências negativas da exposição a acontecimentos traumáticos, nomeadamente o desenvolvimento de PSPT. Todavia, é importante salientar que estes acontecimentos traumáticos não determinam irreversivelmente a trajetória de vida da criança, visto que esta pode seguir por uma trajetória de resiliência. Palavras-Chave: Polivitimação (PV); Perturbação de Pós-Stress Traumático (PSPT); jovens em Acolhimento Residencial (AR); Resiliência (RS)
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    Violência bidirecional nas relações de intimidade e estilos parentais
    (2023) Vilas Boas, Maria de Fátima Matos; Cunha, Olga Cecília Soares da, orient.
    A violência nas relações de intimidade (VRI) é um problema preocupante de saúde pública, que pode ocorrer de diversas formas de violência e acarretam diversas consequências para os indivíduos que experienciam este fenómeno. A VRI é um fenómeno que tem vindo a ser fundamentado pelas teorias da família, contundo através da literatura mais recente considera-se que a VRI não pode ser considerada um fenómeno unidirecional, mas sim bidirecional. Sendo que, essa mesma bibliografia refere que a violência bidirecional nas relações de intimidade é um fenómeno prevalente. O fenómeno de VRI pode influenciar a parentalidade, mais concretamente os estilos parentais. Utilizou-se o Inventário de Violência Conjugal (IVC) para avaliar a violência bidirecional nas relações de intimidade e o Egna Minnen Besträffende Uppstran-P (EMBU-P) para a avaliação dos estilos parentais, com o objetivo de compreender de que modo a violência bidirecional nas relações de intimidade pode afetar as competências parentais, mais concretamente os estilos parentais, comparando os géneros. A amostra inclui 141 pais e mães com filhos menores de 18 anos, 23 (16,3%) do sexo masculino e 118 (83,7%) do sexo feminino. Os resultados demonstram que existem diferenças de grupo ao nível dos estilos parentais, na subescala rejeição. Apresentam-se diferenças no grupo de mães que não experienciam violência comparativamente ao grupo de mães que experienciam violência bidirecional nas relações de intimidade na subescala rejeição. Em suma, evidenciou diferenças de género ao nível dos estilos parentais, tanto no grupo que não experiência violência, como no grupo que experiencia violência bidirecional nas relações de intimidade na subescala suporte emocional. Palavras-Chave: Violência Bidirecional nas Relações de Intimidade (VRI); Violência Bidirecional nas Relações de Intimidade; Estilos Parentais
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    VRI em relações íntimas femininas e bem-estar subjetivo: o papel moderador do suporte social online
    (2023) Manarte, Ana Luísa Maximiano; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.
    A investigação no domínio do impacto da vitimação tem-se focado mais nos indicadores de psicopatologia e menos investimento tem sido feito ao nível do funcionamento positivo e especificamente no bem-estar. Existe assim, a necessidade de uma abordagem mais compreensiva do impacto causado, analisando fatores que podem ter um papel explicativo na relação entre vitimação e saúde mental. O Suporte Social tem-se mostrado um fator protetor da saúde mental, contudo a investigação sobre o papel específico do Suporte Social Online ainda é escassa. O presente estudo teve como objetivo central analisar o papel moderador do suporte social online na relação entre violência nas relações íntimas femininas e o bem-estar subjetivo. A amostra foi composta por 127 participantes, com idades compreendidas entre os 18 e os 61 anos (M = 27.91; DP = 8.47) e maioritariamente do sexo feminino (97.7%). Os dados foram recolhidos online, através da aplicação de um questionário sociodemográfico e versões adaptadas da SGM - Conflict Tactics Scale-2, Medida de controlo coercivo, Escala de táticas de VRI específica para SGM, Escala de Suporte Social Online e Escala de Satisfação com a Vida. Os resultados obtidos revelaram correlações estatisticamente significativas entre as experiências de controle coercivo (total) e o bem-estar subjetivo. Paralelamente, verificou-se a não confirmação do efeito moderador na amostragem geral e na subamostra só de vítimas. Este estudo veio salientar a importância de cada vez mais os profissionais integrarem abordagens de promoção de bem-estar. Acrescentando-se também, a importância do crescimento científico na área do suporte social online e na área da violência psicológica, mais especificamente, no controlo coercivo, alertando para outras realidades violentas, como violência entre casais não heterossexuais. Palavras-chave: VRI, VRI em casais não heterossexuais, suporte social online, efeito moderador, bem-estar subjetivo
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    Violência obstétrica: estudo qualitativo sobre conceções e significados no contexto português
    (2023) Leite, Elisa Jerónimo Aires; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.
    A violência obstétrica é caracterizada por práticas de maus-tratos no contexto da saúde reprodutiva da mulher. Efetivamente, a investigação atual sugere que mulheres em todo o mundo experienciam algum tipo de maus-tratos durante o parto. Para a melhor compreensão do fenómeno em Portugal, o presente estudo, pretendeu, através de uma abordagem qualitativa, identificar as dinâmicas da experiência de vitimação e o subsequente impacto percebido das mulheres nos diferentes domínios do seu funcionamento. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com dezanove mulheres residentes em Portugal, com idades compreendidas entre 22 e os 41 anos (M=33.2; DP=1.1), que solicitaram ajuda e/ou informação junto de instituições de apoio a este tipo de vítimas. Os dados recolhidos foram analisados de acordo com a análise temática, com recurso ao software QSR Nvivo10. Da análise resultaram seis temas centrais, nomeadamente a experiência de maus-tratos, impacto psicológico para a vítima, processo de reconhecimento da vitimação, estratégias de coping, fatores precipitantes e outras dimensões do impacto da vitimação. Os resultados obtidos contribuíram para um maior conhecimento sobre as dinâmicas que permeiam a experiência abusiva e os impactos psicológicos resultantes da experiência de vitimação, sobretudo as dimensões subjetivas do impacto. Por fim, foram discutidos aspetos que determinaram o reconhecimento da vitimação e as estratégias de coping assumidas.
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    Autocontrolo, capacidade para amar e psicopatia: estudo comparativo entre população reclusa e não reclusa
    (2023) Monteiro, Inês Garcias Nogueira Ávila; Ferreira, Maria José Pereira, orient.
    As relações entre o autocontrolo e a psicopatia têm sido amplamente estudadas em amostras forenses, associadas, muitas vezes, a indicadores de desajustamento psicológico. Existem bastantes menos estudos acerca destas dimensões, quer na população geral, quer associados a dimensões promotoras de um funcionamento mais adaptativo. Assim sendo, o presente estudo teve como objetivos principais: a) Explorar as associações entre o autocontrolo, as dimensões da psicopatia e capacidade para amar).; b) Analisar os níveis de autocontrolo, de psicopatia e a capacidade para amar, comparando-os entre a população reclusa e não reclusa, em função do género. Participaram neste estudo 255 indivíduos, 153 (68%) em reclusão e 102 (32%) em não reclusão, sendo que, nos que vivem em reclusão 71 (46.4%) eram do género feminino e 82 (53.6) são do género masculino, enquanto que nos que vivem na comunidade, 74 (72.5%) eram do género feminino e 28 (27.5%) do género masculino. De modo geral, os resultados indicaram que quanto maior for a capacidade para amar, maiores tenderão a ser os níveis de autocontrolo e menores os de psicopatia. Valores mais baixos de autocontrolo mostraram-se ainda associados a níveis mais elevados de psicopatia em todas as suas dimensões. Em relação à psicopatia, o género não influencia significativamente os níveis de psicopatia, tendo-se, no entanto, encontrado diferenças significativas entre reclusos e não reclusos, independentemente do género dos mesmos. No que se refere à capacidade para amar e ao autocontrolo, não se encontram diferenças estatisticamente significativas. A investigação decorrente deste estudo é relevante para a contribuição do conhecimento científico sobre as variáveis apresentadas, tanto na população reclusa como na não reclusa, sendo que se espera que os resultados inerentes ao mesmo possam contribuir para futuros estudos neste âmbito. Palavras-chave: Autocontrolo, Psicopatia, Capacidade para Amar, População Reclusa, População não-reclusa.
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    Saúde mental, psicopatia e adversidade ao longo da vida: um estudo comparativo entre a criminalidade masculina e a criminalidade feminina
    (2023) Ferreira, Raquel Sofia Gonçalves; Dias, Ana Rita Conde, orient.
    Enquadramento: A literatura no âmbito da criminalidade tem sido associada maioritariamente ao género masculino embora, nos últimos anos, tenha havido um crescente foco na criminalidade feminina. Há estudos que procuram comparar mulheres e homens que praticam crime. Alguns indicam que homens e mulheres não se distinguem e outros que postulam diferenças, principalmente ao nível da saúde mental, psicopatia e historial de adversidade. Contudo, os estudos não são consensuais. Objetivo: O presente estudo procura comparar a criminalidade masculina e a criminalidade feminina ao nível da saúde mental, psicopatia e adversidade na infância. Método: A amostra foi constituída por 322 reclusos, 180 (55.9%) do género masculino e 138 (42.9%) do género feminino. Para a recolha de dados aplicou-se um Questionário Sociodemográfico e Criminal e três instrumentos psicométricos – o Mental Health Continuum-Short Form (MHC-SF) para avaliar a saúde mental, o Self-Report Psychopathy Scale–Short Form (SRP-SF) para avaliar a psicopatia e o Childhood Trauma Questionnaire — Short Form (CTQ-SF) para avaliar a adversidade na infância. Recorreu-se ao IBM SPSS Statistics versão 28, para proceder à análise estatística dos dados, tendo-se realizado três MANOVAs (Multivariante Analysis of Variance). Resultados: Relativamente à saúde mental não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas; na psicopatia foram encontradas diferenças significativas mas apenas nas dimensões do estilo de vida e antissocial; na adversidade existem diferenças mas estas só se revelam significativas no abuso sexual, com este a apresentar valores superiores no género feminino. Conclusão: Reclusos e reclusas demonstraram ter problemas de saúde mental, psicopatia e adversidade na infância e ao longo da vida. Os resultados, apesar de na sua maioria não serem significativos, sugerem a necessidade de programas de prevenção e intervenção com a população reclusa portuguesa, independentemente do género. Palavras-Chave: Saúde Mental, Psicopatia, Adversidade, Criminalidade Masculina e Criminalidade Feminina.
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    Transfobia: o contributo dos mecanismos defensivos e da intolerância à incerteza cognitiva
    (2023) Santos, Daniel Fernando Pereira; Cabral, Joana, orient.
    O presente estudo tem como objetivo contribuir para a compreensão dos sistemas de crenças subjacentes à transfobia, adoptando como dimensão cognitiva central a intolerância à incerteza cognitiva,e incluindo ainda os mecanismos de defesa, as crenças de binarismo essencialismo e as atitudes de dominância social como processos intervenientes e que podem amplificar o pensamento transfóbico. Método: A amostra inclui 89 pessoas, com idades entre os 18 e 63 anos de idade (M = 29.2; SD = 11.8), das quais 55 (61.8%) se identificam com o género feminino, 30.3% (n = 27) com o masculino, 7.8% como não-binárias (n = 7). Como instrumentos foram utilizados a escala curta de “Need for Closure” (NFC:SV); a versão portuguesa do Response Evaluation Measure-71 (REM-71); a Escala de Genderismo e Transfobia (GTS:SV), o gender theory questionnaire, o beliefs about gender scale e a escala de orientação da dominância social. Resultados: Níveis mais elevados de IIC estão positivamente correlacionados com crenças essencialistas e binaristas e níveis mais elevados de IIC, mecanismos de defesa, binarismo, essencialismo e dominância social estão associados a maior transfobia . Verificou-se ainda que a associação entre a IIC e a transfobia é mediada pelos mecanismos de defesa e pela dominância social. Por sua vez, a associação entre a IIC e o essencialismo e o binarismo é de moderada pela racionalização e clivagem, respetivamente. Por fim, a associação pela IIC e a transfobia é mediada pela clivagem e binarismo. Conclusão: No que concerne futuras intervenções salienta-se a importância de intervenções focadas na exposição das pessoas a ambientes diferentes e a educação precoce destas matérias como forma de reduzir o preconceito. Palavras-Chave: transfobia, need for closure, mecanismos de defesa, binarismo, essencialismo, dominância social.