Mestrado em Exercício e Saúde
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Percorrer Mestrado em Exercício e Saúde por assunto "ATIVIDADE FÍSICA"
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Item Atividade física e qualidade de vida em sobreviventes de cancro colorretal(2021) Alves, Tiago José Teixeira; Abreu, Sandra Marlene Ribeiro de, orient.Introdução: O cancro é uma das principais causas de mortalidade no mundo, sendo o cancro colorretal um dos cinco cancros com maior incidência a nível mundial. O aumento do número de casos por esta patologia deve-se não apenas ao envelhecimento da população, mas também ao aumento da frequência dos fatores de risco. O cancro produz nos pacientes efeitos negativos na qualidade de vida. A prática de atividade física em doentes com cancro tem sido associada a uma melhoria na qualidade de vida. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo verificar a associação da atividade física com qualidade de vida, em pacientes sobreviventes de cancro colorretal. Metodologia: Este estudo transversal utilizou dados de uma coorte prospetiva em sobreviventes de cancro colorretal seis meses após a cirurgia (CASUS Study), com idades ≥ 18 anos. Os dados foram recolhidos em 2014 em 60 pacientes (63,3 % homens). A qualidade de vida foi avaliada através do questionário EORTC-QLQ-C30 e a atividade física através do acelerómetro. Resultados: Como principais resultados deste estudo, destaca-se que, o tempo em atividade física ligeira e moderada a vigorosa, apresentam associações positivas significativas, entre os diferentes níveis de atividade e a qualidade de vida (na subescala funcional e na subescala geral de saúde). Neste estudo, também se verificou associações negativas entre a atividade física e a subescala de sintomas (fadiga e dor). Conclusão: A realização de atividade física ligeira e moderada a vigorosa possuí benefícios na qualidade de vida em sobreviventes de cancro colorretal.Item Atividade física, tempo sedentário e risco cardiometabólico na adolescência(2021) Vasconcelos, Rui Daniel Miranda; Abreu, Sandra Marlene Ribeiro de, orient.A prática regular de atividade física tem vindo a ser demonstrada como uma estratégia extremamente eficaz para o controlo e prevenção de risco cardiometabólico e diminuição de tempo sedentário. Parte considerável das crianças e adolescentes tem adotado comportamentos sedentários e subsequentemente prevalência elevada de risco cardiometabólico. Porém, a combinação do comportamento sedentário com atividade física pode originar padrões comportamentais com efeitos exclusivos e diferentes implicações à saúde. O presente estudo reporta a dados do estudo prospetivo LabMed Physical Activity Study, e teve como objetivo, verificar a associação entre a combinação do tempo sedentário e da atividade física e a saúde cardiometabólica. A amostra do estudo foi constituída por 442 adolescentes, dos 13 aos 15 anos, com 228 (54%) do sexo feminino e 194 (46%) do sexo masculino. O método utilizado para avaliar o tempo sedentário e a atividade física foi o acelerómetro e para o risco cardiometabólico um score foi construído para somar os z-score de todos os fatores de risco. Quanto ao risco cardiometabólico, 31,8% dos adolescentes apresentavam risco elevado. Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas na prevalência do risco cardiometabólico de acordo com a combinação entre o tempo sedentário e a atividade física moderada a vigorosa e o tempo sedentário e a atividade física vigorosa em ambos os sexos (p>0,05). Após ajuste para as variáveis confundidoras, verificou-se que os adolescentes com elevado tempo sedentário e elevada atividade física vigorosa, vigorosa tiveram um maior odds de risco cardiometabólico comparativamente com os adolescentes com baixo tempo sedentário e elevada atividade física vigorosa (OR: 1,934, IC 95%: 1,036-3,611, p=0,038). Não se verificaram associações significativas entre as restantes combinações do tempo sedentário e atividade física com o risco cardiometabólico. A importância de prevenção e monitorização com a combinação do aumento da atividade física e diminuição do tempo sedentário vai permitir alterar este paradigma.Item Avaliação e controlo do treino de exercício físico em contexto clínico : relatório de estágio(2022) Silva, Diogo Martins da; Bohn, Lucimere, orient.Sabe-se que o exercício físico é benéfico ao nível da saúde. O treino controlado e repetido ao longo do tempo, contribui para a prevenção de várias doenças e dos respetivos fatores de risco. Adicionalmente, nos casos em que as doenças estão estabelecidas, o treino de exercício físico ajuda a controlar e a retardar o avanço das mesmas, contribuindo para a preservação da qualidade de vida e da independência para a realização das atividades de vida diárias. Por isso, o exercício físico em contexto clínico, como em clínicas de fisioterapia, pode trazer ganhos adicionais para a saúde de pessoas que estão em processo de recuperação/reabilitação de condições clínicas. O presente documento pretende sumariar a totalidade das atividades realizadas no âmbito do estágio prático na clínica de fisioterapia de Vila Praia de Âncora. Nomeadamente, pretende descrever o processo de avaliação e controlo do treino em três participantes diabéticos, cinco obesos, cinco participantes com doença de Parkinson e três sobreviventes de acidente vascular cerebral. Os programas de treino procuraram dar resposta às recomendações do Colégio Americano de Medicina Desportiva. Todos os participantes foram avaliados antes e após os programas de exercício físico. A duração dos programas foi de aproximadamente 14 semanas e houve uma variabilidade na duração que resultou de constrangimentos levantados pela pandemia COVID-19. O presente documento encontra-se organizado por capítulos. O primeiro, diz respeito ao contexto institucional para a realização do estágio. O segundo, que se encontra subdividido por patologias (isto é, diabetes, obesidade, doença de Parkinson e acidente vascular cerebral), tem como objetivo sumariar a totalidade das atividades desempenhadas no estágio prático. Para cada uma das patologias, estará descrito um breve enquadramento teórico acerca da patologia, procedimentos de avaliação física, protocolo de treino, resultados pré e pós programa de treino e reflexão finalItem Caraterização da aptidão física e atividade física de acordo com os níveis de solidão em adultos 50+(2021) Costa, Simão Pedro Ferreira; Aleixo, Inês Marques, orient.A solidão é uma perceção emocional de insatisfação e parece resultar da carência de relacionamentos significativos. A participação em atividades físicas em grupo permite mais interações sociais e, por isso, pode-se especular que a aptidão física se associe positivamente com indicadores de solidão mais favoráveis. Estudos sobre as associações entre solidão e atividade física e/ou aptidão física são reduzidos e a evidência pouco robusta, com resultados contraditórios, particularmente em adultos e idosos. Objetivos: Caracterizar a atividade física e aptidão física de acordo com os níveis de solidão (Isolamento Social Vs. Afinidades) de pessoas com idades a partir dos 50 anos e verificar se a solidão se correlaciona inversamente com a atividade física e com a aptidão física na mesma população. Métodos: Sessenta e dois indivíduos (64,68 ± 6,85 anos; 68% mulheres) provenientes de Aveiro e Ovar constituíram a amostra deste estudo transversal. A solidão foi determinada de acordo com a Escala de Solidão (UCLA) e a atividade física habitual através da versão curta do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). A atividade física foi estratificada em baixa, moderada e vigorosa e foi aferido o tempo sentado. A aptidão física foi avaliada através do Sénior Fitness Teste (SFT). Procedeu-se à utilização da estatística descritiva para a caracterização da amostra. A comparação entre grupos (Isolamento social Vs. Afinidades) foi realizada através do teste- t, qui-quadrado, testes não paramétricos e ANCOVA (ajustada para o sexo) de acordo com a análise apropriada. Por fim, procedeu-se à utilização da correlação simples e ajustada para o sexo entre a escala de solidão e variáveis que constituem a aptidão e a atividade física. Resultados: As comparações entre grupos para as diferentes variáveis não foram significativas (p > 0,05). As correlações entre a escala de solidão e atividade física moderada a vigorosa (r: 0,18; p > 0,05) e o tempo sentado (r: 0,04; p > 0,05) não foram significativas. De forma similar, as correlações entre a escala de solidão e as variáveis da aptidão física (p > 0,05) não foram significativas. Conclusão: Os nossos resultados mostram que a atividade física e a aptidão física não estão correlacionadas com os indicadores de solidão entre pessoas com 50 ou mais anos que constituíram a nossa amostra.Item Comparação entre o nível de atividade física medido por questionário e acelerometria em indivíduos com cancro(2022) Costa, Eduardo Luís Linhares; Schmidt, Cristine, orient.Introdução: Fatores de risco relacionados com o estilo de vida, como baixo nível de atividade física (AF), está associado a um maior risco de desenvolver cancro. Além disso, os estudos mostram que indivíduos fisicamente ativos no momento do diagnóstico, ou durante o tratamento, têm um menor risco de mortalidade por cancro. Existem diferentes métodos para avaliar a AF, como os métodos objetivos (por exemplo, acelerómetro) ou subjetivos (por exemplo, questionários), e ambos têm os seus pontos fortes e fracos. Contudo, não há estudos que tenham comparado as medidas derivadas dos questionários com as medidas objetivas em indivíduos com cancro na população portuguesa. Objetivos: i) descrever padrões de AF e tempo sedentário em indivíduos com cancro; ii) comparar os níveis de AF auto reportada com os valores medidos por acelerometria; e, iii) determinar a concordância entre o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) e os valores medidos por acelerometria. Metodologia: Foram avaliados 97 indivíduos com cancro digestivo e da cabeça e pescoço. Os níveis de AF foram avaliados pelo IPAQ e por acalerometria (mínimo 4 dias, 10 horas/dia uso). Resultados: Verificou-se que os indivíduos passam 52% do dia em comportamento sedentário, 42% em AF leve, e 2,3% em AF moderada-vigorosa (AFMV). Em comparação ao acelerómetro, o IPAQ sobrestima os valores de atividade física moderada a vigorosa (396±444 vs. 196±200 min/sem; p<0,001), enquanto a medição do tempo sedentário não teve diferença significativa (383±184 min/dia vs 401±101 min/dia). Por fim, verificou-se que os valores auto reportados de atividade física moderada a vigorosa não apresentam concordância com os valores medidos por acelerometria, enquanto os valores de tempo sedentário apresentaram uma boa concordância. Conclusão: Os resultados sugerem que ambos os métodos de medição da AF não medem os mesmos aspetos, não podendo assim, serem utilizados para o mesmo propósito. Idealmente, os níveis de AF devem ser medidos com a utilização dos dois instrumentos em simultâneo. Palavras-chave: atividade física; IPAQ, acelerómetro, cancro digestivo, cancro cabeça pescoçoItem O efeito do treino de força crónico com restrição de fluxo sanguíneo nos parâmetros hemodinâmicos em adultos saudáveis(2022) Russo, Allison Tadeu Pereira; Bohn, Lucimere, orient,Introdução: O treino resistido (TR) com restrição do fluxo sanguíneo (RFS) significa a realização de exercícios de força com diminuição do fluxo sanguíneo arterial para os músculos ativos. A diminuição do sangue arterial disponível para os músculos ativos impede que a intensidade e o volume do exercício sejam tão altos em comparação com o treino resistido sem RFS. As respostas hemodinâmicas ao TR-RFS parecem causar contração muscular com baixo fluxo sanguíneo, elevando o estresse metabólico, diminuindo o retorno venoso, exacerbando a atividade simpática e aumentando a resistência vascular periférica, que juntos aumentam agudamente a tensão arterial e a frequência cardíaca. No entanto, os efeitos hemodinâmicos crónicos do TR-RFS e sua comparabilidade com o treino resistido sem RFS e mesmo em comparação com grupos sem treino, ainda são escassos e precisam ser investigados. Objetivos: O objetivo desta revisão sistemática com meta-análise da literatura revisada por pares foi examinar os efeitos crónicos do TR-RFS na tensão arterial em adultos aparentemente saudáveis (PROSPERO: Registro: CRD42022339510). Metodologia: Foi realizada uma busca bibliográfica nas bases de dados PubMed, Sports Discus, Scielo e Web of Science. Dois revisores independentes extraíram as características do estudo e as medidas de tensão arterial. Foram avaliados o risco de viés através da Risk of Bias [ferramenta da Cochrane para ensaios clínicos randomizados (RoB-2)] e a certeza da evidência [através da escala Grading of Recommendations, Assessment, Development, and Evaluation (GRADE)]. Um total de oito estudos preencheram os critérios de inclusão para tensão arterial sistólica (TAS), diastólica (TAD) e média (TAM). Resultados: Em relação à comparação TR-RFS versus não exercício, não foram observadas diferenças significativas a favor do grupo exercício (p>0,05). No entanto, quando comparado ao treino de força sem RFS, o TR-RFS promoveu melhorias adicionais na TAD (-3,35; IC 95% -6,00 a -0,71; I2 = 14%; z = -2,48, p = 0,01), e também na TAM (-3,96; IC 95% -7,94 a 0,02; I2 = 43%; z = -1,95, p = 0,05). Conclusão: Os resultados indicam que o TR-RFS pode promover uma diminuição na TAD, mas a falta de dados sobre este tópico torna qualquer conclusão especulativa. Futuras pesquisas sobre este tópico são garantidasItem Inovação tecnológica na avaliação da força e da fadiga muscular em jogadores de futebol(2022) Sobrinho, Miguel Lourenço; Teixeira, Carlos, orient.A inovação tecnológica tem possibilitado a criação e desenvolvimento de dispositivos com boa capacidade de avaliação e monitorização dos principais indicadores de performance e risco de lesão nas diversas modalidades desportivas. Particularmente no futebol, o estudo da força dos músculos dos membros inferiores, e dos dispositivos que possibilitam a sua avaliação, tem merecido grande atenção pela comunidade desportiva, académica e científica, no sentido de melhorar a monitorização da adaptação ao treino, estimar o risco de lesão e de controlar os índices de fadiga. Uma forma de monitorização da fadiga é através da avaliação da força isométrica (FI), definida como a contração voluntária do músculo, sem alteração do seu comprimento. Apesar de já existirem alguns dispositivos capazes de avaliar a FI no terreno, e dos testes inerentes serem simples de aplicar, a existência de estudos que documentem o impacto de um jogo na fadiga (força isométrica) permanecem escassos, especialmente, nos músculos adutores dos membros inferiores, determinantes para a modalidade e com elevada incidência de lesões. Objetivos: Desenvolver e adaptar acessórios para uma célula de força sem fios (GripWise) que permitam avaliar no terreno a força isométrica dos músculos adutores dos membros inferiores em jogadores de futebol, possibilitando o cálculo da fadiga muscular induzida por um jogo. Métodos: Este estudo transversal teve uma amostra constituída por nove jogadores de futebol semiprofissional (23.11 ± 3.24 anos). A FI foi avaliada através da célula GripWise, e pelo teste de Squeeze, antes e após um jogo de futebol (90 minutos). O teste de Squeeze consiste na avaliação da força muscular isométrica, produzida pelos adutores, durante 10 segundos. Os jogadores foram incentivados a realizar a maior força possível contra a célula GripWise, imediatamente antes .e após um jogo completo (pelo menos 90 minutos) de futebol. Para a análise dos dados de força foram realizados os testes de normalidade e o teste T de medidas repetidas para verificação das diferenças. Os dados de força (todos com normalidade) são apresentados em quilogramas de força (kgf) e respetivo desvio padrão, ou em percentagem de alteração, pré versus pós jogo. O valor de significância (p) foi menor que 0,05. Resultados: Apesar da FI máxima após o jogo apresentar uma redução de, aproximadamente, 14% (36,2 ± 7,3 kgf vs. 31,8 ± 8,8 kgf; p<0,01) houve um jogador que apresentou melhorias da primeira para a segunda avaliação (pré e pós jogo, respetivamente). A FI média teve uma redução de, aproximadamente, 28% (28.44 ± 6.56 kgf vs 20.94 ± 8.48 kgf; p<0,01). Conclusão: Os nossos resultados permitam concluir que um jogo de futebol é indutor de fadiga muscular e que esta é responsável por uma diminuição dos níveis de FI máxima, imediatamente após a sua ocorrência. Esta fadiga é individual, variando de atleta para atleta, o que implica que a análise dos resultados não esteja circunscrita à análise estatística, uma vez que esta indica que um jogo de futebol, efetivamente, provoca fadiga nos jogadores, mas não refere as alterações individuais, onde houve casos em que a FI máxima não se alterou.