Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde
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Percorrer Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde por assunto "ADESÃO À TERAPÊUTICA"
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Item Adesão terapêutica em doentes crónicos na transição para a idade adulta: o papel moderador do agregado familiar(2016) Marques, Luís Teodoro; Silva, Neuza, orient.Objectivos: Com base no modelo socio-ecológico de preparação para a transição para a autogestão da saúde em jovens adultos com condições crónicas de saúde, este estudo teve como objetivos: (1) comparar os níveis de preparação para a transição e a adesão terapêutica entre jovens adultos com diferentes configurações do agregado familiar; e (2) analisar as associações entre a preparação para a transição e a adesão terapêutica, assim como o papel moderador da configuração do agregado familiar nestas associações. Método: A amostra foi constituída por 68 jovens entre 18 e 25 anos com diagnóstico de uma doença crónica que requeira tratamentos regulares. O protocolo de avaliação incluiu dois questionários de autorresposta (Transition Readiness Assessment Questionnaire e Medida de Adesão aos Tratamentos) e uma ficha de dados clínicos e sociodemográficos. Resultados: Não foram encontradas diferenças significativas nos níveis de preparação para a transição nem na adesão terapêutica entre jovens autónomos e jovens a viverem com os pais/cuidadores. No entanto, uma melhor autogestão da medicação associou-se significativamente com maior adesão terapêutica nos jovens que habitam com os pais/cuidadores, enquanto uma melhor gestão das atividades diárias se associou a maior adesão nos jovens autónomos. Conclusão: Estes resultados permitem concluir que o desenvolvimento de estratégias educativas de preparação para a transição devem constituir alvos de intervenção a implementar junto dos jovens mesmo que ainda dependentes dos pais/cuidadores, com o objetivo de promover a adesão terapêuticaItem Estratégias de coping, adesão ao tratamento e qualidade de vida em jovens adultos e adultos com condições crónicas de saúde(2017) Silva, Bárbara Ribeiro da; Pires, Raquel, orient.As doenças crónicas são de longa duração, produzem incapacidade e exigem do doente a adaptação a várias mudanças na sua vida. Nos jovens adultos, o impacto da doença crónica pode ser particularmente elevado, em função da necessidade de adaptação a diversas dificuldades incomuns nesta faixa etária, tais como as que dizem respeito a assumir novas obrigações, modificar hábitos de vida, gerir os tratamentos, conhecer a doença e lidar com as suas limitações físicas. Considerando a doença crónica como uma condição potencialmente indutora de stress, a forma como ela é percebida pelo indivíduo, que depende da sua própria representação de doença e das estratégias que adota face ao novo estado de saúde, influencia os comportamentos de adesão, o que poderá refletir-se ao nível da qualidade de vida. A presente investigação consistiu num estudo transversal, com o objetivo de analisar as associações entre estratégias de coping específicas, adesão ao tratamento e qualidade de vida em jovens adultos e adultos com condições crónicas de saúde, bem como testar o papel mediador da adesão ao tratamento na relação entre estratégias de coping e qualidade de vida. Procurou-se ainda averiguar o potencial papel moderador do grupo etário nestes processos. Para o efeito, foi utilizado um questionário sociodemográfico e clínico e foram recolhidos dados através dos seguintes instrumentos: Brief Cope, Medida de Adesão aos Tratamentos e EUROHIS-QOL 8. A amostra foi constituída por 111 participantes: 60 jovens adultos e 51 adultos. Os resultados obtidos revelam que não se verificaram diferenças significativas nos níveis de qualidade de vida (t (109) = 0.023; p =.932) nem de adesão aos tratamentos (t (108) = -.117; p=.907) apresentados pelos dois grupos. Relativamente aos efeitos da adesão aos tratamentos e do humor verificou-se que quanto maior a adesão aos tratamentos e a utilização do humor, maior a qualidade de vida dos indivíduos. Em relação aos efeitos de interação, quando os indivíduos são jovens adultos, a aceitação e a utilização de suporte instrumental não contribuem para explicar a qualidade de vida. Porém, quando os indivíduos são adultos, a dimensão utilizar suporte instrumental relaciona-se positivamente com a qualidade de vida (b=1.169, t=3.049, p=.003) e a aceitação relaciona-se negativamente com a qualidade de vida (b=-.766, t=-1.742, p=.085).