Mestrado em Riscos e Violência(s) nas Sociedades Atuais: Análise e Intervenção Social
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Percorrer Mestrado em Riscos e Violência(s) nas Sociedades Atuais: Análise e Intervenção Social por assunto "APOIO À VÍTIMA"
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Item Violência conjugal contra a mulher: o atendimento telefónico em situação de risco severo e extremo(2018) Sainda, Júlia da Regina; Rodrigues, Marlene Braz, orient.Assumido como um problema mundial e transversal a todas as sociedades, a violência conjugal contra a mulher é, em contexto português, um crime público tipificado no artigo 152º do Código Penal - “Violência Doméstica”. Definido como sendo um padrão de comportamento que ocorre sob a forma física, psicológica, social, económica e sexual, e que é desenvolvido por parte do agressor masculino com vista a perpetuar a intimidação, o poder e o controlo sobre a mulher vítima. Em contexto nacional os relatórios oficiais indicam que a mulher surge, com imensa discrepância, como principal vítima e o homem como principal agressor, sendo atualmente a segunda tipologia de crime mais denunciada, e apresenta-se mesmo como o crime que mais vitimiza e mata a mulher. Por se tratar de uma problemática reconhecidamente grave a nível social e criminal, a sua intervenção exige o conhecimento de técnicas de comunicação e o trabalho conjunto duma equipa interdisciplinar que acompanhe todas as vertentes do crime. A Associação Portuguesa de Apoio à Vítimas (APAV), instituição de maior abrangência em contexto nacional de apoio a vítimas de crime, manifesta atualmente o atendimento telefónico como principal meio de contacto com as vítimas de violência doméstica que procuram os seus serviços. Foi, com esta perspetiva e perante um estágio realizado nesta associação, que o presente trabalho teve como objetivo geral o de avaliar o impacto da intervenção/comunicação dos Técnico de Apoio à Vítima (TAV) da Linha de Apoio à Vítima (LAV) junto das mulheres vítimas de violência conjugal em situação de risco severo e extremo. Para tal, utilizamos uma abordagem metodológica de investigação-ação e de natureza qualitativa, envolvendo uma amostra de mulheres vítimas de violência conjugal pelo seu parceiro masculino, numa abordagem que comportou as técnicas de observação participante, o diário de campo e a pesquisa bibliográfica. Alguns dos resultados mais relevantes obtidos evidenciam a preponderância no estabelecimento de uma relação de confiança com a vítima, envolvendo-a na procura de soluções, uma intervenção que se estabelece em colaboração e com o apoio de uma equipa solidária. Nesta operação a vítima deve ser conduzida a envolver-se no delineamento das estratégias de resolução, considerando-as como suas, permitindo assim que se sinta capaz de as colocar em prática. Este aspeto é de vital importância para se minimizarem os fatores de rejeição perante as estratégias de intervenção e os constrangimentos ao longo de todo um processo de apoio.Item Violência doméstica contra o homem : perceções dos militares da GNR(2022) Neves, Pedro Miguel da Silva; Rodrigues, Miguel, orient.Em Portugal, o crime de violência doméstica continua a ser um dos mais praticados. O número de homens vítimas, tem vindo a aumentar, sendo que, no ano de 2021, uma em cada quatro eram do sexo masculino. A Guarda Nacional Republicana (GNR), enquanto órgão de polícia criminal, surge na primeira linha de intervenção e na receção das denúncias relacionadas com a prática deste crime e no auxílio às suas vítimas. Desta conjugação de fatores, surgiu o objetivo geral de compreender as perceções dos militares da GNR sobre as várias dimensões do crime de violência doméstica contra o homem. Nesse sentido, utilizamos uma metodologia quantitativa, com o recurso à técnica de inquérito por questionário para a recolha de dados. A amostra, de âmbito nacional (continente e arquipélagos), é constituída por 839 militares da GNR, que prestam serviço em funções operacionais genéricas, ou especializados em violência doméstica a desempenharem funções nos Núcleos de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) e nas Equipas de Investigação e Inquérito (EII). Alguns dos resultados mais relevantes indicam que a generalidade dos participantes apresentam perceções desadequadas face à violência doméstica contra os homens em relações heterossexuais.