CeiED - Capítulos de Livros Nacionais

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    O método do etnodrama e o princípio da participação entre etnografia e dramaturgia
    (CeSA CSG ISEG, 2023) Vieira, Ana Inês Aires Mesquita
    O etnodrama, resultado da escrita de uma peça teatral a partir de informação recolhida num processo de investigação qualitativa, pode ser enquadrado entre métodos etnográficos e estudos de teatro e de performance, na categoria ampla de “arts-based research”. O método visa possibilitar que a história dos participantes na investigação possa ser contada a um público de forma vívida, credível e persuasiva, criando uma experiência de entretenimento para uma audiência, a qual deve ser informativa, esteticamente apelativa, intelectualmente rica e emocionalmente evocativa. Neste artigo enquadra-se a emergência desta forma de escrever teatro e pesquisa etnográfica e sintetiza-se a proposta metodológica de etnodrama de Johnny Saldaña. Procede-se com uma reflexão sobre as potencialidades e constrangimentos de uma abordagem participativa a este campo de pesquisa e escrita teatral, propondo uma abordagem metodológica processualmente enraizada, emancipatória e integradora dos participantes em diversos níveis dos projectos de pesquisa e escrita teatral.
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    Raízes — todos os momentos são de educação viva
    (CICS.NOVA - Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais, 2020) Costa, Henrique Chaves; Ferreira, Ana Inês Aires Mesquita Vieira
    O Raízes funciona desde 2014, tendo passado por vários espaços e fixado residência na Quinta do Pinheiro, em Palmela. Partindo das possibilidades propiciadas pela Quinta (com pomar, horta, galinheiro, espaços exteriores para brincadeira livre e estruturas para jogos, espaços interiores polivalentes, cozinha), em articulação com os princípios de educação viva, desenvolve-se uma abordagem educativa que privilegia a sensibilização para a natureza e o envolvimento das crianças e suas famílias na elaboração de projectos. A educação pró-ambiental para a alimentação conjuga iniciativas tão variadas quanto a alfabetização e socialização através da sementeira, do pomar e da horta biológica e de permacultura, a observação dos animais, os dias de padaria e pastelaria (visita a pastelarias e moinhos vivos), a educação para a saúde através da culinária biológica e sem açúcar, a circulação livre pelo espaço com atenção ao alimento comestível e medicinal. O Raízes constrói uma educação em comunidade, com visitas regulares a espaços comerciais, associativos e culturais sediados nas suas imediações (incluindo mercado, lota de peixe e outras organizações sociais) que são transformados em espaços educativos. Para além das actividades educativas regulares, o Raízes oferece formação nos seus âmbitos de acção (ex. educação viva, modelos e práticas pedagógicas, comunidades de aprendizagem) direccionadas a públicos externos.
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    Da habitação ao prato – Minga, uma cooperativa integral
    (CICS.NOVA - Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais, 2020) Costa, Henrique Chaves; Ferreira, Ana Inês Aires Mesquita Vieira
    Enquanto cooperativa multisectorial, a Minga estrutura-se em quatro ramos cooperativos e respectivas secções: serviços (apoio em ferramentas de faturação, contabilidade, contratos de trabalho, certificação participada agroecológica); habitação e construção (promoção da [auto]construção ecológica, acesso à habitação [custo, qualidade], intervenção sociopolítica); comercialização (economia circular); e agricultura (produção agro-alimentar/florestal comercializável de pequenos agricultores locais com práticas ecológicas). Privilegia-se a cooperação com entidades públicas, potenciando colectivamente estruturas licenciadas e certificadas através da cooperativa.
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    Monte Mimo – A agricultura familiar construindo paisagens regeneradas
    (CICS.NOVA - Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais, 2020) Ferreira, Ana Inês Aires Mesquita Vieira; Costa, Henrique Chaves
    O Monte Mimo apresenta-se como projecto familiar (visa a subsistência da família que o promove) e regenerativo (em termos de sustentabilidade agro-florestal e numa lógica de fortalecimento de relações de proximidade). Cerca de 90% do tempo é dedicado a actividades de agrofloresta, produção hortofrutícola e de animais. Estas actividades são apoiadas por Woofers, voluntários internacionais que trabalham em contexto agrícola em troca de alojamento, alimentação e formação. Apostase na agricultura de proximidade, tendo o Monte Mimo integrado recentemente a Associação para a Manutenção de Agricultura de Proximidade (AMAP) por ser o produtor de hortícolas nos grupos de consumo de Alvalade do Sado e Cercal, onde escoa a sua produção comercializável. A abordagem da AMAP à agricultura, que se pratica no Monte Mimo, salienta a importância de processos participativos na comunidade em que se insira, manifestando-se em acordos de produção e consumo, com compromisso de pagamento e recolha de cabazes com regularidade, partilhando os riscos da escassez e os excedentes da abundância. O Monte Mimo tem colaborado com outras organizações para o fortalecimento de uma rede local na perspectiva da agroecologia (Rede Cooperar – ReCo).
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    Um laboratório ao ar livre para criar biodiversidade através do trabalho coletivo – o exemplo da HortaFCUL
    (CICS.NOVA - Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais, 2020) Costa, Henrique Chaves; Ferreira, Ana Inês Aires Mesquita Vieira
    A HortaFCUL é um projecto de base voluntária, promotor da permacultura e aberto a todos os interessados em aprender, partilhar e ter algum tipo de experiência com a terra (sejam ou não estudantes). O projecto não tem uma estrutura hierárquica, funcionando através do modelo sociocrático em holacracia (abordagem organizacional que privilegia a auto-organização e a tomada de decisão colectiva — ver “Quem Somos”, website HortaFCUL), com reuniões semanais onde todas as decisões são tomadas em grupo pelos Guardiões da Horta. Estes são as pessoas que decidem desenvolver alguma actividade ou projecto na horta, destacando-se actualmente os guardiões de sementes, estufa, compostagem, vermicompostagem, eventos, comunicação, actividades educativas para escolas e outras formações.
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    Cem Soldos, BONS SONS: quando uma aldeia em manifesto se transforma em festival
    (CICS.NOVA - Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais, 2020) Costa, Henrique Chaves; Ferreira, Ana Inês Aires Mesquita Vieira
    Este festival destaca-se pelas suas práticas pró-ambientais em termos de alimentação, nomeadamente ao nível de oferta (refeições vegetarianas; alimentos Km0 — estratégia de produção local, justa, que respeita a diversidade genética e a qualidade dos produtos agroalimentares, procurando que as actividades de transformação e venda ao consumidor final sejam realizadas num raio de 50 km do seu local de origem), utensílios (pratos e talheres biodegradáveis, copos reutilizáveis) e compostagem (cozinhas e wc seca — recolha de palha para compostores e serradura para wc seca junto de produtores locais, a quem se devolvem os resíduos orgânicos alimentares), enquadradas numa visão ampla de sensibilização ambiental (vídeos temáticos, porta-beatas, redutores de caudal de água, reutilização de materiais, para além de todas as actividades formativas/participativas durante o ano na aldeia).