Cadernos de Sociomuseologia Nova serie 10 - 2017 (Vol. 54) : Questões contemporâneas da Sociomuseologia

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    MINOM: 30 anos de Museologia em favor dos Direitos Humanos
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Moutinho, Mário Caneva
    Texto apresentado na abertura das XXIII Jornadas sobre a Função Social do Museu Arronches, 9 e 10 outubro 2015
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    O futebol na construção das representações identitárias nos museus
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Alegrias, Lúcia
    Os museus desportivos revelam-se atentos às preocupações sociais contemporâneas e às temáticas relevantes para as sociedades plurais, que pautam a adopção do museu por estratégias inclusivas e novas linguagens museais. Envolvem as comunidades conferindo-lhes um sentido de participação nos processos de representação cultural e identitária. Constituindo-se o futebol uma produção cultural de um tempo, de um agora ou de uma formação social específica, poderemos interrogar-nos qual o posicionamento destes museus no âmbito da Sociomuseologia. Por outras palavras, poderemos começar por nos questionar se o ethos dos museus de futebol incorporam a dimensão social produzida, ou se esta sua dimensão é inerente aos discursos museológicos ai concebidos e evocados. Das Salas de Troféus aos Museus de Futebol atuais evoca-se a reflexão sobre os desafios permanentes à redefinição do pensamento museológico e ao conhecimento das suas dinâmicas. O nosso projeto de investigação privilegia o permanente diálogo com o tema, problemáticas e hipóteses demarcadas pelos conceitos sociais que sustentam a ação museológica nestes museus, como os conceitos de identidade e memória. Processos que surgem estruturados sobre a construção das representações identitáriasno futebol.
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    O lugar das comunidades na preservação do património arqueológico. Um projeto de investigação
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Cândido, Maria João
    Neste artigo apresentamos o projeto de investigação em curso, no âmbito do Doutoramento em Museologia pela ULHT, onde se propõe mapear as sítios arqueológicos do concelho de Setúbal, identificando os sítios com relevância para a (s) comunidade (s) e com os quais se identificam, caracterizando as memórias associadas aos sítios arqueológicos com ligação às comunidades e analisar a relação que as comunidades estabelecem com estes sítios. A par da relação que a comunidade estabelece com o sítio arqueológico, são analisadas as formas de divulgação e de comunicação da arqueologia como ciência e enquanto prática, versando sobre termos como arqueologia clandestina e arqueologia de trincheira.
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    Museus e Arqueologia: algumas reflexões
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Saladino, Alejandra
    O presente artigo resulta de uma reflexão preliminar sobre os museus de arqueologia que parte da observação do setor museológico do Brasil, mas que eventualmente pode estender-se a contextos nos quais a preservação e musealização das referências patrimoniais arqueológicas são afetadas pela dinâmica da Arqueologia de Contrato. O objetivo deste texto é iniciar uma reflexão sobre algumas questões conceituais e metodológicas referentes aos museus de arqueologia, designadamente, as especificidades desse tipo de museu, as temáticas passíveis de abordagem, o perfil dos museus que adotam a gramática da Sociomuseologia e da Arqueologia Pública, a aplicação de estratégias museográficas para diminuir o gap entre o discurso das exposições de longa duração em relação ao desenvolvimento das pesquisas arqueológicas e os desafios da gestão das coleções arqueológicas decorrentes do desenvolvimento da Arqueologia de Contrato. A metodologia aplicada concentra-se na revisão bibliográfica sobre o tema e na observação empírica sobre o contexto brasileiro. As considerações a destacar desta reflexão preliminar dizem respeito à urgência do estabelecimento de uma agenda de trabalho coletivo e colaborativo dos diversos profissionais envolvidos nos processos de preservação do patrimônio arqueológico para que os museus exerçam sua plena potência enquanto loci de apropriação e ressignificação das referências patrimoniais arqueológicas.
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    O canto - Análise multidimensional da cultura imaterial. Validação da versão do Singing Voice Handicap Index (SVHI), em lingua portuguesa de Portugal e do Modelo Hermenêutico/interpretativo de Agustin Escolano Benito
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Capucho, Maria Clara; Janeirinho, Luisa
    O presente artigo tem como objetivo a apresentação de um ponto comum de reflexão, da trajetória de saberes e conceitos, aparentemente, tão distintos como a medicina e a cultura. A análise multidimensional do canto e a validação da versão do Singing Voice Handicap Index (SVHI) traduzida e adaptada culturalmente para a língua portuguesa de Portugal constrói-se, nos seus pressupostos, no modelo interpretativo de cultura, apresentado por Agustin Escolano Benito, validando-se, também, a sua utilização para outros universos culturais que não só os da cultura escolar. O questionário utilizado na avaliação da desvantagem nos cantores com problemas vocais (SVHI), em que estão presentes para análise dados de naturezas diversas, pressupõe, mais que o corpo fisiológico, o corpo cultural onde se manifestam e interagem a cultura científica, a cultura política e a cultura empírica. É este corpo, enquanto património a presevar, que é lido enquanto narrativa com os detalhes da sua singularidade e que não se distância do preconizado pela UNESCO. O artigo apresenta o modelo interpretativo de cultura e avança para o conceito de voz, para se deter no estudo da análise multidimensional do canto, adicionando o modelo à lista de versões traduzidas (agora para português). Por último demonstra-se que a versão portuguesa do SVHI é instrumento fiável e válido na avaliação da desvantagem vocal nos cantores portugueses e pode ser acrescentada à lista de versões traduzidas deste instrumento, criado originalmente para a avaliação vocal dos cantores de língua inglesa da América e que o modelo de análise de Escolano Benito é válido para outros universos culturais que não só a cultura escolar.
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    Museologia e Comunidades LGBT: mapeamento de ações de superação das fobias à diversidade em museus e iniciativas comunitárias do globo
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Baptista, Jean; Noita, Tony
    O presente artigo é etapa do projeto Memória LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e pessoas trans), responsável pelo mapeamento e análise das principais ações existentes em museus e iniciativas comunitárias da Europa, Américas, África, Ásia e Oceania. Por meio de visitas técnicas, entrevistas não-diretivas (presenciais ou virtuais), publicações da Revista Memória LGBT, pesquisas bibliográficas e consultas a sites oficiais, o mapeamento se propõe a indicar limites e possibilidades que se apresentam ao campo museológico mediante a inclusão de uma minoria presente em todos os continentes. Esta invisibilidade museal, favorece o esquecimento e consequentemente fortalece as fobias à orientaçãosexual e identidade de gênero. Ao analisar as técnicas de preservação, o conteúdo expositivo de cada proposta mapeada, bem como sua ausência em amplos territórios, procura-se indicar estratégias encontradas na construção de uma memória LGBT global. Problematiza-se, com isso, a democratização da memória e conteúdos manifestos em museus, iniciativas comunitárias ou políticas museais interessadas na conquista de direitos civis e na superação de fobias à diversidade sexual/afetiva.
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    Museu das Remoções da Vila Autódromo: Resistência criativa à construção da cidade neoliberal
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Bogado, Diana
    O planejamento da cidade neoliberal que se consolida com a realização de megaeventos carrega dentre as suas implicações a redução do habitar ao habitat (Lefebvre, 2008). Levanta-se como hipótese neste trabalho que a proposta de sociedade que vem sendo modelada para residir na cidade neoliberal estrutura-se sobre o conceito do habitat. O empreendedorismo urbano (Harvey, 1996) é o fenômeno que sugere que a gestão da cidade se estabeleça nos moldes de uma gestão empresarial, alterando com isso, a condução da política urbana, que passa a submeter a reconfiguração territorial aos processos de valorização do capital de forma mais direta e acentuada. Destaca-se a dominação espacial, ferramenta necessária para adaptação do espaço à obtenção de lucro (Santos, 2011, Lefebvre 2001, Winnicott, 1975). No contexto de preparação/realização dos megaeventos no Rio de Janeiro a prefeitura removeu aproximadamente 22.059 famílias, dentre as quais anunciava a comunidade Vila Autódromo, caso de estudo deste trabalho. A permanência da comunidade culminou na construção do Museu das Remoções, fruto da luta da população frente à destruição levada a cabo pelo poder público. A aproximação da comunidade ocorreu através da observação participante (WHYTE,1943), ou da participação observante (WACQUANT, 2000). A autora deste trabalho é atora na pesquisa-ação (TRIPP, 2005) uma vez que é pesquisadora e ativista, tendo coordenado o projeto de extensão que construiu com a comunidade o Museu das Remoções.