Das imagens de orientação à desorientação das imagens - uma constelação de sentido
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2019
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Resumo
Partimos da presença dominadora da imagem na sociedade
contemporânea para refletir sobre a invisibilidade das
suas operatividades. Sustentado na ideia de constelação,
na forma e metodologia, o desenvolvimento deste estudo
segue as órbitas traçadas pelos conceitos da imagem:
os problemas da distância e da divisão, da origem, da
medialidade, da tecnologia, do espaço e do valor simbólico.
Propomos pensar o sentido das imagens e a política
de observador/observado que elas determinam. Argumentamos
a impossibilidade de qualquer limitação histórica
para uma origem das imagens, mas recorremos
às origens para as pensar. Em Platão, localizamos uma
fundação da filosofia ocidental e uma nascente desconfiança
para com as imagens. Visitamos uma caverna
mais longínqua e ancestral, onde a técnica de pedra e
as imagens conduzidas pela mão inauguram o humano
na divisão. O sujeito dá o primeiro passo, irrompendo do
processo — irreversível e copiosamente repetido — da
transcendência do corpo. Na morte, as imagens abrem
o caminho da eternidade; nas trevas, elas redesenham
pela semelhança uma nova posição, agora de ordem teológica.
Com o título evocamos uma ideia de mapa e uma
arqueologia, um caminho que afere o afastamento de
uma origem na direção da técnica da ilusão, do desejo das
máquinas óticas e da química para a fixação do transitório.
Com Agamben, situamos a contemporaneidade das
imagens fora do contemporâneo, a dialética de Benjamin
trespassa o espaço e o tempo e Heidegger oferece-nos a
ontologia do mundo como Imagem. O espaço aglutina, é
na ideologia tecnológica da globalização que definimos
contentor e conteúdo. É nele que, sob a égide da ligação,
vamos encontrar as novas imagens da desorientação.
Examining the dominating presence of images in contemporary society, we reflect upon the invisibility of its operativities. Based on the notion of constellation, its implied form and methodology, this study follows the orbits drawn by the concepts of image: the problems of distance and division, origin, mediality, technology, space and symbolic value. We propose considering the meaning of images and the politics of observer/observed they bring about. We defend the historical impossibility of pointing out an origin for images but go to the origins in order to think about images. In Plato, we identify a foundation of Western philosophy and a nascent distrust of images. We visit a more distant and ancient cave, where stone techniques and hand guided images introduce the human to division. The subject gives their first steps, emerging from the — irreversible and recurring — process of the transcendence of the body. In death, images open the way to eternity; in the dark ages, they redrew in similitude a new, theological, position. In the title we evoke an idea of map and an archaeology, a path that shows the departure from an origin towards the technique of illusion, of the desire of optical machines and of a chemistry to fix the transient. With Agamben, we place the contemporaneity of images outside the contemporary, Benjamin’s dialectic cuts across space and time, and Heidegger offers us the ontology of the world as Image. Space is all-encompassing, we define container and content through globalization’s technological ideology. It is there that, under the aegis of connectedness, we will find the new images of disorientation.
Examining the dominating presence of images in contemporary society, we reflect upon the invisibility of its operativities. Based on the notion of constellation, its implied form and methodology, this study follows the orbits drawn by the concepts of image: the problems of distance and division, origin, mediality, technology, space and symbolic value. We propose considering the meaning of images and the politics of observer/observed they bring about. We defend the historical impossibility of pointing out an origin for images but go to the origins in order to think about images. In Plato, we identify a foundation of Western philosophy and a nascent distrust of images. We visit a more distant and ancient cave, where stone techniques and hand guided images introduce the human to division. The subject gives their first steps, emerging from the — irreversible and recurring — process of the transcendence of the body. In death, images open the way to eternity; in the dark ages, they redrew in similitude a new, theological, position. In the title we evoke an idea of map and an archaeology, a path that shows the departure from an origin towards the technique of illusion, of the desire of optical machines and of a chemistry to fix the transient. With Agamben, we place the contemporaneity of images outside the contemporary, Benjamin’s dialectic cuts across space and time, and Heidegger offers us the ontology of the world as Image. Space is all-encompassing, we define container and content through globalization’s technological ideology. It is there that, under the aegis of connectedness, we will find the new images of disorientation.
Descrição
Orientação: Fernando José Pereira
Palavras-chave
DOUTORAMENTO EM ARTE DOS MEDIA, COMUNICAÇÃO, COMMUNICATION, IMAGEM, IMAGE, TECNOLOGIA, TECHNOLOGY, FILOSOFIA DA IMAGEM, PHILOSOPHY OF IMAGE