Mestrado em Psicologia da Justiça
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Percorrer Mestrado em Psicologia da Justiça por autor "Branco, Filipa Alexandra Quelhas"
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Item Violência bidirecional: a prevalência do fenómeno numa amostra da comunidade geral em Portugal(2022) Branco, Filipa Alexandra QuelhasA literatura demonstrou que a violência bidirecional é o padrão de violência mais experienciado nas relações de intimidade, e que homens e mulheres podem ser vítimas e perpetradores de violência. Nesta investigação, objetivamos: a) avaliar se a violência bidirecional é mais prevalente do que a violência unidirecional; b) identificar a tipologia de violência mais perpetrada e sofrida; c) explorar se existem diferenças entre os sexos nos tipos de violência perpetrados e sofridos; d) verificar se existem diferenças nas categorias vítima, perpetrador e vítima-perpetrador nos tipos de violência perpetrados e sofridos; e) explorar se a violência bidirecional é tão prevalente entre a comunidade LGBTQIA+ como na heterossexual. A presente investigação assentou num design quantitativo transversal recolhido online, com um total de 754 participantes provenientes de uma amostra de conveniência da comunidade em Portugal. Os participantes responderam a um questionário sociodemográfico e à Escala Tática de Conflitos Revista. Os resultados desta investigação revelaram que a violência bidirecional foi o padrão de violência mais experienciado nas relações de intimidade e que a violência psicológica foi a tipologia de violência mais perpetrada e sofrida. Esta investigação verificou que existem diferenças significativas no que concerne aos tipos de violência perpetrados e sofridos na comunidade em Portugal e que a categoria vitima-perpetrador demonstrou taxas superiores de vitimação e perpetração no que diz respeito aos tipos de violência perpetrados e sofridos. Por fim, foi possível apurar que não se verificaram diferenças entre os indivíduos heterossexuais e LGBTQIA+ na prevalência de violência bidirecional. Os resultados deste estudo permitem conferir uma maior visibilidade à violência bidirecional, sensibilizar a comunidade para a existência deste fenómeno e contribuir para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e intervenção capazes de combater este flagelo. Este estudo demonstrou que a violência nas relações de intimidade não é um fenómeno homogéneo, mas sim complexo. Palavras-chave: violência nas relações de intimidade, violência bidirecional, prevalência, comunidade geral, Portugal