Mestrado em Psicologia Social e das Organizações
URI permanente para esta coleção:
Navegar
Percorrer Mestrado em Psicologia Social e das Organizações por autor "Escola de Psicologia e Ciências da Vida"
A mostrar 1 - 9 de 9
Resultados por página
Opções de ordenação
Item Bairros economicamente desfavorecidos e violência : efeitos sobre a ação coletiva(2024) Chihai, Anastasia; Escola de Psicologia e Ciências da Vida; LOUREIRO, ANA LUISA CARDOSO MARQUES TEIXEIRA; Novo, Maria Leonor dos Anjos Pereira da CostaA pobreza e a desigualdade social frequentemente levam a um estatuto socioeconómico baixo em bairros economicamente desfavorecidos, onde comunidades enfrentam desafios significativos em termos de recursos, oportunidades e qualidade de vida. Esses bairros são caracterizados por altas taxas de criminalidade, gerando insegurança e acesso limitado à educação, entre outros desafios. Esta dissertação visa investigar como a identidade com o bairro pode prever a ação coletiva, mediada pelas emoções negativas e eficácia coletiva, e explorar o papel moderador do medo. A amostra é composta por 65 participantes entre os 18 e os 54 anos de idade, distribuídos aleatoriamente em dois grupos experimentais, manipulando o estatuto socioeconómico (através do paradigma Dimboola) e a perceção da violência (com recurso ao IAPS), testando o modelo SIMCA – Social identity model of collective action. Deste modo, um dos grupos com SES baixo visualizou imagens neutras e o outro grupo visualizou imagens violentas. Através da análise do modelo SIMCA verificou-se que a identificação social tem um impacto significativo na perceção de injustiça (emoções negativas). O mesmo se verificou para a eficácia coletiva, ou seja, a identidade social tem um impacto significativo na eficácia coletiva, quanto maior a identificação social com o bairro (hipotético) de residência maior será a eficácia coletiva. No entanto não se verificaram outros efeitos significativos, direto (RES) nem indiretos (eficácia coletiva e perceção de risco). Uma interação significativa entre eficácia coletiva e perceção de risco na previsão da ação coletiva indicou que a eficácia coletiva prevê a ação coletiva apenas em indivíduos com baixa perceção de risco.Item Capital psicológico (PSYCAP) e a relação com a satisfação no trabalho e o turnover em ajudantes de ação direta(2024) FERREIRA, ANA CATARINA NETO; Escola de Psicologia e Ciências da Vida; ALVES, SÍLVIA COELHO RIBEIRO FERNANDES LUÍSInvestigações anteriores descrevem que capital psicológico elevado (autoeficácia, otimismo, esperança e resiliência), beneficia as organizações ao nível de criação e promoção de um ambiente de trabalho saudável. A presente investigação teve como objetivo compreender a relevância do capital psicológico em ajudantes de ação direta, categoria profissional que desempenha um trabalho física e psicologicamente exigente, com salários pouco atrativos e elevado turnover. Explorou-se se capital psicológico elevado se associa a menores níveis de turnover, e se esta relação seria mediada pela satisfação no trabalho. Analisou-se se a relação entre o capital psicológico e o turnover era moderada pela satisfação das necessidades, nos âmbitos da alimentação, habitação, saúde e educação. Utilizaram-se três medidas: Psycap, Satisfação no Trabalho, Intenção de Turnover e auto-relato da satisfação das necessidades básicas. Participaram 128 Ajudantes de Ação Direta, 83% do género feminino com idades entre os 20 e 64 anos. O capital psicológico prediz negativamente a intenção de turnover, sendo esta relação mediada pela satisfação no trabalho e moderada pela perceção da satisfação das necessidades básicas. Identificou-se que a dimensão capital psicológico mais relacionada com a intenção de turnover era a Esperança. Estes resultados permitem informar programas para diminuir a intenção de turnover nesta população. Palavras-Chave: Ajudantes Ação Direta; capital psicológico; satisfação no trabalho; intenção de turnoverItem Contacto virtual com a natureza : efeitos no bem-estar com mediação de frequência cardíaca (ECG)(2024) Félix, Nancy Bentub; Escola de Psicologia e Ciências da Vida; LOUREIRO, ANA LUISA CARDOSO MARQUES TEIXEIRAAs componentes naturais podem desenvolver benefícios para a vida do ser humano, uma vez que haverá um aumento no bem-estar do individuo, diminuindo a ansiedade em situações de stress que será vivenciado no seu dia-a-dia. Através da evidência científica, a ligação entre o ser humano e a natureza pode ser adaptada no início quando o individuo aceita o meio que esteja inserido e as relações que os próprios iram desenvolver com a natureza. O presente estudo tem como objetivo entender de que forma o contacto com a natureza pode influenciar o bem-estar do ser humano, a sua perceção de felicidade e de envolvência com a natureza através de exposições a cenários com ambientes com mais e com menos ambiente naturais (através da realidade virtual). Neste estudo experimental participaram 78 indivíduos, com idade compreendida entre 18 anos e 42 anos. Os resultados não demonstraram uma relação significativa entre a inclusão com a natureza e os índices de felicidade. No entanto, os níveis de preferência pelo ambiente, apresentam diferenças significativas, como também foram encontradas diferenças tendencialmente significativo na frequência cardíaca. Palavras-chave: Natureza, Bem-Estar, Realidade Virtual, Frequência Cardíaca, Stress, FelicidadeItem Contraste dos efeitos do contacto com a natureza em realidade virtual no bem-estar humano : medição da amplitude respiratória (PZT)(2023) Santos, José Pedro de Sousa; Escola de Psicologia e Ciências da Vida; LOUREIRO, ANA LUISA CARDOSO MARQUES TEIXEIRAEste estudo vem no seguimento de investigações anteriores sobre a temática da influência de ambientes naturais para o bem-estar do Ser Humano, bem como os efeitos negativos de ambientes sem elementos naturais. É pretendido perceber com esta investigação até que ponto conseguimos corroborar ou por outro lado refutar os resultados esperados. Foram utilizados equipamentos e plataformas de Realidade Virtual para o efeito de modo a conseguirmos ter medições mais representativas da realidade num ambiente controlado, juntamente com diversas medidas psicofisiológicas e escalas validadas. No fim da experiência é importante percebermos até que ponto a exposição dos participantes ao cenário da floresta (Natural) contribui para o aumento da sua perceção em relação à envolvência com a natureza, a felicidade e a preferência ambiental, bem como perceber se a medida psicofisiológica da respiração é afetada e de que forma por essa exposição a um ambiente mais natural. Palavras-Chaves: Ambientes Naturais, Realidade Virtual, Amplitude Respiratória, Preferência Ambiental, Ansiedade, Medidas PsicofisiológicasItem As dimensões da cultura nacional de hofstede : será que as gerações portuguesas partilham os mesmos valores?(2023) Pinheiro, Cristiana Filipa Freitas; Escola de Psicologia e Ciências da Vida; ALVES, SÍLVIA COELHO RIBEIRO FERNANDES LUÍS; SILVA, VITOR HUGO FERREIRA DAA globalização contínua das organizações e o aumento da diversidade no mercado de trabalho revela a importância de perceber os valores culturais de cada sociedade e respetivas gerações. Atualmente estão presentes nas organizações quatro gerações ativas, Baby Boomers, Geração X, Y e Z. A literatura relativa a esta temática carece de estudos na população portuguesa. Como tal, este estudo pretende analisar se existem diferenças nos valores culturais entre gerações através das seis dimensões de Hofstede ou se estes se mantêm em Portugal. Adicionalmente, colocaram-se 6 hipóteses baseadas nas dimensões. A amostra, por conveniência e efeito de bola de neve, é constituída por 794 indivíduos de nacionalidade portuguesa, com idades compreendidas entre os 18 e os 85 anos. Consoante as idades, os participantes foram distribuídos pelas respetivas gerações. ANOVAS e ANCOVAS revelaram que existem diferenças significativas entre as gerações em ambas coortes geracionais (Tradicionais vs. Portuguesas) nas dimensões Distância ao Poder, Individualismo, Aversão à Incerteza e Orientação a Longo Prazo. Verificaram-se também efeitos de interação entre o Estatuto Social e Género dos participantes em algumas dimensões. Os resultados foram interpretados e posteriormente discutidos à luz da revisão de literatura. Limitações, forças, implicações do estudo e sugestões para estudos futuros foram discutidos. Palavras-Chave: gerações; gerações portuguesas; dimensões culturais; Hofstede; mudança culturalItem Evidência de validação do instrumento copsoq iii versão padrão para trabalhadores de empresas brasileiras para avaliação dos riscos psicossociais(2024) Bounassar, Camila; Escola de Psicologia e Ciências da Vida; ALVES, SÍLVIA COELHO RIBEIRO FERNANDES LUÍS; SILVA, VITOR HUGO FERREIRA DAO presente trabalho tem como finalidade apresentar evidências de validação do instrumento COPSOQ III versão média a trabalhadores de empresas brasileiras como forma de avaliar os riscos psicossociais dos trabalhadores em diferentes empresas localizadas no estado do Paraná e São Paulo, esperando como hipótese que esse instrumento tenha validade científica para as empresas brasileiras. O instrumento aqui escolhido para avaliar os fatores de riscos psicossociais no trabalho, assim como, os indicadores de exposição de risco para a saúde, de origem psicossocial, seus efeitos como satisfação e estresse foi o Copenhagen Psychosocial Questionnaire III (COPSOQ III), este contendo 148 itens, 13 dimensões e oito domínios. Primeiramente foi verificado junto aos responsáveis do COPSOQ na Alemanha e depois Brasil para solicitar o questionário já validado para a população brasileira uma vez que já estava traduzido e por fim estudar as propriedades psicométricas por meio de evidências de validade para uma população de trabalhadores de empresas brasileiras para medir o grau de ajustamento e aplicabilidade não somente a área hospitalar, área onde decorreu o primeiro estudo no Brasil. Referente aos resultados foram realizadas Análise Fatorial Confirmatória (AFC) com duas propostas de estrutura fatorial apresentadas com 13 fatores, do instrumento original e 7 fatores, seguindo investigações prévias. A solução fatorial com melhor ajuste foi a de 7 fatores, o que leva a questionar algumas das propriedades psicométricas do instrumento. Palavras-chave: Riscos Psicossociais do Trabalho; Gestão de Ricos Psicossociais; Saúde Ocupacional; Segurança no Trabalho; COPSOQ III; Psicometria; EscalaItem Exposição à publicidade e comportamento de jogo online nos jovens portugueses(2024) Costa, Andreia Sofia Pinto da; Escola de Psicologia e Ciências da Vida; FARIAS, ANA RITA BOINO GODINHO ALVESA indústria dos jogos de azar tem presenciado um crescimento exponencial, particularmente acentuado nos últimos anos. Este fenómeno tem levado a uma proliferação da publicidade em diversas plataformas mediáticas, com estimativas apontando para um aumento significativo no número de utilizadores de jogos de azar online, prevendo-se que alcance os 243,2 milhões até 2028. Dada a escassez de investigação sobre esta temática em Portugal, torna se imperativo aprofundar o estudo deste domínio, com o intuito de desenvolver estratégias futuras para a mitigação de comportamentos de jogo problemáticos. O presente estudo visa explorar o envolvimento dos jovens portugueses com jogos de azar online, examinando a sua relação com a exposição publicitária e a prevalência de padrões de comportamento aditivos. Foram estabelecidas duas hipóteses: (1) uma associação significativa entre a exposição à publicidade e o envolvimento dos jovens com jogos de azar online; (2) uma correlação positiva entre o grau de exposição à publicidade de jogos de azar online e a severidade dos comportamentos aditivos. A metodologia envolveu a coleta de dados através de entrevistas telefónicas com um espectro demográfico composto por residentes em Portugal, entre os 18 e os 34 anos, contabilizando uma amostra de 1894 indivíduos. Concluiu-se com esta investigação que de facto existe uma associação significativa entre a exposição à publicidade e o envolvimento destes jovens em jogos de azar, porém a segunda hipótese acabou por ser refutada, não se verificando nenhuma relação significativa entre a exposição à publicidade e a prevalência de padrões de comportamento aditivo ao jogo. Este estudo é uma mais-valia em termos tanto teóricos como em práticos devido ainda à pouca investigação que existe em Portugal sobre este tema.Item Imigração brasileira qualificada em Portugal : relações entre discriminação laboral e processos de aculturação(2024) Faria, Rodrigo Aparecido de; Escola de Psicologia e Ciências da Vida; Novo, Maria Leonor dos Anjos Pereira da Costa; SÔRO, JERÓNIMO CASSOLO processo migratório em Portugal caracteriza-se pela sua complexidade e diversidade, sendo influenciado por estruturas sociodemográficas, diferentes motivações para migrar e variados processos de integração na sociedade de acolhimento (Góis e Marques, 2018). Em cenários de discriminação percebida e estereótipos negativos, os indivíduos podem experienciar emoções negativas em relação ao grupo maioritário, como raiva, frustração ou ódio (Pettigrew & Tropp, 2008). Essas experiências negativas tendem a intensificar a ansiedade intergrupal (Stephan, 2014), dificultando ainda mais a interação entre os grupos. O presente estudo analisa os desafios do percurso imigratório de cidadãos brasileiros qualificados em Portugal e a relação com os processos de aculturação. Tendo em conta que o mercado de trabalho qualificado exige habilitações académicas específicas, a investigação analisa os obstáculos enfrentados por esses imigrantes no mercado laboral. Neste contexto, o inquérito avaliou a perceção de discriminação no local de trabalho, mediada por emoções negativas, ansiedade intergrupal e os possíveis efeitos desses mediadores nas estratégias de aculturação. Foi realizado um inquérito junto de 68 participantes de origem brasileira e com formação académica superior, dos quais 66% eram mulheres, com idade média de 36.81 (SD = 8.76) e com residência em Portugal média de 5,19 anos. Os resultados das mediações seriais mostram que a discriminação percebida aumenta as emoções negativas e a ansiedade intergrupal, e estas, por sua vez, estão associadas. A discriminação está diretamente associada a estratégias de integração, enquanto a separação ocorre indiretamente via mediação emocional. Não foram encontrados efeitos significativos na assimilação e marginalização. Os resultados são discutidos à luz das políticas de diversidade e inclusão laboral na promoção da integração e na mitigação de barreiras emocionais à aculturação.Item Porquê permanecer ou abandonar a profissão? : um estudo qualitativo por entrevista em profissionais de saúde(2024) Neto, Joana Monteiro; Escola de Psicologia e Ciências da Vida; Gaspar, RuiA escassez de profissionais de saúde tem se tornado um problema cada vez mais relevante, prejudicando tanto o bem-estar dos próprios profissionais quanto a qualidade na prestação de cuidados de saúde. Devido à limitada literatura sobre os fatores inerentes à permanência dos profissionais de saúde na sua profissão, existe a oportunidade de colmatar esta lacuna, já que a maioria da literatura existente concentra-se apenas nos motivos que levam ao abandono. Desta forma, esta investigação pretende analisar os fatores situacionais (e.g. diminuição do apoio do local de trabalho, exposição a sofrimento e a pacientes com doenças terminais, etc.) e disposicionais (e.g. resiliência, motivação, etc.) associados à permanência e ao abandono dos profissionais de saúde. A análise temática realizada (n = 23) indicou que o suporte social e a motivação interpessoal foram relatados pelos participantes como facilitadores para a sua retenção e fatores como, o (baixo) reconhecimento organizacional e a (baixa) remuneração foram reportados como barreiras à sua permanência na profissão. A perceção sobre o ambiente e condições organizacionais e extraorganizacionais demonstrou-se ambivalente, tendo sido reportado como barreira e como facilitador à continuidade na profissão. Ao identificar estes fatores, os resultados demonstram-se úteis para informar futuras intervenções, de forma a melhorar a retenção destes profissionais, com foco na promoção de facilitadores e mitigação de barreiras.