Mestrado em Psicologia Social e das Organizações
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Item Análise do multiculturalismo e da assimilação na dinâmica organizacional que envolve trabalhadores dos grupos minoritários étnicos e majoritário em Portugal(2022) Oliveira, Diana Tavares de; Bianchi, Mauro, orient.A complexidade das relações nas organizações de trabalho tem sido estudada há algum tempo pela ciência organizacional, com o intuito de compreender as variáveis psicológicas relacionadas entre o indivíduo, o coletivo e o ambiente em que estão inseridos. Entretanto, com o avanço tecnológico, rompimento das fronteiras e consequentemente, a globalização, têm se tornado um desafio para os estudiosos avaliar toda a dinâmica que surge com essa interação global. O presente estudo após uma extensa pesquisa no campo da diversidade nas relações de trabalho, propôs investigar os impactos da aculturação (ex.: atitudes face ao multiculturalismo e á assimilação) nos resultados de trabalho (ex.: satisfação no trabalho e intenção de turnover) levando em consideração conjuntamente a identificação dos colaboradores com a organização e seus grupos nacionais (ex.: dupla identidade). Os presentes dados foram coletados através de um questionário on-line, criado na plataforma Qualtrics. Os resultados indicam a existência de um efeito total significativo do multiculturalismo com a satisfação no trabalho para o grupo majoritário, contrariamente ao grupo minoritário. Já a assimilação não indica a existência do mesmo efeito com a satisfação no trabalho em ambos os grupos, mas os resultados indicam a existência de um efeito total significativo da assimilação com a intenção de saída no grupo minoritário. Por outro lado, o multiculturalismo e a assimilação, não são preditores significativos da dupla identidade e os efeitos indiretos de ambos, mediado pela dupla identidade, não são significativos nos resultados no trabalho (satisfação no trabalho e intenção de sair). Contudo, por se tratar de um tema relevante meio a diversidade global atual, aconselha-se investigações sobre o tema utilizando uma amostragem mais significativa.Item Atitudes e comportamentos ambientais responsáveis na Região Autónoma da Madeira(2019) Viveiros, Pedro Duarte Fernandes Andrade; Loureiro, Ana Luísa Cardoso Marques Teixeira, orient.Este estudo exploratório tem como objetivo verificar, através da aplicação do Questionário Observatório do Consumo Consciente, a relação que existe entre atitudes ambientais e o comportamento responsável, nomeadamente pelos hábitos de consumo, comportamentos de poupança energética, comportamentos de reciclagem e comportamentos de mobilidade em indivíduos residentes na Região Autónoma da Madeira (RAM), bem como, analisar as diferenças existentes ao nível de fatores como a idade e o género. Os resultados mostram que a população da RAM demonstra níveis altos de atitudes e preocupações ambientais, comportamentos de consumo consciente, comportamentos de poupança energética e comportamentos pró-ambientais (reciclagem), apresentando níveis moderadamente baixos em comportamentos de mobilidade ambientalmente responsável. Os resultados mostram que as atitudes e preocupações ambientais estão associadas aos comportamentos pró-ambientais e aos comportamentos de poupança. Bem como, que os comportamentos de consumo consciente estão associados aos comportamentos de poupança e negativamente associados aos comportamentos de mobilidade. No que se refere ao género, não foram encontradas diferenças significativas em nenhum dos comportamentos e atitudes analisados. Quanto à idade, verificamos que há uma tendência para os mais velhos terem mais comportamentos de poupança e que demonstram significativamente mais comportamentos pró-ambientais do que os mais novos.Item Comportamento ambiental da comunidade lusófona : uma análise crítica do descarte de resíduos(2022) Aquino, Iara Enilda Araújo; Luís, Sílvia, orient.Uma das maiores preocupações com o meio ambiente é sobre os impactos negativos causados pelo descarte inadequado dos resíduos. Este tema é uma das principais pautas das conferências mundiais, que tem como finalidade promover estratégias que visem o desenvolvimento socioeconómico e à preservação do meio ambiente. Contudo, para que estas estratégias tenham êxito é necessário o envolvimento de toda sociedade, aliada aos órgãos públicos e privados, visando conscientização e a educação referente o descarte e a separação correta dos resíduos. O objetivo deste estudo foi analisar as perceções e o comportamento da comunidade dentro do campus universitário sobre o descarte de resíduos e a influência que o tipo de contentor poderá ter. Participaram deste estudo 282 membros da comunidade Lusófona de ambos os sexos, com idade entre 18 e 65 anos, através de um questionário online. A pesquisa mostrou que a maioria dos inquiridos estão no estádio comportamental da ação, indicando que não é por falta conhecimento que não separam mais resíduos, mas sim por falta de motivação, tal como antecipado. Relativamente à utilização de contentores de separação, os mais utilizados foram os com características percetivas mais visíveis (mas não os com mais informações), sendo o descarte de resíduos maior, quando as pessoas consideravam os contentores atrativos e tinham maior identidade ambiental. Estes dados sugerem que em campanhas de promoção do descarte, deverão considerar o estádio comportamental da maioria dos indivíduos, focando na motivação, aumentando a visibilidade e atratividade dos contentores e tornando a identidade ambiental saliente.Item Comportamento e relações intergrupais: a relação entre contacto e preconceito numa amostra de estudantes universitários(2017) Pascoal, Helena Nelma Pedro; Bianchi, Mauro, orient.A pertença aos grupos sociais reflete-se a todos os aspetos da nossa vida cotidiana, das mais básicas às mais complexas formas de relacionamento intergrupal, quer seja na escola, no trabalho, na vida pessoal, todos passamos por este processo. Com a diversificação de grupos nasce também diversificação de normas, crenças e valores e consequentemente atitudes. Dado à realidade portuguesa enquanto sociedade multicultural, torna-se extremamente pertinente perceber quais os fatores que podem intervir nas relações entre os diversos grupos. Neste contexto, o presente trabalho pretende estudar os processos intergrupais, mais especificamente a relação entre o contacto e o preconceito. Foi utilizado um conjunto de escalas para a recolha dos dados de participantes de dois grupos identificados como brancos e negros (N = 100). As escalas visam analisar o preconceito implícito e explicito, as emoções face ao exogrupo, a frequência de contacto e proximidade física mantida tanto com o exo como o endogrupo. E os resultados obtidos corroboram aos existentes na literatura que confirma a preferência pelo contacto com endogrupo e a relação negativa entre o contacto com exogrupo e o preconceito, confirmando que quanto mais contacto existir entre os grupos menor será a tendência a atitudes negativas. Estes resultados são discutido com base na teoria do contacto de Allport.Item A conexão com a natureza e suas relações com o self(2022) Ruckert, Cátia Elisa; Loureiro, Ana Luisa Cardoso Marques Teixeira, orient.A exposição e conexão com a natureza estão intimamente relacionadas com o bem-estar do indivíduo e muitas pesquisas sugerem o resgate desta conexão para uma melhor qualidade de vida. Para além de proporcionar esses benefícios para a saúde, esta conexão com a natureza está diretamente ligada ao Self, ao funcionamento do “Eu” de cada indivíduo. Este estudo insere-se no âmbito de uma colaboração da EPCV/ULHT com a Université Paris Nanterre (França) e National Research University Higher School of Economics (Rússia) e teve como objetivo verificar qual a conexão que as pessoas têm com a natureza e se esta conexão está ligada ao Eu centrado ou descentrado. Para isso, foi realizada uma pesquisa com a aplicação de um questionário a participantes com idade superior a 18 anos e residentes em Portugal. Além de questões sociodemográficas, o questionário contou com oito escalas que estavam a medir a conexão com a natureza, o compromisso com o comportamento ecológico e a auto-medida centrada e descentrada. Os resultados permitiram a identificação de uma conexão positiva com a natureza por parte dos participantes e confirmar que esta conexão está ligada ao Eu descentrado de cada um.Item Consequências da ameaça de estereótipo de género no comprometimento organizacional e bem-estar dos colaboradores : um estudo experimental(2019) Lourenço, Ana Isabel de Campos; Bianchi, Mauro, orient.Vários autores têm encontrado um efeito de ameaça de estereótipo (AE), isto é, a preocupação de confirmar ou ser reduzido a um estereótipo negativo sobre o próprio grupo de pertença (Spencer, & Aronson, 2002). No seguimento desses mesmos trabalhos, a presente dissertação teve como objetivo estudar este fenómeno em contexto organizacional, explorando os efeitos de ameaça de estereótipo ligado ao gênero nos níveis de comprometimento organizacional e de bem-estar dos colaboradores. Para isso foi desenvolvido um estudo experimental, sustentado na manipulação dos níveis de AE entre 130 colaboradores de várias empresas portuguesas, 69 do sexo feminino e 61 do sexo masculino. Contrariamente ao esperado, esta manipulação não surtiu efeito nas perceções de AE dos participantes mas, ainda assim, as mulheres relataram níveis superiores de AE em comparação com os homens. Consequentemente, tanto o bem-estar como o comprometimento normativo das participantes revelaram-se negativamente afetados pela AE. Por fim as correlações entre as variáveis demonstraram que o bem-estar e o comprometimento organizacional estão positivamente associados para ambos os sexos. Estes resultados foram discutidos e as considerações finais sugerem o que se pensa ser uma melhor estratégia para a replicação deste estudo.Item O contexto de trabalho e a perceção do bem-estar individual: o papel do espaço natural(2019) Hîncu, Elena; Loureiro, Ana Luísa Cardoso Marques Teixeira, orient.O contexto de trabalho e a perceção do bem-estar são aspetos que demonstram ter uma incidência na satisfação individual nomeadamente através do contacto com elementos naturais. O estudo insere-se no âmbito de uma colaboração da EPCV/ULHT com a Université de Nantes. Há evidências científicas dos benefícios que o contacto com elementos naturais, inclusive em ambientes urbanos, leva ao bem-estar e qualidade de vida dos indivíduos. O presente estudo pretende compreender se o contato com elementos naturais no contexto de trabalho se traduzem em níveis de bem-estar e qualidade de vida mais elevados e se o grau de ligação à natureza dos indivíduos influencia esses níveis em ambientes físicos. Responderam 221 participantes ao questionário online divulgado nas redes sociais, sendo de carácter local pelo que só foram analisadas as respostas dos habitantes da cidade de Lisboa. Os resultados não demonstraram uma relação significativa entre a visualização de elementos naturais do contexto de trabalho e o bem-estar nem quando se considera o papel da ligação à natureza. No entanto, o contacto com ambientes naturais em geral e no contexto de trabalho parece favorecer os indivíduos no seu bem-estar e qualidade de vida.Item Efeito da ameaça de estereótipo de género : suas consequências e relação com a satisfação e o engagement no trabalho(2021) Monteiro, Maria de Fátima; Bianchi, Mauro, orient.A constatação de alguma existência de escassez de estudos sobre os efeitos de ameaça de estereótipo no âmbito organizacional e de estudos publicados que avaliem a relação entre ameaça de estereótipo, engagement e satisfação com o trabalho constituiu-se como a principal motivação para a concretização desta investigação. A presente dissertação teve como objetivo investigar os efeitos da ameaça de estereótipo ligado ao género nos níveis de envolvimento (engagement) e de satisfação dos colaboradores com o trabalho, bem como analisar a relação entre perceções de colaboradores face às experiências e sua satisfação com o trabalho e a organização onde trabalham. Estudar a eventual mediação dos níveis de engagement dos colaboradores na relação entre ameaça de estereótipo ligado ao género e a satisfação face ao trabalho constituiu-se como um objetivo complementar. Uma amostra de 103 participantes empregados, de ambos os géneros e com idade superior a 18 anos, participou neste estudo. Os valores de satisfação com o trabalho e engagement no trabalho obtidos eram elevados, i. e., significativamente superiores ao ponto médio das escalas, sendo que, quando comparamos as dimensões do envolvimento no trabalho se constata que os valores de vigor e dedicação são significativamente superiores ao valor da absorção. Os valores obtidos nas dimensões do engagement, vigor e dedicação, eram significativamente mais elevados do que os da absorção. A influência da ameaça de estereótipo na satisfação, vigor, dedicação e absorção era negativa, tal como esperado, mas não estatisticamente significativo. Não se encontrou um efeito moderador do engagement. No entanto ocorre um efeito de mediação significativo do engagement na relação entre ameaça de estereótipo e satisfação no trabalho, sugerindo que na presença de engagement no trabalho os efeitos da ameaça de estereótipo sobre a satisfação no trabalho tendem a diminuir.Item Efeito de ameaça de estereótipo de género sobre o engagement e satisfação no trabalho(2017) Salomão, Solange Verónica de Sales; Bianchi, Mauro, orient.Poucas pesquisas feitas em âmbito organizacional indicam que a perceção de ameaça de estereótipo tem consequências para o desengagement e a desidentificação com a organização e a satisfação com o trabalho. O presente estudo tem como objetivo de investigar se homens e mulheres diferem nas próprias perceções de ameaça de estereótipos no local do trabalho, nos níveis de engagement e de satisfação com o trabalho, uma vez que, nas organizações, as práticas que desenvolvem as competências dos trabalhadores aumentam e/ou são diretamente relacionadas a satisfação e o engagement dos colaboradores (Savaneviciene e Stankeviciute 2011). Pretende-se também investigar o possível papel mediador do engagement na relação entre ameaça de estereótipo e satisfação no trabalho. Participaram no presente estudo cinquenta e cinco homens e mulheres, trabalhadores com distintas funções de uma empresa pública angolana do ramo do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos. Os resultados mostraram que homens e mulheres não diferem nas perceções de ameaça de estereótipo. Entretanto, o género teve um papel moderador na relação entre ameaça de estereótipo e níveis de engagement, ou seja, para as mulheres existe uma relação significativamente negativa entre ameaça de estereótipo e engagement, e para os homens esta relação não é significativa. Mas, para as mulheres, ao aumentar as perceções de ameaça de estereótipo diminui a satisfação com o trabalho, e esta relação é mediada pelos níveis de engagement. Os resultados foram discutidos tendo em conta a literatura mais recente sobre ameaça de estereótipo.Item Os efeitos da ameaça de estereótipo ligado ao género nas auto-perceções de trabalhadores portugueses e as suas consequências em papéis de liderança(2020) Lopes, Bárbara Filipa Mano; Bianchi, Mauro, orient.Cargos de liderança encontram-se acompanhados pelo estereótipo do que é um líder ideal, encontrando-se associado a caraterísticas como Carisma, Objetividade, Conhecimento, Pragmatismo, etc. Estas caraterísticas, segundo os estudos, têm um maior impacto nas mulheres, visto que as mesmas estão associadas à liderança masculina. O estudo tenta perceber qual o impacto que tem a ameaça de um estereótipo relativo às caraterísticas de um líder ideal, e como é que isto irá influenciar a auto-perceção, assim como, perceber se as pessoas que apresentam um maior nível de ameaça de estereótipo ligada ao género questionam as suas competências, quando envolvidos em papéis de liderança. Pretende-se assim estudar o nível de auto-eficácia percebido como variável mediadora a relação entre ameaça de estereótipo e atribuição de competências de liderança. Os resultados demostraram a existência desta relação mediada pela auto-eficácia, fazendo com que quando a ameaça de estereótipo se apresenta elevada diminuirão os níveis de auto-eficácia, o que por sua vez irá aumentar a discrepância percebida das caraterísticas ligadas à liderança, ou seja, os indivíduos identificam-se menos com caraterísticas que atribuem a um líder ideal.Item Efeitos da exposição a cenários naturais virtuais em ambientes de saúde na redução da ansiedade: papel moderador da ligação à natureza(2017) Tavares, Patrícia Maria Cristóvão; Loureiro, Ana Luísa Cardoso Marques Teixeira, orient.A exposição a cenários naturais aumenta o bem-estar dos indivíduos, diminuindo a sua ansiedade mesmo em contextos stressantes como é o caso dos contextos em saúde, onde o aumento do bem-estar pode ter um impacto positivo na recuperação dos indivíduos e na realização de tratamentos. Há alguma evidência científica de que os efeitos do contacto com a natureza e os benefícios descritos na literatura são muitas vezes moderados pelo grau de ligação à natureza dos sujeitos, sendo que quanto maior a ligação à natureza maiores os efeitos. O presente estudo pretende perceber se a exposição a cenários da natureza (através de vídeo) apresenta um efeito redutor da ansiedade num contexto de saúde real (durante um tratamento a decorrer numa clínica dentária) e se o grau de ligação à natureza dos indivíduos influencia esse efeito das imagens de cenários naturais. Participaram 34 pacientes de uma clínica dentária em duas condições (exposição a vídeo e não exposição a vídeo). Os resultados não demonstraram uma relação significativa entre a visualização de vídeos e a ansiedade mesmo quando consideramos o papel da ligação à natureza. No entanto, o grau de ligação a esta parece moderar a relação entre a exposição a cenários naturais e o grau de dor sentido durante o procedimento. Esta relação é particularmente relevante considerando que se trata de um contexto de saúde.Item Espaços naturais virtuais e bem-estar : um estudo com medidas psicofisiológicas(2022) Alves, Hugo Miguel Mateus Pinheiro; Loureiro, Ana Luísa Cardoso Marques Teixeira, orient.Este estudo tem como objetivo perceber como é que os ambientes naturais e urbanos se relacionam com o bem estar e no qual serão usadas medidas psicofisiológicas. Os ambientes urbanos aumentam os níveis de stress e ansiedade dos sujeitos por serem ambientes que contêm muitos estímulos para que tal aconteça, como por exemplo, o trânsito. Ao contrário dos ambientes naturais que fazem o efeito oposto, vários estudos apontam para que quando um sujeito é exposto a um ambiente natural, não só reduz os níveis de stress como, por exemplo, o batimento cardíaco acalma. Atualmente existem provas de que um sujeito que resida ou trabalhe num ambiente natural é mais feliz do que um sujeito que resida ou trabalhe num ambiente urbano. Nos vários estudos de diferentes autores apresentados ao longo do trabalho, existem relatos de que ambientes com água e com espaços verdes têm melhor resposta dos participantes a todos os aspetos, como será possível perceber no decorrer na dissertação. É realizado um estudo experimental onde é investigado se cada tipo de ambiente tem efeitos diferentes ao nível do bem-estar que produzem. A hipótese deste estudo é que as pessoas com um maior acesso à natureza virtual irão ter uma melhoria de níveis de bem-estar. O resultado desta investigação tem implicações que se podem aplicar em diversos contextos (desenvolvimento urbano, clínico, de intervenção social, em contexto de trabalho, entre outros). Palavras-chave: ambiente natural, bem-estar, medidas psicofisiológicas, realidade virtualItem Estigma da homossexualidade : perceção de emoções na expressão facial dos outros pelos homossexuais masculinos em comparação com heterossexuais masculinos(2016) Varela, Teresa da Conceição de Almeida; Bianchi, Mauro, orient.Indivíduos estigmatizados fazem um enviesamento na perceção de emoções no rosto dos outros (Inzlicht, Kaiser, & Major, 2008). Neste estudo espera-se que homens homossexuais, em comparação com homens heterossexuais, façam um enviesamento na perceção da expressão de nojo na cara dos outros (Hipótese 1); espera-se que este enviesamento seja moderado pela perceção do estigma da homossexualidade (Hipótese 2) e pela perceção de rejeição interpessoal ligada ao estigma da homossexualidade (Hipótese 3). Para testar estas hipóteses foi construído um instrumento de 20 vídeos com fotos masculinas animadas que mudam progressivamente de emoção. A variável dependente é o tempo de resposta à mudança de emoção nos vídeos. Dois grupos de participantes (homossexuais masculinos e heterossexuais masculinos, grupo de controlo), visualizaram os vídeos, responderam a uma Escala de Perceção de Estigma e a uma Escala de Rejeição Interpessoal relacionada com o Estigma da Homossexualidade. Também foram questionados sobre um conjunto de dados sociodemográficos. Os resultados confirmam um enviesamento numa emoção específica, o nojo. A discussão faz-se à luz da teoria do estigma e perceção de emoções.Item Estímulos de ambientes naturais virtuais em espaços de saúde e bem-estar : efeito moderador da necessidade de controlo(2018) Mello, Nara Santos de; Loureiro, Ana Luísa Cardoso Marques Teixeira, orient.Estudos sugerem que o contacto/exposição com a natureza tem efeitos positivos no stress/ansiedade, nomeadamente em contextos de cuidados de saúde. Para testar esses efeitos, o presente estudo pretende investigar se a exposição a cenários de ambientes naturais contribui para a diminuição dos níveis de ansiedade, em indivíduos submetidos a procedimentos dentários. Pretende também verificar o papel moderador da necessidade de controlo (característica individual) nos níveis de ansiedade, no sentido de que, quanto maior for a necessidade de controlo dos indivíduos, e numa situação em que é permitido maior controlo (escolha do cenário natural), os níveis de ansiedade serão menores. Os resultados mostram que a relação entre a exposição a cenários de ambiente natural e a ansiedade não é positiva, mesmo ao considerar o papel da necessidade de controlo. Estes resultados sugerem que, a relação entre o contacto com a natureza e o impacto que esta traz ao bem-estar não é evidente, sendo que neste estudo, o contexto, nomeadamente a severidade dos procedimentos dentários podem estar associados.Item O impacto da identificação organizacional sobre a gestão do stress no local de trabalho(2016) Castiajo, Ana Sílvia Santos da Cruz; Bianchi, Mauro, orient.O presente estudo tem como objetivo investigar a relação entre a identidade organizacional, o stress e sua gestão em contexto de trabalho. Foram aplicados questionários a um total de 85 participantes, sendo que 17 pessoas são do sexo masculino e 66 do feminino. Depois de uma tarefa para manipular os níveis de identificação organizacional, os participantes responderam às seguintes escalas: Identidade Organizacional (Mael & Ashforth, 1992), Coping Organizacional (Alves & Batista, 2010) e Stress no Trabalho (Alves, Chor, Faerstei, Lopes & Werneck, 2004). Não se verificou um efeito da manipulação sobre a identificação, nem sobre as dimensões de coping e sobre as escalas de stress. Contudo, a identificação organizacional correlacionava com estratégias de coping e com as fontes de stress percebido.Item O impacto dos valores organizacionais sobre a gestão do stresse: o papel do apoio social(2015) Fernandes, Rosa Maria Filipe Jerónimo; Bianchi, Mauro, orient.Nesta investigação estudou-se a relação entre valores organizacionais, identidade organizacional, apoio social e stresse em contexto de trabalho. A amostra foi composta por 96 participantes de diferentes organizações do âmbito privado e público, com maior incidência nas áreas da Segurança, Serviços, Ensino, Saúde, Gestão, Engenharia e Banca. Os participantes responderam a um questionário online constituído pelas seguintes escalas: Inventário de Valores Organizacionais (Tamayo, Mendes & Paz, 2000), Escala de Identificação Organizacional (Mael & Asforth, 1992), Escala de Suporte Laboral (Batista, Sisto, Santos, Noronha & Cardoso, 2010), Escala de Stresse de Trabalho (Paschoal & Tamayo, 2004) e Medida de Stresse Psicológico (Lemyre & Tessier, 1988). Os resultados desta investigação permitiram concluir que os valores organizacionais e a identidade organizacional têm influência na gestão do stresse, e que o apoio social e a identidade organizacional se relacionam, já que, quando as pessoas partilham a mesma identidade social encontram-se mais predispostas a sentir apoio social. Mais, quando os participantes sentem mais apoio social percecionam menos stresse. Ainda, o apoio social percebido dentro da organização medeia a relação entre valores organizacionais e stresse.Item Implicações da hora de saída do trabalho na formação de impressões(2023) Cruz, Bernardo Mateus; Luís, Silvia, orient.O presente trabalho explora as implicações da hora de saída do trabalho nas impressões formadas sobre os trabalhadores. Foi utilizado um design experimental para analisar de que forma o horário de saída do trabalho (a horas vs. 1h30 mais tarde) era avaliado (intelectualidade, sociabilidade e moralidade; N = 332). Na análise deste efeito foi controlado o sexo do alvo (homem vs. mulher) e o efeito moderador da idade e do estatuo socioeconómico percebido de quem forma a impressão. Formularam-se como hipóteses que as pessoas percecionam diferentes níveis de intelectualidade (H1), sociabilidade (H2) e moralidade (H3) em função do horário de saída de um trabalhador. Era ainda esperado que a idade (H4) e o ESS (H5) moderassem estes efeitos. Correlações bivariadas evidenciaram uma relação entre o horário de trabalho e a sociabilidade: o trabalhador que sai a horas é visto como mais social. As análises de dupla moderação embora se tenham apresentado como adequadas, apenas a idade revelou moderar a impressão de sociabilidade e moralidade. As pessoas que saem à hora prevista no trabalho, são avaliadas por pessoas de maior idade como sendo mais sociais e morais. De um outro modo, quem sai 1h30m depois da hora prevista, é vista pelos mais novos como sendo mais moral. O género do alvo também influenciou a formação de impressão sendo que as mulheres foram percebidas como mais intelectuais e afetuosas do que os homens. Estes resultados destacam a importância de estudar o horário de saída do trabalho, pelo impacto que pode ter no relacionamento interpessoal numa organização por via das impressões. Palavras-chave: Horário de trabalho; Impressões; Estilos de impressão; Comportamento de cidadania organizacional; PresentismoItem Person-Organization Fit e satisfação no trabalho: de que forma a identificação organizacional influencia esta relação e quais as consequências para o Turnover(2015) Morgado, Luís Manuel MartinsA presente investigação visou estudar as relações existentes entre P-O Fit, ou seja o ajuste entre os valores pessoais e organizacionais e satisfação no trabalho e P-O Fit e intenção de turnover. Ainda, se pretendeu demonstrar se a identificação organizacional pode ter influência nestas relações. A amostra foi constituída por 80 indivíduos que trabalham em empresas, tanto no setor privado como no público. Os participantes responderam a um questionário composto pelas seguintes escalas: Inventário de Valores Organizacionais (Tamayo, Mendes & Paz, 2000), Portrait Values Questionnaire (Schwartz, 1992), Perceived Person–Organization Fit (Cable & Judge, 1996), Escala de Identificação Organizacional (Mael & Asforth, 1992), Job Satisfaction Survey (Spector, 1997), Escala de Bem-Estar Afetivo no Trabalho (Katwyk, Fox, Spector & Kelloway, 2000), Anticipated Turnover Scale (Hinshaw, Atwood, Gerber & Erickson, 1987, cit. in Gaspar, 1990). Os resultados mostram que a identificação exerce um papel moderador na relação entre o P-O Fit e a satisfação no trabalho e na relação entre o P-O Fit e a intenção de turnover. Mostrou-se também que a satisfação tem um papel mediador na relação entre o P-O Fit e a intenção de turnover.Item Populismo vs pluralismo : associação com preferências de liderança com base na teoria dos modelos relacionais(2020) Tomás, Diogo Miguel Correia; Brito, Rodrigo, orient.O populismo apresenta-se como um fenómeno político da actualidade que emerge como alternativa ao sistema democrático liberal. Neste estudo testámos as associações da atitudes populistas e pluralistas a preferências por estilos de liderança com base em formas de legitimação do poder e à auto-eficácia. Salientamos que o Populismo e Pluralismo não se encontram correlacionadas entre si, o que nos permite compreender desde logo que estas variáveis não são opostas. Confirmámos a hipótese da associação entre a preferência por uma liderança legal-racional (baseada no Mercado e Igualdade) e o Pluralismo, o mesmo não se verificou para a hipótese da associação entre a preferência por uma liderança carismática (baseada na Comunhão e Autoridade) e o Populismo. O Populismo apresenta-se associado aos modelos de Igualdade, Mercado e Comunhão. No entanto, o modelo de Autoridade não apresenta um impacto sobre as atitudes políticas, nem um efeito de interacção com as outras variáveis do modelo. Podemos assim concluir que nem o populismo nem o pluralismo se baseiam numa preferência pelo estilo de liderança com bases autoritárias. As preferências pela Igualdade, Mercado e Comunhão encontram-se relacionadas entre si e apresentam todas tanto um impacto nas atitudes pluralistas como populistas.Item Preconceito, teoria de contacto e embodiment na ótica de uma metanálise(2023) Félix, Elsa Maria Ludovice Santos; Costa, Leonor Pereira da, orient.O preconceito, enquanto atitude, emoção e/ou juízo de valor, negativo e depreciativo, molda as relações intergrupais, e exclui grupos e pessoas em detrimento de outras (Allport, 1954; Brown, 1995; Duckitt, 1992, 2019). A pesquisa demonstra que o Contacto Intergrupal Indirecto reduz o preconceito (); e, que as plataformas digitais (online/virtual/online) são uma ferramenta privilegiada de mudança nas relações intergrupais No âmbito de um projeto de intervenção Fighting Prejudice, procurámos avaliar a eficácia da Realidade Virtual e do Embodiment, á luz da Hipótese de Contato (Allport, 1954; Pettigrew & Tropp, 2006) na redução do preconceito, via contato intergrupal virtual () A presente meta - análise testou as seguintes hipóteses: H1) o contato intergrupal via plataformas digitais reduz o preconceito ; H2) o contato intergrupal, via realidade virtual reduz o preconceito (autores); e, H3) o contato intergrupal, através do embodiment, reduz o preconceito (autores). A revisão sistemática de literatura e, o processo de análise cumpriram as recomendações PRISMA (autores). Esta meta-análise, avaliou 60 artigos, 64 estudos, que incluíram 6577 participantes, e 294 efeitos estatísticos. Os resultados, suportaram as hipóteses da seguinte maneira: H1) o contato intergrupal via plataformas digitais reduz o preconceito (autores); H2) o contato intergrupal, via realidade virtual reduz o preconceito, mas não supera o efeito das outras palataformas digitais (autores); e, H3) o contato intergrupal, através do embodiment, reduz o preconceito, mas não é significativo quando comparado com outras plataformas digitais (autores). Palavras-Chave: Preconceito, Hipótese de Contacto, Contato Intergrupal Virtual, Realidade Virtua, Embodiment, Meta -análise