Mestrado em Exercício e Bem-Estar
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Percorrer Mestrado em Exercício e Bem-Estar por autor "Ascenso, António José Videira da Silva, orient."
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Item Avaliação, aconselhamento, prescrição e supervisão da prática de atividade física e exercício físico em adolescentes com excesso de peso ou obesidade e a sua relevância na resistência à insulina(2023) Galvão, Inês Garcia; Ascenso, António José Videira da Silva, orient.A atividade física (AF) está associada a benefícios na saúde física e mental/psicológica dos praticantes, tornando-se importante tanto na prevenção como no tratamento de algumas doenças. Conhecendo os seus benefícios, torna-se crucial implementar estratégias que visem fomentar este hábito desde cedo, potenciando a sua continuidade na vida adulta. A adolescência poderá representar um período critico na adoção de comportamentos de saúde, entre eles, do comportamento de AF. Este Relatório de Estágio tem como objetivos: (i) explorar a importância e eficácia da AF e exercício físico (Ex) na saúde dos adolescentes com excesso de peso ou obesidade, analisando o processo de acompanhamento dos mesmos na Consulta de Obesidade Pediátrica, Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (HSM, CHULN); (ii) bem como a analisar a associação entre AF e a resistência à insulina (RI), uma das mais prevalentes comorbilidades associadas à obesidade nestas idades. Neste sentido foi realizada uma Revisão breve de Revisões Sistemáticas da Literatura (RSL), uma Investigação Original e um Relatório de Estágio referente ao trabalho desenvolvido na Consulta de Obesidade Pediátrica, HSM, CHULN. Na revisão breve foram incluídas RSL com informação relevante acerca da associação entre AF/Ex e RI em adolescentes com excesso de peso ou obesidade, através de uma pesquisa bibliográfica realizada na base de dados PubMed (NCBI). Na Investigação Original foram incluídos 71 participantes, anteriormente recrutados para um programa de gestão de peso, seguidos durante 6 meses. De acordo com a Revisão breve de RSL realizada, o Ex é eficaz na melhoria da RI, sendo o treino combinado (TC), i.e., treino aeróbio + treino de força, o tipo de treino com melhores resultados no tratamento da RI em adolescentes com excesso de peso ou obesidade. Estes resultados são coincidentes com os resultados da Investigação Original, que sugere que o tipo de Ex poderá ser mais importante que os níveis de AF per se, na RI. Neste estudo observou se ainda uma associação inversa entre a RI e o z-score do índice massa corporal (IMC) (H=11,290, p=,010), bem como com o rácio cintura-estatura (H= 13,744, p=,003). O Relatório de Estágio salienta a importância do papel do Fisiologista do Exercício no processo de tratamento da obesidade e das comorbilidades associadas, tais como a RI, através da promoção da prática de AF/Ex. Neste sentido, e no que diz respeito à prescrição de Ex em adolescentes com obesidade e RI, o TC parece ser o tipo de treino com melhores resultados no tratamento da RI. Palavras-chave: Atividade física, Exercício físico, Excesso de peso, Obesidade, Adolescentes, Resistência à InsulinaItem Relação entre prazer na prática de atividade física e níveis de atividade física em adolescentes com excesso de peso expostos a um programa clínico de gestão de peso(2021) Brites, Tiago Filipe Correia; Ascenso, António José Videira da Silva, orient.A prática de atividade física (AF) tem diversos benefícios na saúde geral, e em particular na gestão de peso, prevenindo a obesidade e o desenvolvimento de comorbilidades a esta associadas. A maioria dos adolescentes apresenta, no entanto, níveis insuficientes de AF, o que poderá estar associado a um comprometimento do prazer na prática de AF (PPAF). De acordo com o nosso conhecimento até à data, nenhum outro estudo analisou profundamente a associação entre a evolução do PPAF e os níveis de AF em adolescentes com excesso de peso. Esta dissertação tem como objetivo colmatar o vazio que existe na literatura relativamente a esta temática nesta população especifica. Foi realizada uma revisão sistemática de literatura (RSL) e uma investigação original longitudinal de forma a perceber esta relação. Para a RSL foram pesquisados estudos relevantes incluindo crianças e adolescentes, nas bases de dados PubMed e Google Scholar, que analisassem a relação entre o PPAF e os níveis de AF. No estudo longitudinal foram utilizados os dados de 84 adolescentes com excesso de peso (IMC ≥ percentil 85), seguidos durante 6 meses num programa clínico multidisciplinar de gestão de peso. Dos 30 estudos incluídos na RSL, 18 (60%) reportaram uma associação positiva entre o PPAF e os níveis de AF e 5 (16,7%) uma associação negativa. Dois dos 8 estudos que incluíram uma população clínica (25%) reportaram uma associação positiva entre as variáveis. Na investigação original observou-se uma correlação positiva entre a evolução do PPAF e a evolução da AF moderada (AFM) (r = ,224, p ≤ ,05), VO2 max (r = ,335, p ≤ ,01) e massa isenta de gordura e osso (MIGO) (r = ,385, p ≤ ,01); e uma correlação negativa entre o PPAF e a massa gorda (MG) (r = -,401, p ≤ ,01), z-score do índice de massa corporal (IMC) (r = -,289, p ≤ ,01) e o tempo em comportamento sedentário (r = - ,269, p ≤ ,05). Quando controlado para possíveis variáveis de confusão, observou-se uma correlação positiva entre a evolução do PPAF e o VO2 max (r = ,318, p ≤ ,01) e MIGO (r = ,346, p ≤ ,01); e uma correlação negativa com a MG (r = -,364, p ≤ ,01) e o z-score do IMC (r = -,300, p ≤ ,05). Os resultados deste trabalho sugerem a existência de uma associação positiva entre o PPAF e os níveis de AF em adolescentes com excesso de peso, sendo esta associação mediada pela condição física. Conclui-se ainda que o PPAF e a condição física evoluem no mesmo sentido, e que uma intervenção de alteração comportamental poderá ter um impacto benéfico nos níveis de AF, condição física e PPAF em adolescentes com excesso de peso.