Percorrer por autor "Carvalho, Joana Patrícia Pereira de, orient."
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Item Abusadores sexuais a menores intra e extra-familiares: caracterização dos esquemas nucleares(2016) Ferreira, Anabela Teixeira; Carvalho, Joana Patrícia Pereira de, orient.O presente estudo tem como objectivo caracterizar o grupo de agressores sexuais de menores intra e extrafamiliares, estudar a relação entre os domínios de Esquemas Precoces Maladaptativos (EPM) e o contexto em que ocorre as agressões sexuais. A amostra foi recolhida em estabelecimentos prisionais do norte e centro do País, constituída por 39 participantes do sexo masculino condenados por abuso sexual a menores e divididos em dois grupos, intra e extrafamiliar. A recolha dos dados foi efectuada a partir do Questionário de Esquemas de Young e os dados analisados através dos procedimentos estatísticos de análise multivariada da variância. Os resultados obtidos demonstram que os agressores sexuais a menores extrafamiliares activam mais EPM comparativamente aos agressores sexuais a menores intrafamiliares, nomeadamente nos domínios Distanciamento/Rejeição, Autonomia e Desempenho Deteriorados e Influência dos Outros. Os resultados obtidos colocam a hipótese de serem desenvolvidos programas de intervenção e prevenção através da Terapia Focada nos Esquemas.Item Associação entre os mitos de violação, ativação fisiológica e resposta emocional face a clip de violência sexual(2021) Lopes, Liliana Maria Vicente; Carvalho, Joana Patrícia Pereira de, orient.No âmbito da compreensão do fenómeno da violência sexual, a literatura foca-se no estudo do papel dos mitos de violação na perpretação e legitimação dos comportamentos de violência sexual. Por isto, este estudo tem como objetivo compreender o papel dos mitos de violação na forma como os indivíduos do género masculino respondem emocionalmente à visualização de clips de violência sexual e de violência física contra mulheres. Para tal, participaram neste estudo 30 estudantes do género masculino. Os resultados mostraram algumas associações significativas entre os mitos de violação e a forma como os sujeitos responderam emocionalmente aos clips de violência, sobretudo ao menor afeto negativo face ao clip de violência sexual. Espera-se com este estudo fomentar a investigação na área, no sentido de uma melhor compreensão acerca dos processos psicológicos implicados nos comportamentos de violência sexual.Item Caracterização psicopatológica dos abusadores sexuais de menores intra versus extra familiares(2017) Rodrigues, Ana Rita Chagas; Carvalho, Joana Patrícia Pereira de, orient.O objetivo do presente estudo será o de caracterizar os abusadores sexuais de menores intra familiares e os abusadores sexuais de menores extra familiares de acordo com o seu perfil psicopatológico e de personalidade. A amostra deste estudo foi recolhida em estabelecimentos prisionais do norte e centro do País, constituída por 39 participantes do sexo masculino condenados por abuso sexual a menores e divididos em dois grupos, intra e extra familiar. Os dados foram recolhidos através do preenchimento de 4 escalas; o Breve Inventário de Sintomas (BSI), Inventário de Personalidade dos Cinco Fatores (NEO-FFI), as Escala de Afeto Positivo e Afeto Negativo (PANAS) e a Escala de Impulsividade de Barrat (BIS). Os dados foram analisados através dos procedimentos estatísticos de análise multivariada da variância (MANOVA). Os resultados obtidos demonstram que os agressores sexuais de menores extra familiares caracterizam-se por serem mais impulsivos cognitivamente, vivenciarem mais afetos negativos, terem uma maior tendência para o neuroticismo e por serem pessoas com mais sintomatologia psicopatológica comparativamente aos abusadores sexuais intra familiares.Item Caraterização psicopatológica de violadores em função do modus operandi(2016) Colaço, Sara Helena Raposo; Carvalho, Joana Patrícia Pereira de, orient.A violação é um ato violento, obtido através da força, de ameaças físicas e/ou psicológicas que provoca o medo e vergonha à vítima. Nos termos jurídicos é um crime sexual resultante da penetração vaginal, anal ou oral, não sendo uma situação consensual. Existem inúmeros estudos que caraterizam os agressores sexuais: a sua personalidade, os fatores de vulnerabilidade psicossocial, as vítimas escolhidas, entre outros aspetos; contudo torna-se também importante diferenciar estes agressores de acordo com as suas diferentes tipologias, já que cada tipologia terá características e motivações distintas. A dissertação apresentada tem por finalidade verificar se existem fatores de predisposição para a prática do crime de violação de acordo com o modus operandi do sujeito, ou seja, se houve ou não a inflação de dano severo ou morte da vítima. Pretendeu-se averiguar de que forma a impulsividade, afeto, personalidade, psicopatologia geral intervêm nestas tipologias de violadores. Para esse efeito, foi feita uma observação a 53 reclusos em estabelecimentos prisionais Portuguese, com idades compreendidas entre os 20 anos e os 58 anos (M= 34.11). Posteriormente foram elaborados vários testes psicológicos, dados estes recolhidos anteriormente por parte de uma linha de investigação em Sexologia Forense. Os resultados demonstraram que os violadores que infligiram dano severo ou morte da vítima apresentaram significativamente menos afeto positivo e mais psicoticismo e sintomatologia do foro obsessivo-compulsivo relativamente aos violadores que não infligiram dano severo ou morte. Estes dados permitem refletir sobre os factores de perigosidade para crimes de violação, bem como orientar os alvos terapêuticos em indivíduos que causam dano severo na vítima.Item Esquemas precoces mal adaptativos e ajustamento emocional à prisão em agressores sexuais de menores(2016) Henriques, Denise Margarida Esmeraldo; Carvalho, Joana Patrícia Pereira de, orient.O abuso sexual de menores tem vindo a ser alvo de interesse científico nos últimos anos. Com o desenvolver literário tem havido uma extensão do estudo deste fenómeno para tratar o agressor, de forma a evitar recidivas. De diversas motivações que são apontadas como percussoras destes comportamentos sexuais disfuncionais, tem vindo a ser debatido o papel da influência dos esquemas precoces mal adaptativos (EPM’s) para a consumação destes atos. Durante o período de reclusão há uma terapêutica específica para estes indivíduos, no entanto é sabido que a adaptação emocional ao meio prisional tem tendência para influenciar a forma como estes indivíduos participam no tratamento. Posto isto, este trabalho teve como objetivo avaliar o impacto dos EPM’s no ajustamento emocional à prisão numa amostra de abusadores sexuais de menores condenados (N=43) com idades compreendidas entre os 22 e os 58 anos. Obteve-se como resultado uma identificação das estruturas esquemáticas associadas a esta adaptação emocional que pode oferecer uma base conceptual, auxiliando nas estratégias de gestão da saúde mental implementadas em contexto prisional, sendo maioritariamente associados os esquemas de Abandono e Desconfiança do domínio Distanciamento e Rejeição. Adicionalmente verificou-se que todos os domínios têm esquemas que se associam a esta gestão emocional.Item Esquemas precoces mal adaptativos e ajustamento emocional à prisão em violadores(2016) Ferrão, Margarida Alexandra Colunas; Carvalho, Joana Patrícia Pereira de, orient.A definição de comportamentos sexuais que se entendem como crime torna-se complexa pela multiplicidade de interpretações. Com a tentativa de compreensão do fenómeno e modificação do comportamento de ofensa sexual, hoje, define-se crime sexual como a coação de qualquer ato sexual ou tentativa de obter um ato sexual dirigido contra uma pessoa. Através do contributo de diversas abordagens e interpretações do crime sexual entende-se a importância da intervenção no agressor, visto que a presença de psicopatologia poderá exibir alguma ligação ao crime. Como tal, a intervenção em meio prisional tem como objetivo a diminuição da reincidência. Neste sentido, o trabalho que aqui apresentamos tem como objetivo a compreensão do papel dos esquemas precoces mal adaptativos (EMP’s) no ajustamento emocional à prisão de violadores condenados. O estudo envolveu a participação de 53 indivíduos condenados pelo crime de violação. Os resultados deste estudo demonstram que os esquemas de autocontrolo, subjugação e pessimismo apresentam um efeito preditor na sintomatologia psicopatológica dos violadores condenados.Item Esquemas precoces mal-adaptativos como preditores da hostilidade em violadores(2016) Grosso, Jessica Guerreiro; Carvalho, Joana Patrícia Pereira de, orient.Incessantemente, o Homem depara-se com situações que o tornam vulnerável, e consequentemente, determinam os seus comportamentos. Assim, o ato de violação também poderá ser resultado de uma situação de vulnerabilidade, onde imperam os fatores psicológicos (raiva e hostilidade). Estes fatores de ordem emocional são frequentemente moldados pela estrutura esquemática do sujeito, ou seja, a percepção que ele tem de si, do mundo e dos outros. Pelo que, surgiu a necessidade de compreender quais os esquemas disfuncionais passíveis de despoletar a hostilidade em violadores. Este estudo pretendeu avaliar o impacto dos Esquemas Precoces Mal-Adaptativos (EPM’s) na hostilidade em violadores. A amostra foi composta por homens condenados por crime de violação (N=53), com idades compreendidas entre os 20 e 58 (M = 34; DP = 9.16). Os resultados demonstraram que o esquema com maior poder preditivo na hostilidade em violadores é o Pessimismo, que corresponde ao domínio Supervigilância e Inibição. Contudo, existem outros dois esquemas (Autocontrolo e Subjugação) de domínios distintos que também explicam a hostilidade em violadores, embora a percentagem de variância seja menor, quando comparada como a estrutura esquemática Pessimismo. Posto isto, seria relevante intervir pela via da Terapia Focada nos Esquemas(TFE) nas estruturas esquemáticas, paraminimizar os níveis dehostilidade em violadores.Item Funcionamento interpessoal em mulheres que recorrem a estratégias sexualmente agressivas : um estudo numa amostra universitária(2019) Lemos, Vanessa Neto de; Carvalho, Joana Patrícia Pereira de, orient.O objetivo foi estudar a prevalência de comportamentos sexualmente agressivos em estudantes universitárias e testar se existem diferenças nos níveis de Intimidade, Proximidade/Ligação aos Outros e Solidão entre mulheres sexualmente agressivas e mulheres não agressivas. A amostra incluiu 331 participantes que responderam a questionários de autorresposta. Para comparar mulheres sexualmente agressivas e mulheres não agressivas realizou-se uma MANOVA. Para testar o efeito preditor da Intimidade e Solidão nos comportamentos sexualmente agressivos, realizou-se uma Regressão Linear Múltipla. Os resultados mostraram que 33.5% das participantes já recorreram a estratégias sexualmente agressivas. Destas, 60.4% já recorreram ao abuso sexual, 55% à coação sexual e 10.8% à força física. Foram encontradas diferenças entre os grupos para o Fator 1 (Validação Pessoal) e score total da Intimidade e Solidão. Na Validação Pessoal e score total da Intimidade, as mulheres sexualmente agressivas apresentaram valores médios inferiores. Na Solidão, as mulheres sexualmente agressivas apresentaram valores médios superiores aos obtidos pelo grupo de controlo. Os resultados mostraram ainda que as variáveis preditoras explicaram 5.1% da variância dos comportamentos sexualmente agressivos. As dificuldades no estabelecimento de relações de intimidade e os sentimentos de solidão parecem desempenhar um papel importante na predisposição de comportamentos sexualmente agressivos em estudantes universitárias.Item Impulsividade e comportamento hipersexual: uma análise do tempo para a primeira fixação numa tarefa go/ no-go modificada(2020) Pedro, Lígia Andreia de Moura Ramos; Carvalho, Joana Patrícia Pereira de, orient.A definição, a prevalência e as repercussões da hipersexualidade têm sido alvo de investigação crescente, ainda que estes estudos sigam linhas de investigação distintas e nem sempre consensuais. Esta investigação teve como objetivo analisar a influência do tempo da primeira fixação no controlo dos impulsos a na hipersexualidade. O registo ocular de uma imagem visual é um importante processo seletivo na percepção visual. Assim sendo, registar e analisar dados dos movimentos oculares na nossa amostra forneceu-nos um indicador sobre a impulsividade e a hipersexualidade numa tarefa go/ no-go. A amostra do presente estudo foi constituída por 112 participantes (59 mulheres e 53 homens). Os critérios de inclusão foram idade superior a 18 anos e ser heterossexual. O contato foi efetuado através das redes sociais. Os resultados revelaram uma associação significativa entre as consequências associadas à hipersexualidade e a compulsividade sexual, e o tempo para a primeira fixação no que respeita às imagens positivas/desporto.Item O papel da impulsividade no comportamento hipersexual : análise da duração da primeira fixação numa tarefa Go/No-Go modificada(2020) Almeida, Vanessa Rodrigues; Carvalho, Joana Patrícia Pereira de, orient.Ao longo das últimas décadas tem sido realizado um esforço para concetualizar a Hipersexualidade. A literatura refere a Hipersexualidade como um padrão persistente de comportamentos no qual os indivíduos perdem o controlo dos seus impulsos, fantasias e comportamentos sexuais, causando sofrimento e consequências para si e/ou para os outros. Este fenómeno tem-se mostrado controverso e abrangente tendo em conta que vários autores afirmam que provém de diferentes etiologias como a adição ou dependência sexual, compulsividade sexual e impulsividade sexual. Através de uma tarefa Go/No-Go Emocional Modificada e pela apresentação de estímulos visuais emocionais (sexuais), positivos (desporto) e neutros, este estudo pretendeu analisar de que forma a Impulsividade está associada a indicadores de Hipersexualidade e avaliar a duração da primeira fixação, na qual existe extração de informação. A amostra foi composta por 55 homens e 58 mulheres (N=113). Os resultados sugerem uma maior duração da primeira fixação a estímulos neutros, contrariamente ao esperado. Para além disso, os resultados mostram não haver associações significativas entre os indicadores de Hipersexualidade e duração da primeira fixação, concluindo-se que os dados não inviabilizam o papel da impulsividade no comportamento hipersexual. Denota-se a importância das diferentes etiologias serem mais exploradas por forma a melhor explicar este fenómeno e a sua abrangência.Item O papel da sociossexualidade, psicopatia e crenças sobre a violência sexual no recurso a estratégias sexualmente agressivas numa amostra masculina(2018) Benzinho, Maria Emilia da Costa Alemão dos Santos; Carvalho, Joana Patrícia Pereira de, orient.A violência sexual, conhecida por ser um problema de saúde e segurança pública, é uma manifestação de comportamentos desviantes, sendo uma temática transversal associada a diversificadas crenças culturais, diferentes faixas etárias, onde são utilizados variados recursos pelos praticantes desta agressão. Considerando a prevalência da violência sexual, incluindo nos estudantes universitários, e a necessidade de enriquecer os conhecimentos sobre este tema, o presente estudo tem como objetivo caraterizar a violência sexual com recurso a estratégias sexualmente agressivas em estudantes universitários do sexo masculino, como grupo de risco, considerando a influência de traços de psicopatia, sociossexualidade e crenças legitimadoras de violência sexual. 232 alunos universitários do sexo masculino (idade ≥ 18 anos) heterossexuais responderam ao questionário online “Diferenças de género na interação sexual com o sexo oposto”, constituído por um questionário sociodemográfico, pela Escala de Comportamentos Sexualmente Agressivos (SABS), pela Escala de Crenças sobre Violência Sexual (ECVS), pelo Inventário de Orientação Sociossexual (SOI) e pela versão portuguesa do Youth Psychopathic Traits Inventory – Short Version (YPI-S). Os dados recolhidos foram submetidos a uma análise estatística com descrição de frequências e posterior MANOVA e ANOVA, com um nível de significância de 0,05. 115 (56,7%) alunos não apresentaram historial de comportamento sexualmente agressivo. 88 (43,3%) reportaram o uso de alguma estratégia sexualmente agressiva, com a finalidade de iniciar interação social com mulher(es), em que 81,8% relataram comportamento considerado sexualmente coercivo, 44,3% como abuso sexual e 9,1% uso da força física. Os resultados revelaram um efeito principal significativo para a condição grupo (Grupo Agressor x Grupo não Agressor) na sociossexualidade e nas crenças legitimadores de violação, excepto na provocação à vítima bem como nos traços de psicopatia, em que não se verificaram diferenças significativas entre os grupos.Os resultados obtidos fomentam a possibilidade de reflexão para o desenvolvimento e realização de futuras investigações, que englobem populações mais jovens (em última análise desde a primeira infância), de forma a desenhar programas de prevenção e de intervenção mais adequados e eficazes nesta área, baseados na psico-educação, de modo a minimizar esta problemática.Item Perceções sociais sobre violência sexual contra homens : um estudo com mulheres universitárias(2020) Maria, Rita Bárbara dos Santos; Carvalho, Joana Patrícia Pereira de, orient.A violência sexual é um tema que tem sido alvo de muita investigação ao longo dos anos, porém tem vindo a negligenciar o homem no papel de vítima, sendo escassos os estudos que investigam a violência sexual neste panorama. Porém, a literatura indica-nos de que é de facto uma realidade bastante complexa e que tem bastante impacto nas suas vítimas. No entanto, é difícil ter uma noção sobre a conceptualização que a população tem sobre este tipo de violência nos homens, como tal este estudo tem precisamente o objetivo de perceber a perceção de uma amostra de estudantes universitárias sobre a violência sexual perpetrada por mulheres contra homens. Para este efeito procedeu-se à análise temática de onze entrevistas realizadas a estudantes do sexo feminino, após a leitura de uma vinheta onde estava refletida a história de uma situação de violência sexual. Esta análise foi realizada com recurso ao software Nvivo12, onde foi possível construir um mapa de conceitos, com os temas, subtemas e códigos que refletiam as respostas fornecidas pelas participantes. Os resultados centram-se à volta da caracterização dos intervenientes, das estratégias utilizadas pelas agressoras, das justificações/motivações para a utilização dessas mesmas estratégias e, para o impacto e consequências que advém das mesmas. As principais conclusões apontam para a presença de discursos sociais baseados em estereótipos e para a necessidade futura de desconstrução dos mesmos.Item Preditores psicopatológicos do interesse sexual pedofílico numa amostra de abusadores sexuais de menores(2016) Moura, Vanessa Alves de; Carvalho, Joana Patrícia Pereira de, orient.O abuso sexual de menores é um fenómeno que tem vindo a ganhar mais interesse ao longo dos anos contudo, ainda existe uma confusão nítida, muito por parte da comunicação social, que insistem (erradamente) em classificar todos os agressores sexuais de menores como pedófilos. Grande parte da sociedade, por sua vez, vê estes sujeitos como pessoas doentes, que não têm qualquer cura, sendo que merecem uma pena de prisão severa, ou para aqueles mais cépticos, a pena de morte. Sendo que estamos em pleno século XXI, é necessário um olhar diferente sobre estas pessoas, é necessário ajudá-las, observar quais os factores que na sua personalidade ou no seu desenvolvimento levam a que se sintam sexualmente atraídos por menores. Este trabalho, de seguida apresentado, tem como finalidade analisar os preditores psicopatológicos e de personalidade do interesse sexual pedofílico para haver uma maior compreensão deste fenómeno e desta forma ajudar em eventuais estratégias de intervenção com este tipo de população.Item Preditores psicossexuais da resposta emocional mediante a exposição a estímulosde violação (auto-esquemas e crenças sexuais)(2017) Gonçalves, Daniela Martins; Carvalho, Joana Patrícia Pereira de, orient.A violência sexual é um conceito que ao longo dos anos tem gerado bastante controvérsia relativamente ao entendimento sobre a sua definição. A tentativa ou ato deste tipo de violência é punível por lei, ainda assim, os valores referentes às ofensas surgem subestimados por diversas razões a que me refiro ao longo do texto.O objetivo deste estudo visa a compreensão das respostas emocionais face a estímulos de violação quando a violação é cometida por um homem contra uma mulher e vice-versa , no sentido, de clarificarmos a existência de alguma predisposição emocional para avaliarmos tais situações, bem como, os factores preditores associados. A presente dissertação focou-se na avaliação dos correlatos da resposta emocional face estímulos de violência sexual contra homens versus estímulos de violência sexual contra mulheres. Nomeadamente, os factores de ordem psicossexual (autoesquemas sexuais e crenças de violência sexual) associados à resposta emocional. A amostra foi composta por homens (N=36) e mulheres (N=48) maioritariamente universitários. Os resultados demonstraram que a relação entre crenças de violação, auto-esquemas sexuais e emoções foram as que mais surtiram associações significativas.Item Psicopatia e atitudes sexuais em mulheres sexualmente agressivas(2017) Ferreira, Rodolfo Miguel Robalo; Carvalho, Joana Patrícia Pereira de, orient.A vulnerabilidade à agressão sexual é sentida por todos, sendo esta uma temática que preocupa a maioria das sociedades. A crescente propagação destas práticas para o meio universitário é preocupante, pois considera-se que este é um local comvários grupos de risco. Apesar de pouco investigado, as mulheres sexualmente agressivas estão presentes em todos os contextos da violência sexual. Devem ser percebidas as ações destas agressoras como, também, deve ser conhecido com mais especificidade osofrimento do sexo masculino enquanto vitima destes atos. O presente estudo pretende caracterizar uma amostra de estudantes universitárias com relatos de comportamentos sexuais agressivos, tentando perceber as crenças existentes nesta população, tal comoos seus níveis de sociossexualidade e perceber se existem índices de psicopatia. Este questionário, composto pelo Inventário de Orientação Sociossexual (SOI), pela Escala de Comportamentos Sexualmente Agressivos (SABS),pela Escala de Crenças sobre Violência Sexual (ECVS) e por um questionário sociodemográfico, foi preenchido por 248 alunas universitárias heterossexuais. Foram encontrados resultados que indicavam que 60 (24,2%) das estudantes demonstravam comportamentos sexuais agressivos e 188 (75,8%) não apresentavam este tipo de comportamentos. Comparando grupo agressoras x não agressoras, verificaram-se diferenças significativas na escala da sociossexualidade e nos traços de psicopatia Grandioso/Manipulativo e impulsivo/Irresponsável.Item Psicopatologia, regulação emocional e crenças sobre a violência sexual em mulheres sexualmente agressivas : um estudo com uma amostra de estudantes universitárias(2019) Pinto, Ana Paula Fernandes Russo; Carvalho, Joana Patrícia Pereira de, orient.Este estudo analisou a prevalência de comportamentos sexualmente agressivos em estudantes universitárias, e testou se existiam diferenças significativas entre estudantes sexualmente agressivas e estudantes não agressivas em sintomas psicopatológicos, crenças/mitos sobre a violência sexual e dificuldades de regulação emocional. A amostra foi composta por 331 estudantes universitárias, que responderam a questionários de autorresposta. Para comparar estudantes sexualmente agressivas e estudantes não agressivas em sintomas psicopatológicos, crenças/mitos sobre a violência sexual e dificuldades de regulação emocional foi realizada uma MANOVA. Cento e onze (33.5%) participantes reportaram já ter recorrido a comportamentos sexualmente agressivos. Especificamente, 67 (60.4%) participantes reportaram ter utilizado a estratégia de abuso sexual, 61 (55%) reportaram ter recorrido à estratégia de coação sexual e 12 (10.8%) reportaram ter recorrido ao uso da força física. Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos em sintomas psicopatológicos e dificuldades de regulação emocional. Foram encontradas diferenças entre os grupos para as crenças Representação Estereotipada e Consentimento da Vítima, no sentido das mulheres sexualmente agressivas endossaram mais estas crenças do que as mulheres não agressivas. Sintomas psicopatológicos, crenças/mitos sobre a violência sexual e dificuldades de regulação emocional parecem não atuar como fatores de risco dinâmicos para a violência sexual perpetrada por estudantes universitárias.Item Relação entre personalidade, excitação sexual e resposta emocional mediante a exposição a um clip de violação : evidência numa amostra de homens da comunidade(2020) Viegas, Mária Sabina Centeio; Carvalho, Joana Patrícia Pereira de, orient.O consumo de pornografia tem sido associado a comportamentos de risco de violência sexual, nomeadamente através da personalidade e do afeto. Por isto, este estudo pretende compreender o papel da personalidade na forma como os indivíduos do género masculino respondem emocionalmente à observação de clips de violência sexual e de violência física contra a mulher. Participaram neste estudo 30 estudantes do género masculino. Os resultados revelaram uma associação negativa entre a amabilidade e conscienciosidade e a excitação sexual, e uma associação positiva entre o neuroticismo e a excitação sexual, ambas para o clip de violência sexual. Verificou-se também uma associação negativa entre a amabilidade e a conscienciosidade face ao afeto positivo, e entre a amabilidade e a conscienciosidade face à excitação sexual no clip de violência física. A principal potencialidade do estudo prende-se com o facto de vir abrir portas à investigação na área, podendo vir a proporcionar evidência relevante no âmbito da perpetração de violência contra as mulheres.Item Resposta emocional subjetiva e psicofisiológica face à exposição audiovisual a estímulos de violência sexual numa amostra masculina(2017) Mogo, Daniela Filipa Gonçalves; Carvalho, Joana Patrícia Pereira de, orient.O tema “violação” é conhecido e discutido na atualidade, no entanto ainda existe o desconhecimento nomeadamente da violação contra um homem perpetrada por uma mulher. No sentido de clarificar mais este tema, este estudo teve como objetivo fundamental compreender as respostas emocionais dadas pelos participantes masculinos face a estímulos de violação quando estes variam relativamente ao sexo do agressor/vítima, utilizando a técnica de Eye Tracking. Sendo esta técnica uma medição e o registo dos movimentos oculares, pretendeu assim perceber o foco da atenção do participante relativamente aos clips de violação. Esta investigação elucidou igualmente a questão do atrito, dando a conhecer este conceito tão pouco referido, com o intuito de consciencializar de que é um processo que compromete a finalização de algumas denúncias, nomeadamente as que se referem a abusos sexuais. Esta dissertação foca-se nas respostas emocionais do sexo masculino, tendo um total de 36 participantes. Foi realizada uma amostra por conveniência e a recolha de dados realizou-se no laboratório experimental de Psicologia na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Segundo os resultados obtidos neste estudo, não se verificaram efeitos significativos no que diz respeito à excitação sexual e à dilatação pupilar, no entanto no que concerne às emoções, verificou-se apenas dois resultados perto do limiar da significância estatística.Item Violação masculina versus feminina: efeitos na resposta emocional subjetiva e psicofisiológica numa amostra feminina(2017) Gaspar, Teresa Maria Braz de Matos; Carvalho, Joana Patrícia Pereira de, orient.A violência sexual tornou-se um dilema global da sociedade contemporânea. Revelou-se um crime de género, do qual as mulheres são desproporcionalmente vítimas e os homens maioritariamente os agressores. Tal evidência não anula a veracidade de que os homens também sofrem de vitimização sexual por parte das mulheres. Um dos aspetos pertinentes deste estudo, está relacionado com as elevadas taxas de atrito relativamente aos crimes sexuais, sobretudo quando estes são cometidos por mulheres contra homens. Considerando a pertinência da temática, o presente estudo teve como objetivo primordial contribuir para uma melhor compreensão deste fenómeno. Pretendemos verificar se existiu um efeito de género e do tipo de estímulo (violação contra homem versus violação contra mulher) na resposta emocional subjetiva e psicofisiológica, sendo que para tal avaliámos a dilatação pupilar recorrendo à técnica de Eye Tracking. A presente investigação provém de um estudo mais amplo, contudo a atual dissertação engloba apenas os dados da amostra feminina. Relativamente aos estímulos de violência sexual, as participantes apresentaram significativamente mais nervosismo face à exposição ao filme de violação de homem por uma mulher.Item Violação: fatores de risco e implicações terapêuticas(2016) Martins, Silvina Soares; Carvalho, Joana Patrícia Pereira de, orient.O fenómeno da agressão sexual tem vindo a assumir, cada vez mais, uma dimensão verdadeiramente pública, tanto a nível nacional como internacional. As mulheres e as crianças são as principais vítimas deste tipo de violência. Esta violação dos direitos humanos e da dignidade ignora classes e culturas. No contexto nacional são escassos os estudos que analisam esta problemática, destacam-se estudos realizados aos sujeitos de sexo masculino condenados por crimes de violação. Este trabalho, Violação: fatores de Risco e Implicações Terapêuticas tem como objectivo realizar uma revisão da literatura acerca da violação contra mulheres adultas. Este trabalho vai incidir sobre alguns estudos acerca desta problemática, de forma a compreender a caraterização dos agressores sexuais, quais os fatores de risco e o que pode ser feito a nível de prevenção. Os resultados dos estudos analisados são muito idênticos, o violador pode ser um individuo comum, no entanto existem certos fatores que levam individuo a agredir sexualmente. Estudos indicaram que para diminuir o número de vítimas é imprescindível a intervenção no agressor de forma a prevenir a reincidência do comportamento, alterar a forma como a violação é vista pela sociedade em geral e também, arranjar medidas para que a violação deixe de ser um crime escondido.