Percorrer por autor "Ferreira, Maria José Pereira, orient."
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Item Aplicações em realidade virtual como recurso terapêutico para indivíduos com demência leve a moderada : revisão sistemática da literatura(2020) Madureira, Cláudia Alexandra Meireles; Ferreira, Maria José Pereira, orient.Introdução: Nos últimos anos, fruto de uma maior longevidade da população, os processos demenciais têm aumentado significativamente a sua prevalência entre o grupo das pessoas idosas, influenciando de forma significativa a sociedade a nível económico e social. Esta realidade tão presente faz despertar a necessidade de investigação de novas formas de intervenção com esta população. A Realidade Virtual (RV) é um recurso que tem sido utilizado como ferramenta de intervenção na estimulação e melhoria da função cognitiva com estes indivíduos. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática da literatura, a fim de avaliar a eficácia da intervenção cognitiva em indivíduos com demência leve e moderada com recurso à RV. Metodologia: Efetuou-se uma pesquisa nas bases de dados: PubMed, Scielo, PsyARTICLES, The Cochrane Library, Google Scholar, Biblioteca de conhecimento on-line (b-on), para identificar estudos publicados entre 2009 e 2019. Resultados: Foram identificados 93 artigos nas bases de dados citadas; 79 excluídos após a leitura dos títulos e resumos; 14 artigos selecionados para leitura completa do texto por elegibilidade; 8 foram excluídos devido ao tipo de estudo amostra e metodologia; 6 artigos incluídos no estudo. Conclusão: Com base nos resultados alcançados, poderá concluir-se que a utilização da RV pode encetar efeitos positivos na intervenção em indivíduos com demência leve a moderada. Não obstante, apesar dos resultados positivos, são necessários novos estudos que incluam amostras com maior representatividade e melhor qualidade metodológica.Item Autocontrolo, capacidade para amar e psicopatia: estudo comparativo entre população reclusa e não reclusa(2023) Monteiro, Inês Garcias Nogueira Ávila; Ferreira, Maria José Pereira, orient.As relações entre o autocontrolo e a psicopatia têm sido amplamente estudadas em amostras forenses, associadas, muitas vezes, a indicadores de desajustamento psicológico. Existem bastantes menos estudos acerca destas dimensões, quer na população geral, quer associados a dimensões promotoras de um funcionamento mais adaptativo. Assim sendo, o presente estudo teve como objetivos principais: a) Explorar as associações entre o autocontrolo, as dimensões da psicopatia e capacidade para amar).; b) Analisar os níveis de autocontrolo, de psicopatia e a capacidade para amar, comparando-os entre a população reclusa e não reclusa, em função do género. Participaram neste estudo 255 indivíduos, 153 (68%) em reclusão e 102 (32%) em não reclusão, sendo que, nos que vivem em reclusão 71 (46.4%) eram do género feminino e 82 (53.6) são do género masculino, enquanto que nos que vivem na comunidade, 74 (72.5%) eram do género feminino e 28 (27.5%) do género masculino. De modo geral, os resultados indicaram que quanto maior for a capacidade para amar, maiores tenderão a ser os níveis de autocontrolo e menores os de psicopatia. Valores mais baixos de autocontrolo mostraram-se ainda associados a níveis mais elevados de psicopatia em todas as suas dimensões. Em relação à psicopatia, o género não influencia significativamente os níveis de psicopatia, tendo-se, no entanto, encontrado diferenças significativas entre reclusos e não reclusos, independentemente do género dos mesmos. No que se refere à capacidade para amar e ao autocontrolo, não se encontram diferenças estatisticamente significativas. A investigação decorrente deste estudo é relevante para a contribuição do conhecimento científico sobre as variáveis apresentadas, tanto na população reclusa como na não reclusa, sendo que se espera que os resultados inerentes ao mesmo possam contribuir para futuros estudos neste âmbito. Palavras-chave: Autocontrolo, Psicopatia, Capacidade para Amar, População Reclusa, População não-reclusa.Item Capacidade para amar e bem-estar: um estudo comparativo entre adultos emergentes e adultos de meia-idade(2023) Fernandes, Maria Inês Resende; Ferreira, Maria José Pereira, orient.O amor é um construto complexo e de incontestável importância para o ser humano, sendo uma área de investigação que tem vindo a progredir no decorrer das últimas décadas. A capacidade para amar, em específico, refere-se à capacidade para o envolvimento, investimento e manutenção de um relacionamento romântico comprometido, resultando de processos desenvolvimentais complexos que se iniciam na infância e continuam a ser moldados ao longo do desenvolvimento. Por ser um construto ainda recente, existe pouca evidência relativa às relações entre a capacidade para amar e indicadores de funcionamento positivo. O presente estudo tem como objetivo central explorar as relações entre as dimensões da capacidade para amar e o bem-estar emocional, psicológico e social. Pretende-se ainda analisar as diferenças na capacidade para amar em função da fase do ciclo vital (adultez emergente e meia-idade) e do género. Participaram neste estudo 535 participantes, dos quais 282 (52.7%) são adultos emergentes com idades entre os 18 e os 25 anos (M = 21.88, SD = 1.80), sendo 240 (85.1%) mulheres, e 253 (47.3%) adultos de meia-idade com idades entre os 45 e os 65 anos (M = 52.24, SD = 5.39), sendo 196 (77.5%) mulheres. As análises de diferenças multivariadas indicam que os adultos emergentes demonstram maior capacidade para amar em todas as dimensões, à exceção da aceitação da perda, luto e ciúme. Em relação ao género, não se verificaram diferenças significativas. Os modelos de predição indicam que a idade e a aceitação da perda, luto e ciúme são preditores significativos e positivos de todos os tipos de bem-estar, sendo a confiança básica um preditor significativo e positivo de bem-estar emocional. São discutidas as implicações destes resultados para a intervenção. Palavras-chave: Capacidade para Amar, Adultos Emergentes, Adultos de Meia-Idade, Bem-EstarItem Capacidade para amar e qualidade das relações amorosas(2022) Barbosa, Cátia Sofia Ferreira; Ferreira, Maria José Pereira, orient.O amor é algo que nos acompanha ao longo do nosso ciclo vital, sendo um construto que depende da perceção individual de cada um. Existem alguns componentes importantes para se manter um relacionamento amoroso satisfatório, como por exemplo o suporte emocional, que tem um impacto positivo na díade conjugal e a satisfação e qualidade das relações, que têm influência na estabilidade e durabilidade da mesma. A capacidade para amar engloba um conjunto de características promissoras de satisfação no relacionamento amoroso. Os objetivos do presente estudo são avaliar as diferenças da capacidade para amar em função do género, explorar a relação entre a capacidade para amar e a qualidade das relações amorosas, e ainda testar os principais preditores de satisfação com a relação, bem como, de conflito, suporte e profundidade na mesma. A amostra foi constituída por 643 participantes, com idades compreendidas entre os 18 e os 74 anos, que se encontravam numa relação. Os principais resultados indicaram que o género não tem um efeito significativo na capacidade para amar. Também foi possível verificar que a idade, o número de filhos, o tempo de relação e a satisfação com a mesma associam-se significativamente com a qualidade das relações amorosas. Para além disto, também se pôde constatar que existem preditores envolvidos na satisfação, no suporte, no conflito e na profundidade na relação. A idade parece ser um preditor negativo de satisfação com a relação, enquanto que, a confiança básica, a procura por um eu ideal e pertencer ao género masculino são preditores positivos. A confiança básica é ainda um preditor positivo de suporte na relação e negativo no conflito. A idade é também um preditor positivo de conflito, no entanto, a permanência da paixão prediz de forma negativa esta dimensão. Finalmente, a idade e o eu ideal predizem positivamente a perceção de profundidade na relação amorosa. Posto isto, foram discutidos estes resultados, em que se sublinha a importância de determinados aspetos para um relacionamento saudávelItem Competências socioemocionais, coping, bem-estar e adaptação ao Ensino Superior(2020) Silva, Cátia Santos; Ferreira, Maria José Pereira, orient.As competências socioemocionais podem ser definidas como a forma funcional e a capacidade que um indivíduo tem de responder às mais variadas circunstâncias. O termo Socioemocional tem sido utilizado num número crescente de estudos, mais especificamente nas áreas da educação e do desenvolvimento, no entanto, grande parte destes estudos não operacionaliza o conceito, embora se tenham proposto a medir dimensões desta temática (Cardoso, 2017). Este facto tem levado assim, a que esta dimensão seja medida e avaliada de diversas formas. É importante constatar que a utilização destas competências pode influenciar de forma positiva a adaptação do estudante ao ensino superior e os seus níveis de bem-estar psicológico. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo explorar as relações entre as competências socioemocionais, avaliadas através da tomada de perspetiva, preocupação empática, desconforto pessoal e autocontrolo, a adaptação ao ensino superior, as estratégias de coping e o bem-estar psicológico. Nesta investigação participaram 86 estudantes do 1º ano de licenciatura da Universidade Lusófona do Porto, inscritos nos cursos de Psicologia, Serviço Social e Gestão e Desenvolvimento de Recursos Humanos. As idades dos participantes encontram-se compreendidas entre os 18 e os 30 anos. A recolha de dados foi realizada de forma presencial e contou com um inquérito com os seguintes instrumentos: Questionário Sociodemográfico; Escala de Bem-Estar Psicológico (EBEP) (Ryff, 1989); Índice de Reatividade Interpessoal (IRI) (Davis, 1980); Questionário de Vivências Académicas versão reduzida (QVA-r) (Almeida, Ferreira & Soares, 1999); Brief Cope (BCOP) (Carver, 1997); e Escala de Autocontrolo (EAC-VR). Os resultados indicaram que há uma associação significativa positiva entre as competências socioemocionais relacionadas com a autoperceção, estratégias de coping adaptativo e autocontrolo e a adaptação ao ensino superior e o bem-estar psicológico. As mesmas variáveis revelaram também serem preditores da adaptação ao ensino superior e de níveis mais elevados de bem-estar psicológico. Os resultados demonstraram ainda que não há diferenças significativas do curso no conjunto das variáveis socioemocionais. São apresentadas limitações da presente investigação relacionadas com a amostra, o tipo de curso escolhido e os instrumentos utilizados, e são discutidas orientações para futuros estudos relacionados com a temática tão ampla que são as Competências Socioemocionais.Item Flow e bem-estar na utilização das redes sociais : realidade ou ficção?(2018) Xavier, Adriana Gomes; Ferreira, Maria José Pereira, orient.Na contemporaneidade, temos presenciado à importância crescente da internet na vida dos indivíduos. As redes sociais, desde a sua criação, têm aumentado o número de utilizadores, estando a tornar-se numa das mais frequentes ferramentas de interação social. No entanto, não é ainda claro o impacto que estas plataformas têm na qualidade da experiência subjetiva e no bem-estar dos indivíduos. O presente estudo tem assim como objetivo principal analisar as experiências de flow na utilização das redes sociais e compreender o impacto que essas experiências têm no afeto, na satisfação e no bem-estar dos seus utilizadores. Participaram neste estudo 150 indivíduos adultos, 75 de cada sexo, com idades que variam desde os 18 aos 65 anos, com uma média das idades de 27,51 anos. Os participantes responderam a um questionário sociodemográfico e às versões portuguesas do Questionário de Flow, à Escala de Satisfação com a Vida, ao PANAS - Positive and Negative Affect Schedule, e à versão reduzida das Escalas de Bem-Estar Psicológico. Os resultados obtidos, de modo geral, confirmam as hipóteses formuladas. Verificou-se que os níveis de flow associam-se e têm um efeito significativo quer no bem-estar psicológico, quer no bem-estar subjetivo. Os preditores significativos da experiência de flow na utilização das redes sociais são a frequência de utilização das redes e o bem-estar psicológico. Já o bem-estar subjetivo, que inclui a satisfação com a vida, o afeto positivo e o afeto negativo, não surge como preditor significativo da experiência de flow. Este estudo permitiu-nos avaliar as dimensões do Flow, a qualidade da experiência subjetiva e os níveis de bem-estar associados à utilização das redes sociais num grupo de indivíduos adultos.Item O impacto do stress, burnout, coping e bem-estar subjetivo num grupo de cuidadoras formais de pessoas idosas(2020) Borges, Carolina Alexandra Machado Mendonça; Ferreira, Maria José Pereira, orient.Face ao crescente envelhecimento demográfico, os cuidadores formais de pessoas idosas assumem um papel cada vez mais relevante na sociedade. Os cuidados prestados por estes profissionais envolvem tarefas complexas que podem gerar stress e, em alguns casos, o desenvolvimento de burnout. Dada a pertinência desta temática, o presente estudo tem como objetivo geral avaliar o nível de stress e burnout destes profissionais, bem como avaliar o bem-estar subjetivo (BES), as estratégias de coping que mais utilizam e como é que estas variáveis se relacionam entre si. Participaram neste estudo 104 mulheres, com idades compreendidas entre os 19 e os 68 anos, ajudantes de ação direta de nove Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI), do centro de Portugal. Os principais resultados indicam que as participantes apresentam valores médios de satisfação com a sua vida e de stress percebido, e relatam níveis mais elevados de emocionalidade positiva comparativamente à negativa. No que diz respeito às estratégias de coping, a reavaliação positiva foi a mais reportada, sendo o abuso de substâncias a menos utilizada. Em relação às dimensões de burnout, as participantes revelam valores elevados na realização pessoal e médios quer de exaustão emocional, quer de despersonalização. Níveis mais elevados de exaustão emocional estão associados a um maior stress percebido e à utilização de estratégias de coping habitualmente consideradas menos adaptativas. A despersonalização também se associa maioritariamente ao uso de estratégias menos adaptativas, enquanto uma maior realização pessoal está associada a um maior uso das estratégias mais adaptativas. Quanto ao BES, o afeto positivo está associado a uma maior realização pessoal, enquanto o afeto negativo se associa a níveis mais elevados de exaustão emocional. Já uma maior satisfação com a vida está associada a níveis mais baixos de exaustão emocional. Os resultados revelam ainda que, quer o stress percebido, quer as diversas estratégias de coping, são preditores significativos de exaustão emocional, no entanto, em relação à despersonalização apenas o coping focado na emoção demonstrou ser um preditor significativo. Por fim, são discutidas as implicações destes resultados e sublinhada sua importância para o planeamento das respostas sociais de apoio a pessoas idosas.Item Orientação positiva para a vida e processos autorregulatórios nos profissionais de saúde(2019) Pinto, Paula Alexandra Carvalho; Ferreira, Maria José Pereira, orient.A orientação positiva para a vida, constructo que integra três dimensões teóricas relacionadas (otimismo, satisfação com a vida e autoestima), apesar de recente, tem vindo já a ser associado a níveis mais elevados de bem-estar e de realização. O autocontrolo, assim como a utilização de algumas estratégias de coping, também se tem revelado uma dimensão fundamental para uma adaptação com sucesso. A investigação com os profissionais de saúde tem incidido sobretudo nos fenómenos de stress e burnout, sabendo-se pouco sobre as dimensões promotoras de um funcionamento mais positivo. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo clarificar o papel das estratégias de coping e do autocontrolo na orientação positiva para a vida num grupo de profissionais de saúde. Participaram neste estudo 135 profissionais de saúde, 86.7% do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 24 e 66 anos (M = 38.05, DP = 11.33), 40% dos quais são médicos, 36.3% psicólogos e 23.7% enfermeiros. Foi administrado um inquérito online com as seguintes medidas: Questionário Sociodemográfico, a Escala de autocontrolo, a Escala de positividade e o Brief COPE. Os principais resultados obtidos demonstram que a orientação positiva para a vida se associa positiva e significativamente com os níveis de autocontrolo e com a utilização de estratégias de coping habitualmente consideradas mais adaptativas. Também se observou que os profissionais com níveis mais elevados de autocontrole recorrem menos a estratégias de coping consideradas desadaptativas. O autocontrolo, o coping focado na emoção e o coping evitante são preditores significativos de positividade, contrariamente ao coping focado no problema. Observaram-se ainda diferenças nos profissionais de saúde relativamente às estratégias de coping utlizadas. São discutidos os resultados obtidos e destacadas as principais implicações para a prática clínica especificamente com os profissionais de saúde, e ainda sublinhadas algumas orientações para investigações futuras.Item O papel da idade na capacidade de reconhecimento emocional : uma revisão sistemática da literatura(2021) Cortez, Rosaldina de Jesus Virgílio; Ferreira, Maria José Pereira, orient.No processo de envelhecimento, alterações na percepção e na cognição podem gerar prejuízos no reconhecimento das expressões emocionais faciais. Dificuldades nestes domínios podem levar a um comprometimento na competência social, funcionamento social, bem como diminuição da qualidade de vida. Dada a relevância e pertinência do tema, no presente trabalho fez-se uma revisão sistemática da literatura de acordo com as diretrizes PRISMA com o intuito de perceber as diferenças relacionadas com a idade no reconhecimento emocional na população idosa normativa. Para este efeito, foram pesquisadas três bases de dados, Pubmed, Web of Science e Scopus, sendo selecionados 37 artigos publicados entre 2010 e 2020. Os resultados mostram que os idosos apresentam um declínio no reconhecimento das expressões emocionais, principalmente para as emoções negativas, ao passo que reconhecem com mais precisão emoções positivas. Estes resultados podem ser explicados pela Teoria estrutural e pela Teoria da seletividade socioemocional. Por outro lado, as diferenças relacionadas com a idade nas tarefas de reconhecimento emocional são mais proeminentes quando utilizados estímulos estáticos comparativamente com os dinâmicos que se mostram mais eficazes na capacidade de minimizar o grau de dificuldade dos idosos na tarefa de identificação emocional.Item O papel da orientação positiva e das estratégias de coping no bem-estar na transição para a vida ativa(2018) Coelho, Ana Raquel Barros; Ferreira, Maria José Pereira, orient.A positividade ou orientação positiva para a vida pode ser definida como uma tendência para encarar a vida numa perspetiva positiva, integrando três dimensões teóricas relacionadas: o otimismo, a autoestima e a satisfação com a vida. Apesar de recente, este construto tem sido associado a níveis mais elevados de bem-estar, assim como a outras dimensões positivas do funcionamento humano. O impacto das estratégias de coping no bem-estar psicológico também parece ser essencial para uma adaptação com sucesso. A transição para a vida ativa, momento fundamental na vida dos indivíduos, pouco tem sido estudada sob esta perspetiva de funcionamento positivo. Neste sentido, a presente investigação tem como principal objetivo perceber o papel da orientação positiva e das estratégias de coping no bem-estar, na transição para a vida ativa. Participaram neste estudo 115 indivíduos recém-diplomados, 67 % do sexo feminino, com idades entre os 20 e os 54 anos, com uma média de idades de 25.22 anos. Foi administrado um inquérito online com os seguintes questionários: Questionário sociodemográfico; Escalas de bem-estar psicológico (Ryff, 1989), Brief Cope (Carver & Scheier, 1989) e a Escala de Positividade (Caprara et al., 2010). Os principais resultados obtidos demonstraram que a orientação positiva para a vida associa-se e tem um efeito significativo nos níveis de bem-estar, sendo ainda um preditor significativo de bem-estar psicológico a par da perceção de eficácia das estratégias de coping e do tempo de procura de emprego. Os resultados demonstraram ainda que a idade não se relaciona nem com os níveis de orientação positiva para a vida nem com o bem-estar psicológico. São discutidos os dados obtidos e sublinhadas orientações para futuras investigações no âmbito da orientação positiva para a vida, do bem-estar e das estratégias de coping na transição para a vida ativa.Item O papel da orientação positiva para a vida e das estratégias de coping na saúde mental de jovens emergentes portugueses(2022) Silva, Frederico Ferreira da; Ferreira, Maria José Pereira, orient.Dimensões como a Orientação Positiva para a Vida (OPV) e o Coping têm-se demonstrado fundamentais para os indivíduos se adaptarem com sucesso aos desafios associados ao seu desenvolvimento. O presente estudo tem como objetivos: a) analisar as principais fontes de stress e as estratégias de coping mais utilizadas em situações de stress; b) avaliar os níveis de bem-estar e distress psicológico e eventuais diferenças de géneros; c) compreender o papel da OPV e das estratégias de coping no bem-estar e distress psicológico. Participaram neste estudo 282 adultos emergentes, 240 do género feminino (85.1 %) e 42 do género masculino (14.9 %), com idades compreendidas entre os 18 e os 25 anos (M = 21.88, DP = 1.79). Em relação às fontes de stress, as questões relacionadas com os estudos constituíram o maior fator de stress (28.81% das respostas), seguido das relações interpessoais (23.46%) e das questões profissionais (12.4%). Em relação às estratégias de coping, as mais utilizadas pelos adultos emergentes foram o coping ativo, o planeamento e a aceitação. Já as menos utilizadas foram o uso de substâncias, o desinvestimento comportamental e a negação. Relativamente aos níveis de bem-estar e distress psicológico, estes apresentam-se relativamente abaixo dos valores médios para a população portuguesa e apenas o stress e a ansiedade diferem significativamente entre géneros, com o género feminino a apresentar valores mais elevados destes. No caso do bem-estar, após controlar o efeito da idade e do género, a OPV, o planeamento, o suporte instrumental, a autoculpabilização, o desinvestimento comportamental e o uso de substâncias revelaram-se preditores significativos. Em relação ao distress psicológico, controlando o efeito das mesmas variáveis sociodemográficas, a OPV, a autoculpabilização, a negação, a autodistração, o desinvestimento comportamental e o uso substâncias destacaram-se como preditores significativos. Estes resultados salientam o papel crucial da OPV e do coping na promoção do florescimento dos adultos emergentes. Palavras-Chave: Adultez Emergente, Orientação Positiva para a Vida, Estratégias de Coping e Saúde Mental.Item Questionário de personalidade autotélica : estudo piloto de adaptação e validação para Portugal(2021) Costa, Mário Paulo Ventura; Ferreira, Maria José Pereira, orient.O objetivo desta dissertação foi o de realizar o estudo piloto de adaptação e validação para a população portuguesa do Questionário de Personalidade Autotélica de Tse, Lau, Perlman e McLaughlin (2018), sendo que os objetivos específicos incluíram proceder à tradução e retroversão dos itens do Questionário de Personalidade Autotélica; proceder à discussão da versão de investigação com um grupo de especialistas; realizar a reflexão falada com um grupo heterogéneo de participantes em relação à idade, género e escolaridade; e administrar a versão de investigação a um grupo participantes portugueses, N = 473 com idades compreendidas entre os 18 anos e os 74 anos, com o intuito de proceder à análise fatorial exploratória e à análise de fiabilidade. Os resultados mostraram que, através da análise factorial exploratória realizada, não foi possível replicar a mesma distribuição de itens por fatores propostos pelos autores da versão original. Assim, apesar de, neste estudo, o instrumento manter o mesmo número de fatores, a distribuição dos itens nos fatores está alterada: enquanto os fatores baixa autocentração e controlo atencional mantêm o mesmo número de itens e os mesmos itens do estudo original, os restantes apresentam uma conjugação de itens iguais aos da versão original acrescido de itens que saturam de novo nos fatores: curiosidade, persistência, baixa auto-centração, motivação intrínseca, satisfação e transformação dos desafios, satisfação e transformação do aborrecimento e controlo atencional. Foram ainda discutidos os contributos deste estudo para a adaptação e validação deste instrumento para a população portuguesa, assim como algumas das suas limitações. Finalmente foram indicadas algumas sugestões para estudos futuros.Item Respostas psicológicas perante um stressor global e prolongado : o papel das estratégias de coping e da orientação positiva para a vida(2022) Martins, Rita Caldas Tavares Ruão; Ferreira, Maria José Pereira, orient.A atual crise pandémica provocada pela COVID-19 está a causar uma preocupação generalizada com a saúde mental dos indivíduos e com as suas respostas psicológicas a este stressor global e prolongado. Neste sentido, o presente estudo pretendeu analisar as diferenças nos níveis de bem-estar e de distress psicológico reportados por um grupo de participantes residentes em Portugal durante o primeiro confinamento geral (Março e Abril de 2020) e cerca de nove/dez meses após o início da pandemia. Pretendeu também analisar o papel da Orientação Positiva para a Vida (OPV) e das estratégias de coping na predição dos níveis de bem-estar, de PTSD, de depressão, ansiedade e stress reportados no segundo momento de avaliação. Este estudo, de design longitudinal, foi realizado através de um questionário autoadministrado online e contou com uma amostra constituída por 133 participantes, sendo que, 82,0% são mulheres e 18,0% homens, com idades compreendidas entre os 20 e os 72 anos (M = 39,29, SD = 11,46). Os resultados sugerem que houve uma diminuição significativa nos níveis de bem-estar reportados no segundo momento de avaliação comparativamente aos níveis reportados pelos mesmos indivíduos no primeiro momento de avaliação. Em relação aos níveis de depressão, ansiedade e stress, apesar de mais elevados no segundo momento, as diferenças encontradas não foram significativas. Em relação ao papel da OPV e das estratégias de coping, os resultados indicam que a OPV é um preditor significativo de distress psicológico, de bem-estar e de PTSD. Já as estratégias de coping ajudam a predizer o distress psicológico e a PTSD, mas não o bem-estar. De entre o conjunto de estratégias utlizadas pelos indivíduos no primeiro momento de avaliação, apenas a autoculpabilização, a negação e a autodistração demonstraram ser preditores significativos. Este estudo permitiu sublinhar o papel determinante da OPV e da utilização dealgumas estratégias de coping no ajustamento à atual crise pandémica, sendo ainda discutidas algumas das suas principais limitações.