FPED - Dissertações de Mestrado
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Percorrer FPED - Dissertações de Mestrado por assunto "ABUSO DE CRIANÇAS"
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Item Abuso sexual infantojuvenil : impacto de experiências adversas e positivas no comportamento antissocial(2023) Gonçalves, Marta Ferreira; Cunha, Olga Cecília Soares da, orient.Este estudo teve como objetivo compreender de que forma as experiências adversas e as experiências positivas têm impacto na perpretação de comportamentos antissociais em jovens vítimas de abusos sexuais. A amostra contou com 53 jovens internados em Centro Educativo com idades compreendidas entre os 14 e os 19 anos. Os instrumentos utilizados na recolha de dados foram: o Questionário Sociodemográfico, o Questionário da História de Adversidade na Infância (ACE), a Escala de Experiências Benevolentes na Infância (BCE), o Questionário de Autorrelato para medir a Delinquência e Crime (D-CRIM) e a Escala de Respostas Socialmente Desejáveis- 5 (SDRS-5). Os resultados mostram uma elevada prevalência de comportamentos antissociais e experiências adversas, particularmente a exposição a quatro ou mais experiências adversas. 24 jovens reportaram a vivência de abusos sexuais na infância e/ou adolescência, mas apenas um reportou a prática de um crime de índole sexual. A prevalência de experiências positivas na amostra também foi elevada. A exposição a adversidade geral e a exposição a quatro ou mais experiências adversas demonstraram estar positivamente correlacionadas com a perpetração de comportamentos antissociais e negativamente correlacionadas com as experiências positivas. Por sua vez, as experiências positivas na infância não se associaram à prática de comportamentos antissociais. Também a vitimação sexual não demonstrou associação com a prática de comportamentos antissociais, violentos ou não violentos. No entanto, a vitimação sexual evidenciou uma associação positiva com a exposição ao consumo de substâncias ilícitas em ambiente familiar e a exposição a quatro ou mais experiências adversas. Os resultados do presente estudo permitem concluir pela importância da intervenção na exposição à adversidade, particularmente ao consumo de substâncias em meio familiar, por forma a prevenir padrões desviantes e antissociais.Item Relação entre experiências adversas na infância e abuso de substâncias(2023) Sousa, Sara Catarina Ribeiro de; Pinto, Ricardo José Martins, orient.Objetivo: Este estudo investigou a relação entre as experiências adversas na infância (EAI) e comportamentos de risco, mais especificamente no abuso de substâncias em adolescentes. A maior parte da evidência desta relação baseou-se em amostras de adultos e da comunidade, pelo que o presente estudo teve como novidade a utilização de uma amostra de adolescentes com história de EAI. Método: A amostra deste estudo foi composta por 189 participantes, a média foi de 16 anos (DP=1.23), variando entre os 13 e os 18 anos. Relativamente ao sexo dos participantes, 95 eram do sexo feminino e 94 do sexo masculino. Resultados: De maneira a entender que experiências adversas eram correlacionadas com o abuso de substâncias, recorreu-se ao programa SPSS e os resultados demonstraram que das 10 adversidades, apenas 7 foram associadas à variável predita (abuso de substâncias): Abuso emocional (r=.277 , p<.001), abuso físico (r=.293 , p<.001), abuso sexual (r=.224 , p<.002), negligência física (r=.227 , p<.002) negligência emocional (r=.161 , p<.028), abuso de substâncias no ambiente familiar (r=.281 , p<.001) e perturbação mental ou suicídio no ambiente familiar (r=.151 , p<.039). Estas 7 adversidades foram incluídas numa análise de regressão, tendo sido apenas a negligência física o único preditor estatisticamente significativo (β=.153, t(2.097 )= 1.128). Conclusões: Embora a maior parte das EAI estejam correlacionadas com o consumo de substâncias, os profissionais que trabalham na Justiça Juvenil e proteção de crianças e jovens devem estar atentos à negligência física como um fator de risco para o consumo de substâncias. Por conseguinte, para além de identificar e intervir na negligência física, estes profissionais devem procurar intervir nas crenças que poderão surgir em consequência, nomeadamente ao nível da autoestima e autoconceito. Embora estas variáveis não tenham sido avaliadas neste estudo, a discussão avança para a hipótese que poderão ser os mecanismos para explicar a relação entre as EAI e o abuso de substâncias na adolescência. São sugeridos futuros estudos para testar esta hipótese.Item Violência nas relações de intimidade e o impacto na parentalidade dos perpetradores(2022) Oliveira, Sara Patrícia Gonçalves; Cunha, Olga Cecília Soares da, orient.A violência nas relações de intimidade tem como intuito infligir propositadamente dano, induzir medo, subordinar, desvalorizar, fazer a vítima sentir-se incompetente através de práticas abusivas, sendo estas, a violência física, psicológica ou sexual. Sendo que, estas têm uma tendência para escalarem em frequência e intensidade com o passar do tempo (Matos, 2005, como citado em Sani, 2008). Este estudo tem como objetivo analisar a relação entre a perpetração de VRI por homens e mulheres e as práticas educativas adotadas e compreender a relação entre a vivência de experiências abusivas na infância e adolescência e a perpetração de violência nas relações de intimidade na idade adulta e as práticas educativas. A amostra deste, inicialmente constituía 207 participantes, sendo que no fim, apenas foi constituída por 114 participantes. Relativamente aos instrumentos utilizados, recorreu-se ao Inventário de Violência Conjugal, ao Questionário de Experiências Adversas na Infância e Adolescência, ao Inventário de Práticas Educativas e à A Escala de Respostas Socialmente Desejáveis. Tendo como principais resultados, o facto de que as quanto mais experiências adversas na infâncias e adolescência se associam à prática de comportamentos física e emocionalmente abusivos na intimidade. Os participantes que vivenciaram estas experiências adversas, também, têm uma maior tendência para praticar violência na intimidade. Em relação ao Inventário de Violência Conjugal, denotou-se que os participantes que praticam violência têm uma maior probabilidade de adotar práticas educativas abusivas com os seus filhos. Por fim, conclui-se que este estudo é inovador, uma vez que são poucos os estudos que investiguem a relação entre a perpetração de violência em relações de intimidade e as práticas educativas parentais entre os perpetradores.