FPED - Dissertações de Mestrado
URI permanente desta comunidade:
Navegar
Percorrer FPED - Dissertações de Mestrado por título
A mostrar 1 - 20 de 408
Resultados por página
Opções de ordenação
Item Abandono e desistência da intervenção em perpetradores de violência nas relações de intimidade : revisão sistemática da literatura(2022) Pedrosa, Jéssica Maria Oliveira; Cunha, Olga Cecília Soares da, orient.A literatura acerca da intervenção com perpetradores de violência nas relações de intimidade (VRI) tem revelado elevadas taxas de abandono, às quais se associam a uma maior probabilidade de reincidência criminal. O objetivo deste trabalho consistiu em analisar as taxas de abandono e identificar as variáveis (sociodemográficas, jurídico penais, individuais e fatores externos) associadas ao abandono de programas de intervenção para perpetradores de VRI. Para o efeito, procedeu-se à realização de uma revisão sistemática da literatura publicada entre 2010 e 2021. Utilizou-se a seguinte equação de pesquisa: (“intimate partner violence” OR “domestic violence” OR “spouse abuse”) AND (intervention OR treatment OR program OR rehabilitation) AND (dropout OR attrition OR completion). Da pesquisa resultaram 1241 artigos, dos quais 31 foram incluídos na presente revisão sistemática. Os resultados desta revisão apontam para taxas de abandono entre os 0.33% e os 67.5%. Os resultados mostram ainda a existência de quatro categorias de variáveis associadas ao abandono em programas de intervenção com perpetradores de VRI, sendo as variáveis sociodemográficas as mais estudadas nos diferentes estudos, seguidas das variáveis individuais, das variáveis relacionadas com a violência e por fim dos fatores externos ao sujeito. De entre estas, as variáveis mais associadas ao abandono são o consumo de substâncias, desemprego, idade jovem, estado civil solteiro, baixa escolaridade, perturbação mental e história criminal. Apesar dos resultados controversos sobre a eficácia dos programas de intervenção com ofensores conjugais, vale evidenciar a relevância do desenvolvimento e implementação de programas de reeducação sobre violência nas relações de intimidade, de modo a proteger as vítimas e consequentemente reduzir a reincidência.Item Abstinência, tipo de consumo e frequência do tratamento nas dependências químicas : um estudo sobre a eficácia terapêutica(2021) Vagaroso, Daniela da Silva Almeida; Moura, Andreia de Paiva Ribeiro de, orient.O consumo de substâncias psicoativas é um fenómeno gradativo assumindo-se como um problema de saúde pública. Apesar dos tratamentos neste âmbito terem sofrido alterações ao longo do tempo, a monitorização da eficácia dos programas de intervenção é algo relativamente pouco explorado. O presente estudo teve como principal objetivo estudar a relação entre dimensões específicas do tratamento (frequência de acompanhamento, abstinência e tipo de consumo) e a eficácia do tratamento nas dependências químicas para, posteriormente se estabelecerem relações de predição entre as variáveis. A amostra, caracterizada pela sua heterogeneidade, foi constituída por 608 participantes com idades compreendidas entre os 18 e os 73 anos. O grupo do sexo masculino é composto por 535 participantes (88.0%) enquanto que o grupo do sexo feminino é composto por 69 (11.3%), predominando na amostra o sexo masculino. Foram realizadas análises estatísticas descritivas que permitiram caracterizar a amostra e as variáveis em estudo. Posteriormente, foi calculado o score total de eficácia da amostra (medida pelo instrumento MEEP) através da média dos 4 fatores/índices de eficácia e, seguidamente, foram realizadas as análises de correlação e predição. Os resultados mostraram evidência empírica sobre as relações entre a variável “abstinência” e a eficácia do tratamento e entre a variável “tipo de consumo” e a eficácia do tratamento. A abstinência revelou ser preditora de eficácia global. Por outro lado, os resultados não mostraram uma correlação entre a “frequência de acompanhamento” e a eficácia global ainda que a frequência das consultas de psiquiatria esteja correlacionada com alguns dos fatores de eficácia. A maior frequência da terapia de grupo e das consultas de psiquiatria revelou estar correlacionada com níveis superiores de abstinência e menor consumo.Item Abuso financeiro na pessoa idosa em contexto de apoio ao domicilio(2014) Ferreira, Carina Veloso; Braga, Teresa, orient.Objetivo: a análise de indicadores de prevalência do abuso financeiro numa população idosa é um fenómeno social preocupante atendendo ao índice de envelhecimento, assim como às prevalências encontradas noutros estudos. Métodos: o presente estudo foi realizado com uma amostra de 127 indivíduos com mais de 65 anos, de ambos os sexos, aquando de visitas de apoio domiciliário. Aos participantes foi passado o instrumento Mini-Cog, seguido de um questionário sociodemográfico e por fim o instrumento que avalia o Abuso Financeiro em Adultos Idosos. Resultados: 21.0% dos participantes reconheceram algum tipo de abuso financeiro contra 79.0% que não. Os tipos de vitimação mais expressivos foram a subtração de dinheiro por parte de outrem, ora na forma consumada como tentada (15.0% e 15.2%, respetivamente). De seguida surge a subtração de posses por outros, com 12.0% na forma consumada e de 11.3% de tentada. Com menos expressão, 9.1% dos participantes admitiram ter sofrido o efetuar compras às suas custas sem o seu consentimento de forma consumada e 9.2% na tentada. Por fim o aproveitamento ilícito por parte de quem gere as suas finanças, atingiu os 9.0% na forma consumada e 9.1% de tentada. Na identificação do maltratante, 26.7% admitiram ser os filhos e a mesma percentagem “outros”. A denúncia foi feita por 33.3% dos inquiridos, a amigos, a familiares e a outros.Item Abuso sexual infantojuvenil : impacto de experiências adversas e positivas no comportamento antissocial(2023) Gonçalves, Marta Ferreira; Cunha, Olga Cecília Soares da, orient.Este estudo teve como objetivo compreender de que forma as experiências adversas e as experiências positivas têm impacto na perpretação de comportamentos antissociais em jovens vítimas de abusos sexuais. A amostra contou com 53 jovens internados em Centro Educativo com idades compreendidas entre os 14 e os 19 anos. Os instrumentos utilizados na recolha de dados foram: o Questionário Sociodemográfico, o Questionário da História de Adversidade na Infância (ACE), a Escala de Experiências Benevolentes na Infância (BCE), o Questionário de Autorrelato para medir a Delinquência e Crime (D-CRIM) e a Escala de Respostas Socialmente Desejáveis- 5 (SDRS-5). Os resultados mostram uma elevada prevalência de comportamentos antissociais e experiências adversas, particularmente a exposição a quatro ou mais experiências adversas. 24 jovens reportaram a vivência de abusos sexuais na infância e/ou adolescência, mas apenas um reportou a prática de um crime de índole sexual. A prevalência de experiências positivas na amostra também foi elevada. A exposição a adversidade geral e a exposição a quatro ou mais experiências adversas demonstraram estar positivamente correlacionadas com a perpetração de comportamentos antissociais e negativamente correlacionadas com as experiências positivas. Por sua vez, as experiências positivas na infância não se associaram à prática de comportamentos antissociais. Também a vitimação sexual não demonstrou associação com a prática de comportamentos antissociais, violentos ou não violentos. No entanto, a vitimação sexual evidenciou uma associação positiva com a exposição ao consumo de substâncias ilícitas em ambiente familiar e a exposição a quatro ou mais experiências adversas. Os resultados do presente estudo permitem concluir pela importância da intervenção na exposição à adversidade, particularmente ao consumo de substâncias em meio familiar, por forma a prevenir padrões desviantes e antissociais.Item Acesso de acadêmicos de direito à advocacia : perfis e percursos educativos em instituições de Ensino Superior de Goiânia(2020) Brasileiro, Vinícius Espíndula; Martins, Alcina Manuela de Oliveira, orient.O presente estudo pretende averiguar a relação entre o perfil dos acadêmicos do curso de graduação em Direito que foram aprovados no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e que pertencem a uma Instituição de Ensino Superior pública e a uma Instituição de Ensino Superior privada, da cidade de Goiânia, estado de Goiás. Recorremos a um estudo predominantemente quantitativo por meio de aplicação de inquérito por questionário a 60 discentes aprovados no exame da OAB no último ano de graduação em Direito, bem como à análise a documentos estruturantes das duas instituições. Os resultados demonstraram semelhanças e diferenças entre os perfis dos acadêmicos. As semelhanças, em ambas as instituições, centram-se, primeiramente, no sexo masculino, que foi predominante dentre os aprovados no Exame de Ordem, ao seguir a escolha pelo curso de Direito, que se deu pela admiração às carreiras jurídicas. Para a maioria dos inquiridos a aprovação nas duas fases do Exame de Ordem ocorreu logo na primeira tentativa e as estratégias utilizadas para alcançar êxito foram a combinação de resolução autónoma de exercícios e participação em aulas preparatórias, em cursos livres. Tal deve-se ao fato de os inquiridos considerarem que os conteúdos oferecidos pelas IES, apesar de serem úteis ao acesso à advocacia, não preparam para o mercado de trabalho. Quanto às diferenças entre os perfis, relativamente à IES pública, com a maioria de jovens, solteiros e que não possuem filhos, frequentou as aulas no período matutino e a renda familiar é elevada. Em contraste, os discentes da IES privada estão na fase adulta, casados, com filhos, frequentaram as aulas no período noturno, e sua renda familiar é significativamente menor. Conclui-se que o acesso de acadêmicos de Direito à advocacia pode variar conforme o perfil, o percurso e a Instituição de Ensino Superior frequentada. Embora o Ministério da Educação estabeleça critérios para a garantia da qualidade dos cursos superiores, em especial o Curso de Direito, é possível verificar que, apesar dos diferentes fatores que influenciam na aprovação do Exame da OAB, o resultado parece depender de maior empenho, autonomia e preparação especializada do discente.Item Acontecimentos de vida adversos e coping : o papel mediador da regulação emocional(2023) Cunha, Cristiana Filipa Fernandes; Antunes, Carla Margarida Vieira, orientPese embora a controvérsia em torno da definição, delimitação e conceptualização do construto de acontecimentos de vida adversos, é consensual que este é, frequentemente, experienciado de forma negativa pelo sujeito e pode ter repercussões em vários domínios da saúde. Perante a vivência de acontecimentos adversos, o coping dispõe de potencial para estabilizar os indivíduos e suscetibilizar, positiva ou negativamente, a sua saúde física e mental, mediante a evolução do stress. Nesta perspetiva, a adaptação bem-sucedida, de um indivíduo a um dado ambiente, requer a utilização e aplicação de estratégias adequadas. A regulação emocional surge em virtude da regulação das emoções e como indispensável para o bem-estar e saúde mental dos indivíduos. Posto isto, o presente estudo procurou testar o efeito mediador da regulação emocional na relação entre os acontecimentos de vida adversos, vivenciados no último ano, e o coping. Para tal, os instrumentos utilizados incluem o Questionário Sociodemográfico, a Escala de Coping, a Escala de Acontecimentos de Vida Adversos e a Escala de Dificuldades de Regulação Emocional. A amostra deste estudo foi constituída por 225 participantes (77.8% do sexo feminino), com idades entre os 18 e os 63 anos (M=29.31; DP=10.56). Os resultados contrariaram a hipótese de associações estatisticamente significativas entre a experiência de adversidade e o coping, no entanto verificaram-se associações significativas entre outras variáveis, tanto positivas (experiência de adversidade e idade, assim como entre o coping e a idade), como negativas (regulação emocional e coping, e entre a regulação emocional e a idade). Ademais, não se verificou um efeito de mediação total e estatisticamente significativo do construto de regulação emocional, mas obtiveram-se efeitos indiretos estatisticamente significativos. Os resultados obtidos apontam para a importância de desenvolver competências de regulação emocional, incentivando os profissionais de psicologia a adotar uma abordagem de promoção que evidencie esta capacidade como objetivo de intervenção.Item Acontecimentos de vida adversos e crescimento pós-traumático : o papel moderador do suporte social(2022) Santiago, João Miguel dos Santos Moreira; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.Apesar da multiplicidade concetual, um acontecimento de vida adverso pode ser definido como um acontecimento que, devido às suas características, é tendencialmente vivido de forma negativa, podendo acarretar consigo consequências negativas para a saúde. Não obstante, é também possível que da vivência de um acontecimento adverso resulte o surgimento de mudanças positivas, designadas pela literatura neste domínio de crescimento pós-traumático. O crescimento pós-traumático corresponde às mudanças a longo-prazo que surgem após o processamento cognitivo e emocional da experiência adversa, originando novas formas de pensar, sentir e agir. Constitui-se como um processo complexo, cuja eficácia é influenciada por uma multiplicidade de fatores, sendo o suporte social um dos fatores mais documentados. O suporte social tem sido reconhecido como um fator importante para a saúde mental dos indivíduos, desempenhando um papel protetor e diminuindo o potencial impacto negativo da adversidade. Pelo exposto, o presente estudo procurou avaliar o papel moderador do suporte social percebido na relação entre a exposição a diferentes acontecimentos de vida adversos e o crescimento pós-traumático. A amostra deste estudo foi constituída por 220 participantes (63.3% do sexo feminino), com idades compreendidas entre os 18 e os 76 anos (M=38.95, DP=15.89). Os resultados revelaram que a maior exposição a diferentes acontecimentos adversos estava associada a níveis reduzidos de crescimento. Adicionalmente, o suporte social percebido moderou a relação entre a exposição à adversidade e o crescimento pós-traumático, demonstrando um efeito protetor particularmente significativo em situações de reduzida exposição. Os resultados deste estudo alertam para a importância de tomar em consideração o funcionamento positivo pós-adversidade, encorajando os profissionais a adotar uma abordagem promocional, em detrimento de uma exclusivamente remediativa, com vista a disponibilizar uma intervenção mais holística e promotora de bem-estar e desenvolvimento pessoal.Item Adaptação da Coping Scale no contexto português : estudo das suas propriedades psicométricas(2021) Costa, Cláudia Marisa Ferreira da; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.O coping é definido como uma resposta consciente que apresenta como propósitos/objetivos, lidar com uma situação de stress (Compas et al., 2001) e diminuir o impacto negativo da mesma (Pearlin & Schooler, 1978), mantendo o equilíbrio psicológico dos indivíduos (Kirchner et al., 2010). As estratégias de coping podem ser classificadas como adaptativas ou não adaptativas (Carver & Connor-Smith, 2010), e medeiam o impacto na saúde mental após uma situação de vida adversa (Shakespeare-Finch et al., 2005). Nesse sentido, estratégias de coping adaptativas estão relacionadas com diminuição do impacto negativo, enquanto que estratégias de coping não adaptativas encontram-se associadas a maiores níveis de stress (DeCuir-Gunby et. al, 2020) e maior impacto negativo (Arble et al., 2018). Apesar do significativo investimento científico no domínio do coping e dos esforços em Portugal na adaptação de medidas de coping, são, ainda, necessárias medidas breves/curtas que avaliem este construto. Assim, o presente estudo pretende preencher a lacuna existente na avaliação do coping, apresentando como objetivo adaptar e providenciar evidências de validade e fidelidade da escala Coping Scale (Hamby et al., 2015) no contexto português, analisando as suas características psicométricas. Participaram neste estudo 744 adultos, com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos (55.2% do sexo feminino), que preencheram um conjunto de instrumentos de autorrelato nomeadamente, o Inventário de Coping, a Escala de Crescimento Pós-traumático e a Escala de Satisfação com a Vida. Os resultados sugerem bons índices de ajustamento e valores adequados de consistência interna para o modelo unidimensional. Estratégias de coping adaptativas encontram-se positivamente correlacionadas com as dimensões de crescimento pós-traumático e de satisfação com a vida e negativamente correlacionadas com estratégias de coping evitante. Em suma, a presente escala aparenta constituir um instrumento de avaliação fiel e válido com potencialidade para o uso na população portuguesa.Item Adaptação do Instrumento 'Perceptions of Adult Attachment Questionnaire' – PAAQ - Teste das Qualidades Psicométricas(2013) Peres, Ana Rita Lopes Rebelo; Cabral, Joana, orient.Este estudo teve como principal objetivo a adaptação e respetiva análise das qualidades psicométricas de um instrumento de auto-relato – PAAQ (Perceptions of Adult Attachment Questionnaire, Lichtenstein & Cassidy, 1991) - que pretende avaliar as perceções dos adultos ou jovens adultos acerca das suas experiências precoces de vinculação e respetivas influências nas representações atuais acerca da mesma. Este instrumento foi aplicado a uma população de jovens adultos (N = 601), maioritariamente universitários, das zonas do Porto e de Viseu, em conjunto com outros instrumentos que serviram de base para o estudo da validade de construto do PAAQ. Os resultados obtidos, através da análise fatorial exploratória apontam para a existência de 8 fatores e/ou dimensões (tal como na versão original): Rejeição, Amor e Inversão de Papéis (dimensões relativas às perceções de experiências precoces de vinculação); Integração da Experiência Negativa, Desvalorização e Sem Memória (dimensões relativas à representação atual da vinculação) e Raiva e Vulnerabilidade (dimensões relativas às consequências emocionais atuais). As análises estatísticas efetuadas (análise à sensibilidade dos itens, análise fatorial exploratória, análise da consistência interna, análises de correlação) asseguram que, apesar da necessidade de alguns ajustes e de mais estudos, o PAAQ apresenta qualidades psicométricas adequadas, estáveis e coerentes para que possa vir a constituir um instrumento fiável e válido para avaliar as representações das experiências de vinculação precoce e atuais, na jovem adultícia e adultícia.Item Adaptação e validação da escala de exposição à violência em crianças (VEX-R) para a população portuguesa(2015) Sousa, Bárbara Sofia Freitas; Pinto, Ricardo José, orient.Este estudo teve como objetivo adaptar para a população portuguesa a escala de exposição à violência para crianças “Violence Exposure Scale for Children Revise” – VEX-R- versão de Fox & Leavitt (1995). Esta é uma escala de autorrelato que avalia a vitimação e exposição de crianças à violência doméstica. Para além da VEX-R foi também usado um questionário sociodemográfico para avaliação de variáveis sociais e demográficas dos participantes. O plano de estudo foi retrospetivo e transversal e a avaliação num único momento. A amostra foi constituída por 120 crianças sinalizadas como vítimas de violência doméstica, com idades compreendidas entre os 4 e os 10 anos. Das crianças avaliadas 55,8% habitavam em casas de abrigo ou lugares similares, e 44,2% viviam em casa com o agressor. Os dados obtidos foram submetidos a análise fatorial confirmatória e de avaliação de consistência interna das escalas e subescalas. Os resultados obtidos revelaram bons índices de ajustamento, após respecificação do modelo a partir de índices de modificação, e um alfa de cronbach para a escala global de .88, revelando uma boa consistência interna. Para além disso, os resultados da nossa amostra revelaram que 99,2% das crianças avaliadas foram de alguma forma expostas a algum tipo de violência.Item Adaptação e validação do Female Sexual Subjectivity Inventory (FSSI) numa amostra da população portuguesa(2023) Martins, Joana Pereira; Oliveira, Cátia Margarida dos Santos Pereira deA subjetividade sexual refere-se às autoperceções sexuais que as mulheres têm sobre o prazer corporal e a experiência de ser sexualmente ativas. Horne e Zimmer-Gembeck (2006) desenvolveram o Inventário de Subjetividade Sexual Feminina (FSSI) para avaliar esta variável, mais precisamente através das dimensões de autoestima corporal, de desejo e prazer sexual e de autorreflexão sexual. O presente estudo teve como objetivo adaptar, validar e explorar as propriedades psicométricas deste instrumento numa amostra de mulheres portuguesas. A amostra foi recolhida online, contando com a participação de 206 mulheres portuguesas com mais de 18 anos, que preencheram um conjunto de medidas de autorresposta. A análise fatorial confirmatória revelou uma estrutura de 5 fatores, à semelhança da estrutura do questionário original. A consistência interna da versão portuguesa do FSSI foi boa, em que os valores de alpha de Cronbach variam entre .70 e .80. O Coeficiente de Correlação Intraclasse indicou que há uma confiabilidade moderada (ICC = .68). Verificou-se a presença de validade convergente e divergente através de testes de associação. O direito ao autoprazer, o direito a um parceiro de prazer e a autorreflexão sexual mostraram-se positivamente correlacionados com o autofocus sexual (rs = .17; rs = .21; rs = .18, respetivamente) e a autoestima corporal e a autoeficácia sexual tiveram uma correlação negativa com o embaraço sexual (rs = -.29; rs = -.24, respetivamente). A autoestima corporal, o direito ao autoprazer, o direito a um parceiro de prazer e a autoeficácia sexual mostraram-se positivamente correlacionados com a apreciação corporal (rs = .67; rs = .15; rs = .14; rs = .22, respetivamente) e negativamente correlacionados com a ansiedade sexual (rs = -.29; rs = -.53; rs = -.31; rs = -.39, respetivamente). Os resultados obtidos indicaram que o FSSI é um instrumento adequado para avaliar a subjetividade sexual de mulheres portuguesas, sendo que esta versão revelou, no geral, boas propriedades psicométricas. Espera-se que este estudo contribua para uma melhor intervenção na área da saúde sexual, nomeadamente ao nível da educação sexual e no tratamento das disfunções sexuais. Palavras-chave: Inventário da Subjetividade Sexual Feminina, validação, fiabilidade, subjetividade sexual, mulheres portuguesasItem Adaptação Transcultural de um Instrumento de Avaliação de Comportamentos Parentais- PBC(2014) Búrcio, Mécia Paula Marques; Pinto, Ricardo José, orient.O objetivo deste estudo foi a adaptação da versão portuguesa do questionário de Comportamentos Parentais (PBC- Checklist de Comportamentos Parentais – versão reduzida (Fox, 1994). Método. Os participantes 185 pais responderam a um questionário sociodemográfico e a um questionário de comportamentos parentais. Este questionário foi aplicado a pais de crianças com idades compreendidas entre 1- 4 anos e 11 meses distribuído nos distritos de Aveiro, Porto, Bragança e Guarda. Este questionário pretende avaliar práticas e comportamentos parentais classificados em três dimensões: Expectativas; Cuidar; Disciplina. Resultados: as propriedades psicométricas encontradas na versão Portuguesa do Questionário de comportamentos parentais foram muito semelhantes às das versões originais. Na adaptação para a população portuguesa foram obtidos três fatores que explicam 44.9% da variação total observada, tendo todos os itens saturado nas dimensões corretas, do ponto de vista teórico, à exceção de um item, que para a população portuguesa parece ser adequado. A carga fatorial foi sempre superior ao mínimo exigido de 30%, com saturações elevadas em apenas um fator. Conclusão: Tendo em conta a falta de instrumentos de comportamentos parentais em Portugal, este pode ser um importante questionário para avaliar a relação entre os comportamentos e estilos parentais e os problemas de comportamento infantil.Item Adversidade na infância, consumo de substâncias psicoativas e comportamento delinquente : o papel moderador da perturbação de comportamento e do suporte social(2018) Martins, Joana Sofia Teles Oliveira; Moura, Andreia de Paiva Ribeiro de, orient.O impacto causado pela adversidade na infância e adolescência tem suscitado o interesse dos investigadores, no que concerne ao estudo das implicações na vida adulta dos indivíduos. Têm sido apontadas relações entre a adversidade, saúde psicológica e comportamentos de risco, pelo que esta investigação vai incidir mais concretamente na Adversidade na infância associada ao Consumo de substâncias psicoativas e Comportamento delinquente. Estas relações foram analisadas com um olhar atento sobre potenciais variáveis mediadoras, tais como, a Perturbação de Comportamento e Suporte Social, com o objetivo de compreender se estas duas variáveis se associavam a maiores ou menores consumos de substâncias e práticas de comportamentos delinquentes. Método: O estudo compreendeu 175 jovens, com idades entre os 12 anos e os 17 anos (M= 14.99; DP=2.26), a frequentar os Agrupamentos de Escolas e Escolas Profissionais de Marco de Canaveses. Foram administrados os seguintes instrumentos: Questionário Sócio demográfico; Life Events Checklist-5; Dispositivo de Despiste de Processo Antissocial; Questionário de História na Infância; Escala de Delinquência Autorrelatada Adaptada e Escala Multidimensional de Apoio Social Percebido. Resultados: Os principais resultados revelaram que, a Adversidade na Infância e a Exposição a Acontecimentos Traumáticos são preditoras do Consumo de Substâncias Psicoativas e Comportamento Delinquente. A Perturbação de Comportamento revelou ser mediadora na relação entre a Adversidade, o Consumo de Substâncias Psicoativas e Comportamento Delinquente, bem como na relação entre Exposição ao Trauma, o Consumo de Substâncias Psicoativas e Comportamento Delinquente. O Suporte Social revelou não ser mediador em nenhumas das relações. Conclusões: Mais importante que trabalhar redes de Suporte Social, é necessário trabalhar a perceção e confianças nessa mesmas redes, por forma a que sejam desconstruídos esquemas cognitivos destorcidos.Item Agir pedagógico e metodologias ativas no ensino superior : estudo de caso num curso de Psicologia de uma IES privada(2022) Venturini, Cláudia Resende Alves; Martins, Alcina Manuela de Oliveira, orient.Nas Instituições de Ensino Superior, a metodologia tradicional de ensino, caracterizada pela exposição de conteúdo, retenção da atenção, disciplinas desarticuladas e avaliações que exigem memorização, vem sendo confrontada, por limitar o processo de ensinoe aprendizagem e fragmentar o saber. Neste contexto, surgem as metodologias ativas, que visam estimular a participação ativa dos estudantes na sala de aula, valorizando as suas opiniões e conhecimentos na construção do saber. Frente o exposto, o objetivo geral desta pesquisa foi analisar a eficácia das metodologias ativas e o sucesso educativo quanto ao saber e saber fazer de estudantes de um curso de Psicologia de uma Instituição de Ensino Superior privada, no Estado de Goiás. O presente trabalho configura-se como um estudo de caso simples, com abordagem qualitativa, que adotou para a recolha de dados a aplicação de uma entrevista individual semiestruturada, realizadas na modalidade online, via plataforma ZOOM, junto a 10 professores e 08 estudantes do curso de graduação de Psicologia da IES em análise. As entrevistas foram analisadas por meio da metodologia de análise de conteúdo de Bardin (2011) com o suporte do software webQDA, o qual possibilitou a identificação e a categorização dos dados. Os dados coletados permitem afirmar que as metodologias ativas potenciam o saber e o saber fazer dos estudantes do curso de Psicologia estudado; que os professores, apesar de não terem formação adequada, aplicam metodologias centradas no estudante, sendo percebidas por seus alunos como eficientes no desenvolvimento de novas habilidades e atitudes que serão úteis no futuro exercício profissional.Item Ajustamento psicossocial de crianças e jovens em acolhimento familiar: uma revisão sistemática da literatura(2018) Saraiva, Ricardo José Pontes; Oliveira, Célia Regina Gomes, orient.O objetivo deste trabalho centra-se na necessidade de aprofundar um tema pouco explorado no panorama nacional, nomeadamente o ajustamento psicossocial de crianças e jovens em regime de acolhimento familiar, analisando a investigação empírica dos últimos 10 anos. Para o efeito, procedeu-se à realização de uma revisão sistemática da literatura neste âmbito, por via de uma análise descritiva dos resultados da investigação publicada nas bases de dados referenciais da área. Inseriram-se os seguintes termos de pesquisa (e respetiva combinação): Acolhimento Familiar AND Psicossocial (em Língua Portuguesa), Acogimento Familiar AND Psicosocial (em Língua Espanhola), Foster Care AND Psychosocial, Foster Care AND Psychosocial Adaptation, Foster Care AND Psychosocial Adjustment, e Foster Care AND Psychological (em Língua Inglesa). Esta pesquisa resultou na obtenção de 106 artigos, tendo em consideração se os termos de pesquisa encontravam-se no titulo e/ou resumo dos mesmos. Estes artigos foram alvos de triagem, consoante os critérios de inclusão e exclusão definidos. Após aplicação destes critérios chegou-se aos 36 artigos utilizados para esta revisão. A análise qualitativa de conteúdo resultou na identificação de 4 categorias temáticas, referentes a dimensões comportamentais, cognitivas, da saúde mental e do próprio conceito de ajustamento das crianças acolhidas, tomando como ponto de comparação o impacto que as outras medidas de acolhimento têm nos seus beneficiários. Os resultados desta revisão apontam para um retrato de vulnerabilidade como modo de descrever esta população, estando sujeita a múltiplos riscos de cariz psicossocial, o que engloba consequências em todas as dimensões referidas anteriormente.Item Ajustamento psicossocial dos cuidadores informais de pessoas com doença de alzheimer : uma revisão sistemática(2021) Resende, Juliana Silva; Souto, Maria Teresa Soares, orient.O estudo do conceito de ajustamento psicossocial tem vindo a alterar-se ao longo do tempo e a ganhar cada vez mais importância na sociedade, tal como o conceito de cuidador informal e as suas necessidades. Assim, a presente revisão tem como principal objetivo obter uma descrição detalhada dos cuidadores informais de pessoas com Doença de Alzheimer – características, necessidades e impacto na qualidade de vida que constitua uma resposta à tarefa de cuidar e às suas consequências. Para o efeito, recorreu-se à análise das publicações indexadas nas principais bases de dados, nomeadamente B-on; PubMed; Scielo; Web of Science; Capes Periódicos; Ebsco, Apa PsyInfo; e o Google Scholar. A análise das publicações entre 1994 e 2020 resultou na inclusão de quarenta e uma publicações. Foi possível verificar que há um interesse europeu e internacional na investigação sobre cuidadores informais. De todas as publicações analisadas, constatou-se ser o género feminino o mais prevalente em cuidadores informais, apresentando maiores níveis de sobrecarga, ansiedade e depressão, tendo grande impacto na sua saúde e qualidade de vida. Para suprimir esse efeito negativo, é necessário adotar técnicas de ajustamento psicossocial. As estratégias mais frequentemente utilizadas são as intervenções psicoeducativas, as estratégias de coping focadas na emoção e os grupos de apoio. Conclui-se que a conceção e desenvolvimento de respostas psicossociais de apoio às necessidades dos cuidadores são fundamentais para o bem-estar, sendo importante promover modalidades que possibilitem ao cuidador descansar. Nesta revisão apresentam se algumas sugestões, nomeadamente ao nível da prevenção/intervenção, enfatizando as respostas às necessidades, o trabalho terapêutico que foque as estratégias de coping e, principalmente a interpretação/significado que é dado ao ato de cuidar a fim de diminuir a sobrecarga dos cuidadores.Item Alexitimia e empatia : um estudo piloto em estudantes universitários(2023) Carneiro, Tânia dos Santos; Souto, Maria Teresa Soares, orient.A presente dissertação tem como principal objetivo explorar a relação entre a alexitimia e a empatia numa amostra de estudantes universitários. Procurou-se, assim, compreender se a empatia está relacionada com a alexitimia, desenvolvendo um estudo piloto numa amostra de estudantes universitários a frequentar a licenciatura e mestrado, em diferentes cursos e universidades de Portugal. Método: O estudo incluiu 175 participantes, com idades compreendidas entre os 18 e os 48 anos (M = 22.5; DP = 4.8). Foram utilizados os seguintes instrumentos: Questionário Sociodemográfico, Escala de Alexitimia de Toronto de 20 itens (TAS-20, Bagby, Parker e Taylor, 1994) e Índice de Reatividade Interpessoal (IRI; David, 1983). Resultados: Os principais resultados obtidos revelaram a existência de uma influência da empatia na alexitimia, mais especificamente que níveis superiores de empatia conduzem a níveis inferiores de alexitimia. Verificou-se, ainda, que tanto o ciclo de estudos como o género não influenciam os níveis de alexitimia, desta amostra. Relativamente às áreas científicas dos estudantes, foi possível constatar que as mesmas influenciam a expressão da alexitimia e da empatia, mais concretamente da dimensão Tomada de Perspetiva, avaliada através do IRI. Conclusões: Este estudo piloto sugere, como esperado, que a empatia influencia a expressão da alexitimia. Em contrapartida, verificou-se que os níveis de alexitimia não diminuem com a evolução da escolaridade. Uma possível explicação para a diminuição da expressão da alexitimia, ao longo da escolaridade, poderá estar relacionada com as soft skills. Nesta lógica, será relevante introduzir unidades curriculares promotoras do desenvolvimento das mesmas, desde o início da formação académica. Palavras-chave: alexitimia, empatia, IRI, soft skills, TAS-20Item Alexitimia na população reclusa : uma revisão sistemática da literatura(2022) Faria, Catarina Sofia Trindade; Souto, Maria Teresa Soares, orient.Enquadramento: O estudo da alexitimia é relativamente recente, pelo que não há dados suficientes que expliquem o seu funcionamento e impacto na população geral, assim como em populações especificas. Dificuldades na identificação e descrição dos sentimentos e emoções, podem estar relacionadas com a prática de crime. Por esse motivo, torna-se pertinente o estudo da alexitimia na população reclusa a ser abordado nesta revisão sistemática. Objetivo: Pretende-se obter uma informação detalhada da literatura e dos estudos sobre alexitimia na população reclusa. Método: Revisão sistemática, utilizando as guidelines do PRISMA-P. Foram elaborados critérios de elegibilidade para a seleção das publicações e a pesquisa foi realizada em 5 bases de dados eletrónicas. O processo foi efetuado por dois investigadores independentes. Resultados: Os estudos são maioritariamente de natureza quantitativa, de design transversal retrospetivo. As amostras estudadas são constituídas por homens reclusos. Os estudos foram desenvolvidos nos últimos seis anos, na Europa com recurso a instrumentos de autorrelato. A maioria dos estudos identificam alexitimia na população reclusa que foi condenada pela prática de crime violenta. Conclusão: Dado que as publicações selecionadas incluem exclusivamente reclusos masculinos, o estudo da alexitimia na população reclusa feminina é inexpressivo. Esta falha poderá ser colmatada em futuras investigações. Sendo a alexitimia um construto multidimensional, será relevante considera-lo de um ponto de vista global, assim como na expressão diferencial das suas dimensões, o que permitirá intervenções individualizadas e personalizadas.Item Alexitimia, crime e saúde mental : um estudo exploratório com a população reclusa masculina em Portugal(2021) Ferreira, Catarina Maria Bock da Costa; Dias, Ana Rita Conde, orient.A nível nacional, pouco se conhece acerca da alexitimia em contexto prisional e da sua relação com o crime e a saúde mental. Assim, o presente estudo pretende estimar as taxas de prevalência de alexitimia e os indicadores de psicopatologia, analisar a relação entre a alexitimia e indicadores de psicopatologia, analisar a relação entre indicadores de psicopatologia e a prática de violência e a criminalidade e, por fim, analisar a relação entre a alexitimia e a prática de violência e criminalidade. Recorreu-se a uma amostra de 169 reculos de vários Estabelecimentos Prisionais ao longo do país. Foram aplicados como instrumentos a Escala de Alexitimia de Toronto de 20 itens (TAS-20), um questionário sociodemográfico e criminal e o Inventário de Sintomas Psicopatológicos (BSI). Os resultados revelam uma prevalência de 22.4% de alexitimia e de 33.3% de perturbações emocionais. Verificamos uma associação entre as dimensões do BSI e a alexitimia. A alexitimia e a prática de violência e criminalidade também não demonstraram associaçãoItem Ambiente Familiar, processos reguladores e resiliência em Jovens Adolescentes(2012) Bem, Patrícia Gil do; Ramos, Mariana Moura, orient.A adolescência constitui um período do desenvolvimento humano e de formação da identidade pessoal, marcado por significativas transformações, que decorrem das relações que se estabelecem com os contextos circundantes dos jovens. A noção de resiliência advém da capacidade humana de confronto, resistência e superação das adversidades da vida, a partir do binómio existente entre fatores de risco e fatores de proteção. Nesta fase, a resiliência manifesta-se em função do contexto em que o jovem se insere, sendo que as relações familiares e as redes sociais são primordiais, contribuindo para a autoestima, autorregulação emocional e desempenho académico. Esta investigação pretendeu conhecer o processo de resiliência em jovens adolescentes, a forma como é determinado por fatores sociodemográficos ou académicos, e também por fatores psicológicos como a autoestima, a autorregulação emocional e o ambiente psicossocial da família. A amostra estudada era constituída por 115 jovens da Escola EB2,3 Dr. João Rocha Pai – Vagos (7º e 9º ano) e por 81 encarregados de educação. Para além da recolha de dados sociodemográficos, os jovens foram avaliados sobre a resiliência (Escala de Resiliência e Escala HKRAM), a autoestima (Escala de Autoestima de Rosenberg) e a autorregulação emocional (Escala de Dificuldades na Regulação Emocional); e os Encarregados de Educação sobre o ambiente e o contexto familiar (Escala do Ambiente Familiar). Partindo dos resultados obtidos relacionámos o número de reprovações do aluno com a autoestima, resiliência e a independência, além da influência de fatores sociodemográficos parentais. Denotámos que a participação do aluno em atividades extracurriculares potencia a existência de melhores competências de resiliência e autoestima, contribuindo para um melhor ambiente familiar, além de reduzir o número de reprovações e conflitos. A relação existente entre autoestima, ambiente familiar e resiliência com o nível socioeconómico dos jovens, evidenciou que aqueles que se inserem num nível médio possuem melhores competências nos âmbitos mencionados. Concluiu-se que a autoestima influência o desempenho académico dos jovens e que o ambiente familiar potencia a autoestima, além de dotar o indivíduo de estratégias de regulação emocional.