Doutoramento em Educação
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Percorrer Doutoramento em Educação por assunto "APRENDIZAGEM"
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Item À raiz do problema do pensamento reflexivo : a aprendizagem experiencial colaborativa de KOLB em estudantes de marketing(2022) Bogas, Paulo Sérgio Ribeiro de Araújo; Estrela, Elsa Maria Bacala, orient.As intervenções pedagógicas experienciais oferecem a possibilidade de desenvolverem abordagens à aprendizagem profundas através de oportunidades de experimentação, embora grupos de estudantes sejam menos permeáveis a este tipo de abordagem. Estas intervenções carecem de caraterísticas importantes a serem valorizadas por educadores de marketing. Deste modo, o objetivo do estudo pretendeu identificar os fatores que ajudam a compreender a razão pela qual alguns educandos, após uma intervenção pedagógica, no âmbito de uma unidade curricular específica, desenvolvem uma abordagem à aprendizagem profunda e outros superficial, bem como, identificar as estratégias que melhor se adequam a cada perfil de estudante. Para tal, recorreu-se a uma intervenção pedagógica de natureza quasi-experimental, com metodologia mista. Como resultados principais aponta-se para que, perante um mesmo contexto, a resposta dos estudantes em termos de abordagens à aprendizagem pode ser descrita como: estudantes que reforçam a abordagem profunda inicial, estudantes que mantém o nível de abordagem profunda inicial e outros que mudam de uma ênfase na abordagem profunda para uma mais próxima de superficial. O resultado da investigação sugere a inclusão de atividades pedagógicas e uma didática integradora de diferentes motivações e estratégias iniciais, conducentes a uma possível adoção de abordagens profundas, uma vez que revelou diferenças estatísticas significativas na diferença nos scores da abordagem profunda/superficial e o nível experiencial percecionado e a diferença no score da abordagem profunda/superficial. Ao se ter identificado três perfis de estudantes com graus diferentes de permeabilização a uma intervenção pedagógica, sugere-se, assim, estratégias de intervenção distintas e concomitantes que permitam integrar as motivações e estratégias respetivas dos três grupos conducentes, possivelmente, à adoção de abordagens descritas como profundas, em detrimento das superficiais. A relevância/originalidade desta investigação resulta da metodologia mista a qual contribui com sugestões de atividades pedagógicas, a viva-voz, que permitem uma maior integração de estudantes com perfis distintos.Item Aprendizagem de valores profissionais no curso de licenciatura em enfermagem(2013) Ribeiro, Isilda Maria Oliveira Carvalho; Carvalho, António Luís, orient.Este estudo salienta a importância da Aprendizagem de Valores Profissionais no Curso de Licenciatura em Enfermagem (CLE). Realizamos um estudo etnográfico com abordagem multimétodo com a finalidade de identificar valores profissionais reconhecidos na prática de Enfermagem pelos docentes, tutores e estudantes do CLE na Escola Superior de Enfermagem do Porto (ESEP) e identificar o modelo de aprendizagem mais adequado. Recorremos aos atores centrais deste processo e a diversificadas estratégias de colheita de dados: questionários, escala de valores de Rokeach, observação participante, entrevistas, análise de diários de aprendizagem e focus group. Emergiram seis domínios de análise que nos permitiram compreender a importância das experiências significativas, a influência do papel do tutor e os valores envolvidos na aprendizagem de valores profissionais. Concluímos que os cinco valores, reconhecidos e hierarquizados pelos estudantes e pelos professores como os mais importantes, são a “responsabilidade”, a “competência”, o “respeito”, a “dignidade” e a “autonomia”. Identificamos a existências de vários modelos de ensino e aprendizagem de valores, a importância do papel do tutor e terminamos com a proposta de novos valores a propor ao Conselho Jurisdicional da Ordem dos Enfermeiros para serem incluídos no Código Deontológico: a “humildade”, a “maturidade”, a “autonomia” e a “equidade”.Item As artes marciais & desportos de combate no contexto do ensino na educação física escolar : efeitos da práxis pedagógica na concepção de estudantes(2022) Mariano, Eder Rodrigo; Monteiro, Luís Fernandes, orient.Os estudos sobre o ensino das Artes Marciais e Desportos de Combate (AM&DC) no contexto da Educação Física escolar são escassos, no Brasil. A literatura científica alvitra várias pistas e propostas para a abordagem das AM&DC, mas carecem as investigações sobre a temática em diferentes períodos escolares e com objetivos distintos, que envolvam a intervenção pedagógica e os seus efeitos. Com o objetivo de colmatar esta lacuna, realizámos uma investigação de caráter qualitativo e quantitativo, no âmbito da Educação, procurando revelar o efeito das práxis pedagógicas das AM&DC na opinião e perceções dos estudantes do ensino secundário. Em termos metodológicos, foram realizados 6 encontros semanais, com uma aula teórica e prática subsequentes, com a duração de 50 minutos cada. Foram contempladas nesta análise 13 modalidades de AM&DC: Judô, Jiu-Jitsu, Sumô, Huka-Huka, Greco-Romana; Boxe, Capoeira, Karatê, Muay-Thai e Taekwondo; Esgrima (Espada, Sabre, Florete). A população-alvo da pesquisa abrangeu 150 alunos do ensino secundário, distribuídos em 5 turmas. Para ingressar na pesquisa os alunos teriam que apresentar o consentimento e serem autorizados pelos pais e responderem ao inquérito por questionário aplicado no início e no final do estudo. Só foram incluídos no estudo os alunos que participaram, no mínimo, em 8 (75%) aulas. Para análise dos conteúdos das respostas adotou-se a análise categorial de Bardin, a codificação e planificação dos dados recorrendo ao ‘Statistical Packaged for the Social Sciences’ (SPSS). Na análise estatística dos dados teve-se em conta o teste não paramétrico de Wilcoxon. Com a definição de um Modelo de Análise Desagregado, adotou se as dimensões educacional, cultural, social e motora para discussão das respostas. Em termos de resultados, verificou-se que houve um efeito positivo na opinião e percepção dos alunos sobre o significado e a finalidade das AM&DC na Educação Física. Para esse efeito, registou-se a eficácia das aulas na mudança de perspectiva discente no que diz respeito aos aspectos educacionais e culturais, reconhecidos como fundamentais na sua formação pessoal. Devido às práticas de AM&DC os alunos revelaram o impacto positivo na promoção das relações sociais, no combate ao preconceito de género e à exclusão. Conlui-se, no aspecto das capacidades físicas que o efeito da práxis pedagógica resultou em melhorias no tempo de reação e na aprendizagem de novos movimentos, segundo a perceção dos alunos.Item Autoavaliação para a aprendizagem : um modelo para os 2.º e 3.º ciclos do ensino básico(2013) Soares, Margarida Maria Pereira; Carvalho, António Luís, orient.Este trabalho, resultante de um estudo sobre a autoavaliação para a aprendizagem, aborda a autoavaliação e a aprendizagem reguladas e os processos cognitivos como procedimentos determinantes para a melhoria das aprendizagens, fazendo o seu enquadramento legal no sistema educativo português. Perspetiva também o ato de ensinar e de aprender na escola à luz dos paradigmas pedagógicos existentes e das teorias que os sustentam, refletindo em torno da emergência de um novo paradigma pedagógico integrador da autoavaliação. A opção metodológica de investigação recaiu no estudo de caso, realizado, numa escola básica dos 2.º e 3.º ciclos do concelho de Matosinhos, distrito do Porto, através de uma abordagem multimétodo distribuída pela observação participante, pela análise documental, por grupos de discussão e pela aplicação de questionários a alunos e a professores. Os resultados da análise e da interpretação dos dados obtidos, posteriormente combinados pela triangulação da informação, contribuíram para perspetivar um modelo de autoavaliação para as aprendizagens, alicerçado no «paradigma pedagógico da comunicação» (Trindade & Cosme, 2010) e numa prática de «avaliação formativa alternativa» (Fernandes, 2006), como processo capaz de reverter o insucesso académico e de promover a melhoria das aprendizagens.Item Cooperar para aprender: um estudo de investigação-ação no ensino-aprendizagem da gramática portuguesa(2015) Machado, Maria Isabel Pacheco Cunha; Coimbra, Nazaré Trigo, orient.O estudo que se apresenta pretende averiguar de que forma a investigação-ação pode constituir uma estratégia de promoção colaborativa de inovação educativa e mudança de práticas, aplicada ao ensino-aprendizagem da gramática, através da implementação de um Projeto de Oficina de Gramática, na disciplina de Português. A pesquisa apoia-se num paradigma predominantemente qualitativo, configurando um estudo de caso, envolvendo estudantes e docentes de 9º ano, de uma escola do distrito do Porto. A investigação engloba duas vertentes. A primeira tem como sujeitos os estudantes, através da aplicação de testes de avaliação interna e externa de 9º ano e de inquéritos por questionário, no final das sequências didáticas. Em triangulação, a segunda vertente focaliza as perceções das docentes participantes, acerca da intervenção pedagógica em Oficina de Gramática, abrangendo os registos de investigação-ação, o inquérito por entrevista à professora colaboradora e as notas de campo da investigadora. A análise dos resultados permite concluir que a investigação-ação, ao aperfeiçoar o trabalho colaborativo entre professoras e estudantes, ao longo de um ano letivo, possibilitou, em simultâneo, o desenvolvimento profissional docente e discente. Permitiu, ainda, verificar que a utilização do método de aprendizagem cooperativa contribuiu para a melhoria das aprendizagens dos estudantes, no domínio da gramática, bem como para o reforço de valores, como a partilha e a solidariedade. Em consequência, é significativa a evolução dos discentes, no domínio da gramática e nos resultados académicos, à disciplina de Português.Item O desenvolvimento de estratégias metacognitivas e de autorregulação : estudo de caso na disciplina de física e química A, no ensino secundário(2017) Miranda, Maria do Nascimento Silva Costa; Trindade, Rui, orient.Nesta tese pretendeu-se investigar de que forma as estratégias de autorregulação, utilizadas durante o tempo de estudo, por alunos do Ensino Secundário, contribuíram para a rentabilização do mesmo na disciplina de Física e Química A. A escolha deste tema relaciona-se com a necessidade emergente de a Escola contribuir para o desenvolvimento pessoal e social dos seus alunos, apetrechando-os com ferramentas que lhes permitam, de uma forma mais autónoma, desenvolver competências capazes de organizar e potenciar o seu estudo, o que poderá afetar positivamente as suas aprendizagens. Neste sentido, teve-se em conta os modelos de Flavell e Zimmerman, que valorizam a dimensão metacognitiva da atividade discente, a perspetiva de Bandura sobre a autorregulação das aprendizagens e a atividade do professor como «interlocutor qualificado», os quais podem ser considerados como fontes de inspiração da pesquisa realizada. A investigação foi realizada numa Escola Secundária da zona litoral norte do país, e ancorou-se no paradigma fenomenológico interpretativo, desenvolvendo-se, por um lado, um programa de trabalho através do qual se visava suscitar a autorreflexão dos estudantes e, por outro, um projeto de investigação sobre o mesmo que se construiu através de uma análise quer dos conteúdos dos roteiros de autorregulação das estratégias e de comportamentos que os alunos preencheram, quer dos textos de autorreflexão que estes redigiram, quer, finalmente, dos seus depoimentos, obtidos através da realização de um grupo de discussão focalizada. Face aos resultados deste estudo parece-nos ser possível confirmar que os alunos se mostraram capazes de refletir sobre a sua atividade intelectual e, também, que os conteúdos dos seus discursos e dos seus textos demonstram não só uma tal possibilidade como fornecem alguns dados relevantes no domínio do estudo sobre as aprendizagens autorreguladas e a dimensão metacognitiva das aprendizagens.Item O ensino da origem e evolução da vida : concepções de ciência e de religião de professores e alunos no ensino médio e superior(2022) Melo, Júlio de Fatimo Rodrigues de; Vieira, Nuno Miguel Cardoso, orient.Embora bem estabelecida cientificamente, a teoria da evolução de Charles Darwin ainda é vista como assunto controverso entre os profissionais da educação e estudantes. Esse assunto já originou processos nos tribunais dos Estados Unidos, mas o problema não está restrito a esse país, pesquisas sinalizam a dificuldade de estudantes e professores em assimilar conceitos evolutivos em diversas partes do globo. O presente trabalho objetiva compreender como as crenças epistemológicas de professores e estudantes interferem no processo de ensino e aprendizagem das teorias sobre a origem e evolução da vida. A motivação que conduziu o autor na direção de tentar clarificar o porquê das dificuldades encontradas para ensinar esses paradigmas, foi sua experiência de 30 anos como professor de Biologia. Observava, entre os alunos, basicamente duas posturas: uma de reflexão e surpresa, e outra acética, tensa e conflituosa quanto à abordagem científica desse assunto. A metodologia para o desenvolvimento do presente trabalho foi dividida em três etapas: a primeira é caracterizada como exploratória, na qual se busca conhecimento sobre o ensino dessa temática em diversos países do Ocidente, principalmente naqueles onde predomina o cristianismo. Foi realizado uma revisão de trabalhos que abordam os temas origem e evolução da vida. Na segunda etapa, foi feita uma reflexão sobre a natureza da Ciência e o letramento científico. No campo empírico, a metodologia utilizada foi do tipo qualitativa, centrada num estudo coletivo de caso. Na terceira etapa, o foco foi baseado em inquéritos com professores e estudantes, com a finalidade de perceber o ensino desse tema no Brasil. Também foram realizadas uma série de questionamentos com esse público sobre suas crenças epistemológicas e a relação com o processo de ensino e aprendizagem da temática, um tipo apropriado de metodologia para o objeto empírico do nosso interesse. Concluímos que concepções errôneas sobre a natureza da Ciência e sobre a teoria da evolução estariam dificultando o ensino, juntamente com influências religiosas e extremismo de questões científicas ou religiosas.Item A formação inicial dos Professores do Ensino Primário no Portugal do Século XX (1942-2000). Do modelo maternal ao modelo profissional(2008) Mendes, Raul da Silva; Teodoro, António, orient.Pensamos com este nosso trabalho de investigação contribuir para o estudo da formação inicial dos professores do ensino primário/professores do 1º ciclo do ensino básico (1942-2000), tomando como eixo a evolução dos conceitos educação, professor, aprendizagem, sintetizados no modelo maternal, em que a professora governava a sua classe como a mãe a sua família e no modelo profissional que faz do professor um expert e insiste na sua competência, quer a nível dos saberes, quer a nível das técnicas pedagógicas. Escolhemos como referente inicial do nosso estudo o ano de 1942, data em que, pelo decreto-lei nº 32 243 de 5 de Setembro de 1942, são reabertas as Escolas do Magistério Primário em Lisboa, Porto, Coimbra e Braga. Escolhemos como referente final do nosso estudo o ano de 2000, fecho de século e milénio que, na formação inicial de professores, inseriu os primeiros professores do 1º ciclo do ensino básico com licenciatura (decreto-lei nº 115, de 19 de Setembro de 1997). No percurso da formação inicial dos professores do Ensino Primário, da reabertura das Escolas do Magistério Primário (1942), à instituição das Escolas Superiores de Educação (1986), à promulgação do Estatuto da Carreira Docente (1990), à exigência do grau de licenciatura na formação inicial dos professores do 1º ciclo (1997) questionamos: - Que conceitos de educação, professor e aprendizagem estão presentes na formação inicial realizada em Escolas do Magistério Primário e Escolas Superiores de Educação? - Que transformações sofrem estes conceitos com a adopção de novos modelos de formação inicial experimentados a partir da Revolução Portuguesa de 25 de Abril de 1974?Item O manual escolar e a curiosidade pelo saber: estratégias pedagógicas em Manuais de português (7º/ 10º anos)(2013) Espírito Santo, Esmeralda Maria Gomes do; Duarte, José Bernardino, orient.O Manual escolar e a curiosidade pelo saber. Estratégias pedagógicas em manuais de Português (7º/10º anos) investiga a possibilidade de as atividades de manuais desenvolverem a ‘curiosidade pelo saber’ numa (re)construção de aprendizagens através de uma educação problematizadora e uma progressiva autonomia, promotora de ‘aprendizagens significativas’ pelo aluno e tendo por companheiro o manual, que “continua a ser, de longe, o suporte de aprendizagem mais difundido e … o mais eficaz” (Gerard & Roegiers, 1998, p.15). Mediante uma abordagem qualitativa, analisámos manuais de (7º/10ºanos), após a ‘Reorganização Curricular- Ensino Básico’ (2001) e a ‘Reforma-Ensino Secundário’ (2004), a partir de ‘situações problemáticas’ que desenvolvam essa curiosidade e realizámos entrevistas semidiretivas e questionários (alunos/professores) sobre o uso desses manuais, incluindo depois registos de trabalho em aula. Partindo de orientações legislativas, confirmadas ou infirmadas pelo enquadramento teórico, repensamos, através dos manuais, a interpretação, a monitorização do currículo e o(s) modelo(s) de organização de práticas educativas. Os resultados orientam-se para a necessidade de uma leitura crítica do fomentar da autonomia e de um pensar crítico na construção de aprendizagens duradouras, na utilização das propostas de atividade, a partir da ‘curiosidade do aluno’.Item Novos desafios à aprendizagem e autonomia em matemática: estudo crítico e comparativo(2013) Gomes, Amélia Orquídea Garcia; Pereira, Maria de Lourdes de Pina Manique Ferreira Braga de Figueiredo, orient.O presente estudo tem, como objetivo, analisar e comparar criticamente os últimos programas de Matemática, confrontando o programa homologado em 1991 (DGEBS, 1991) com o de 2007 (Ponte et al., 2007), tendo em conta o processo de ensino-aprendizagem, a diversificação de estratégias, atividades e instrumentos, a autonomia da aprendizagem, bem como a auto e a heteroavaliação. Durante dois anos letivos, analisamos o impacto da implementação do programa de 2007 (Ponte te al., 2007) junto de alunos e professores. O processo de investigação é de natureza qualitativa, pois envolve a obtenção de dados descritivos, provenientes do contacto do investigador com a situação em estudo. Na recolha de dados privilegiamos não só as tarefas matemáticas, mas também recorremos a outros instrumentos – relatório matemático, teste em duas fases, diário de bordo, entrevistas a professores e ao relatório final de avaliação do PM II/PMEB. A análise dos dados revelou que, de uma forma geral, perante diferentes abordagens, os alunos tiveram uma aprendizagem mais eficaz, mostrando-se mais autónomos e competentes. Tal foi comprovado em diversos momentos de auto e heteroavaliação, dado que os alunos se mostraram capazes de refletir individualmente, em pares ou em grupo, numa perspetiva construtivista de avaliação reguladora.Item Programação computacional e aprendizagem significativa em física: um estudo exploratório com alunos do ensino secundário(2020) Nogueira, João Robert Paula; Duarte, José Bernardino, orient.Este estudo inscreve-se se na área da Didáctica da Física e em particular na programação computacional associada à aprendizagem significativa. Pretendi observar os efeitos relativos à introdução da programação computacional estruturada nas aulas da disciplina de Física e Química A do Ensino Secundário, procurando perceber se dai resulta um acréscimo no entendimento e integração dos conceitos da Física. Realizei uma investigação-acção com uma turma do Secundário, que se estendeu do 10.º ano ao 11.º ano, em sessões que substituíram as aulas regulares da disciplina, nas quais dei a formação em programação necessária para desenvolver numericamente um projecto do ensino da Física, e ajudei a construir os programas associados. O projecto consistiu na elaboração de um programa computacional que, partindo das definições de velocidade, aceleração, força, energia cinética, energia potencial e trabalho de uma força, permitiu calcular e observar graficamente a evolução destas grandezas no movimento de um pára-quedista. Esta investigação é essencialmente qualitativa, tendo sido feita uma aquisição robusta de fontes de informação, passível de triangulação. A análise efectuada neste trabalho permitiu-me observar que estas estratégias promovem, não só um acréscimo de autonomia e espírito crítico nos alunos, como uma aprendizagem significativa da Física, associada aos processos algorítmicos que desenvolveram.Item Projeto de colaboração intergeracional : encontro entre gerações na sala de aula(2017) Carmo, António João Conchinha Ginja do; Sousa, Óscar Conceição de, orient.O envelhecimento da população nas últimas décadas, em Portugal, representado pelas pessoas com idades superiores a 65 anos, aumentou em mais de 7%, passou de 11,4%, em 1981, para 19,1% do total da população em 2011. As projeções sobre a idade média da população também indicam que esta poderá subir dos 43,1 anos, em 2013 para os 51,3 anos em 2060. Com o envelhecimento da população uma das questões que se levanta está relacionada com o idadismo, associado a preconceitos e estereótipos em relação à idade, contribuindo para que não se valorize a experiência e o saber acumulados em relação aos membros mais velhos. A perspetiva do curso de vida reconhece que os mais velhos não constituem um grupo homogéneo e a diversidade entre os indivíduos tende a aumentar com a idade, sendo importante que se criem ambientes de apoio em todos os estádios da vida, promovendo o envelhecimento ativo. Esta investigação apresenta um relato de uma pesquisa que realizámos, constituída por várias experiências de encontro entre gerações em sala de aula. Fizeram-se experiências no mesmo ano com duas turmas com os mesmos idosos, e em anos consecutivos com turmas diferentes e seniores diferentes. Pretendeu-se dinamizar as aulas de TIC – Tecnologias de Informação e Comunicação com a presença e a sabedoria dos mais velhos, aliada à perícia, conhecimento informático e irreverência dos mais novos. Construiram-se páginas web com conteúdos apresentados, orientados e propostos pelos mais velhos e desenvolvidos informaticamente pelos mais novos (alunos adolescentes). Desta forma desenvolveu-se um projeto intergeracional com práticas de aprendizagem intergeracional continuada. Antes da implementação do projeto, fizemos uma avaliação da sensibilidade dos adolescentes ao desenvolvimento de projetos intergeracionais que serviram de guia para a sua implementação, recorrendo a questionários sobre a VFI - Volunteers Function Theory (Inventário das Funções do Voluntariado). Utilizámos também os questionários sobre o envolvimento escolar para perceber a avaliação que os participantes faziam sobre as experiências em que participaram na perspetiva dos benefícios dos programas de aprendizagem intergeracional. Aplicaram-se ainda questionários sobre competências sociais, antes e depois de cada experiência. Verificaram-se possibilidades de abordagem, quer com idosos dependentes quer com independentes – seniores, realizando atividades com conteúdos iniciados pelos alunos adolescentes e complementado com as perspetivas dos idosos, ou partindo de conteúdos de experiência de vida e/ou profissional dos mais velhos. Aponta-se ainda que as experiências intergeracionais com alunos das vias das humanidades poderão ser mais vantajosas em relação às áreas mais técnicas, as quais implicam um menor contacto social, em especial na relação com os idosos. Alguns aspetos interessantes da experiêcia são: uma maior aceitação das diferenças de cada um; aprendizagens e conhecimentos a vários níveis, técnico/profissional, social, desenvolvimento de atitudes mais positivas entre as gerações e espírito de cooperação.Item Sincronizar relógios : otimizar aprendizagens : matutinidade-vespertinidade, hora do dia e desempenho em crianças em idade escolar(2018) Cruz, Hugo Miguel Fernandes; Gomes, Ana Cardoso Allen, orient.Neste trabalho realizamos três estudos que analisaram a relação entre tipos matutinos-vespertinos em interação com a hora-do-dia no desempenho em crianças em idade escolar. Foi utilizado um design experimental duplamente cego e selecionadas as crianças Matutinas/ Vespertinas, classificadas de acordo com o Questionário de Cronótipo em Crianças (QCTC) que completaram, em diferentes momentos do dia, baterias de testes relacionados com aptidões básicas para a aprendizagem (BPE, BAPAE, ALEPE). Globalmente, os resultados significativos encontrados indicaram que: (i) o “efeito de sincronia” talvez seja uma hipótese simplista, i.e., dependendo do tipo de tarefa cognitiva envolvida o desempenho dos tipos diurnos (Matutinos-Vespertinos) parece beneficiar tanto de momentos ótimos (de manhã no caso dos matutinos e de tarde no caso dos vespertinos) como de momentos não-ótimos – efeito de assincronia (de tarde no caso dos matutinos e de manhã no caso dos vespertinos); (ii) os melhores desempenhos não ocorrem necessariamente nas primeiras horas do dia escolar; (iii) a vespertinidade parece estar associada a melhores capacidades cognitivas e a matutinidade a melhores resultados escolares; (iv) o desempenho dos tipos diurnos não só varia ao longo do dia mas parece variar, também, ao longo da semana; (v) a terça e a quinta parecem ser dias ótimos e a sexta um dia não-ótimo para o desempenho escolar. São necessários estudos de replicação.Item Supervisão e formação de profissionais de educação reflexivos: Estudo de caso num estágio de um curso de formação inicial de educadores de infância(2016) Neves, Maria Ivone Couto Monforte das; Trindade, Rui, orient.Esta investigação realizou-se junto de formandos de uma instituição de formação inicial no âmbito da supervisão de estágios do mestrado em Educação Pré-Escolar, abordando-se a supervisão como estratégia formativa, o que, contrariando uma visão tradicionalmente associada à ideia de inspeção e avaliação, se explica em função da necessidade de se contribuir para a construção da profissionalização dos futuros educadores de infância como profissionais reflexivos. Daí que o trabalho de reflexão teórica, em função do qual se delimitou o espaço concetual onde se situa esta tese, se tenha debruçado sobre o campo dos modelos de supervisão e do seu contributo para a formação de educadores de infância como profissionais reflexivos. O estudo empírico enquadra-se numa abordagem qualitativa, identificando-se com o paradigma fenomenológico-interpretativo, sendo a questão de investigação que norteou este trabalho, aquela através da qual se pergunta: Quais as implicações, do ponto de vista das estratégias supervisivas a promover, de um modelo de supervisão reflexivo no âmbito de um projeto de formação inicial de educadores de infância? A análise dos dados desta investigação revelou terem sido determinantes as atitudes e a ação da supervisora institucional, aliada à mobilização de determinadas estratégias e aos dispositivos supervisivos cujo impacto terá que ser compreendido, ainda, à luz de um ambiente de colaboração que conduziu à criação do que pode ser identificado como uma comunidade de aprendizagem, a qual contribuiu para o desenvolvimento da partilha e da reflexão crítica sobre as práticas de todos e de cada um. Neste sentido, esta tese poderá ser abordada em função do seu contributo para se identificarem as propriedades de um modelo de supervisão reflexivo como um instrumento passível de ser mobilizado em programas de formação inicial de educadores de infância e de professores.Item A vida escolar e social dos alunos com deficiência auditiva : o impacto das tecnologias de apoio(2012) Oliveira, Raquel Alexandra de Brito Costa; Serrano, Jorge Manuel de Melo, orient.O tema partiu do interesse pessoal em compreender até que ponto as tecnologias de informação e comunicação (TIC) facilitam a aprendizagem e contribuem para a inclusão de pessoas com deficiência auditiva, em contexto escolar. Assim sendo, o núcleo de incidência desta investigação centra-se no papel que as TIC representam nos processos de aprendizagem das pessoas portadoras de deficiência auditiva e que utilizam ajudas técnicas no seu quotidiano. O estudo é teoricamente fundamentado em informação recolhida através de uma revisão bibliográfica. Para a obtenção dos dados empíricos do estudo procedeu-se à aplicação de um questionário. Os sujeitos em estudo foram selecionados em Escolas, Faculdades e Associações de Surdos da Região da Grande Lisboa e Vale do Tejo, sendo estudantes do 1º, 2º, e 3º ciclos do ensino secundário e do ensino superior. Trata-se de pessoas com problemas auditivos de ambos os sexos e com idades compreendidas entre os 7 e os 26 anos de idade. Também foi aplicado um questionário aos profissionais que atendem este tipo de população bem como a sujeitos conhecedores de pessoas com perda auditiva. Para que o projeto ganhasse informação complementar foram feitas entrevistas estruturadas a vários profissionais. O software estatístico utilizado para proceder ao tratamento de dados deste estudo foi o SPSS versão 19. Visto o estudo ser iminentemente descritivo, utilizou-se estatística descritiva, nomeadamente análise de frequências para as variáveis qualitativas (com escala nominal e ordinal) e média e desvio padrão mínimo e máximo para as variáveis com escala quantitativa. Ao nível de estatística inferencial, - e no sentido de cruzar variáveis que são de natureza qualitativa - utilizaram-se os testes de Qui-Quadrado e Fisher. O presente trabalho de investigação suporta a conclusão de que as tecnologias são um recurso importante para quem as pode ter e faz uso delas; porém, por si só não chegam para garantir o sucesso escolar. As dificuldades de comunicação, a falta de preparação dos professores, a falta de apoios técnicos e logísticos das escolas, a falta de currículos alternativos, o atraso académico que estes alunos apresentam devido às lacunas de aprendizagem, levam à dificuldade de integração, ao insucesso escolar e, consequentemente, ao abandono escolar.