Mestrado Em Psicologia Clínica e da Saúde
URI permanente para esta coleção:
Navegar
Percorrer Mestrado Em Psicologia Clínica e da Saúde por assunto "ADOLESCENCE"
A mostrar 1 - 6 de 6
Resultados por página
Opções de ordenação
Item Ambiente Familiar, processos reguladores e resiliência em Jovens Adolescentes(2012) Bem, Patrícia Gil do; Ramos, Mariana Moura, orient.A adolescência constitui um período do desenvolvimento humano e de formação da identidade pessoal, marcado por significativas transformações, que decorrem das relações que se estabelecem com os contextos circundantes dos jovens. A noção de resiliência advém da capacidade humana de confronto, resistência e superação das adversidades da vida, a partir do binómio existente entre fatores de risco e fatores de proteção. Nesta fase, a resiliência manifesta-se em função do contexto em que o jovem se insere, sendo que as relações familiares e as redes sociais são primordiais, contribuindo para a autoestima, autorregulação emocional e desempenho académico. Esta investigação pretendeu conhecer o processo de resiliência em jovens adolescentes, a forma como é determinado por fatores sociodemográficos ou académicos, e também por fatores psicológicos como a autoestima, a autorregulação emocional e o ambiente psicossocial da família. A amostra estudada era constituída por 115 jovens da Escola EB2,3 Dr. João Rocha Pai – Vagos (7º e 9º ano) e por 81 encarregados de educação. Para além da recolha de dados sociodemográficos, os jovens foram avaliados sobre a resiliência (Escala de Resiliência e Escala HKRAM), a autoestima (Escala de Autoestima de Rosenberg) e a autorregulação emocional (Escala de Dificuldades na Regulação Emocional); e os Encarregados de Educação sobre o ambiente e o contexto familiar (Escala do Ambiente Familiar). Partindo dos resultados obtidos relacionámos o número de reprovações do aluno com a autoestima, resiliência e a independência, além da influência de fatores sociodemográficos parentais. Denotámos que a participação do aluno em atividades extracurriculares potencia a existência de melhores competências de resiliência e autoestima, contribuindo para um melhor ambiente familiar, além de reduzir o número de reprovações e conflitos. A relação existente entre autoestima, ambiente familiar e resiliência com o nível socioeconómico dos jovens, evidenciou que aqueles que se inserem num nível médio possuem melhores competências nos âmbitos mencionados. Concluiu-se que a autoestima influência o desempenho académico dos jovens e que o ambiente familiar potencia a autoestima, além de dotar o indivíduo de estratégias de regulação emocional.Item Análise comparativa entre as histórias de vida de jovens delinquentes e de jovens “normativos”: serão assim tão diferentes?(2017) Silva, João Paulo Oliveira; Dias, Ana Rita Conde, orient.Há um contínuo entre o que é considerado uma adolescência “normativa”, da qual o desvio faz parte, até à adoção de comportamentos antissociais e “delinquentes”. A literatura tem-se focado ou na adolescência ou na delinquência, não havendo estudos que procurem articular estas duas dimensões, ou seja, analisar comparativamente adolescentes com comportamentos delinquentes e adolescentes “normativos”. Assim, no presente estudo procura-se comparar as histórias de vida de jovens delinquentes e de jovens “normativos”, no sentido de compreender este contínuo e tentar identificar o que os distingue. Para tal, entrevistaram-se 9 jovens institucionalizados em centros educativos (que cometeram crimes) e 9 jovens da comunidade sem historial de comportamento criminal. Utilizou-se a entrevista semi-estruturada “A história de vida” (The Life Story Interview”, Dan. P. McAdams 2008), sendo administrada individualmente. Utilizou-se como metodologia de análise das entrevistas a análise temática, recorrendo ao Nvivo 10. Os resultados indicam algumas diferenças mas também semelhanças entre os jovens: na história de vida dos jovens delinquentes os comportamentos desviantes é um tema que se destaca, enquanto que na dos jovens normativos há um foco no tema das atividades de lazer. Distinguem-se também ao nível do aproveitamento e percurso escolar. No entanto, ambos destacam e valorizam a família e o grupo de pares. Estes temas são discutidos e comparados tendo por base o que a literatura indica sobre os fatores de risco e os fatores protetores para a delinquência.Item Perfis protetores e de risco indicadores de resiliência em adolescentes(2020) Sousa, Flávia Rosária Neto; Pinto, Ricardo José, orient.O presente estudo teve como objetivo criar perfis indicadores de resiliência em adolescentes, incluindo-se fatores protetores e de risco, tais como dissociação, vinculação ao pai e à mãe, suporte social, estratégias de coping e problemas de internalização e externalização. Estes perfis foram comparados ao nível de variáveis dependentes, nomeadamente a resiliência relatada, sintomas de Perturbação de Stress Pós-Traumático e comportamentos delinquentes. Estas variáveis foram avaliadas em dois momentos temporais diferentes. Método: A amostra incluiu num primeiro momento de avaliação 159 jovens com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos (M = 15.65; DP = 1.21), dos quais 67 (42.4%) eram do sexo masculino e 91 (57.6%) do sexo feminino. No segundo momento temporal, a amostra incluiu 32 jovens, com idades entre os 12 e 18 anos (M = 15.62; DP = 1.34), dos quais 9 (28.3%) eram do sexo masculino e 23 (71.86%) do sexo feminino. Resultados: Os resultados obtidos revelaram a existência de três perfis, tendo sido denominados de Resilientes, Em Risco e Vulneráveis. O perfil Resilientes apresentou menor dissociação, menos problemas de internalização e externalização, níveis mais baixos de evitamento ao pai e ansiedade à mãe e níveis superiores de suporte social. Apresentou menos comportamentos delinquentes e níveis mais baixos de sintomas de PTSD. Num primeiro momento de avaliação, os adolescentes diferenciaram-se ao nível da sintomatologia de PTSD e comportamentos delinquentes. No segundo momento de avaliação os jovens apenas diferiram ao nível da sintomatologia de PTSD. A resiliência foi a única variável onde não foram encontradas diferenças entre os vários perfis. Conclusões: Os resultados sugerem o investimento em programas de intervenção para diminuir a dissociação, problemas de internalização e externalização, aumentar os níveis de suporte social e promover uma vinculação segura. É de salientar a importância de estudar de forma diferenciada os vários tipos e figuras de vinculação, visto que uns parecem interferir mais do que outros na resiliência futura.Item Programas mediados pela tecnologia de promoção de literacia em saúde mental em adolescentes: revisão sistemática(2019) Coelho, Vera Lúcia Nogueira; Lamela, Diogo, orient.Sendo a adolescência considerada uma etapa crítica para a saúde mental, faz com que a promoção da literacia, nesta fase, assuma particular relevância. Diversos programas face-a-face de promoção da literacia da saúde mental têm sido desenvolvidos com adolescentes e a sua eficácia avaliada. Apesar da consistência relativa à eficácia destes programas na promoção da saúde mental em adolescentes, pouco se sabe sobre as características e o efeito de intervenções mediadas pela tecnologia. Devido à preferência dos adolescentes face à internet, a par da rápida disseminação da internet como método de implementação de programas de intervenção promocional, preventiva e remediativa, a presente revisão sistemática tem como finalidade contribuir para a sistematização do conhecimento empírico sobre este tema. Procedeu-se a um levantamento sistemático da literatura científica entre janeiro de 2008 a junho de 2019 com o objetivo de identificar estudos empíricos sobre as variáveis-alvo desta revisão. Os resultados revelaram que estes programas são eficazes na promoção de literacia em saúde mental, no entanto apresentam resultados pouco consistentes relativos ao efeito dos programas na redução do estigma e nos comportamentos de procura de ajuda profissional. Os nossos resultados apresentam implicações clínicas, nomeadamente conhecimento face à adesão e os efeitos positivos que os programas mediados pela tecnologia apresentam face à literacia em saúde mental, sendo, no entanto, necessária uma maior investigação sobre os efeitos na diminuição do estigma e nos comportamentos de procura de ajuda.Item Violência e funcionamento psicológico na adolescência : o papel moderador do suporte social(2018) Moreira, Patrícia Daniela Matos; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.A adolescência é um período do desenvolvimento humano caracterizado por mudanças físicas, psicológicas e sociais, que são influenciadas pelas experiências vivências pelos adolescentes. Experiencias essas que podem ser positivas ou negativas que podem ser influenciadoras do sentimento de bem-estar do adolescente. Assumindo-se uma perspetiva multidimensional de Saúde Mental, é importante considerar não apenas dimensões negativas do funcionamento, mas também a dimensão do BE, essencial para uma análise integradora do funcionamento psicológico individual. Assim, o objetivo geral deste estudo é testar o papel moderador do Suporte Social na predição do funcionamento psicológico dos adolescentes, tendo como variável antecedente a experiência de violência A amostra deste estudo foi constituída por 116 participantes com idades compreendidas entre os 10 e os 18 anos (M = 16.19; DP=1,69) e de ambos os sexos (Feminino = 66.4%, Masculino = 33.6%). Quando os jovens experienciam níveis elevados de violência psicológica e reduzido suporte social, tendem a apresentar níveis mais reduzidos de bem-estar psicológico, nomeadamente de Aceitação de Si e Domínio do Meio. Do mesmo modo, apesar dos níveis elevados de violência psicológica experienciados pelos jovens, quando percecionam níveis elevados de suporte social, estes tendem a apresentar níveis mais elevados de bem-estar psicológico.Item Vitimação e funcionamento psicológico na adolescência: o papel moderador do sexo(2017) Marques, Ana Isabel Jorge; Ferreira, Célia Isabel Lima, orient.A vitimação entre-pares é um fenómeno muito presente no contexto e vidas dos adolescentes com potenciais implicações ao nível do seu funcionamento e ajustamento psicológico. Assumindo uma perspetiva lata e multidimensional de violência e de saúde mental, o presente estudo teve como principal objetivo testar o papel moderador do sexo na relação entre experiências de vitimação (último ano) e o funcionamento psicológico atual, aqui conceptualizado em termos de sintomatologia psicopatológica (internalização e externalização) e bem-estar psicológico. A amostra foi constituída por 116 adolescentes, de ambos os sexos com idades compreendidas entre os 10 e os 18 anos. Os resultados evidenciaram a relação entre experiências de vitimação e funcionamento psicológico dos adolescentes e permitiram comprovar que o sexo constituiu um moderador de tal relação (se, para adolescentes do sexo feminino, níveis mais elevados de violência física e sexual estavam associados a níveis mais elevados de ansiedade, níveis mais elevados de depressão e níveis mais baixos de bem-estar, para adolescentes do sexo masculino observou-se o contrário). Os resultados obtidos fornecem importantes implicações para a prática, quer ao nível de prevenção de problemas de saúde mental entre adolescentes, quer ao nível da promoção de um funcionamento ótimo com vítimas nesta fase desenvolvimental.