Mestrado Em Psicologia Clínica e da Saúde
URI permanente para esta coleção:
Navegar
Percorrer Mestrado Em Psicologia Clínica e da Saúde por data de Publicação
A mostrar 1 - 20 de 207
Resultados por página
Opções de ordenação
Item A influência do ambiente e das atitudes familiares nas manifestações psicossomáticas dos filhos(2012) Lima, Gláucia Kronberg Medeiros; Ramos, Mariana Moura, orient.Estudos têm sugerido que fatores ambientais na família e atitudes parentais são significativos para a presença de doenças e sintomas psicossomáticos nos filhos. Este estudo transversal, Estudo 1 e 2, analisou de que forma o ambiente e as atitudes familiares exercem esta influência na saúde dos filhos. Foram aplicadas as escalas FES, CSI-24, PSI-Stress de Vida, o inquérito APAD (em desenvolvimento) e uma ficha para dados sociodemográficos e levantamento de doenças. Os participantes do Estudo 1 (n=100) foram pais de alunos de duas escolas públicas de Porto, que originou também a amostra para o Estudo 2 (n=19). No Estudo 1, vários fatores apresentaram associação às manifestações psicossomáticas, nomeadamente acontecimentos de vida como: o número de casamentos, a morte de um membro da família próxima, a entrada num novo emprego; a mudança de uma pessoa da família para a casa, a separação conjugal, a doença psiquiátrica, ou características do ambiente familiar como o conflito familiar, a organização, o controlo, a orientação para a conquista e a coesão. No Estudo 2, as análises estatísticas foram exploratórias, relativa aos filhos de pais divorciados, aos fatores ambientais e as manifestações psicossomáticas, além de uma pré-análise da validade do instrumento APAD. Pôde-se concluir que alguns fatores socio-ambientais familiares e algumas atitudes parentais exercem influência para manifestação de doenças e sintomas psicossomáticos nos filhosItem Ambiente Familiar, processos reguladores e resiliência em Jovens Adolescentes(2012) Bem, Patrícia Gil do; Ramos, Mariana Moura, orient.A adolescência constitui um período do desenvolvimento humano e de formação da identidade pessoal, marcado por significativas transformações, que decorrem das relações que se estabelecem com os contextos circundantes dos jovens. A noção de resiliência advém da capacidade humana de confronto, resistência e superação das adversidades da vida, a partir do binómio existente entre fatores de risco e fatores de proteção. Nesta fase, a resiliência manifesta-se em função do contexto em que o jovem se insere, sendo que as relações familiares e as redes sociais são primordiais, contribuindo para a autoestima, autorregulação emocional e desempenho académico. Esta investigação pretendeu conhecer o processo de resiliência em jovens adolescentes, a forma como é determinado por fatores sociodemográficos ou académicos, e também por fatores psicológicos como a autoestima, a autorregulação emocional e o ambiente psicossocial da família. A amostra estudada era constituída por 115 jovens da Escola EB2,3 Dr. João Rocha Pai – Vagos (7º e 9º ano) e por 81 encarregados de educação. Para além da recolha de dados sociodemográficos, os jovens foram avaliados sobre a resiliência (Escala de Resiliência e Escala HKRAM), a autoestima (Escala de Autoestima de Rosenberg) e a autorregulação emocional (Escala de Dificuldades na Regulação Emocional); e os Encarregados de Educação sobre o ambiente e o contexto familiar (Escala do Ambiente Familiar). Partindo dos resultados obtidos relacionámos o número de reprovações do aluno com a autoestima, resiliência e a independência, além da influência de fatores sociodemográficos parentais. Denotámos que a participação do aluno em atividades extracurriculares potencia a existência de melhores competências de resiliência e autoestima, contribuindo para um melhor ambiente familiar, além de reduzir o número de reprovações e conflitos. A relação existente entre autoestima, ambiente familiar e resiliência com o nível socioeconómico dos jovens, evidenciou que aqueles que se inserem num nível médio possuem melhores competências nos âmbitos mencionados. Concluiu-se que a autoestima influência o desempenho académico dos jovens e que o ambiente familiar potencia a autoestima, além de dotar o indivíduo de estratégias de regulação emocional.Item Stress Parental e Desempenho Académico(2012) Soares, Filipa da Silva; Leite, Ângela, orient.Este estudo pretende verificar se o stress parental influencia o desempenho escolar nas disciplinas de português e matemática de crianças que frequentam o primeiro e o quarto ano de escolaridade numa amostra de 50 mães (26-51 ou mais anos) e 50 crianças (6-11anos) na Escola Básica nº1 da Boavista, Rio Tinto. Utilizou-se o PSI-Índice de Stress Parental (Abidin & Santos, 2003) e a um questionário sociodemográfico. Verificamos que à medida que o stress parental aumenta, o desempenho escolar diminui e encontramos alguns resultados significativos entre as subescalas do PSI e as variáveis sociodemográficas. Concluímos que o stress parental tem alguma influência no desempenho escolar da criança, mas que existem outros fatores que também influenciam significativamente o desempenho.Item Suporte social das mães de filhos com paralisia cerebral(2012) Banda, Francisco Pedro; Leite, Ângela, orient.O suporte social tem um papel importante e indispensável especialmente para com os portadores de deficiência crónica e suas famílias (Beckman, 1991, cit. in Almeida & Sampaio, 2007). O suporte social depende muita das vezes dos recursos de que os indivíduos dispõem (Dunst & Trivestte, 1990, cit. in Almeida & Sampaio, 2007). O processo de reabilitação destas crianças surge na dor da incerteza futura vivida pelas mães. Para fazer frente a essa preocupação, investir na reabilitação é uma forma de proporcionar qualidade de vida aos seus filhos. O presente estudo tem por propósito de conhecer a existência do suporte na vida das mães de filhos com Paralisia Cerebral de tipo tetraplegia. A investigação segue uma orientação de análise qualitativa, com uma amostragem de 3 mães de filhos com Paralisia Cerebral (Tetraplégico), com idades de 5 anos e com um diagnóstico que varia entre 1 e 5 anos. Os dados foram recolhidos através de recurso ao questionário e analisados pelo método da Grounded Theory .Item A influência da competência emocional no desempenho académico de adolescentes do ensino secundário(2012) Magalhães, Raquel Sofia da Silva; Leite, Ângela, orient.O nosso trabalho tem como objectivo principal responder à questão fundamental: A competência emocional influencia o desempenho académico em adolescentes do ensino secundário? Para o efeito, os instrumentos utilizados foram: o questionário de Competência Emocional, adaptado ao contexto português por Lima Santos e Faria (2001), as pautas de notas dos alunos tendo em vista identificar o género, ano escolar e as idades dos alunos. Depois de obtida a autorização para a utilização do questionário, procedemos à sua aplicação sendo que a amostra foi constituída por 191 estudantes a frequentar o Ensino Secundário na Escola Secundária Dr. João de Araújo Correia, com idades compreendidas entre os 14 e 19 anos, no início do ano letivo, setembro de 2011. Após a recolha de dados procedemos à sua análise, a partir do programa SPSS, versão 19.0 para o Windows, cingindo-nos à análise descritiva das variáveis Género, Idade e Ano Escolar; análise descritiva da turma; análise descritiva das notas da disciplina de português e matemática; análise descritiva das questões do questionário de competência emocional; análise descritiva das dimensões do questionário; comparação de Médias das três Dimensões do questionário de competência emocional; análise de Regressão Linear e análise de Médias Através dos Itens e Variáveis Sociodemográficas e Escolares. Os resultados apontaram para a existência de diferenças estatisticamente significativas em relação à nota de Português no que diz respeito à EE (Expressão Emocional). Os alunos cujas notas de português são mais baixas apresentam valores mais baixos também na EE. Por outro lado, a nota de matemática era a única preditora da EE, explicando 4.3% da variância. Assim, a relação entre competência emocional e o desempenho académico verificou-se em relação à dimensão da Expressão Emocional. Por outro lado, em função do género, idade e escolaridade apenas se verificaram diferenças significativas para os itens da Expressão Emocional. Na relação entre o desempenho académico relativamente às disciplinas de português e matemática, comparativamente com a competência emocional apenas se verificou relação na dimensão - Expressão Emocional.Item Reabilitação cognitiva em idosos institucionalizados com deterioração cognitiva(2013) Soares, Carla Pereira; Leite, Ângela, orient.O presente estudo tem como questão de partida: “Será que a reabilitação cognitiva em idosos institucionalizados melhora o seu desempenho em testes psicológicos de avaliação cognitiva?”. Assim, o objetivo consiste em avaliar se a reabilitação cognitiva influencia o desempenho cognitivo nos indivíduos, sobretudo, nos indivíduos com deterioração cognitiva. A amostra deste estudo é composta por 15 idosos de ambos os sexos, com média de idades de 84,13 anos, que se encontram institucionalizados numa residência geriátrica em Salvatierra do Miño, Espanha. Estes idosos foram divididos de acordo com o nível de deterioração cognitiva (segundo o Mini-Examen Cognoscitivo (MEC)): 5 idosos com deterioração cognitiva leve; 5 idosos com deterioração cognitiva moderada; e 5 com deterioração cognitiva grave. As escalas aplicadas foram o Mini-Examen Cognoscitivo (MEC) e o Test de Pfeiffer (SPMSQ) em dois momentos, o primeiro no início para a seleção da amostra (optando-se aqui só pelo MEC) e para a obtenção do estádio de deterioração de cada doente; e o segundo, passados 80 dias, ou seja, no final da aplicação do programa de reabilitação de modo a averiguar se a intervenção ajudou ou não a reabilitar as áreas cognitivas em diferentes estádios de deterioração. Nas intervenções entreviu-se em sete áreas (atenção/concentração, linguagem, orientação, memória, funções executivas, gnosias e praxias) utilizando-se três níveis de estratégias da reabilitação cognitiva (a restauração, a compensação e a substituição) e três técnicas: a técnica de terapia de orientação para a realidade; a técnica de terapia de reminiscências; e a técnica de estimulação cognitiva. A análise dos dados recolhidos permitiu verificar que a maioria dos elementos do grupo revelou um desempenho mais elevado a nível cognitivo no segundo momento de avaliação, comprovando-se assim, em 80 dias, uma diminuição do nível de deterioração em funções cognitivas e consequentemente nas suas funcionalidades. O presente estudo permitiu também reforçar a ideia de que os estudos longitudinais são importantes para perceber e explicar o processo de envelhecimento.Item A qualidade da relação professor-aluno em crianças com perturbação de espectro do autismo(2013) Guedes, Ana Patrícia Henriques; Baptista, Joana Isabel Soares, orient.Diversos estudos têm vindo a alertar para a importância da qualidade da relação que a criança estabelece com o professor, salientando o seu papel no desenvolvimento adaptado da criança em diversos domínios, nomeadamente sócio-emocional e académico. De acordo com esses estudos, a qualidade daquela relação parece ser influenciada por diferentes factores, desde características da criança às dos contextos. Deste modo, o presente estudo visou analisar a qualidade da relação professor-aluno, numa amostra de crianças com uma Perturbação do Espectro do Autismo, assim como explorar o papel determinante de características da criança, da família, do professor e do contexto escolar. A análise da qualidade desta relação numa amostra de crianças com PEA revela-se fundamental, ao se considerar o exigente perfil comportamental das mesmas. A amostra foi constituída por 30 crianças, com idades compreendidas entre os 3 e os 15 anos, bem como os respectivos pais e os professores. Os resultados obtidos revelaram associações significativas entre a qualidade da relação professor-aluno, avaliado pelo professor, e a idade e o comportamento adaptativo da criança, avaliado pela mãe. Aliado a isto, também o suporte social na família, percepcionado quer pela mãe quer pelo pai, demonstrou estar significativamente associado com a qualidade da relação professor-aluno. A idade da criança, o comportamento adaptativo e o suporte social revelaram-se como preditores individuais da qualidade da relação professor-aluno. Não se observaram, porém, associações significativas entre a qualidade desta relação e características individuais do professor e do contexto escolar.Item O impacto psicológico a longo prazo do teste preditivo na polineuropatia amiloidótica familiar(2013) Gomes, Ana Isabel Pinheiro; Leite, Ângela, orient.A Polineuropatia Amiloidótica Familiar (PAF) é uma amiloidose sistémica, neuro-degenerativa, autossómica dominante, caracterizada por uma severa e progressiva polineuropatia sensitiva, motora e autonómica, podendo assumir diferentes perfis clínicos e constituindo-se na sua história, como uma doença consumptiva e fatal (Andrade, 1952). Esta doença hereditária tem uma grande prevalência em Portugal, que representa o maior foco a nível mundial, seguido pelo Japão e Suécia (Ando, Nakamura & Araki, 2005). Este estudo teve como objectivo geral avaliar o impacto psicológico a longo prazo do teste preditivo das pessoas em risco para a da Polineuropatia Amiloidótica Familiar. Para tal, foram aplicados dois questionários sócio-demográficos, um para portadores e um para não-portadores e ainda aplicados três instrumentos psicométricos: o Inventário de Sintomas Psicopatológicos (BSI) validado por Canavarro (1999), a Escala de Auto-Avaliação da Depressão de Beck, adaptada por Vaz Serra e Pio Abreu (1973) e a versão aferida para a população portuguesa da Escala de Auto-Avaliação de Ansiedade de Zung, validada por Vaz Serra, Ponciano e Relvas (1982). Em seguida, quisemos analisar os efeitos, ao nível do impacto psicológico, de algumas variáveis sócio-demográficas e clínicas nesta amostra. A amostra utilizada para este estudo foi constituída por 177 sujeitos identificados como portadores e não-portadores. Assim, foi possível verificar que esta população apresenta valores mais elevados do que a população geral portuguesa (Canavarro, 1999) na BSI, mas mais baixos do que a população com perturbações emocionais. No que se refere ao Beck, a nossa amostra apresenta valores inferiores ao da população geral portuguesa (Campos & Gonçalves, 2011). E, por fim, no que diz respeito ao Zung, a nossa amostra apresenta valores aproximados da amostra da população geral portuguesa (Vaz Serra et al.,1982).Item Comportamento pró-social em idade escolar: o contributo da qualidade da relação mãe-criança e pai-criança(2013) Oliveira, Luciana Filomena Correia; Baptista, Joana Isabel Soares, orient.De acordo com diversos investigadores, a idade escolar é um período marcado por mudanças desenvolvimentais e nos contextos de socialização, tal como o início da interação frequente da criança com os pares, salientando-se a relevância dos comportamentos pró-sociais para o bem-estar e adaptação nestas idades. Aliado a isto pouco tem sido estudado sobre o impacto da qualidade da relação pai-criança no desenvolvimento dos comportamentos pró-sociais, pelo que os estudos têm estado focados nos contributos de características individuais da criança e na qualidade da relação mãe-criança. Assim sendo, esta investigação teve como objetivo dar o seu contributo para estas áreas que têm sido alvo de pouco estudo mas que cada vez mais são consideradas como possuidoras de uma grande importância. A amostra foi constituída por 74 crianças, com idades compreendidas entre os 7 e 10 anos de idade, bem como os respetivos progenitores. O comportamento pró-social foi avaliado através do Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ; Goodman, 1994 adaptado por Fleitlich, Loureiro, Fonseca, & Gaspar, 2005), enquanto que o temperamento foi avaliado através do Children’s Behavior Questionnaire - short from ou CBQ-SF (Rothbart, 2000, adaptado por Melo, 2005) e a qualidade da relação mãe-criança e pai-criança através da Escala de Perceção do Comportamento de Vinculação da Criança: Versão para Mães (PCV –M) (Dias, Soares, & Freire, 2002). Estes questionários foram preenchidos pela mãe e pelo pai, individualmente. Para avaliar as competências académicas da criança, foram adotados os seguintes instrumentos: Decifrar (Prova de Avaliação da Capacidade de Leitura; Salgueiro, 2009) e Prova de Aritmética da Escala de Wechsler (2003). Os resultados apontaram para associações significativas entre o temperamento e os comportamentos pró-sociais, de acordo com a perspectiva quer da mãe quer do pai. Adicionalmente, foram observadas associações entre a qualidade da relação mãe-criança e pai-criança e os comportamentos pró-sociais. Através de um modelo de predição, constatou-se que a qualidade da relação, quer com a mãe quer com o pai, eram os únicos preditores individuais dos comportamentos pró-sociais.Item Impacto psicológico a longo prazo do teste preditivo na Doença de Huntington(2013) Pinto, Ana Manuela Baldaia de Carvalho; Leite, Ângela, orient.A doença de Huntington é uma doença neurológica hereditária, autossómica dominante, com início habitual na idade adulta, muito incapacitante e sem tratamento ou cura eficaz. Por isso, existe um programa de aconselhamento genético, no qual o impacto psicológico da adesão ao teste pré-sintomático é estudado. O objetivo geral deste trabalho consistiu em conhecer esse impacto psicológico a longo prazo do teste nas pessoas em risco para a doença de Huntington. Para o efeito, foram utilizadas três escalas: 1) Escala de Autoavaliação da Ansiedade de Zung (Ponciano, Vaz Serra & Relvas, 1982); 2) Inventário de Depressão de Beck (Vaz Serra & Pio Abreu, 1973); e 3) Inventário de Sintomas Psicopatológicos – BSI (Canavarro, 1999). Verificamos que esta população apresenta valores mais baixos que a população emocionalmente doente na BSI, mais elevados do que a população geral (Canavarro, 1999). Em relação ao Beck, a nossa amostra apresenta valores mais baixos do que a população geral (Campos & Gonçalves, 2011). E, por fim, no que diz respeito ao Zung, não encontramos diferenças significativas (Ponciano, Vaz Serra & Relvas, 1982).Item Perturbação reactiva de vinculação e competências sociais em crianças institucionalizadas(2013) Consciência, Eliana Martins Duarte; Baptista, Joana Isabel Soares, orient.Os estudos têm demonstrado a manifestação dos comportamentos perturbados da vinculação em crianças em acolhimento institucional temporário, sendo que os autores apontam inúmeros riscos associados a estas crianças que justificam a procura sistemática de informação neste âmbito. Nesta linha de pensamento, e motivada pela escassez de estudos no âmbito desta temática, o presente trabalho procura compreender as associações entre a perturbação reativa da vinculação e as competências sociais da criança, tendo em conta os fatores sociodemográficos. Trata-se de um estudo observacional/descritivo, correlacional e transversal. A amostra foi constituída por 35 crianças de ambos os sexos de sete instituições da zona norte de Portugal. Dos resultados apurados não foram encontradas diferenças de género ao nível da perturbação reactiva de vinculação nem associação da mesma com a idade e o tempo de institucionalização. Foram encontradas associações positivas significativas entre o tipo inibido e as subescalas relação com os pares, competências académicas e total da escala de competências e correlação negativa significativa entre o tipo desinibido e a relação com os pares. Estudos devem continuar a incidir sobre a investigação nesta área de forma a serem promovidas intervenções cada vez mais eficazes.Item Adaptação do Instrumento 'Perceptions of Adult Attachment Questionnaire' – PAAQ - Teste das Qualidades Psicométricas(2013) Peres, Ana Rita Lopes Rebelo; Cabral, Joana, orient.Este estudo teve como principal objetivo a adaptação e respetiva análise das qualidades psicométricas de um instrumento de auto-relato – PAAQ (Perceptions of Adult Attachment Questionnaire, Lichtenstein & Cassidy, 1991) - que pretende avaliar as perceções dos adultos ou jovens adultos acerca das suas experiências precoces de vinculação e respetivas influências nas representações atuais acerca da mesma. Este instrumento foi aplicado a uma população de jovens adultos (N = 601), maioritariamente universitários, das zonas do Porto e de Viseu, em conjunto com outros instrumentos que serviram de base para o estudo da validade de construto do PAAQ. Os resultados obtidos, através da análise fatorial exploratória apontam para a existência de 8 fatores e/ou dimensões (tal como na versão original): Rejeição, Amor e Inversão de Papéis (dimensões relativas às perceções de experiências precoces de vinculação); Integração da Experiência Negativa, Desvalorização e Sem Memória (dimensões relativas à representação atual da vinculação) e Raiva e Vulnerabilidade (dimensões relativas às consequências emocionais atuais). As análises estatísticas efetuadas (análise à sensibilidade dos itens, análise fatorial exploratória, análise da consistência interna, análises de correlação) asseguram que, apesar da necessidade de alguns ajustes e de mais estudos, o PAAQ apresenta qualidades psicométricas adequadas, estáveis e coerentes para que possa vir a constituir um instrumento fiável e válido para avaliar as representações das experiências de vinculação precoce e atuais, na jovem adultícia e adultícia.Item Qualidade da relação professor-criança: do indivíduo ao contexto(2013) Sousa, Carla Verdial de; Baptista, Joana Isabel Soares, orient.O presente estudo teve como principal objetivo avaliar diferenças na qualidade da relação professor-aluno em crianças em idade escolar com problemas e sem problemas de ajustamento psicológico, incluindo problemas de internalização e de externalização. Participaram neste estudo trinta e duas crianças. Dezasseis crianças identificadas pela mãe e/ou pai como tendo problemas de internalização/externalização (Grupo 1) e, dezasseis crianças classificadas por ambos os progenitores como não tendo problemas de ajustamento significativos (Grupo 2). As crianças do Grupo 1 tinham, idade mínima de 8 anos e máxima de 10 anos, sendo 4 raparigas e 12 rapazes. As crianças do Grupo 2 tinham idade mínima de 7 anos e máxima de 10 anos. Quanto ao género 11 eram raparigas e 5 rapazes. Ambos os grupos frequentavam o 2º, 3º e 4º ano de escolaridade. Na investigação empírica foram utilizados diversos instrumentos de avaliação quantitativa, com aplicação de ajustados questionários e provas aos vários agentes envolvidos no estudo (crianças, suas famílias e respetivos professores), no sentido de dar resposta às questões formuladas. Os resultados gerais associaram à qualidade da relação professor-criança variáveis como, a idade, os anos de docência, a situação profissional e a formação académica do professor. Complementarmente verificou-se também uma associação significativa com o género da criança.Item A influência da vinculação na conciliação de papéis/apoio social e na perceção de stress/satisfação profissional e familiar(2013) Nogueira, Márcia Regina Teixeira; Jongenelen, Inês Martins, orient.O presente estudo tem como principal objetivo, investigar a relação entre a vinculação, a conciliação entre a vida familiar e profissional e a perceção de stress/satisfação nestes domínios. Recorrendo a uma amostra de 90 mães com filhos a frequentar o ensino pré-escolar e o 1º Ciclo do Ensino Básico, foi analisada a relação entre a organização da vinculação e a conciliação de papéis/apoio social, assim como uma análise da relação entre a conciliação/apoio social e o stress/satisfação profissional e familiar. Investigou-se ainda a relação entre a vinculação e o stress/satisfação profissional e familiar. Os resultados revelaram uma correlação positiva entre o conflito e o stress parental e uma correlação positiva entre o enriquecimento na direção família-trabalho e a satisfação conjugal. O conflito na direção trabalho-família correlaciona-se positivamente com o stress profissional. O enriquecimento, em ambas as direções, correlaciona-se positivamente com a satisfação profissional. No que se refere ao apoio social, este correlacionou-se positivamente com o enriquecimento e negativamente com o conflito. Quanto à vinculação, verificou-se que as participantes com um estilo de vinculação inseguro percecionaram níveis mais altos de conflito do que as participantes com um estilo seguro. Igualmente, também as participantes com um estilo Inseguro percecionaram menos apoio social. Estes resultados chamam sobretudo a atenção para a influência que as variáveis em estudo têm entre si, sendo possível verificar que a conciliação de papéis e o apoio social se relacionam com a perceção de stress/satisfação nos domínios profissional e familiar. Embora os resultados da análise da relação entre a vinculação e as variáveis em estudo não tenham revelado muitas diferenças entre os grupos de vinculação, pode-se perceber que esta variável também influencia a forma como o indivíduo perceciona o apoio social e o desempenho dos múltiplos papéis da vida adulta como negativa ou positiva, em função da organização da vinculação.Item Psicopatologia e adição em utilizadores do Facebook(2014) Maia, Vera Cristina Torres; Leite, Ângela, orient.A crescente popularidade das redes sociais, designadamente o Facebook, entre os utilizadores da Internet, exige uma particular atenção e reflexão. O Facebook é provavelmente o principal sítio de encontro, comunicação, partilha e interação de ideias e assuntos de interesse comum, entre os utilizadores. Esta nova forma de comunicação suscita muitas questões éticas, sociais e psicológicas. Assim, o presente estudo propõe-se investigar o tema de forma a procurar respostas numa área pouco explorada: a identificação de possível sintomatologia psicopatológica, bem como de adição em utilizadores do Facebook. Neste sentido, este projeto tem como objetivo principal avaliar eventuais sintomas psicopatológicos e o nível de adição dos utilizadores do Facebook. A amostra, de conveniência, deste estudo é constituída por utilizadores da rede social Facebook, de nacionalidade portuguesa, maiores de 18 anos. A recolha de dados foi realizada através de instrumentos de investigação, nomeadamente, Inventário de Sintomas Psicopatológicos (BSI) (Canavarro, 2007) e a Escala de Adição ao Facebook de Bergen (Andreassen, 2012,Trad. Portug. Leite, Cunha, Silva & Maia, 2013).Item A solidão em utilizadores portugueses do Facebook(2014) Reis, Paula Cristina Simões da Silva de Castro; Leite, Ângela, orient.As redes sociais permitem a aproximação dos indivíduos que se encontram geograficamente distantes. No entanto, uma das questões que este fenómeno pode suscitar prende-se com o facto de o Facebook poder interferir com as amizades pessoais dos seus utilizadores, podendo contribuir para que os indivíduos se distanciem uns dos outros, conduzindo ao isolamento e, consequentemente, à solidão. Neste seguimento, torna-se pertinente compreender se os indivíduos que passam mais tempo nas redes sociais percecionam níveis mais elevados de solidão, comparativamente aos que despendem menos tempo. Deste modo, a população deste estudo é constituída por utilizadores do Facebook, de nacionalidade portuguesa, com mais de 18 anos, sendo a amostra aleatória simples e constituída por 201 elementos de ambos os sexos. Para o efeito, aplicamos o questionário sociodemográfico, o questionário relacionado com a utilização da internet e do Facebook e a Escala da Solidão da UCLA- Revised UCLA Loneliness Scale (Russel; Peplau; Cutrona, 1980), descrita e adaptada para a população portuguesa por Neto (1989). Os dados mais significativos deste estudo prendem-se com um perfil de utilizador encontrado, bem como a constatação de maiores níveis de solidão em utilizadores que passam mais tempo na internet.Item Adaptação Transcultural de um Instrumento de Avaliação de Comportamentos Parentais- PBC(2014) Búrcio, Mécia Paula Marques; Pinto, Ricardo José, orient.O objetivo deste estudo foi a adaptação da versão portuguesa do questionário de Comportamentos Parentais (PBC- Checklist de Comportamentos Parentais – versão reduzida (Fox, 1994). Método. Os participantes 185 pais responderam a um questionário sociodemográfico e a um questionário de comportamentos parentais. Este questionário foi aplicado a pais de crianças com idades compreendidas entre 1- 4 anos e 11 meses distribuído nos distritos de Aveiro, Porto, Bragança e Guarda. Este questionário pretende avaliar práticas e comportamentos parentais classificados em três dimensões: Expectativas; Cuidar; Disciplina. Resultados: as propriedades psicométricas encontradas na versão Portuguesa do Questionário de comportamentos parentais foram muito semelhantes às das versões originais. Na adaptação para a população portuguesa foram obtidos três fatores que explicam 44.9% da variação total observada, tendo todos os itens saturado nas dimensões corretas, do ponto de vista teórico, à exceção de um item, que para a população portuguesa parece ser adequado. A carga fatorial foi sempre superior ao mínimo exigido de 30%, com saturações elevadas em apenas um fator. Conclusão: Tendo em conta a falta de instrumentos de comportamentos parentais em Portugal, este pode ser um importante questionário para avaliar a relação entre os comportamentos e estilos parentais e os problemas de comportamento infantil.Item Impacto do desemprego no bem-estar psicológico(2014) Vieira, Fernando Filipe Paulos; Fernandes, Susana, orient.Neste trabalho de investigação, procurou-se determinar o impacto do desemprego no bem-estar psicológico. Para o efeito, foi utilizada uma amostra de 180 sujeitos (N=180), desempregados (N=90) e empregados (N=90), com uma idade compreendida entre os 17 e os 63 anos (M=35.8). As medidas utilizadas incluíram a depressão e a ansiedade, bem como algumas variáveis sócio-demográficas. A hipótese 1 previa diferenças estatisticamente signifitivas relativamente à ansiedade estado entre empregados e desempregados. A Hipótese 2 previa diferenças estatisticamente significativas relativamente à depressão entre empregados e desempregados. Dos resultados obtidos, não foi possível confirmar diferenças entre empregados e desempregados quanto à ansiedade estado, não se confirmando a hipótese 1. No que respeita há hipótese 2, os resultados revelaram diferenças estatisticamente significativas entre empregados e desempregados, para a depressão, sendo os desempregados aqueles que apresentam maior sintomatologia depressiva. Os resultados permitiram confirmar o impacto negativo do desemprego no bem-estar psicológico, nomeadamente ao nível da depressão.Item Saúde, desemprego e atividade física(2014) Pereira, Liliana Patrícia Rosas; Fernandes, Susana, orient.Este estudo teve por objetivo analisar a prática de atividade física em sujeitos que se encontram desempregados. O trabalho foi realizado com uma mostra portuguesa de sujeito empregados e desempregados (N=180). O desenho do estudo é do tipo transversal, sendo os sujeitos avaliados num único momento. Utilizou-se um questionário sócio-demográfico e o IPAQ (Questionário Internacional de Atividade Física). A hipótese 1 previa que existisse diferenças estatisticamente significativas na pratica de atividade física nos desempregados comparativamente aos empregados, prevendo-se que os primeiros praticassem menos atividade física. A hipótese foi confirmada, concluindo-se que os desempregados praticam menos atividade física que os empregados. A hipótese 2 previa que existissem diferenças na atividade física em função do tempo de desemprego (menos de 6 meses, entre 6 meses e 1 ano, entre 1 e 2 anos e mais de 2 anos). A hipótese não foi confirmada, porque estatisticamente não foram encontradas diferenças significativas na prática de exercício físico com a duração do tempo de desemprego. Os resultados demostram que a nível geral tanto os sujeitos empregados, como os sujeitos desempregados praticam atividade física algumas vezes por semana, mas que o grupo de pessoas que se encontram empregadas são mais ativas.Item Experiências adversas precoces, vinculação romântica e experiências de violência entre jovens adultos(2014) Barbosa, Ana Cláudia dos Santos; Cabral, Joana, orient.O estudo da violência na intimidade dos jovens tem vindo a ganhar notoriedade na comunidade científica. O interesse neste fenómeno ainda é recente e talvez por isso os investigadores ainda não tenham chegado a um consenso sobre quais as causas do aumento da violência entre os jovens casais. O principal objetivo deste estudo é analisar a existência de associações entre as experiências adversas precoces, os níveis inferiores de segurança na vinculação romântica e os comportamentos violentos na intimidade dos jovens. Foram incluídos neste estudo apenas os jovens que têm ou tiveram uma relação amorosa. A maior parte dos sujeitos são estudantes a frequentar o ensino superior. Surgiram alguns resultados inesperados, nomeadamente no que diz respeito às associações entre experiências adversas e indivíduos que experienciam elevada dependência. Mas de uma forma geral, os resultados demonstram que as experiências adversas precoces estão associadas à qualidade da vinculação romântica e aos comportamentos violentos nas relações de intimidade.