Mestrado em Gerontologia Social
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Item A arte do voluntariado : processo de transição da 'vida ativa' para a reforma : a experiência dos voluntários da Entrajuda e do Banco Alimentar de Lisboa(2017) Silva, Inês Filipa Pinto da; Carvalho, Maria Irene de, orient.As sociedades estão cada vez mais envelhecidas, isto pressupõe, por um lado o êxito humano pelos avanços conquistados, mas por outro, coloca em causa questões do ponto de vista demográfico, social e económico. A velhice tornou-se, portanto, num tema com atributos negativos, associados às transformações económicas, sociais e políticas, onde as pessoas idosas integram uma categoria de indivíduos, cujas características que lhes são atribuídas são doenças, solidão, isolamento, inatividade, dependência, pobreza e até mesmo exclusão social. Mediante esta imagem negativa, deficitária e redutora dos gerontes objetivou-se contrariar esta visão, através de um estudo investigativo que revela o contributo das pessoas idosas para a produtividade da sociedade e o reflexo que essas ações têm para o seu envelhecimento, que se pontua ser bem-sucedido. Situada em pressupostos teóricos e epistemológicos construtivistas sociais, a presente investigação compreendeu um estudo qualitativo por entrevista semi-estruturada a 17 voluntários maiores de 55 anos das instituições da Entrajuda e Banco Alimentar de Lisboa, com objetivo principal de compreender o processo de transição/adaptação à reforma por via da atividade de voluntariado. Em geral, os resultados apontam o voluntariado como uma das atividades potenciadoras de um envelhecimento senescente, ativo e bem-sucedido, que favorece a manutenção da saúde biopsicossocial, o reforço das relações sociais, o aumento da auto-estima e da utilidade pessoal e social, ao mesmo tempo que evidencia o contributo positivo das pessoas reformadas para a produtividade da sociedade atual.Item Contextos e prática do serviço social com pessoas idosas em serviço de apoio domiciliário(2014) Andrade, Alexandra Cristina Correia dos Santos; Carvalho, Maria Irene de, orient.Este trabalho sob a forma de projeto profissional tem como objetivo refletir sobre a prática profissional do Assistente Social sobretudo na forma como se intervém, na promoção dos direitos e na promoção da autonomia e participação das pessoas idosas, enquanto seres sociais e agentes de mudança. A temática do envelhecimento e mais especificamente do envelhecimento ativo tem merecido, na nossa sociedade, alguns tempos de reflexão e análise. É importante estarmos conscientes das consequências e dos desafios que temos enquanto cidadãos e profissionais da área Social. É tempo de mudança e principalmente de mudança de mentalidades e de assumirmos as responsabilidades que temos a nosso cargo. Temos que ter consciência que estamos a falar de pessoas, com expectativas, desejos, de vidas que se querem plenas de conhecimento e de sentido. Falar da prática dos Assistentes Sociais em gerontologia social, a nível da gestão das respostas, e nos dilemas éticos e deontológicos que se enfrentam diariamente é fundamental para se conseguir construir uma prática profissional que se quer reflexiva. O Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) da Santa Casa da Misericórdia da Amadora, enquanto resposta social é determinante para promover a qualidade de vida das pessoas idosasItem A discriminação na velhice : a infantilização da pessoa idosa(2016) Marques, Ana Patrícia de Sousa; Marques, Sibila, orient.O envelhecimento da população acentuou-se fortemente nos últimos anos, trazendo consigo novas exigências e problemas sociais. Um desses problemas, ainda é pouco visível e abordado, o idadismo. O idadismo é uma forma de discriminação social, transmitida nas interações através de atitudes, comportamentos e preconceitos. A presente investigação tem como tema central esta problemática associada às pessoas idosas, mais concretamente a discriminação subtil transmitida através da linguagem e atitudes infantilizadas. Desse modo, definimos como objetivo principal investigar se a comunicação e as atitudes infantilizadas para com as pessoas idosas são consideradas discriminação pelos mesmos. A investigação foi realizada no concelho de Ourém, com 5 utentes do Centro de Apoio a Idosos (CAI) da Fundação Dr. Agostinho Albano de Almeida e 5 alunos da Universidade Sénior de Ourém (USO). Foi adotada uma metodologia qualitativa, sendo que a recolha de dados foi realizada através da entrevista semiestruturada ou não estruturada/ não uniformizada, uma vez ser a técnica que melhor se adequou ao estudo. Os dados foram sujeitos a uma análise de conteúdo que teve como objetivo analisar o material recolhido e reduzi-lo de forma a ficar apenas com o material mais relevante. Após a análise dos resultados foi possível constatar que todos os nossos entrevistados são pessoas ativas, com uma visão positiva do envelhecimento, à exceção de um, e no seu dia-a-dia estabelecem várias interações positivas, nos mais diversos contextos. Constatamos também que o cenário preferido dos entrevistados foi o cenário a) (cenário neutro) em detrimento do cenário b) (cenário infantilizado), que classificaram maioritariamente como negativo. Relativamente ao objetivo principal podemos constatar que cinco dos entrevistados consideram o cenário b) discriminatório e os restantes cinco não, podendo concluir também haver uma maior tolerância à linguagem e atitudes infantilizadas por parte dos entrevistados da USO, ou seja, os entrevistados não institucionalizados.Item Envelhecer a aprender: universidades sénior e qualidade de vida(2022) Lourenço, Margarida Mansos; Ferreira, Paula Isabel Marques, orient.Atualmente a temática do envelhecimento é um tema cada vez mais abordado. Este acontecimento sucede-se pelo papel que a demografia apresenta perante o mundo, pois com cada vez mais avanços a todos os níveis, (medicina, tecnologia, entre outros) vive-se cada vez mais anos, e a população mundial vai ficando cada vez mais envelhecida. O fenómeno do envelhecimento demográfico da população e a expansão da longevidade têm tido repercussões a nível mundial, sobretudo nos países mais industrializados, deste modo, o interesse e a preocupação da Qualidade de Vida (QV) na velhice ganhou maior expressão e é um fator de grande importância a se considerar nos estudos sobre a terceira idade. A presente dissertação, intitulada Envelhecer a Aprender: Universidades Sénior e Qualidade de Vida, foca a sua investigação numa amostra composta por 22 alunos, das Universidades Sénior de Manique e de Sassoeiros, utilizando uma metodologia quantitativa através da aplicação de um inquérito por questionário, com perguntas mistas, com o objetivo de compreender de que forma as Universidades Sénior influenciam a qualidade de vida no processo de Envelhecimento. Os dados resultantes do processo de investigação remetem para o facto de as Universidades Sénior de Manique e Sassoeiros serem uma mais-valia para os seus utentes, contribuindo para a melhoria da sua qualidade de vida, promovendo momentos de aprendizagem partilhada, momentos de reflexão e de socialização.Item Envelhecimento de Idosos Institucionalizados : Formação de Auxiliares de Ação Direta na Associação Casapiana de Solidariedade(2012) Conceição, Jocelina Gameiro dos Santos; Carvalho, Maria Irene de, orient.Esta tese que agora se apresenta sob a forma de projeto profissional tem como objetivo reforçar o processo de formação e qualificação em exercício de auxiliares de ação direta da Associação Casapiana de Solidariedade (ACS) reportando-se a uma prática nela levada a cabo. Esta é uma questão de extrema pertinência no âmbito do envelhecimento e do envelhecimento com dependência de idosos institucionalizados. Atualmente os lares de idosos são espaços de convivência, das mais variadas proveniências culturais e com necessidades múltiplas. Estes idosos necessitam de apoio para as atividades da vida diária. As auxiliares de ação direta são os profissionais mais aptos à realização desta função, as mesmas prestam cuidados básicos e pessoais aos idosos, essenciais à sua qualidade de vida diária. A ACS preocupa-se com a melhoria dos cuidados e por isso promove o acesso a formações, inclusive prestadas em contexto de trabalho. Neste projeto profissional evidenciamos o trabalho exercido por estas profissionais e a necessidade de formação das mesmas. Analisamos a formação em exercício realizada na ACS considerando-a como uma boa prática a ser desenvolvida pelas IPSS. Verificamos que esta prática é um dos meios para melhorar as competências destes profissionais e promover a qualidade de serviços aos mais velhos.Item O envelhecimento e a ocupação do tempo na reforma : atividades de lazer e satisfação com a vida(2018) Mota, Esménia de Jesus Pires Videira Miranda; Gameiro, Fátima, orient.Este estudo teve como objetivo conhecer se as pessoas em situação de reforma procuram e/ou praticam atividades de lazer; investigar os tipos de atividades de lazer que praticam; conhecer os motivos da não realização de atividades de lazer; identificar níveis de satisfação com a vida entre as pessoas que praticam e não praticam atividades de lazer; conhecer a associação entre a satisfação com a vida e a prática de atividades de lazer. Fizeram parte da amostra 169 indivíduos reformados, de ambos os géneros, com uma média de idades de 77 anos e que frequentam Centros de Dia ou de Convívio, em Lisboa. Foram utilizados um questionário para conhecer o tipo de atividades de lazer praticadas, a escala Attitudes of Leisure by Ragheg e Beard (1982) para compreender o ‘Porquê’ e o ‘Sentir’ da prática de atividades de lazer e a Escala de Satisfação com a Vida elaborada por Diener, Emmons, Larsen e Giffin (1985) para avaliar a satisfação com a vida. De acordo com os resultados, destaca-se o facto da maioria dos participantes praticarem atividades de lazer. As mais praticadas são o jogo das cartas; visita a museus; passeios a pé; conviver com família e amigos; ler livros; efetuar trabalhos manuais; viagens; e praticar hidro/ginástica. Relativamente a quem não pratica atividades de lazer o motivo mais apresentado foi o desinteresse. No que respeita à satisfação com a vida, observou-se que quem pratica atividades de lazer sente mais satisfação com a vida comparativamente a quem não pratica atividades de lazer.Item Envelhecimento e desemprego : impactos na sustentabilidade do Sistema de Segurança Social em Portugal(2015) Mota, Álvaro José Marques Miranda; Carvalho, Maria Irene de, orient.A problemática da sustentabilidade da Segurança Social tem sido objeto de um amplo debate ao longo dos últimos anos por toda a Europa. A necessidade de mudança nos sistemas de proteção social, em virtude de vários fatores, dos quais se destaca a redução drástica da despesa pública, pressionou os governos a efetivarem as reformas que há muito deveriam ter sido concretizadas. Em Portugal, os sucessivos governos concentraram-se em alterações paramétricas que, embora indo no bom sentido, não parecem garantir a adaptabilidade do sistema a um enquadramento demográfico e económico em rápida evolução. Acresce que o atual estado de situação parece demonstrar que o sistema existente ignora o próprio enquadramento, tendo permitido reduções cumulativas da idade da reforma e aumento de “direitos”, como moeda de troca para menores acréscimos das tabelas salariais, sem qualquer preocupação com os encargos futuros decorrentes de tais opções. Assim, pretendeu-se neste estudo, após dar a conhecer melhor o sistema de Segurança Social em Portugal, caraterizar o seu financiamento e elencar os principais aspetos da reforma em curso, tendo presente o desemprego e o envelhecimento da população. Adicionalmente, tendo por base a documentação mais recente disponibilizada por diversos organismos nacionais e internacionais, procurou-se obter uma análise tão independente quanto possível de entidades não relacionadas com o sistema. No decurso do trabalho, uma questão importante foi levantada, traduzindo-se na aparente contradição entre as medidas de promoção do emprego dos jovens e o combate às reformas antecipadas dos menos jovens. Concluiu-se que são inúmeras as preocupações que colocam em causa a sustentabilidade do sistema de segurança social tal como o conhecemos na atualidade, visto que o alto índice de desemprego e o envelhecimento da população ativa são uma realidade. Assim, o desemprego leva a que a entrada de contribuições seja mais baixa, levando a que, por sua vez, o sistema tenha encargos maiores com a população envelhecida, que é cada vez maior, como é o caso das pensões de reforma, colocando em causa o atual sistema de Segurança Social.Item Envelhecimento e sociabilidades nos espaços da cidade: modos de romper a solidão(2013) Galante, Marisa Cristina Dias dos Santos; Andrade, Marília de Carvalho Seixas, orient.A presente dissertação de mestrado é um estudo exploratório e compreensivo do fenómeno da solidão, que problematiza a relação entre o envelhecimento e as sociabilidades, em contextos actuais de vida de pessoas idosas a viver sós. Entende-se que a tentativa de definir solidão de forma única e definitiva é um risco onde se perdem os múltiplos rostos de significados, simbologias e vivências diversas das pessoas idosas. A solidão é um sentimento que se revela de forma diferenciada e única em cada pessoa, pelo que perceber a heterogeneidade do significado persegue a diversidade de formas de sentir e viver a solidão, bem como os diferentes modos de romper e de encontrar alternativas para ultrapassar a situação de isolamento. A investigação apresenta uma abordagem qualitativa e exploratória, concretizada sobretudo através da observação focalizada nos espaços de estar e conviver e na análise de histórias de vida narradas pelos próprios sujeitos entrevistados. A pesquisa empírica privilegiou o significado que oito pessoas idosas, residentes na cidade de Lisboa, Freguesia de Benfica, atribuem às suas situações de vida, aos contextos sociais e espaciais e às actividades que frequentam em ambientes institucionais. A solidão nas pessoas idosas é um fenómeno social das sociedades modernas que é sobretudo afectado pela ausência de convivialidades e sociabilidades. Através dos testemunhos obtidos constatou-se a importância que têm os espaços de lazer, sobretudo quando a pessoa fica só, na medida em que quebram o isolamento e permitem criar ou retomar laços de amizade e de proximidade social. Efectivamente, os resultados revelam que a solidão nas pessoas idosas é provocada essencialmente pela ausência de laços sociais e amicais. As narrativas discursivas evidenciam que a interacção com os pares e a procura por locais de convivialidade são vivências essenciais que transmitem bem-estar, apoio e segurança rompendo a solidão. No dizer das pessoas idosas, ao usufruir de espaços de sociabilidade, estabelecem novas amizades, realizam actividades de que gostam, procuram uma valorização pessoal e social, readquirem a capacidade e a vontade de programar e de concretizar objectivos e preenchem positivamente o seu tempo.Item Envelhecimento, satisfação e qualidade no Centro Apoio Sócio Cultural Unidade Zambujalense(2012) Franco, Paula Cristina Jesus; Carvalho, Maria Irene de, orient.Esta investigação sob a forma de dissertação de mestrado teve como objetivo principal, envolver os idosos e/ou familiares enquanto elementos determinantes na avaliação dos serviços prestados por esta instituição. Avaliar os serviços é fundamental e determinante no processo de evolução e caminho a seguir, rumo á certificação e qualificação dos equipamentos sociais destinados aos idosos, o Centro Apoio Sócio Cultural Unidade Zambujalense (CASCUZ) é um dos equipamentos de referência no Concelho de Sesimbra. Ao elaborar os questionários de satisfação, foi tido como base de trabalho, os manuais da segurança social para as respostas sociais contudo, houve a necessidade de adotar e reformular estes instrumentos, tendo em conta a realidade institucional e o baixo nível de escolaridade dos clientes incluídos na amostra. Foram estruturados três questionários diferenciados, para clientes e familiares, de Lar e CD e um de Serviço de Apoio Domiciliário, especifico para a resposta, domiciliária. Nos critérios de inclusão dos participantes na amostra, foi tido por base, a triagem inicial com a seleção dos clientes com e sem deterioração cognitiva, através da aplicação do Mini Mental State, com a opção de aplicar o inquérito ao cliente ou ao familiar, tendo sido suprido o item de avaliação do calculo, devido ao facto do índice de escolaridade ser muito baixo Do estudo analítico, destaca-se de forma visível a satisfação dos clientes com todas as respostas sociais: Lar, CD e Serviço de Apoio Domiciliário. Tornando-se relevante, no entendimento da questão a qualidade de vida subjacente, nos utilizadores dos serviços desta instituição.Item Hipoterapia na Pessoa Idosa : Projecto de Intervenção no Centro Hípico Quinta do Cabrito(2014) Dias, Andreia Filipa Lucas; Clara, João Gorjão, orient.Considerando o envelhecimento populacional que se tem verificado nomeadamente em Portugal desde a segunda metade do século XX e o consequente aumento sustentado do grupo etário dos que atingem a terceira idade, é cada vez mais importante não só acrescentar anos à sua vida, mas também acrescentar qualidade aos seus anos de vida. A hipoterapia surge então como um potencial instrumento na melhoria da qualidade de vida das pessoas idosas. Pretendo assim impulsionar a utilização da hipoterapia na melhoria da qualidade de vida dos idosos portugueses e do seu envelhecimento activo. Com este propósito, proponho-me criar um centro de hipoterapia para pessoas idosas no Centro Hípico Quinta do Cabrito para apoiar os idosos do Concelho de Abrantes, melhorando o seu estado físico, psicológico, emocional e social, promovendo a sua integração nas famílias e na comunidade, potenciando e disponibilizando recursos terapêuticos para a melhoria da funcionalidade dos mesmos. Para criar um centro de hipoterapia procurei abordar e desenvolver diversos temas, tais como a caracterização do Centro Hípico onde este projecto será implementado, as actividades a realizar nas sessões de hipoterapia, o acompanhamento e avaliação dos praticantes, os recursos necessários, as fichas de inscrição e acompanhamento, os documentos necessários para a prática, os horários, a publicidade às sessões de hipoterapia, a caracterização da população alvo, a percepção tida pelos profissionais que lidam de perto com as pessoas idosas acerca da hipoterapia e a percepção experimentada pelos praticantes. A investigação da pertinência deste tema levou-me a concluir que a hipoterapia pode assumir um papel relevante na melhoria da qualidade de vida dos mais velhos, constituindo indubitavelmente uma área de interesse terapêutico a explorar.Item A identidade das pessoas idosas institucionalizadas(2018) Guimarães, Rozana Pereira Antunes; Carvalho, Maria Irene de, orient.Este trabalho situa-se no contexto do aumento contínuo do envelhecimento populacional em Portugal. O aumento da esperança de vida, as transformações no individuo a nível biopsicossocial, são evidenciados ao longo de todo o processo do envelhecimento e os estudos gerontológicos, as teorias do envelhecimento tentam indicar o fator principal deste fenómeno que é envelhecer. Com o objetivo de analisar o autoconhecimento e perceber como a transição do ciclo de vida (da residencia das pessoas idosas para as unidades residenciais) afeta os hábitos, costumes crenças, isto é, sua identidade pessoal, destas pessoas. Pretendemos responder à seguinte questão: A institucionalização das pessoas idosas transforma a sua identidade pessoal? Sabemos que a identidade atribuída refletida e a representação social cruzam-se com as auto perceções, com a identidade construída e espelhada e com o social que é prefigurada sobre o envelhecimento que a sociedade estereotipou ao logo dos anos, isto é, como os outros me vêm e como eu me vejo a mim. Em relação à metodologia utilizada, optamos por uma abordagem qualitativa, por se considerar que as temáticas em estudo seriam valorizadas através de uma investigação que desse voz aos participantes. A técnica utilizada foi a entrevista semiestruturada na recolha de dados e para este efeito foram entrevistadas oito pessoas idosas, três do sexo masculino e cinco do sexo feminino com profissões diversas, advindos de diferentes regiões do país, e com idades compreendidas entre os 65 anos e os 97 anos e residentes numa URPI no conselho de Cascais. Concluísse que a pessoa idosa tem sua identidade pessoal atribuída refetida afetada sim pela institucionalização, porém não tem nenhum interesse em transformar sua identidade pessoal espelhada, pelo contrário, tentam guarda como um grande tesouro que conquistou em sua trajetória de vida.Item Identidade na velhice : um jogo de espelhos(2013) Farinha, Vanessa Alexandra Marques; Ferreira, Maria Emília Freitas, orient.O aumento da esperança de vida, considerado uma vitória da humanidade, comporta transformações no indivíduo ao nível bio-psico-social, transformações essas mais evidentes na fase da velhice, pelo que o indivíduo se vai readaptando de acordo com a realidade que o rodeia. A identidade e representação social da velhice cruzam-se, com auto-percepções e com a representação social que a sociedade em geral vai construindo sobre o envelhecimento e sobre a população nesta fase da vida, num jogo de sobreposição e (re)contrução de imagens. Este estudo propôs-se compreender, através de uma reflexão teórica e dos discursos dos próprios, o envelhecimento, as percepções dos idosos e suas vivências e as representações sociais que os mesmos consideram existir sobre esta realidade na sociedade portuguesa. Como parte da relação teoria-prática, o estudo pretende igualmente aprofundar conhecimentos sobre os idosos das Residências Assistidas dos Inválidos do Comércio, e compreender os seus pontos de vista com o intuito de melhorar a intervenção que a autora desenvolve enquanto Assistente Social junto da população idosa nesta instituição. Esta investigação é de índole qualitativa, elaborada segundo um estudo exploratório-descritivo simples, pelo facto de facultar a recolha de dados de forma mais intensiva, para o que foram aplicadas entrevistas semi-directivas individualizadas a residentes das Residências Assistidas de Inválidos do Comércio. A interpretação do material recolhido pelas entrevistas permitiu concluir que a identidade da pessoa idosa vai-se (re)construindo no decorrer do seu processo de envelhecimento, sendo que o indivíduo se vai adaptando às alterações e condicionalismos que a vida nesta fase implica. Verificou-se igualmente que os idosos protegem a sua identidade através de estratégias adaptativas, tendo em conta o seu bem-estar e auto-estima, e a imagem que pretendem transmitir aos outros. De um modo geral, o grupo de idosos entrevistados aceita o seu processo de envelhecimento, contudo, não se identificam com a representação social que os próprios constroem em torno deste, e com o reflexo que captam do pensamento da sociedade.Item Imigrantes brasileiras idosas em Portugal : contributos das redes de suporte formal e informal para a integração social(2015) Fernandes, Maria do Amparo; Carvalho, Maria Irene de, orient.O presente estudo tem como objetivo compreender a integração de imigrantes brasileiras idosas na sociedade portuguesa considerando o modo como as redes de suporte formal e informal promovem essa integração. No quadro desta análise foi ponderada a questão do género (especificamente o feminino), tema indissociável do binómio envelhecimento-migrações. No que toca ao envelhecimento dos imigrantes, importa referir que esta é uma realidade com a qual os países recetores mais antigos já convivem há bastantes anos e que em Portugal surge como fenómeno novo e, naturalmente, suscetível de investigação. A nossa análise incidiu em autores e marcos teóricos que apresentaram estudos sobre o universo do envelhecimento, das migrações e do género. A metodologia adotada foi a qualitativa baseada em estudo de casos. As entrevistas foram do tipo semidirigida sendo a técnica que melhor serviu este propósito. O acesso à população efetuou-se através da técnica de amostragem por acessibilidade ou por conveniência. Os resultados do estudo ilustram os percursos de várias mulheres brasileiras idosas a residir em Portugal e as estratégias de integração tendo em conta as redes de apoio formal e informal. Concluímos que os processos de integração destas mulheres, sobretudo ao longo das suas carreiras profissionais, se dão em grande parte por iniciativas pessoais, tendo as redes de suporte informal, família e amigos, um papel relevante nesse processo. Apesar de existir um importante e vasto acervo de estudos sobre o universo das migrações, foi possível concluir que o tema dos imigrantes idosos no geral e das mulheres imigrantes em particular parece não ter recebido ainda a atenção merecida por parte da investigação.Item Impacto da pandemia covid 19 em auxiliares de geriatria: manifestações de sintomas somáticos e burnout(2022) Franco, Kamilla Edelyne Monteiro; Santos, Pedro Manuel Carvalho Machado dos, orient.O coronavírus se alastrou mundialmente, e em decorrência, no dia 11 de março de 2020 a Organização Mundial de Saúde (OMS) qualificou emergência de saúde pública, considerando o COVID 19 como uma pandemia internacional, de modo a constituir uma calamidade pública. Entre os grupos de risco, encontram-se em evidência os adultos mais velhos que além de constituírem a maior parte das pessoas suscetíveis a esta pandemia, constituem também a faixa etária da população que está em constante crescimento. Para atender à esta situação, existe a necessidade da prestação de cuidados formais, de modo a destacar os auxiliares de geriatria, profissionais que contribuem para o bem-estar e ajuda nas atividades de vida diária dos adultos mais velhos. Considerando o estado de pandemia atual, a partir deste estudo, avaliou-se os níveis de Burnout e sintomas somáticos nesta classe de profissionais. Com o Burnout como variável dependente, foram acrescentadas variáveis independentes para a análise deste estudo: sociodemográficas (género, idade, estado civil, número de dependentes - filhos e/ou dependentes mais velhos, nacionalidade e apoio informal - rede de suporte) e laborais (apoio formal - apoio social, local de trabalho, horas de trabalho e tempo ao exercer a função). Foram utilizados como instrumentos para o estudo um questionário sociodemográfico, o MBI HSS e o questionário de sintomas somáticos, através de plataforma online (google forms). Com uma amostra de 150 profissionais, constatou-se que existem níveis mais altos de Burnout na realização pessoal (72,7%), seguida da exaustão emocional (35,3%) e em último lugar a despersonalização (21,3%). Pôde-se também detetar os sintomas somáticos sentidos em decorrência do Burnout, destacando sua relação direta. Palavras-chaves: COVID 19, Burnout, Auxiliares de Geriatria.Item Impactos causados pela Pandemia COVID-19 em idosos institucionalizados(2022) Nascimento, Joana Raquel Prego; Ferreira, Paula Isabel Marques, orient.O envelhecimento constitui um dos principais temas da sociedade portuguesa de interesse no domínio das políticas sociais. O aumento da longevidade leva ao surgimento de diversas questões relativamente à forma como a sociedade lida com esta realidade. A afectividade é um sentimento que faz parte de todo o ser humano em qualquer idade, através da felicidade. A pessoa idosa não deve ficar privada de estabelecer relações interpessoais, visto se tratar de algo imprescindível ao seu bem-estar emocional. A Pandemia COVID-19 levou à adopção de novas medidas com o intuito de evitar a propagação da doença. No entanto, essas medidas, dificultaram as interacções entre famílias e, consequentemente, a vivência dessa afectividade. O presente trabalho de investigação conta com uma amostra de 13 (treze) indivíduos, sendo 5 (cinco) técnicos de ERPI's e 8 (oito) familiares de idosos institucionalizados. Foi utilizada uma metodologia qualitativa, sendo realizadas entrevistas com o objectivo de compreender em que medidas a Pandemia COVID-19 condiciona a troca de afectos entre familiares e idosos institucionalizados. Analisando os resultados da investigação, confirma-se que a afectividade desempenha um papel importante quer para o indivíduo, quer para a relação que mantém com os outros. Foi possível compreender também, que a Pandemia COVID-19 condicionou essa troca de afectos.Item A importância da alimentação no processo de envelhecimento : os hábitos alimentares e a satisfação com os serviços em idosos da Liga dos Amigos da Terceira Idade(2013) Salgueiro, João Miguel de Jesus Semedo; Carvalho, Maria Irene de, orient.Este estágio foi efetuada na Liga dos Amigos da Terceira Idade – daqui em diante denominada de LATI e trata da relação do envelhecimento com a alimentação em idosos. Tendo em conta o crescente aumento de idosos é fundamental que se estude com rigor a alimentação para adequada para esta população. Ao debruçarmo-nos sobre este tema pretendemos não só compreender o modo como os nutricionistas se preocupam com a alimentação dos idosos nomeadamente assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros, médicos que se preocupam com esta questão. Este estágio decorreu sob o referencial teórico do envelhecimento, do envelhecimento ativo, alimentação, nutrição e qualidade de vida nas respostas sociais de Centro de Dia, Lar e Apoio Domiciliário da Liga dos Amigos da Terceira Idade (LATI). A metodologia adotada centrou-se na investigação ação com destaque para as metodologias qualitativas, com a realização de algumas entrevistas e para as abordagens quantitativas com a aplicação de questionários aos utentes da LATI. Assim para a recolha de dados o estagiário efetuou entrevistas semi-estruturadas à Diretora Técnica da Instituição, à responsável pela cozinha bem como à nutricionista. Para além disso, aplicou um questionário semi-estruturado individual aos utentes/clientes da LATI. Os resultados permitiram compreender o perfil dos idosos, os seus hábitos alimentares, a sua relação com a instituição, a satisfação com os serviços que usufruem e a satisfação com a vida. Assim como possibilitou concluir que os idosos têm acesso a uma alimentação adequada e que se encontram satisfeitos com a alimentação que lhes é fornecida por parte da instituição assim como estão satisfeitos com o usufruto dos serviços da instituição seja nas AVD e AIVD assim como em relação às atividades de lazer. Contudo revelam necessidade de uma maior participação nas decisões e escolha das ementas. Assim podemos concluir que uma boa alimentação implica necessariamente uma participação efetiva dos intervenientes.Item A importância das atividades desenvolvidas em Serviço de Apoio Domiciliário na pessoa idosa com alteração da cognição : estudo de casos(2013) Torrão, Ana Rita; Carvalho, Maria Irene de, orient.O presente trabalho tem como tema compreender a importância das atividades de estimulação cognitiva em resposta de apoio domiciliário na pessoa idosa com quadro de alteração da cognição – défice cognitivo. Foram desenvolvidas sete atividades para cada caso, cada uma delas com um objetivo específico que consistiu em avaliar determinadas funções cognitivas tais como a memória, reconhecimento, pensamento e linguagem. A amostra foi formada por quatro mulheres com idades superiores a 80 anos e com a escolaridade correspondente ao ensino básico/primário. Foi utilizada no estudo a metodologia qualitativa e quantitativa. A primeira envolveu o estudo de casos, a análise dos resultados obtidos em cada caso nas atividades desenvolvidas, em conjunto com as restantes dimensões de análise: o perfil, estado mental e interações sociais. Por sua vez, o método quantitativo correspondeu à aplicação da prova cognitiva de Avaliação Breve do Estado Mental (MMS). O impacto das atividades desenvolvidas foi discreto, mas positivo, na medida em que o valor respeitante ao défice cognitivo não sofreu alterações significativas (com exceção de um dos casos com decréscimo evidente), simbolizando a manutenção das competências cognitivas. De um modo geral, os quatro casos mostraram grande recetividade e cooperação. Foi mais facilitador lembrar informação relativa à sua história de vida – memória episódica. Verificou-se um nível de agrado muito positivo nesta atividade de reminiscência, bem como na atividade com música, facilitando a expressão verbal. Na memória semântica relativa aos conteúdos aprendidos evidenciaram-se mais dificuldades, tendo os quatro casos recorrido a estratégias de compensação para recuperar a informação pretendida – usaram aspetos concretos da sua própria realidade pessoal/percurso de vida. Salientamos que em dois dos casos estudados se verificou a existência de perturbação ao nível da linguagem expressiva em paralelo com limitações no campo do reconhecimento visual e recuperação da informação armazenada. Sinalizamos para culminar que as atividades se constituíram, para além de um espaço de estímulo e relação, como uma metodologia de avaliação – bilhete de identidade para cada caso face às competências e défices vigentes no plano da cognição, abrindo caminho para uma intervenção mais específica/singular.Item A Influência da Arteterapia no Bem-Estar em Idosos Institucionalizados : um estágio na Associação Casapiana de Solidariedade(2014) Cabaço, Ana Sofia Martins Avelar de Carvalho; Carvalho, Maria Irene de, orient.Este relatório de estágio que agora se apresenta, tem como tema “A influência da arteterapia no bem-estar em idosos institucionalizados". Como tal pretendeu-se compreender e aferir junto da Associação Casapiana de Solidariedade (ACS) o modo como a arteterapia influencia o bem-estar dos idosos institucionalizados. Considerando que o bem-estar está relacionado com a qualidade de vida pois são ambos conceitos da psicologia que estão ligados, torna-se bastante importante aliá-los os mesmos com a arteterapia, e foi deste pensamento que surgiu este estágio. Nesse sentido o estágio desenvolveu-se no contato com a realidade de uma estrutura residencial para pessoas idosas com idades compreendidas entre os 65 e os 94 anos, sendo estes, na sua maioria mulheres viúvas e com pouca ou nenhuma escolaridade. O grupo que participou neste projeto de estágio, desenvolveu atividades de arteterapia. A participação nas atividades permitiu estudar as reações, os comportamentos e as opiniões expressas durante todo o processo. O método empregue foi a investigação-ação devido ao facto de se investigar e de se provar se a arteterapia promove o bem-estar e a qualidade de vida dos idosos no contexto da institucionalização. No fim de todo o processo de estágio conclui-se que a hipótese levantada no início da investigação “Os idosos institucionalizados ao usufruírem da arteterapia, o seu bem-estar vai aumentar”, depois de analisada no decorrer do estudo é considerada verdadeira.Item A influência da solidão na afectividade e saúde na velhice(2013) Figueiredo, Maria da Conceição Ribeiro Santos Leonardo; Couvaneiro, Maria da Conceição Serrenho, orient.Este estudo teve como objectivo avaliar os efeitos da solidão na afectividade e na saúde na velhice. Foi recolhida uma amostra de 148 participantes, 64 indivíduos do sexo masculino e 84 indivíduos do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 65 e os 92 anos. Foram utilizadas as seguintes medidas: A escala da solidão da Universidade Califórnia em Los Angeles (UCLA; versão portuguesa, de autoria de Félix Neto); Positive Affect and Negative Affect Scales (PANAS; Watson, Clark & Tellegen, 1988) e a Short Form de 36 itens - 2ª versão (SF-36v2; versão traduzida e validada para a população portuguesa, pelo centro de Estudos de Investigação em Saúde, 1997). Demonstrou-se a existência de correlações negativas entre a solidão e a afectividade positiva e a saúde, e positivas entre a solidão e a afectividade negativa. Constatou-se ainda através dos resultados obtidos que o grupo dos indivíduos com índice mais baixo de solidão relataram mais Afectividade Positiva, menos Afectividade Negativa e descreveram um melhor estado geral de saúde.Item A influência das relações familiares no processo de institucionalização das pessoas idosas na Santa Casa da Misericórdia de Machico(2018) Patrício, Nuno Miguel Marques; Carvalho, Maria Irene de, orient.A institucionalização da pessoa idosa é um tema actual num contexto de profundas mudanças na sociedade e na família. Este trabalho de investigação teve como principal objectivo compreender como a manutenção de laços familiares após a institucionalização contribui para o processo de integração e bem-estar da pessoa idosa numa unidade residencial para pessoas idosas (URPI). Esta questão levou-nos a analisar a rede social pessoal, da pessoa idosa institucionalizada, na sua dimensão estrutural, (tamanho e composição da rede), dimensão funcional (tipos de apoio prestado), e dimensão relacional (frequência de contactos). Não esquecendo, o papel que a instituição desenvolve na promoção do bem-estar e da integração da pessoa idosa. O método adoptado foi o quantitativo, com aplicação de um questionário como técnica de recolha de dados. Inquirimos 28 pessoas idosas, com autonomia funcional e cognitiva, institucionalizadas na Santa Casa da Misericórdia de Machico, do Concelho de Machico, na Região Autónoma da Madeira. A este nível, foram cumpridos os deveres éticos da pesquisa no que diz respeito à autonomia e vontade das pessoas idosas participarem no estudo. Foi efectuado um documento de consentimento informado com as questões relativas ao tipo de estudo e à confidencialidade do uso dos resultados na pesquisa. Dos dados recolhidos, podemos inferir que na maioria dos inquiridos, após a sua institucionalização, se verificou uma redução do número de pessoas com as quais se relacionam de forma significativa, registando-se um estreitamento da rede marcado tanto por perdas como por uma desvinculação em relação à participação na vida social e até familiar. Apesar de se verificar, uma diminuição da frequência dos contactos dentro da rede com a pessoa idosa, a família foi identificada como principal referência no suporte social à pessoa idosa, com influência directa no seu bem-estar e integração social.