Revista Lusófona de Ciência das Religiões Ano VI, nº 11 (2007)

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    Perdição, orientação e a urgência do caminho : o Budismo e a cultura portuguesa, uma abordagem hermenáutica
    (Edições Universitárias Lusófona, 2007) Feitais, Paulo
    Neste texto seguimos o fio da tecitura densa que faz da aproximação do Ocidente ao Oriente uma das maiores aventuras do Pensamento Ocidental, neste novo século. Ninguém poderá assumir-se em autenticidade se desligado da subtil teia cósmica que enlaça o destino e entretece os desejos de todos os seres. O Budismo é cada vez mais importante na cultura portuguesa, porque a lusitanidade é transcultural e é a fonte motivacional das mais significativas demandas espirituais.
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    Amato Lusitano e as problemáticas sexuais : algumas contribuições para uma perspectiva de análise das 'Centúrias de curas medicinais'
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2007) Rodrigues, Isilda Teixeira
    Amato Lusitano deve ser consideradocomo um dos primeiros sexólogos,de pleno direito,dentro dos condicionalismos cognitivos do seu tempo, tal como as Centúrias podem ser lidas como uma das primeiras obras médica sem que começam a esboçar-se os rudimentos da perturbação sexual que mais tarde viriam a integrar-se na ciência actualmente identificada como sexologia clínica.
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    Sob o manto diáfano da fantasia : os cristos de Eça 
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2007) Bueno, Aparecida de Fátima
    Este trabalho se propõe a analisar as formas como a figura de Jesus aparece representada na obra ficcional de Eça de Queiroz, tomando por base, principalmente, três momentos dessa representação: A relíquia, «A morte de Jesus» e «O suave milagre».
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    A paixão religiosa de Saramago : leitura de 'O evangelho segundo Jesus Cristo' de José Saramago
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2007) Tenório, Waldecy
    O Evangelho segundo Jesus Cristo, de José Saramago, é de 1991. Nesse mesmo ano, Juan Luis Segundo publica La historia perdida y recuperada de Jesus de Nazaret. Mais do que a coincidência de datas, o que chama atenção nesses dois livros é o diálogo secreto que eles travam entre si. O teólogo escreve para o “ateu potencial”, aquele que é capaz de colocar certos valores humanos acima dos valores religiosos. Por que essa preferência? Porque só um “ateu potencial” – diz Segundo – pode reconhecer a importância e o significado de Jesus. Em que pese o paradoxo, não é precisamente esse o caso de Saramago? Não é ele, apesar dele, esse “ateu potencial”?
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    O «cais» de Santa Iria : uma reflexão sobre uma velha questão
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2007) Mata, Luís
    A dependência etimológica entre Iria e Santarém é tradicionalmente aceite entre os historiadores, que argumentam ser a tese comprovada pelas fontes medievais, quer árabes, quer cristãs. Mas as fontes árabes não corroboram esta dedução, já que ao referirem-se ao topónimo Shantarîn, Yâqût al-Hamawî (1179-1229) diz apenas tratar--se da articulação das palavras Shanta e Rîn, sendo abusivo e até inocente ver na sua explicação toponímica qualquer referência a uma santa de nome Iria.
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    Anticlericalismo e universo feminino : polémicas e estereótipos
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2007) Franco, José Eduardo
    A imagem da mulher como «presa fácil» e como «sexo frágil» difundida pela propaganda anticlerical, e particularmente pela propaganda específica contra a influência da Companhia de Jesus, é um dos temas fortes do processo de construção de uma ideologia antijesuítica que marcou as sucessivas leituras decadentistas e alarmistas da história da cultura portuguesa e europeia. O nosso breve estudo pretende analisar as incidências anticlericais e, particularmente, antijesuíticas do tema da mulher e da questão da manipulação das consciências àquele associado, no quadro das polémicas em torno da demanda de poder e do exercício de domínio pelo jesuitismo. Exploraremos a simbólica psicológica da ideia da mulher-alter ego do padre e extensão da influência clerical em espaços normalmente inacessíveis à sua presença.
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    The sociology of religion and the 'desecularisation of society'
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2007) Knoblauch, Hubert
    Neste artigo, pretendo delimitar alguns dos mais importantes e recentes avanços na análise e na teorização que a Sociologia das Religiões sofreu na Alemanha, França e no mundo anglo-saxónico, nomeadamente os conceitos de "new cultural sociology", "new paradigm", e o debate sobre a dessecularização da sociedade. O centro encontra-se na crescente importancia da subjectividade e da espiritualidade. Por forma a não se reduzirem a simples aspectos teóricos, relacionamo-los com as alterações societais das sociedades modernas. Contudo, afirmamos que esta nossa abordagem foca especialmente o fenómeno descrito na Europa Central, assim como nas sociedades anglo-saxónicas. Afastando-nos deste enfoque, desejamos que também em Portugal e no Brasil se desenvolvam estudos sobre estes procesos teóricos e as suas relações com as mudanças nas sociedades.
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    História do Budismo em Portugal e da União Budista Portuguesa
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2007) Teixeira, António Coelho
    Sintetizaram-se os aspectos históricos principais referentes à introdução do budismo na Europa, nomeadamente das escolas do Zen, do Theravada e do chamado Budismo Tibetano, dada a influência que as mesmas iriam ter na posterior introdução em Portugal. Apresentou-se, cronologicamente, uma visão genérica da história do budismo em Portugal, desde a sua introdução, por finais dos anos setenta, à fundação das diferentes escolas budistas passando pela União Budista Portuguesa e realçando algumas das principais actividades e realizações empreendidas pelas mesmas até aos dias de hoje.
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    A leitura do Budismo na obra de Dalila Pereira da Costa
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2007) Lopo, Rui
    Neste texto, pretende-se demonstrar como o Oriente é dinamicamente pensado na filosofia portuguesa (Leonardo Coimbra, Agostinho da Silva, António Quadros) como um lugar de destinação e origem, tanto do pensamento como da história, desse modo se estatuindo uma original atitude ecuménica. Assim, neste sentido, a rica e polimórfica Teoria da Saudade é por Dalila Pereira da Costa enriquecida pela confrontação com o pensamento oriental e o Budismo. Este estudo procura mostrar como o Budismo, na obra desta filósofa, é identificado com uma forma de niilismo, em contraposição com a experiência saudosa que é vista como uma forma de autodescoberta e de salvação.
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    Afinidade entre o Budismo e o pensamento de Vergílio Ferreira : uma aproximação
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2007) Carvalho, Bruno Béu de
    Neste breve artigo, de sinal marcadamente indicativo, é nossa intenção ensaiar a aproximação entre o Budismo, numa consideração genérica, e o pensamento e obra de Vergílio Ferreira em dois pontos ou gestos de ambos. Num primeiro, relevamos a posição, dizemo-la, principial, que ocupa, na doutrina e prática budistas, o autoconhecimento, chave e vector, a par da mesma posição de tal conhecimento, seu valor e modo, no pensamento e obra vergilianos. Finalmente, comparamos o gesto que, no Budismo, considera o tecido (os cinco agregados ou khandhas) que responde pela insatisfação (dukkha) da existência, e o valor libertador do seu reconhecimento efectivo, com a posição vergiliana, notada numa noção que cremos crucial, a de interrogação, de distância, face à filosofia, e sua diversidade de programas ou sistemas de relação com o real, assim como, ultimamente, face à linguagem, à nomeação e determinação da realidade, tecida, esta, ultimamente, de mistério.
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    Para um diálogo e uma espiritualidade inter e trans-religiosos : uma reflexão a partir de Agostinho da Silva e de sua Santidade o XIV Dalai Lama
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2007) Borges, Paulo
    O objectivo deste estudo é considerar a possibilidade e exigências de um diálogo e de uma espiritualidade inter e trans-religiosos a partir das propostas de Sua Santidade o Dalai Lama e Agostinho da Silva.
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    O revelador da realidade : mestre Caeiro e a filosofia budista
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2007) Almeida, Julieta Marques de
    Sendo um poeta aparentemente simples, Alberto Caeiro tem lugar de destaque na gaLibertador’ e ‘Revelador da Realidade’ são duas expressões usadas pelos discípulos que assim o descrevem, evidenciando um processo em que o conhecimento da realidade se relaciona directamente com uma libertação ou livramento. Parece, de facto, ser projecto do poeta a procura de tal conhecimento, descrito e ilustrado no conjunto dos seus versos. E a verdade encontrada das coisas, vazias e passageiras como bolas de sabão, assemelha-se ao que na filosofia budista se refere à sua verdadeira natureza; a vacuidade, cuja compreensão directa é fonte de paz, porventura a mesma que reconhecemos na admirável serenidade do mestre.
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    Anatta e Anicca nella poetica interstiziale di Fernando Pessoa
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2007) Cardiello, António
    Tendo como prerrogativa o desmascaramento da pretensão, inserida em qualquer essência fenoménica e psicológica, de afirmar-se como uma entidade autónoma, isolada e independente, como puro “em si”, e à revelação de como, contrariamente, qualquer realidade empírica tenha de tal forma uma natureza impermanente subentendendo-se como uma rede de relações e de interligações, a teoria da anatta-, juntamente com a da anicca, representam no âmbito do ensinamento budista talvez o que mais se assemelha ao conceito de askesis filosófica formulado no Ocidente por uma certa tradição de pensamento tendo como raízes Heraclito, Platão, Hegel e Nietzsche e que descobre dois de entre os mais originais intérpretes em Novalis e Pessoa. De facto, quer no primeiro quer no segundo, o filosofar configura-se como uma arte de compor e recompor- se a si mesmo, um percurso de iniciação a si que passa inexoravelmente pelo abandono da posição da própria auto-referencialidade e da aceitação ontognoseológica do outro no seio do idêntico. Mediante esta operação de descentralização, que em Pessoa começa e se dissolve no interior da estratégia estética da heteronímia, onde a palavra poética transfigura-se no interstício, na abdicação e fingimento, o sujeito descobre-se diferença e relação e é-lhe finalmente possível reconhecer-se como totalidade e de reflectir-se nela.
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    Prendimento e desprendimento activo : considerações de António Sérgio acerca do budismo
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2007) Pinho, Romana Valente
    Este texto visa discutir o tratamento que o autor português António Sérgio dá ao Budismo na sua obra. Verifica-se, então, que tal temática está tremendamente associada à reflexão que Antero de Quental tece nos seus escritos acerca do assunto e à associação entre os conceitos de Nirvana Activo e Uno Unificante.
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    Buda e o budismo num relâmpago em dois momentos de Teixeira de Pascoaes
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2007) Franco, António Cândido
    Este texto procura explorar o tema de Buda e do Budismo na escrita de Teixeira de Pascoaes (1877-1952).
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    O nirvana (ensaio psicopatológico dum dogma) de Manuel Laranjeira e as relações do Budismo com a cultura portuguesa
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2007) Braga, Duarte Drumond
    A leitura que Manuel Laranjeira (1877-1912) faz do conceito budista nirvana não difere essencialmente da mais comum no Ocidente do século XIX. Aparentemente, a única particularidade da sua análise é ser de cariz médico. Defende-se neste texto que este ensaio, contextualizado no conjunto da produção de Laranjeira e de outros autores portugueses seus coevos – sobretudo Guerra Junqueiro e Teixeira de Pascoaes – tem, no entanto, outras virtualidades de leitura, no que concerne à cultura portuguesa. Por um lado, enquanto análise do pessimismo, diagnostica ou adivinha um “nirvana” nacional. Por outro lado, parece anunciar, ainda que de forma negativa, uma linha do pensamento e da cultura portuguesa que se debruçou sobre o Oriente e o Budismo.
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    A figuração prometeica do humano em Basílio Teles : figuração protobudista?
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2007) Epifânio, Renato
    Neste texto, o nosso principal propósito foi o de reflectir sobre a visão de Basílio Teles do humano e, ao mesmo tempo, a sua perspectiva do divino. Como veremos, a sua perspectiva do divino não é “transcendentalista”. Mas, poderá ser, por essa razão, “budista”? Essa será a questão à qual procuraremos responder.
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    A visão do Budismo em Eça de Queirós
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2007) Real, Miguel
    Eça de Queirós não possui um texto reflexivo sobre o budismo, nem a sua obra possui personagens budistas. A sua concepção da doutrina de Buda e do budismo surge, em essência, no romance A Correspondência de Fradique Mendes, texto da última fase da obra de Eça de Queirós, e obedece ao espírito humanista presente nos romances e contos publicados ou escritos nos seus últimos dez anos de vida (1890 – 1900). Usando uma metodologia comparatista, Eça faz equivaler Buda a Cristo como homens santos, o primeiro para a mentalidade oriental, o segundo para a ocidental. No entanto, porque Buda permite a salvação de todos através do aperfeiçoamento das diversas reencarnações corporais, Fradique prefere Buda a Cristo.
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    Antero de Quental foi Budista?
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2007) Feitais, Paulo
    A meditação em torno do Budismo é o centro da articulação da vida filosófica de Antero de Quental. Tendo partido de uma visão pessimista e nihilista do Budismo, Antero foi-se aproximando duma visão do Budismo, histórica e culturalmente bem alicerçada, que lhe permitiu encontrar a via para a solução das aporias da Civilização Ocidental. A constatação deste facto impõe uma visão renovada do pensamento de Antero, quer ao nível da especulação filosófica (de que se ocupa este texto), quer ao nível da meditação poética.
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    Caminho marítimo : o elemento oriental na cosmologia d'Os Lusíadas
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2007) Beato, João
    Pretendemos com este estudo revelar a presença do Oriente na cultura portuguesa e promover a relação entre estas duas culturas, partindo da hipótese de que Os Lusíadas de Luís de Camões apresentam uma concepção do Universo resultante da compreensão comparada dos mitos gregos e hindus. Primeiramente, iremos colocar em evidência, através da noção de heroísmo, a importância do papel de Diónisos e do culto do Drama, por um lado, e de Zeus e do culto dos Jogos atléticos por outro, na espiritualidade do Ocidente; de seguida, faremos o estudo propriamente dito do enredo mitológico da epopeia camoniana, aspecto da obra que consideramos fundamental para a sua compreensão e em que nos parece encontrar-se a influência do elemento oriental.