Cadernos de Sociomuseologia Nova serie 14 - 2019 (Vol. 58)

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    Escola Nova e Leontina Busch: Museus Escolares e Museus Histórico-Pedagógicos no Estado de São Paulo entre as décadas de 1930 e 1970
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2019) Pausini, Adel Igor
    A reorganização do Estado brasileiro na década de 1930, foi ambiente fértil para o avanço de novas políticas educacionais comprometidas com o movimento escolanovista, que vislumbrou no museu escolar, amplas possibilidades de instrumentalização do ensino, o que facilitou o surgimento de diversas publicações no seio da educação sobre a temática, como o livro de Leontina Busch, intitulado "Organização de Museus Escolares", sendo a proposta da década de 1930 ressignificada em São Paulo na década de 1950 com a criação da rede estadual de Museus Histórico-Pedagógicos, acrescidos em sua função pela busca da valorização do imaginário republicano paulista no interior do estado, rede vinculada ao sistema formal de ensino básico do governo estadual, com baixo nível de autonomia e mecanismos de participação local e popular exterior as instituições regulares de ensino, problemas somados ao processo de constituição de acervos, formação especializada e a dificuldade em acompanhar os processos de transformação acelerada no campo da museologia na década de 1970, foram algumas das questões enfrentadas pela política conduzida por Vinício Sten. Partindo de consistente revisão bibliográfica, este artigo tenta reconstruir este processo de ligação entre os museus escolares e os museus histórico-pedagógicos pela égide escolanovista, buscando distanciamentos e proximidades, avanços e recuos frente ao estabelecimento da Nova Museologia na década de 1970. 
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    Acervos etnográficos do Museu Nacional : preservação digital como sugestão pós incêndio
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2019) França, Bianca
    O presente texto traz, a partir da experiência de trabalho como estagiária/bolsista nos projetos do Setor de Etnologia e Etnografia do Museu Nacional do Rio de Janeiro (SEE/MN), de 2013 a 2017, e da formação enquanto mestra em Preservação de Acervos de Ciência e Tecnologia (PPACT/MAST), uma pequena análise das perdas e danos do acervo de etnologia do Museu Nacional após o incêndio de setembro de 2018. Em seguida, apresenta uma breve discussão e lista um conjunto de medidas básicas para preservação e segurança de acervos culturais em caso de sinistros com fogo; e, no contexto dos projetos de preservação e digitalização do acervo do SEE/MN, traz a sugestão da curadoria digital e a criação de uma Política de Preservação Digital como via para preservação dos registros restantes do acervo do setor. 
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    O uso da dimensão social da memória como instrumento emancipatório em comunidades em situação de vulnerabilidade sociocultural
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2019) Bogado, Diana
    O presente artigo é resultado da pesquisa-ação realizada durante o pós-doutoramento junto ao Departamento de Museologia Social da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias e ao Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, CES-UC, e apresenta a mobilização contra a remoção do 6 de Maio, bairro localizado na Amadora, Área Metropolitana de Lisboa, junto ao movimento social pelo Direito à Habitação. O contexto é a conversão da cidade na “Lisboa da moda”, que desencadeia processos de valorização imobiliária e assume novos significados no marco da lógica neoliberal de gestão urbana. As consequências são assistidas no acelerado processo de substituição de população desencadeado em determinadas áreas da cidade e da região metropolitana, que provoca impactos materiais e simbólicos aos atingidos. O artigo apresenta as “Oficinas de Memória” realizadas no bairro 6 de Maio como estratégia do movimento social para acionar a memória popular e dinamizar a luta pelo direito à moradia. Buscou-se explorar novas formas de resistência criativa e afetiva capazes de atuar em esferas simbólicas e imateriais. 
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    A origem indiana do povo Romani como mito fundador nos museus da Europa Oriental
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2019) Sambati, Douglas Neander
    O artigo analisa três museus – o Muzeum Romské Kultury na República Tcheca, o Muzej Romské Kulture na Sérvia e o Roma Ethnographic Museum na Polônia – podem ser considerados como elementos do nacionalismo romani. O principal objetivo é refletir sobre como esses museus apoiam uma narrativa generalista acerca de uma origem indiana comum às populações ciganas/romani. Discute-se ainda como os museus mencionados – por meio de suas exposições, sites, eventos ou qualquer outro tipo de produção oficial – dão suporte a um conjuntos de representações que permitem a formação de uma retórica guarda-chuva sobre os grupos conhecidos, considerados e auto-denominados como ciganos e/ou roma. Esta retórica, então, é capaz de abrigar todos os diferentes grupos dentro dessa denominação de maneira holística, com base em uma narrativa formada por essencializações, exotizações e generalizações. O resultado último de tais práticas é a formação de um mito fundador de suas origens indianas. Este artigo entende que os museus têm um papel no processo em que o conceito de Roma é generalizado, na tentativa de reescrever e recriar a memória cigana como história romani. Assim, considerando a pluralidade que caracteriza os povos cigano/romani, foi necessário articular aspectos comuns – verdadeiros ou não, não é alvo deste artigo para discutir – que legitimariam essa nova identidade, uma identidade romani. Este artigo baseia-se em teorias sobre memória, museologia, sociomuseologia e na teoria das representações. 
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    Desafios na preservação do patrimônio afro-brasileiro no MAFRO/UFBA
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2019) Teixeira, Maria das Graças de Souza
    O património afro-brasileiro tem sido, ao longo dos séculos, negligenciado pela academia e pelas intituições, em muito espelhando os preconceitos e racismo estrutural da nossa sociedade. Neste artigo será tratado, no ambito da Museologia Social, ações de preservação do Patrimônio Afro-Brasileiro realizadas no Museu Afro-Brasileiro da Universidade Federal da Bahia (MAFRO/UFBA), no período de 2011 a 2016. O MAFRO é um museus universitário que nasceu em 19740 com a incubência de preservar e divulgar a memória, tratar dos acervos referentes às culturas africanas e afro-brasileiras e incentivar contatos com a comunidade local. As ações de preservaçãa qui tratadas,realizadas entre 2011 e 2016, foram desenvolvida em prol de pesquisas direcionadas ao acervo e as sua problemáticas, da preservação dos bens móveis e dos processos de comunicação. Estas ações foram marcadas por desafios e problemas que se foram revelando na interface entre a preservação e a comunicação do patrimônio. 
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    Os desafios contemporâneos na investigação em sociomuseologia
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2019) Primo, Judite Santos
    No contexto da Museologia a Investigação Científica vem, nas últimas décadas, a ganhar maior importância a medida em que os temas e as abordagens se conectam com as realidades sócio- culturais e político-económicas. O presente artigo aborda a investigação no campo da Sociomuseologia e como esta se articula com alguns dos desafios da contemporaneidade e quais a s suas articulações com os contextos locais e internacionais. Visa, então, uma maior compreensão das problemáticas que impactam na sociedade contemporânea e consequentemente na área da Museologia. Ao longo das últimas décadas a mudança no setor da Museologia influenciou diretamente a investigação em Sociomuseologia tanto na amplitude das abordagens e das temáticas tratadas, como em novas preocupações que retroalimentam os trabalhos realizados. O artigo terá como base de reflexão a reflexão e a prática da Museologia ibero-americana, mas sempre que possível partindo de uma compreensão de um contexto mais abrangente.