Percorrer por autor "Lamela, Diogo, orient."
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Item Associação entre estratégias de resolução de conflito conjugal e estratégias de resolução de conflito coparental: o efeito moderador da vinculação(2019) Matos, Paula Cristina Bessa; Lamela, Diogo, orient.A investigação tem demonstrado uma interdependência estrutural entre os subsistemas familiares, nomeadamente entre os subsistemas conjugal e coparental. No entanto, apesar da plausibilidade teórica, nenhum estudo, intentou investigar a associação nem o efeito moderador da vinculação na associação entre estratégias de resolução de conflito conjugal e estratégias de resolução de conflito coparental. O presente estudo teve três objetivos. O primeiro foi examinar as associações entre as estratégias de resolução de conflito conjugal (RCC) e a sabotagem coparental e o conflito coparental aberto. No segundo e terceiro objetivo pretendeu-se examinar o efeito moderador do evitamento de vinculação e da ansiedade de vinculação na associação entre (a) estratégias RCC e a sabotagem coparental e (b) entre estratégias RCC e o conflito coparental aberto. A amostra foi constituída por 242 mães a residir em Portugal, com idades compreendidas entre os 20 e 51 anos de idade (M = 35.30; SD = 5.44), com filhos em idades compreendidas entre os 2 e 6 anos de idade. Usando um design transversal, foi conduzido um inquérito online de recolha de dados, ao qual as participantes responderam a questões referentemente às variáveis em estudo. Primeiramente, foram implementados procedimentos estatísticos de limpeza de dados para reduzir a possibilidade de respostas enviesadas ou inválidas metodologicamente. Os resultados demonstraram que as estratégias construtivas, estratégias de retraimento e estratégias de raiva de RCC se mostraram preditoras significativas da sabotagem coparental e do conflito coparental aberto. Relativamente ao potencial efeito moderador da vinculação entre as estratégias de RCC e estratégias de resolução de conflito coparental, verificou-se um efeito moderador da vinculação entre as estratégias de resolução de conflito conjugal e a sabotagem coparental. Não foi encontrado efeito moderador da vinculação entre estratégias de RCC e o conflito coparental aberto. Posteriormente foram também discutidas as limitações e as implicações clínicas do presente estudo.Item Atitudes sobre práticas profissionais baseadas na evidência e autoeficácia na tomada de decisão em técnicos das comissões de proteção de crianças e jovens(2023) Santos, Mariana Saleiro; Lamela, Diogo, orient.Os profissionais que trabalham nas Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) têm um papel fundamental na identificação, prevenção e redução do risco psicossocial de crianças e jovens sinalizados, tomando regularmente decisões cruciais que devem estar fundamentadas na prática baseada na evidência. O presente estudo teve três objetivos, sendo o primeiro objetivo descrever as atitudes sobre as práticas baseadas na evidencia de técnicos das equipas da Comissão Restrita de Proteção de Crianças e Jovens (CRPCJ). O segundo objetivo prendeu-se com a análise das associações entre a autoeficácia no processo de tomada de decisão, atitudes sobre as práticas baseadas na evidencia e características profissionais e laborais dos técnicos das CRPCJ. Por fim o terceiro objetivo foi examinar se existiam diferenças ao nível das atitudes sobre as práticas baseadas na evidência e autoeficácia no processo de tomada de decisão em função do sexo, número de casos distribuídos e número de anos de experiência profissional. A amostra foi constituída por 91 participantes, sendo 92% do género feminino. A idade dos participantes variou entre os 21 e 64 anos de idade. Foi conduzido um inquérito online na plataforma Qualtrics para a recolha de dados. Globalmente, os resultados demonstraram que os técnicos apresentaram atitudes positivas face à implementação de uma prática baseada na evidência. Quanto ao segundo objetivo, os resultados demonstraram que as atitudes sobre as práticas baseadas na evidência e a autoeficácia no processo de tomada de decisão não estavam significativamente associadas. No que concerne às atitudes sobre a prática baseada na evidência e à sobrecarga laboral, as mesmas, demonstraram uma correlação negativa. Por sua vez, a autoeficácia no processo de tomada de decisão apresentou uma correlação positiva forte com as competências percebidas de avaliação diagnóstica e uma correlação positiva moderada com a satisfação laboral. Por fim, não foram encontradas diferenças nas atitudes sobre as práticas baseadas na evidência e na autoeficácia no processo tomada de decisão em função do género, educação e tempo em anos como membro das comissões restritas da CPCJ.Item Avaliação psicológica via internet: um estudo de validade e fidelidade das versões online (versus papel-lápis) de uma medida de sintomas depressivos(2017) Pires, Soraia Teixeira; Lamela, Diogo, orient.O presente estudo tem como objetivo avaliar e comparar as características psicométricas de uma medida de sintomas depressivos na sua versão online e papel-lápis. Concretamente, teve como objetivos testar a sensibilidade das amostras, examinar a validade de construto do PHQ9, analiasar a fiabilidade do PHQ9 e testar as diferençasnas médias dos itens e dos scores totais do PHQ9. Método: O estudo incluiu 470 participantes, dos quais 278 eram participantes na amostra para a versão online e 192 participantes para a amostra papel-lápis. O instrumento administrado foi o Patient Health Questionnaire (PHQ-9). Resultados: Estes revelam que não foram encontradas diferenças estatisticamente nas duas amostras, bem como no score total do PHQ9. A valiade do construto e a fiabilidade revelaram resultados positivos, indicando que tinha o PHQ9 tinha uma boa fiabilidade e era estatisticamente adequado para a realização da AFE quer na amostra online, quer na papel-lápis. Conclusão: O PHQ9 pode ser utilizado na versão online e na versão papel-lápis sem que haja alterações significativas.Item Barreiras e facilitadores da adesão em intervenções psicológicas baseadas na internet com adolescentes: uma revisão sistemática(2019) Rocha, Sara Maria Soares; Lamela, Diogo, orient.A investigação tem vindo a demonstrar alguma evidência empírica acerca do potencial das intervenções psicológicas mediadas pela internet/tecnologia na promoção da saúde mental em adolescentes. Contudo, pouco se sabe em relação a potenciais barreiras e facilitadores identificados pelos adolescentes na adesão a este tipo de intervenções. Desta forma, esta revisão sistemática pretendeu rever sistematicamente a investigação produzida até ao momento sobre estas variáveis clínicas, bem como potenciais moderadores associados. Foram triados artigos de uma base de dados (Web of Science), publicados entre janeiro de 2008 a janeiro de 2019, de modo a selecionar estudos que analisavam, quantitativamente, barreiras ou facilitadores percebidos à adesão em adolescentes (dos 12 aos 18 anos). Dos 2220 artigos triados inicialmente, cinco cumpriram os critérios de inclusão. Foram identificadas barreiras relacionadas com fatores pessoais e internos (e.g., esquecimento, desinteresse), design e conteúdo dos programas (e.g., dúvidas quanto à relevância e utilidade do próprio programa, problemas de utilização ou compreensão do conteúdo), e a privacidade e estigma. Foram identificados como facilitadores da adesão, a natureza interativa das intervenções digitais. Não foram identificados moderadores nos estudos incluídos. Implicações para a prática clínica e estudos futuros foram discutidos. Será importante que estudos futuros explorem, de forma mais rigorosa, algumas das variáveis anteriormente mencionadas, bem como moderadores e/ou caraterísticas mais especificas, com o objetivo de adaptar os programas de intervenção online/digitais disponíveis ou futuros, tornando-os mais adequados para os adolescentes como população-alvo.Item Coparentalidade, parentalidade e sintomas de externalização e internalização em crianças em idade pré-escolar(2014) Ribeiro, Cidália Maria; Lamela, Diogo, orient.A presente dissertação foi orientada por uma perspectiva da Psicopatologia do Desenvolvimento dos Sistemas Familiares e pelo Modelo Ecológico da Coparentalidade de Feinberg (2003). Objetivo: A presente dissertação de mestrado pretendeu responder a dois objetivos. (1) Identificar diferenças nas variáveis parentais e coparentais em função da severidade dos sintomas de externalização (problemas de comportamentos e hiperatividade) em crianças em idade pré-escolar e (2) testar diferenças nas variáveis parentais e coparentais em função da severidade dos sintomas de internalização (problemas emocionais e problemas com os pares). Método: Um design transversal foi implementado para a recolha de dados. A amostra total foi composta por 61 pais da comunidade, que foram avaliados ao nível das dimensões da coparentalidade, parentalidade positiva, parentalidade inconsistente e ajustamento psicológico dos filhos. O protocolo de avaliação foi preenchido em casa pelos participantes e entregue em envelope selado aos educadores da instituição de ensino onde foram recolhidos os dados. Resultados: No objetivo 1 foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos de sintomas de externalização nas variáveis parentais e coparentais. Mais concretamente (a) nos problemas de comportamento, os pais com crianças com valores acima do valor médio apresentaram menor parentalidade positiva, (b) nos problemas de hiperatividade, os pais com crianças com valores acima do valor normativo apresentaram resultados inferiores em algumas dimensões da coparentalidade, no entanto, nenhuma diferença na parentalidade positiva e parentalidade inconsistente foram encontradas. No objectivo 2 foram igualmente encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as crianças nos grupos de sintomas de internalização nas variáveis consideradas em que (a) os pais do grupo das crianças com pontuação não-normativa relataram maiores valores de sabotagem coparental e exposição ao conflito e menores valores de acordo coparental, suporte coparental, proximidade coparental e acordo coparental; b) nos problemas com os pares, os pais com crianças com valores clínicos nesta dimensão revelaram menor suporte coparental, acordo coparental, proximidade coparental e promoção/apoio coparental do que os pais com crianças nos restantes grupos de significância clínica (e.g., grupo normativo e grupo limítrofe); (c) não foram encontradas diferenças na parentalidade positiva e parentalidade inconsistente entre os grupos com diferentes níveis de internalização. Discussão: Os resultados apresentados parecem sugerir que algumas dimensões da coparentalidade parecem estar associadas à emergência de externalização e internalização em crianças em idade pré-escolar, sendo que, no entanto, os dados parecem apontar para que, nesta faixa etária, poderá não ser ainda possível estabelecer uma relação especializada entre diferentes dimensões da coparentalidade e a emergência de sintomas específicos de internalização e externalização, à luz do que investigação prévia já tinha sugerido.Item Determinantes cognitivos e comportamentais da mediação parental na utilização das tecnologias digitais por adolescentes(2023) Teixeira, Adriana Rui Rodrigues; Lamela, Diogo, orient.Hoje, numa era digital, a perpetração do ciberbullying e vitimação nos adolescentes é um fenómeno crescente que preocupa investigadores e clínicos na área da saúde, e representa um desafio na parentalidade. O presente estudo teve como objetivo examinar determinantes sociodemográficos, cognitivos e comportamentais associados à mediação parental ativa e restritiva na utilização das tecnologias digitais dos/as adolescentes. Participaram neste estudo 194 pais e mães com filhos/as adolescentes entre 12 e 18 anos, a residir em Portugal. A amostra foi constituída por 72.3% dos participantes do género feminino (n = 142) com uma média de idades de 46.72 anos (SD = 4.13, variação entre 35-61 anos). Os resultados demonstraram que na mediação restritiva os determinantes significativos foram o género e escolaridade dos/as pais/mães, a idade dos/as filhos/as, as atitudes face ao ciberbullying dos/as pais/mães e a autoeficácia na influência parental na utilização da internet. Os determinantes que predisseram as técnicas ativas de mediação parental foram, o género e a escolaridade dos/as pais/mães, a idade dos/as filhos/as, as competências digitais parentais, a autoeficácia parental na influência na utilização da internet e a solicitação de informação pelos/as pais/mães na dimensão da monitorização parental. Assim, o presente estudo pode contribuir para o avanço de estudos científicos anteriores, bem como para um maior conhecimento e compreensão das práticas de mediação parental na utilização da internet, abrindo caminho a um maior investimento na prevenção e promoção da saúde mental dos/as adolescentes portugueses. Palavras-chave: Mediação Restritiva, Mediação Ativa, Adolescentes, Parentalidade, Tecnologias DigitaisItem Discrepâncias nos relatos das mães e crianças sobre as experiências de maus-tratos físicos(2022) Costa, Mariana Sá; Lamela, Diogo, orient.Os maus-tratos físicos a crianças praticados no meio familiar têm vindo a ser associados a trajetórias desenvolvimentais desadaptativas em diferentes domínios de funcionamento psicológico. Na avaliação deste fenómeno, as medidas de autorrelato aos pais/cuidadores primários e à própria criança são o método mais utilizado. No entanto, a investigação tem vindo a demonstrar correlações baixas a moderadas entre os autorrelatos dos informantes, que são justificadas por erros metodológicos ou limitações de medida dos instrumentos. Mais recentemente, as discrepâncias entre informantes são concetualizadas como reflexo das variações contextuais do comportamento ou variações nas perspetivas dos informantes sobre o comportamento. O presente estudo teve três objetivos. O primeiro foi identificar padrões de discrepância entre mães e crianças nos seus relatos de experiência de maus-tratos físicos. O segundo objetivo foi testar diferenças entre as tipologias identificadas ao nível dos sintomas de internalização e externalização das crianças. O terceiro e último objetivo foi examinar diferenças entre as tipologias ao nível de variáveis sociodemográficas, nível de violência nas relações de intimidade (VRI), sintomas depressivos e PTSD maternos. A amostra foi constituída por 162 mães de nacionalidade portuguesa, com idades compreendidas entre os 21 e os 58 anos, e os seus filhos, com idades compreendidas entre os 4 e os 10 anos. Os participantes foram recrutados em Serviços de Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) e casas abrigo. Foram identificadas três tipologias nos relatos de maus-tratos físicos: duas tipologias concordantes (a mãe e a criança relatam elevado maltrato físico e mãe e criança relatam baixo maltrato físico) e uma tipologia discrepante (mãe relata baixo maltrato físico e criança relata elevado maltrato físico). Encontrou-se, também, que os sintomas de externalização e internalização da criança são mais evidentes nas tipologias onde a criança relata elevados níveis de maus-tratos físicos. Ao nível da psicopatologia materna, a depressão e a PTSD materna são mais significativas na tipologia discrepante, em que a mãe relata baixo maltrato físico e a criança relata elevado maltrato físico. São discutidas as implicações clínicas dos resultados.Item O efeito da prática profissional baseada na evidência nas atitudes dos psicólogos face à intervenção psicológica eletrónica(2017) Neves, Filipa Raquel Pereira; Lamela, Diogo, orient.A intervenção psicológica eletrónica (IPE) pode ser definida como o estabelecimento de uma intervenção psicológica através de um dispositivo eletrónico com acesso à internet, baseando-se numa modalidade individual ou em grupo, sincrónica ou assincrónica. Poucos estudos têm analisado as atitudes dos psicólogos face à IPE, não se conhecendo nenhum realizado em Portugal. O foco empírico demonstra-se relevante visto que, as atitudes dos psicólogos podem facilitar ou dificultar significativamente a difusão e a implementação desta inovadora modalidade de intervenção psicológica. O presente estudo teve como objetivo geral analisar as atitudes dos psicólogos portugueses sobre a IPE, assim como compreender as associações entre as atitudes relatadas e variáveis sociodemográficas, profissionais e práticas baseadas na evidência (PBE). A amostra foi constituída por 317 psicólogos inscritos na Ordem dos Psicólogos Portugueses, com idades compreendidas entre os 24 e os 65 anos de idade, tendo terminado, em média, a formação académica há 9.01 anos (DP = 6.94; variação 1 mês-34 anos). Foi conduzido um inquérito online, questionando-se sobre a utilização de meios de comunicação eletrónica (MCE), atitudes face à IPE e PBE. Previamente à análise de dados, foram implementados procedimentos de limpeza da base de dados para reduzir a possibilidade de respostas enviesadas ou inválidas metodologicamente. Os resultados demonstraram que os psicólogos participantes no estudo revelam atitudes moderadamente menos positivas face à IPE. Os profissionais que indicaram seguir uma orientação cognitivo-comportamental e eclética/integradora demonstraram atitudes mais positivas face à IPE comparativamente aos outros dois grupos em estudo. Relativamente aos preditores, observamos que os anos de término da formação profissional, variáveis de utilização da MCE, a orientação teórica cognitivo-comportamental na intervenção psicológica e as atitudes positivas face à PBE se constituíram como preditores positivos das atitudes positivas face à IPE.Item O efeito da sociosexualidade na relação entre as estratégias de resolução de conflito e a satisfação conjugal(2019) Brito, Diana Sofia Gomes; Lamela, Diogo, orient.A investigação tem demonstrado uma associação estrutural entre as estratégias de resolução de conflito conjugal e a satisfação conjugal (RCC). Não obstante, apesar da plausibilidade da potencial influência da sociosexualidade na associação entre estratégias de RCC e satisfação conjugal, esta hipótese nunca foi, contudo, estudada empiricamente. O presente estudo teve dois objetivos. O primeiro, foi testar as associações entre as estratégias de RCC destrutivas (estratégias de raiva, hostilidade e retraimento) e construtivas e satisfação conjugal. O segundo objetivo foi examinar o efeito moderador das atitudes sociosexuais na associação entre (a) estratégias construtivas de resolução conflito conjugal e a satisfação conjugal e (b) estratégias destrutivas de resolução conflito conjugal e a satisfação conjugal. A amostra foi constituída por 242 mulheres a residir em Portugal, com idades compreendidas entre os 20 e 51 anos de idade (M = 35.30; SD = 5.44), sendo a média de idade de filhos de 3.76 anos (SD = 3.38; variação 2 e 6 anos). Usando um design transversal, foi conduzido um inquérito online de recolha de dados, ao qual as participantes responderam a questões referentemente às variáveis em estudo. A priori à análise de dados, foram implementados procedimentos estatísticos de limpeza de dados para reduzir a possibilidade de respostas enviesadas ou inválidas metodologicamente. Os resultados demonstraram que as estratégias construtivas, estratégias de retraimento, de hostilidade e de raiva de RCC se mostraram preditoras significativas da satisfação conjugal. Relativamente ao potencial efeito moderador das atitudes sociosexuais entre as estratégias de RCC e a satisfação conjugal, verificou-se um efeito moderador das baixas atitudes sociosexuais entre as estratégias de resolução de conflito conjugal construtivas e a satisfação conjugal. A posteriori foram também discutidas as limitações e as implicações clínicas do presente estudo.Item O efeito moderador da vinculação na associação entre a coparentalidade e a satisfação conjugal em mães de crianças em idade pré-escolar(2018) Libano, Mariana Ubaldo; Lamela, Diogo, orient.A investigação tem demonstrado associações significativas quer entre a cooperação coparental quer o conflito coparental e a satisfação conjugal. No entanto, pouco tem sido estudado sobre o potencial efeito moderador da vinculação materna ao parceiro íntimo na associação entre estas variáveis. Assumindo a importância de compreender potenciais fontes de variabilidade interindividual na associação entre a coparentalidade e a satisfação conjugal, o presente estudo teve quatro objetivos. Os dois primeiros foram testar o efeito moderador da ansiedade de vinculação na associação entre a cooperação coparental e a satisfação conjugal e na associação entre o conflito coparental e a satisfação conjugal. No terceiro e quarto objetivos pretendeu-se testar o efeito moderador do evitamento de vinculação entre a cooperação coparental e a satisfação conjugal e na associação entre o conflito coparental e a satisfação conjugal. Foi conduzida uma recolha de dados online, usando um design transversal, onde as participantes responderam a questões relacionadas com as variáveis de estudo. Participaram no estudo 241 mães de crianças até à idade pré-escolar. Os resultados demonstraram que mães com ansiedade de vinculação apresentaram níveis menores de cooperação coparental e de satisfação conjugal. Assim como mães que apresentaram níveis elevados de conflito coparental apresentaram baixa satisfação conjugal. Quanto às participantes com evitamento de vinculação, estas relataram níveis inferiores de cooperação coparental e baixa satisfação conjugal assim como níveis elevados de conflito coparental e baixa satisfação conjugal. Foi possível verificar também que, a vinculação das mães modera a associação entre a coparentalidade e a satisfação conjugal. Foram discutidas as limitações e as implicações clínicas do presente estudo.Item Efeitos da estrutura familiar, parentalidade e coparentalidade no ajustamento psicológico em crianças em idade pré-escolar(2016) Faria, Andreia Marques; Lamela, Diogo, orient.A presente dissertação foi orientada por dois enquadramentos teóricos: Psicopatologia do Desenvolvimento dos Sistemas Familiares e pelo Modelo Ecológico da Coparentalidade (Feinberg, 2003). Objetivo: (1) Testar diferenças entre PD (pais divorciados) e PC (pais casados) no relato de SI (sintomas de internalização) e SE (sintomas de externalização) nos filhos em idade pré-escolar. (2) Testar diferenças entre PD e PC ao nível da parentalidade inconsistente e parentalidade positiva e das componentes da coparentalidade. (3) Em caso de existir diferenças entre PD e PC ao nível dos SE e SI dos filhos, testar se estas diferenças se mantêm quando controladas as variáveis da parentalidade e da coparentalidade. Método: Um design transversal foi implementado para a recolha de dados. A amostra total foi composta por 51 PD e 60 PC, avaliados ao nível das dimensões da coparentalidade, parentalidade positiva, parentalidade insconsistente e ajustamento psicológico dos filhos. Os dados dos pais divorciados foram recolhidos numa plataforma online. Já na amostra de pais casados, os protocolos de avaliação foram preenchidos em casa pelos participantes e, posteriormente, entregues em envelope selado aos educadores da instituição de ensino onde foram recolhidos os dados. Resultados: No objetivo 1 para as subescalas que avaliam os SI foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre PD e PC na subescala emocional, em que os PD relataram mais sintomas de problemas emocionais nos filhos do que os PC. Para as subescalas que compõem a dimensão dos SE, foi verificada uma diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos de pais na subescala de hiperatividade, em que os PD indicaram mais sintomas de hiperatividade do que os PC. No objetivo 2, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os pais divorciados e os pais casados ao nível das dimensões da coparentalidade (acordo/suporte coparental, sabotagem coparental, divisão de tarefas e exposição ao conflito). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas na parentalidade inconsistente e parentalidade positiva, em função do estado civil dos pais. No objetivo 3, considerando as diferenças estatisticamente significativas entre PD e PC ao nível das variáveis coparentais (Objetivo 1), houve um efeito do estado civil (divorciado vs. casado) nos níveis de sintomas de problemas emocionais nas crianças em idade préescolar. Para a subescala de hiperatividade, não houve um efeito do estado civil (divorciado vs. casado) nos níveis de sintomas de hiperatividade nas crianças em 7 idade pré-escolar. Discussão: Os resultados apresentados na presente dissertação parecem sugerir que algumas dimensões da coparentalidade parecem estar associadas à emergência de externalização e internalização em idade pré-escolar e, os dados parecem apontar para que não é a estrutura familiar que melhor está associada ao ajustamento da criança, mas sim processos familiares como a coparentalidade que são comuns a todas as estruturas familiares.Item Eficácia de programas de intervenção na parentalidade em mães expostas a violência nas relações de intimidade : revisão sistemática(2022) Silva, Cátia Filipa Santos; Lamela, Diogo, orient.A investigação psicológica tem sistematicamente demonstrado que crianças expostas à VRI estão em maior risco de trajetórias desenvolvimentais desadaptativas. Os comportamentos parentais e a qualidade da relação mãe-criança têm sido sugeridos como mecanismos explicativos das diferenças interindividuais entre as crianças no impacto da exposição à VRI e nos seus resultados de desenvolvimento. Assim, a intervenção na parentalidade surge como objetivo central para promoção do ajustamento psicológico da criança em contextos de violência familiar. O presente estudo teve como principal objetivo analisar de forma sistemática a investigação empírica gerada sobre a eficácia das intervenções na parentalidade e/ou na relação mãe-criança em contexto de VRI. Utilizando as recomendações PRISMA, foi efetuado em janeiro de 2021 um levantamento sistemático da literatura científica publicada entre janeiro de 1996 a janeiro de 2021 em revistas indexadas nas bases de dados eletrónicas PubMed e Web of Science e PsycInfo. Tendo em conta os critérios de inclusão e exclusão previamente definidos, foram incluídos nove artigos na presente revisão sistemática. Como principais resultados, conclui-se que os programas que focaram o bem-estar do relacionamento entre mães e filhos levaram a resultados mais positivos do que os programas que intervieram apenas pais e filhos de forma separada. As intervenções que focaram em dimensões da vinculação e na qualidade da relação mãe-criança após exposição à VRI apresentaram melhores resultados na melhoria de diferentes indicadores da parentalidade. No entanto, algumas limitações metodológicas dos estudos condicionam a interpretação e a generalização dos resultados. As implicações clínicas dos resultados são discutidas.Item Eficácia e efetividade de programas de competências parentais durante a gravidez : revisão sistemática(2019) Pinto, Cláudia Isabel Soares; Lamela, Diogo, orient.A transição para a parentalidade é uma transição crítica, sendo comum os pais procurarem desenvolver as suas competências parentais mesmo antes da chegada do bebé. Sabe-se que quanto maior for o nível de conhecimentos e de habilidades de ambos os pais, maior é a probabilidade de estes estarem mais sensíveis às necessidades da criança e de construírem um ambiente adequado ao desenvolvimento saudável da mesma. Desta forma, a presente revisão sistemática pretendeu descrever os objetivos, componentes e estrutura dos programas de competências parentais durante a gravidez, rever sistematicamente a eficácia e/ou efetividade das intervenções destes mesmos programas e rever sistematicamente potenciais moderadores da eficácia e/ou efetividade desses programas. Para o efeito, procedeu-se a um levantamento sistemático da literatura científica entre fevereiro de 2008 e fevereiro de 2019, na base de dados Web of Science, originando 798 artigos. Dos 798 artigos analisados, seis cumpriram os critérios e foram integrados nesta revisão, sendo que quatro desses programas demonstraram eficácia e/ou efetividade na promoção de competências parentais. De uma forma geral, os estudos que avaliaram o conhecimento parental demonstraram um aumento superior no grupo experimental relativamente ao grupo de controlo no pós-programa. Relativamente à autoeficácia parental, dois estudos apontam para resultados que parecem demonstrar que o fator tempo é essencial para uma melhoria da autoeficácia parental. Desta forma, conclui-se que a participação em programas de promoção de competências parentais durante o pré e o pós-parto pode contribuir para o aumento de conhecimentos, competências e autoeficácia dos pais.Item Expectativas e atitudes face à e-mental health : testando o modelo de aceitabilidade da intervenção psicológica online(2017) Coelho, Sara Filipa da Silva; Lamela, Diogo, orient.O presente estudo teve como objetivos examinar os preditores da aceitabilidade da Intervenção Psicológica Online (IPO) para a depressão e o efeito moderador das atitudes face à ajuda psicológica profissional na associação entre as atitudes face à IPO e a aceitabilidade da IPO numa amostra de adultos Portugueses. Método: A amostra foi constituída por 417 participantes dos quais 269 (64.5%) eram do sexo feminino e 147 (35.3%) do masculino. A média da idade foi de 27.09 anos (DP = 11.58). Resultados: O modelo final de regressão hierárquica para a predição da aceitabilidade da intervenção psicológica online para a depressão identificou como variáveis preditoras os sintomas depressivos, estigma pessoal da depressão, competência percebida na utilização de computadores, variáveis da TUAUT, atitudes face à IPO, atitudes face à ajuda psicológica profissional e os termos de interação como preditores. O modelo final explicou 57% da variância da aceitabilidade da intervenção psicológica online para a depressão. Foi também encontrado o efeito moderador das atitudes face à ajuda psicológica profissional na associação entre as atitudes face à IPO e a aceitabilidade da IPO. Conclusões: Todas as hipóteses foram confirmadas à exceção de uma, sugerindo que as variáveis atitudinais parecem contribuir para aceitabilidade da intervenção psicológica online. As implicações destes resultados e limitações do presente estudo foram discutidas.Item A experiência do divórcio e o bem-estar psicológico : um estudo qualitativo(2023) Gouveia, Helena Maria Machado Cardoso; Lamela, Diogo, orient.O divórcio é um grande acontecimento de vida, que pode resultar em problemas de adaptação ou ser uma oportunidade de crescimento psicológico. O presente estudo qualitativo procurou compreender através da história relacional de sujeitos divorciados e com filhos/as menores, as trajetórias de desenvolvimento e seu funcionamento psicológico ao longo do tempo e se há diferenças de género. Mais concretamente, o estudo analisou as trajetórias de bem-estar psicológico, utilizando as dimensões do modelo de Ryff (1989). O estudo inclui 10 participantes, cinco homens e cinco mulheres, divorciados no período de dois a treze anos, com filhos menores. Para a recolha de dados, administrou-se individualmente a entrevista semiestruturada “História de relação, divórcio e coparentalidade”, construída para o presente estudo e adaptada do guião da Entrevista da História de Vida de McAdams (2008). Realizou-se uma análise temática dos dados, recorrendo ao software Nvivo10. Verificamos que globalmente após dissolução conjugal, numa visão de médio longo prazo, há satisfação, desenvolvimento e crescimento pessoal e que existem diferenças entre homens e mulheres nas dimensões do bem-estar psicológico. As mulheres têm níveis mais elevados de autoaceitação, enquanto que os homens têm mais mestria ambiental, aprofundaram mais as relações pessoais, e tiveram maior crescimento pessoal. Não há diferenças de relevo no propósito de vida e autonomia. Palavras-chave: relação conjugal, divórcio, trajetórias, bem-estar psicológicoItem Fatores de risco da cibervitimação sexual em adolescentes: uma revisão sistemática(2022) Castro, Victória Maria Vidal Silva Souto e; Lamela, Diogo, orient.O desenvolvimento tecnológico das sociedades atuais tem contribuído para profundas alterações nos comportamentos sociais e na aquisição das tarefas desenvolvimentais dos adolescentes. A utilização de tecnologias digitais tem trazido oportunidades de crescimento e desenvolvimento, mas também acarreta risco para a segurança, bem-estar e saúde mental dos adolescentes. Sendo este período de desenvolvimento marcado pela exploração de identidades e comportamentos sexuais, as tecnologias digitais parecem colocar os adolescentes em maior risco de cibervitimação sexual. No entanto, pouco sabe sobre os fatores de risco para a cibervitimação sexual, principalmente nesta faixa etária. Assim, esta revisão sistemática pretendeu rever sistematicamente a investigação empírica produzida até ao momento acerca dos fatores de risco para a cibervitimação sexual em adolescentes (entre os 12 e os 18 anos). Foram triados artigos de três bases de dados (Web of Science, PsycInfo e PubMed), publicados entre o ano de 2001 e 2021, de modo a selecionar estudos que analisavam quantitativamente os fatores de risco para a cibervitimação sexual de adolescentes. Dos 5585 artigos triados inicialmente, vinte cumpriram os critérios de inclusão. A presente revisão sistemática teve dois objetivos: O primeiro, identificar estudos na literatura empírica acerca da prevalência da cibervitimação sexual em adolescentes. O segundo pretendeu identificar os fatores de risco para a cibervitimação sexual em adolescentes. Os resultados evidenciaram que a cibervitimação sexual tem características semelhantes com as formas de vitimação em contexto offline, contudo há diferenças no timing e proporção destes acontecimentos, pois o que ocorre na internet é de difícil remoção, o que pode revitimar a vítima. Palavras-chave: Cibervitimação sexual, adolescência, fatores de riscoItem Internalização em crianças da comunidade pós-divórcio : efeitos do ajustamento psicológico dos pais e da parentalidade e comparação com crianças expostas a violência nas relações íntimas(2015) Chança, Deolinda Duarte; Lamela, Diogo, orient.O impacto da dissolução conjugal no ajustamento psicológico dos filhos é um tema com bastante representação na investigação empírica internacional (Lansford, 2009; Nunes-Costa, Lamela, & Figueiredo, 2009). No entanto, reduzidos estudos sobre esta problemática em Portugal foram realizados até ao momento, o que impossibilita compreender as variáveis associadas ao ajustamento psicológico das crianças, cujos pais se divorciaram. Orientada por uma perspectiva da Psicopatologia do Desenvolvimento dos Sistemas Familiares e pelo Modelo Interactivo dos elementos teóricos da parentalidade, a presente dissertação tem como finalidade compreender as variáveis que se associam a problemas aumentados de internalização em crianças filhas de pais divorciados. Utilizando uma amostra de 314 pais divorciados recolhidos num estudo online de design transversal, a presente dissertação tem três objectivos de investigação: (1) Analisar se sintomas aumentados de internalização variam em função do nível de ajustamento psicológico dos pais, (2) analisar se os sintomas aumentados de internalização nas crianças variam em função da parentalidade positiva dos pais, e por fim, (3) investigar se há diferenças nos sintomas aumentados de internalização das crianças de pais divorciados da comunidade, em comparação com uma amostra de crianças em mães divorciadas de uma amostra em alto-risco (vítimas de violência na intimidade). Os resultados sugerem a existência de diferenças estatisticamente significativas, verificando que os pais com menor ajustamento psicológico ao divórcio relataram mais sintomas de internalização nos filhos do que os pais com maior ajustamento ao divórcio, os pais com maior sentido de mestria ambiental relataram significativamente menos sintomas de internalização dos filhos do que os com os pais com menor sentido de mestria ambiental e que os pais com menores níveis de autoaceitação revelaram níveis de sintomatologia de internalização significativamente superiores nos seus filhos, em comparação com pais com maiores níveis de auto-aceitação. Comparando os dados entre a amostra da comunidade e a amostra exposta a violência nas relações íntimas, conclui-se que as crianças do grupo de alto-risco apresentaram níveis significativamente superiores de sintomas de internalização comparadas com as crianças do grupo da comunidade.Item Investigação das propriedades psicométricas do Patient Health Questionnaire-9 para uma amostra da comunidade portuguesa(2017) Soreira, Cátia Sofia Silva; Lamela, Diogo, orient.O presente estudo teve como objetivo testar as propriedades psicométricas do Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9) para a população portuguesa. Especificamente, teve como objetivos testar a fiabilidade, validade convergente, divergente, preditiva e de constructo do PHQ-9, assim como testar diferenças interindividuais nos sintomas depressivos medidos pelo PHQ-9, em função de três grupos etários (jovens adultos, adultos de meia-idade e idosos). Método: O estudo incluiu 1182 participantes, dos quais 952 (80.5%) eram mulheres e 229 (19.4%) homens, com idades compreendidas entre os 18 e os 96 anos. Para além do PHQ-9, foram utilizados o Inventário de Depressão de Beck-II (BDI-II) e a Escala de Depressão Geriátrica (GDS) para avaliação da validade convergente e a Escala de Desejabilidade Social de Marlowe-Crowne (MCSDS) para avaliação da validade divergente. Resultados: A Análise Fatorial Confirmatória (AFC) revelou que a solução unifatorial foi a que mais se adequou aos dados, tendo sido cumpridos todos os critérios psicométricos de validade de construto. Foram encontrados bons níveis de fiabilidade (α = .85), forte validade convergente com o BDI-II e com a GDS e fraca associação entre o PHQ-9 e a MCSDS-SF II, o que atestou a validade divergente da medida. Tal como hipotetizado, as mulheres apresentaram scores significativamente superiores, mas não se verificaram diferenças no total do PHQ-9 em função dos grupos etários. Conclusões: O PHQ-9 apresentou boas propriedades psicométricas iniciais na população portuguesa. Implicações para a investigação foram também discutidas.Item Maus-tratos na infância e bem-estar sexual na idade adulta: revisão sistemática(2023) Quintas, Francisco Diogo Pinheiro; Lamela, Diogo, orient.O conceito de bem-estar sexual tem recebido especial atenção na investigação e nas políticas públicas na última década. Tem sido sugerido que as experiências adversas ao longo do desenvolvimento podem influenciar o bem-estar sexual na idade adulta, mas pouco se sabe como os diferentes tipos de maus-tratos na infância estão associados com as diferentes dimensões do bem-estar sexual. Com efeito, o objetivo deste estudo foi realizar o levantamento da literatura que examinou o impacto dos maus-tratos na infância no bem-estar sexual na vida adulta. Para isso, foram selecionados artigos empíricos publicados em revistas científicas indexadas nas seguintes bases de dados eletrónicas: Academic Search Complet, Eric, Pubmed, Scopus, Web Of Science. A pesquisa encontrou um total de 2950 artigos, sendo que foram incluídos 21 na revisão sistemática. A seleção dos estudos foi realizada por dois investigadores, tendo em conta cinco critérios de exclusão previamente definidos. Os resultados demonstraram associações negativas entre maus-tratos na infância e o bem-estar sexual na vida adulta, com especial foco na compulsão/ evitação sexual e intimidade no relacionamento. O abuso sexual foi tipo de maltrato que tem maior impacto no bem-estar sexual na idade adulta. No entanto, poucos estudos empíricos testaram as associações entre outros tipos de maus-tratos (abuso físico, abuso psicológico e negligência) e o bem-estar sexual. Com base nos resultados, este trabalho discute áreas de investigação futura e implicações clínicas. Palavras-chave: Maus-tratos; Bem-estar sexual; Abuso; Revisão sistemáticaItem Percepção de competência parental e estilos parentais em mulheres : vítimas de violência doméstica(2015) Gonçalves, Eduarda Sofia Santos; Lamela, Diogo, orient.O exercício da parentalidade por mulheres vítimas da violência a intimidade (VRI) tem suscitado elevado interesse no decorrer dos últimos anos, pois, trata-se de um assunto que ainda está pouco explorado na literatura. O presente estudo, pretende analisar os preditores da parentalidade de mães vítimas de VRI, usando como preditores variáveis sociodemográficas, variáveis maternas e variáveis da criança. O método proposto para recolha de dados consiste num design transversal. Participaram no estudo 155 mães e 155 crianças em idade pré-escolar ou escolar (4 aos 10 anos de idade). Esta amostra foi recolhida em casas abrigo; instituições de apoio a vítimas e comissões de proteção de menores, após os consentimentos e autorizações terem sido obtidos. Foi pedido às participantes que preenchessem um protocolo de instrumentos de auto-relato. Os resultados demonstram que a competência materna e as práticas parentais se associaram nas direcções esperadas com as variáveis de ajustamento psicológico materno e da parentalidade. Emergiram como preditores significativos do sentimento de competência materna: sintomas de stress pós-traumático e o suporte social (ajustamento psicológico materno). A restrição de papel parental surgiu como o único preditor significativo contribuindo para o aumento da variância explicada pela competência materna. Emergiram como preditores significativos das práticas parentais: risco social que contribuiu significativamente para o aumento da variância e, experiências adversas na infância, surgiu como o único preditor (ajustamento psicológico materno). As variáveis relacionadas com a parentalidade e com os filhos não melhoraram a variância explicada nas práticas parentais. Implicações destes resultados para a psicologia clínica foram discutidas.