Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde
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Percorrer Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde por assunto "ADOLESCENTES"
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Item Avaliação das características psicométricas da versão portuguesa de auto relato do strenghts and difficulties questionnaire (SDQ) em crianças com epilepsia pediátrica a partir dos 8 anos(2022) Leal, Pedro Botelho; Mendes, Teresa Paula Gameiro Pompeu, orient.Dada a presença de psicopatologia em crianças com epilepsia torna-se pertinente a existência de instrumentos validados para avaliação do seu ajustamento psicológico. O Strenghts and Difficulties Questionaire (SDQ) é um dos instrumentos mais utilizado, sendo a versão de autorrelato projetada para crianças entre os 11-16 anos. Contudo, a partir dos 8 anos, as crianças já parecem produzir respostas válidas. Portanto, o objetivo deste estudo é analisar as características psicométricas da versão portuguesa do SDQ (formato autorrelato) numa amostra de crianças com epilepsia a partir dos 8 anos e compreender se existem diferenças no SDQ em função da gravidade da epilepsia, do sexo e do grupo etário. Pretendemos verificar ainda a associação entre o SDQ e a qualidade de vida das crianças. A amostra englobou 191 crianças com epilepsia, sendo o ajustamento psicológico avaliado através do SDQ e recorrendo à Global Assessment of Severity of Epilepsy e à Disabkids Chronic Generic Measure para avaliar a severidade da doença e a qualidade de vida da criança com epilepsia. Os resultados dão suporte a uma estrutura de cinco fatores, obtendo-se níveis adequados de confiabilidade interna. As crianças com epilepsia de severidade moderada/grave e as raparigas reportaram um nível superior de sintomas emocionais. Given the presence of psychopathology in children with epilepsy, the existence of validated instruments to assess their psychological adjustment becomes relevant. The Strengths and Difficulties Questionaire (SDQ) is one of the most used instruments, being the self-report version for children aged 11-16 years. However, from the age of 8 onwards, children have already produced valid responses. Therefore, the aim of this study is to analyze psychometric characteristics of the Portuguese version of the SDQ (self-report format) in a sample of children with epilepsy from 8 years old and to understand the differences in the SDQ as a function of epilepsy severity, sex and age group. We also intend to verify the association between the SDQ and children's quality of life. The sample included 191 children with epilepsy, and psychological adjustment was assessed using the SDQ and using the Global Assessment of Severity of Epilepsy and the Disabkids Chronic Generic Measure to assess the severity of the disease and the quality of life of children with epilepsy. The results support a five-factor framework, demonstrating a consistent quality framework of internal reliability. Children with moderate/severe epilepsy and girls report a higher level of healthy symptoms.Item Bem-estar, satisfação com a vida e tempo de ecrã em adolescentes(2024) Rodrigues, Cláudio André Ferreira; Escola de Psicologia e Ciências da Vida; SANTOS, TÂNIA GASPAR SINTRA DOSO principal objetivo deste estudo é explorar a relação entre o Bem-Estar, Satisfação com a vida e tempo de Ecrã em adolescentes. A amostra é constituída por 5748 participantes, em que 2591 (45.1%) do sexo masculino e 2921 (50.8%) do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 10 e os 17 anos inclusive, com uma média de idade de 14,05 (DP =1.77), sendo que também foram analisadas diferenças que ocorram nos diferentes anos de escolaridade nomeadamente o 6ºano com uma amostra de 1717 participantes (29.9%), o 8ºano com 1944 participante (33.8%) e do 10ºano com 2087 participantes (36.3%). A técnica que foi utilizada de forma a escolhermos a amostra é a "cluster sampling" ,é constituído por 5748 participantes sendo que o mesmo detém entre os 10 e os e os 17 anos, dado que a nível da escolaridade a mesma vai desde o 6º até ao 10 ano, em que o 6º ano apresenta 1717 participantes (29.9%), o 8º ano tem 1944 participantes (33.8%) e o 10ª ano tem 2087 participantes (36.3%), sendo este um projeto de pesquisa quantitativa, foram realizadas análises de estatística descritiva, análises de comparação de grupos, análises de correlação. Os resultados do estudo revelam que existe uma correlação entre os Baixos Sintomas Psicológicos e o Bem-estar sendo esta uma correlação positiva elevada (r=0.67), sendo a correlação entre o Bem-estar e o tempo de ecrã uma correlação negativa fraca (r= -0.039) , dado que a correlação entre os Sintomas Psicológicos e o Tempo de Ecrã também apresenta uma correlação negativa fraca (r=-0.085). Podemos verificar diferenças estatisticamente significativas em todas as variáveis, na perceção de Bem-estar observamos valores nos rapazes (M= 39.5, dp= 6.46) e nas raparigas (M= 35.28, dp= 7.13), nos Baixos Sintomas Psicológicos verificamos também diferenças estatisticamente significativas tendo os rapazes (M= 23.39, dp= 5.64) e raparigas (M= 18.61, dp= 6.64) e no tempo de ecrã os rapazes (M= 24.91, dp= 7.88) e raparigas (M= 24.52, dp= 6.86). Podemos verificar também que existe diferenças estatisticamente significativas entre as diferentes faixas etárias no Bem-Estar (p= <0.001) e nos Baixos Sintomas Psicológicos (p= <0.001), sendo assim podemos verificar que o Bem estar é influenciado pelos Baixos Sintomas Psicológicos. Os resultados provenientes deste estudo podem ser úteis para contribuir para o aprofundar do conhecimento atualmente existente sobre o papel das atividades escolhidas para ocupação de tempos livres na perceção de bem-estar e satisfação com a vida por parte dos adolescentes. Palavras-chave: Adolescente, Bem-estar, Satisfação com a vida, tempo de Ecrã.Item Contributo das variáveis familiares na qualidade de vida das crianças/adolescentes com diabetes tipo 1 : um estudo exploratório(2022) Santos, Joana Isabel da Costa; Mendes, Teresa Paula Gameiro Pompeu, orient.A diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma condição crónica de saúde diagnosticada com mais frequência em idades precoces. Ao receber esse diagnóstico tanto a criança como a família são confrontadas com diversos eventos stressantes a que têm de se adaptar. A literatura tem vindo a notar a importância das características familiares como promotoras na adaptação às condições crónicas de saúde pediátricas (CCSP). Este estudo teve como objetivos a caracterização descritiva da qualidade vida relacionada com a saúde (QdVRS) de crianças/adolescentes com DM1, dificuldades na gestão da vida familiar e o significado dos rituais familiares; examinar diferenças ao nível das variáveis de interesse em função dos grupos etários e sexo; análise das associações entre as variáveis em estudo; e análise do contributo dos rituais familiares enquanto moderador na associação entre as dificuldades na gestão da vida familiar e a QdVRS de crianças/adolescentes com DM1. A amostra foi constituída por 22 famílias (pais/mães e filho/filha com DM1) e foi recolhida através do método de conveniência nas consultas externas dos serviços de pediatria do Hospital Garcia de Orta, EPE. Este estudo apresentou um desenho metodológico quantitativo, de natureza exploratória transversal. Os resultados mostraram que não existem diferenças significativas nas variáveis de interesse em função dos grupos etários (crianças vs. Adolescentes) e sexo das crianças/adolescentes (rapazes vs. Raparigas). Verificou-se a existência do papel moderador do significado dos rituais familiares na relação entre as dificuldades na gestão da vida familiar de crianças/adolescentes com DM1 e a QdVRS de crianças/adolescentes com DM1. O presente estudo mostrou dados relevantes que podem contribuir para intervenções clínicas com as famílias que convivem com esta realidade que é a DM1 pediátrica uma vez que as variáveis familiares podem desempenhar um papel fundamental na adaptação da criança/adolescente à DM1.Item Felicidade e expetativas acerca da vida como preditores do funcionamento positivo em adolescentes(2018) Barrocas, Cláudia Sofia Calheiros; Baptista, Américo, orient.A presente investigação teve como objetivos estudar as diferenças entre os géneros relativamente ao funcionamento positivo em adolescentes e determinar quais as variáveis que lhe estão associadas, os diversos modelos de felicidade, felicidade hedónica, felicidade eudaimónica e satisfação com a vida, as expetativas acerca da vida e a persistência. Neste estudo participaram 201 estudantes adolescentes com idades compreendidas entre os 15 a 17 anos. Os participantes responderam a um questionário de dados sociodemográficos, Inventário de Funcionamento Positivo, Escala de Satisfação com a Vida, Escala de Experiências Positivas e Negativas, Escala do Florescimento, Escala de Persistência e Teste de Orientação Prolongada com a Vida. Os resultados mostraram a existência de diferenças estatisticamente significativas entre os géneros, que indicaram que em média, os adolescentes do género masculino apresentam níveis mais elevados de funcionamento positivo e níveis mais baixos de pessimismo, comparativamente com as adolescentes do género feminino. A análise dos preditores do funcionamento positivo em adolescentes demostraram que o funcionamento positivo era determinado positivamente pela felicidade hedónica e a satisfação com a vida e negativamente com o pessimismo. Este estudo demonstra a importância de implementar programas clínicos de aconselhamento, voltados para o aumento das emoções positivas e melhoria de aspetos cognitivos, assim como a diminuição de sintomatologia depressiva.Item Relação da getão de stress, prática de atividade física e auto-imagem na qualidade de vida dos adolescentes(2024) Duarte, Ana Catarina Rodrigues Santos; Escola de Psicologia e Ciências da Vida; SANTOS, TÂNIA GASPAR SINTRA DOSAtualmente verifica-se que, os adolescentes na transição da pré-adolescência para a adolescência demonstram uma preocupação mais elevada relativamente à sua autoimagem. Essas preocupações apresentadas têm vindo a demonstrar que existem alterações relativamente à qualidade de vida dos adolescentes. No presente estudo pretende-se estudar a qualidade de vida, autoimagem, competências de gestão de stress e a prática de atividade física nos adolescentes. Compreendendo a qualidade de vida dos adolescentes, a sua satisfação com a imagem corporal, qualidade de vida e prática de exercício físico tendo em conta a gestão de stress e, relação que todas estas variáveis têm na vida dos adolescentes. Este estudo é transversal quantitativo, descritivo e comparativo, onde participaram adolescentes que frequentam do 6º ao 12º anos de escolaridade, com idades copreendidas entre os 10 e 17 anos, com uma amostra representativa, aleatória e estratificada por região do país. A recolha de dados foi efetuada através de um questionário online, este refere-se ao "Comportamento e Saúde em jovens em idade escolar", Health Behaviour in Schoolaged Children - HBSC (2018/2022), que foi preenchido em contexto de sala de aula. Este estudo tem a colaboração da Organização Mundial da Saúde, com a participação de 51 países. (Inchley et al, 2018; Matos, & Equipa Aventura Social, 2018; Gaspar. & Equipa Aventura Social, 2022). Pretende também melhorar o conhecimento dos adolescentes e medidas de prevenção que estes têm relativamente às medidas de gestão de stress, regulação da sua autoimagem e efeitos da prática de atividade física. De acordo com os dados obtidos, verificou-se que de acordo com os dados obtidos, a relação entre a prática de atividade física e o bem-estar tem maior impacto na vida dos adolescentes. E pode-se considerar que os adolescentes demonstram dificuldades na gestão de stress. Palavras-chave: Adolescentes; Gestão de Stress; Prática de Atividade Física; Autoimagem; Qualidade de vidaItem Relação do apoio familiar e interações online com amigos, com o bem-estar dos adolescentes portugueses, considerando a estrutura familiar e o género(2024) Nicolau, Catarina de Lurdes Reis; Escola de Psicologia e Ciências da Vida; SANTOS, TÂNIA GASPAR SINTRA DOSNum cenário em constante evolução, onde a interação online com os amigos se torna cada vez mais integrada na vida dos adolescentes, este estudo aborda a relação crucial entre o apoio familiar, as interações online e o bem-estar em adolescentes portugueses. É através da lente da Teoria Ecológica de Bronfenbrenner que é explorada a forma como esses elementos interagem, tendo em consideração o género e a estrutura familiar, através da análise de uma regressão linear múltipla. A amostra deste estudo foi de 5748 estudantes do ensino secundário em Portugal, com uma média de idades de 14,05 anos, sendo 53% do sexo feminino. Relativamente à estrutura familiar, 73,5% afirmam viver com o pai. Este estudo combinou o uso do Health Behaviour in School-aged Children (HBSC) e do KIDSCREEN-10 para avaliar os comportamentos de saúde e a qualidade de vida dos adolescentes, em Portugal. Níveis mais altos de apoio familiar percebido estão associados a um aumento nas interações online com amigos e a um maior bem-estar, especialmente entre os rapazes. Isso destaca a importância da perceção dos adolescentes sobre o apoio familiar, superando a influência da estrutura familiar, e sugere a necessidade de pesquisas adicionais para entender melhor essas dinâmicas e promover o desenvolvimento saudável num mundo cada vez mais digital. Palavras-chave: adolescentes, apoio familiar, bem-estar, estrutura familiar, online com amigosItem Relações amorosas e íntimas em adolescentes e adultos com perturbação do espetro do autismo(2022) Correia, Mariana Raquel Faria; Beato, Ana, orient.A Perturbação do Espetro do Autismo (PEA) é uma perturbação do neurodesenvolvimento e caracteriza-se, entre outros critérios, pela presença de comportamentos e interesses repetitivos/estereotipados, e por dificuldades nas relações interpessoais e na comunicação verbal e não-verbal com interferência em várias áreas do funcionamento, tal como nas relações de intimidade e na sexualidade. Estudos preliminares revelam que, apesar da maioria desejar relacionar-se com outras pessoas a nível íntimo, muitas pessoas com PEA tendem a isolar-se e a adotar comportamentos sexuais solitários. Apesar da importância do tema, poucos estudos debruçaram sobre o seu aprofundamento, nem incluíram as significações das pessoas com PEA sobre relações amorosas e sexualidade. O presente estudo tem, assim, como principal objetivo explorar as perceções e vivências das relações amorosas e intimidade em adolescentes e adultos com PEA. O desenho é qualitativo, transversal e exploratório. Participaram no estudo 22 adolescentes e adultos com diagnóstico de PEA (63,6% do sexo feminino), aos quais foi aplicada, individualmente, uma entrevista semiestruturada, construída especificamente para este estudo. As entrevistas foram analisadas a partir da análise temática e com recurso ao software NVivo. Os resultados realçam a presença de três temas principais. O primeiro foi as Relações Amorosas e tem como subtemas o Desenvolvimento das relações, a PEA tem impacto nas relações, Benefícios da relação, Caraterísticas das relações, Fim das relações, Caraterísticas do parceiro e a Manutenção das relações. O segundo tema foi a Sexualidade que tem como subtemas o (Des)Interesse sexual, a Masturbação, Toque, Hiper ou hipo sensibilidades e a Atividade sexual. O terceiro foi a Educação sexual com os subtemas Conhecimento sexual, Fontes de Informação, Educação sexual direcionada para as pessoas PN e a Intervenção na sexualidade. Compreender as dificuldades e necessidades das pessoas com PEA permitirá enriquecer a avaliação e a intervenção com jovens e adultos nesta área, assim como identificar temas e ferramentas de educação sexual adaptadas a esta população. Os principais resultados mostram que os sintomas da PEA afetam negativamente as vivências nas relações amorosas/íntimas e na sua sexualidade. Desta forma, torna-se imperativo desenvolver um programa de Educação sexual mais adequado e direcionado para as dificuldades apresentadas.Item Relações entre competências sociais e qualidade de vida em adolescentes(2016) Fernandes, Paula Silva; Carvalho, Marina, orient.A presente investigação teve como objetivo geral analisar as relações entre as competências sociais e a qualidade de vida em adolescentes, numa amostra constituída por 204 adolescentes, dos quais 130 eram raparigas, com uma média de idades de 15.11 anos (DP = 1.33) e 74 eram rapazes, com uma média de idades de 15.34 anos (DP = 1.31), frequentando em média o 9º ano de escolaridade. A fim de avaliar as variáveis, foram utilizados o Social Skills Rating System, o Kidscreen-27 e um questionário sociodemográfico. Os resultados demonstraram que as raparigas apresentaram mais competências sociais do que os rapazes e que os rapazes relataram níveis mais elevados de bem-estar físico do que as raparigas. Verificou-se ainda, os jovens com melhor qualidade de vida apresentaram melhores competências sociais. Os resultados obtidos foram analisados tendo por base a literatura existente e as suas implicações para o trabalho nesta área.Item Relações interpessoais dos adolescentes com os pares em contexto de pandemia(2024) Zapert, Caroline Cecelia; Escola de Psicologia e Ciências da Vida; SANTOS, TÂNIA GASPAR SINTRA DOSA pandemia COVID-19 apresentou diversos desafios não-normativos para os adolescentes de hoje, os quais comprometiam as oportunidades para interações com os pares. Este estudo quantitativo, retrospetivo, transversal e comparativo visa compreender e caracterizar a relação entre o isolamento devido à pandemia COVID-19, e as relações interpessoais dos adolescentes portugueses com os pares com base nos dados do estudo Health Behaviour in School-Aged Children (Currie et al., 2001; Matos & Equipa Aventura Social, 2018; Gaspar et al., 2022). Foram avaliados questionários preenchidos anónima e voluntariamente por alunos do 8.º, 10.º e 12.º ano de escolaridade em 2018 (Midade = 15,13, DP = 1,51), maioritariamente do sexo feminino (54,1%) e em 2022 (Midade = 15,49, DP = 1,49), maioritariamente do sexo feminino (55,0%). Verificou-se que em contexto de pandemia, os adolescentes estão com mais sintomas psicológicos (t(10149) = 13,81, p < ,001) e menor bem-estar psicológico (t(9518) = 4,59, p < ,001), contudo a perceção de apoio social dos amigos não mudou significativamente. O modelo de mediação moderada indica que o ano de estudo significativamente modera a relação entre os sintomas psicológicos e o apoio dos amigos (coeff ,0439, p = ,0272). Sugere se o papel fundamental do apoio dos amigos perante os desafios da adolescência. Palavras-chave: Adolescentes; Bem-estar psicológico; COVID-19; Relações interpessoaisItem Representações de doença na epilepsia pediátrica : perspetivas das crianças/adolescentes e dos pais, e associações com a qualidade de vida(2022) Barros, Maria Filipa Abecasis Figueiredo de; Mendes, Teresa Paula Gameiro Pompeu, orient.As representações da doença podem ser tão importantes como o seu quadro clínico. Logo, este estudo pretendeu descrever e comparar as representações de doença de crianças/adolescentes com epilepsia e dos seus pais, analisar diferenças nestas representações em função da faixa etária, do sexo e da gravidade da doença, analisar as suas associações com a QDVRS das crianças/adolescentes e examinar o seu contributo na predição desta QDVRS. Recorremos a uma amostra de 191 crianças/adolescentes com epilepsia e progenitores. As representações de doença foram avaliadas através do Brief Illness Perception Questionnaire (versões para crianças/adolescentes e pais), e a QDVRS através do DISABKIDS Chronic Generic Measure. Salienta-se que os pais apresentaram uma representação mais positiva sobre a eficácia do tratamento, uma melhor compreensão da doença, uma maior preocupação e um impacto emocional mais elevado. As crianças/adolescentes apresentavam uma representação da experiência de sintomas mais positiva do que os pais. As representações das crianças/adolescentes das consequências e do impacto emocional da epilepsia, e a gravidade da doença, foram preditores significativos da sua QDVRS. Esta investigação demonstrou a influência das representações pessoais na adaptação à doença, permitindo o desenvolvimento de intervenções psicossociais baseadas nas representações não só do próprio paciente como dos seus progenitores.Item Sintomatologia psicológica e processos de desenvolvimento da identidade em adolescentes e adultos emergentes(2018) Rosa, Cátia Vanessa Adriano Cunha; Prioste, Ana de Nazaré, orient.Com recurso a um desenho quantitativo transversal, o presente estudo pretende estudar: a relação entre a sintomatologia ansiosaedepressiva e oscincoprocessos de desenvolvimento identitário em adolescentes (15-18 anos) e adultos emergentes(19-25 anos); as diferenças nas variáveis referidas, em função da etapa desenvolvimental(adolescência versusadultez emergente);e o papel moderador da etapa desenvolvimental, na relação entre a sintomatologia ansiosa e depressiva e os processos de desenvolvimento identitário.Foi recolhida uma amostra de 404participantes(N= 404), 120adolescentese 284adultos emergentes,através de um procedimento não probabilístico. Os participantes responderama um conjunto de questionários: Questionário sociodemográfico,para recolha de dados pessoais;Escala das Dimensões do Desenvolvimento Identitário,para avaliar os processos dedesenvolvimento identitário; e Inventário de Sintomatologia Psicológica para avaliar a sintomatologia ansiosa e depressiva. Os resultados mostraram que: a etapa desenvolvimental se encontraassociada aos processos de desenvolvimento identitário; o grupo de adolescentes apresenta níveis mais elevados de exploração ruminativa e o grupo de adultos emergentes apresenta níveis mais elevados nos outros processos; a etapa desenvolvimental modera a relaçãoexistenteentre a sintomatologia ansiosa/depressiva e a exploração ruminativa. São discutidas as implicações para a literatura e prática clínica,as limitações deste estudo eestudos futuros.Item Transição para a autonomia na gestão dos cuidados de saúde em adolescentes/adultos emergentes saudáveis e com condições crónicas de saúde(2017) Meira, Juliana Gonçalves; Nazaré, Bárbara, orient.A doença crónica em adolescentes implica um percurso longo e imprevisível. Para que a transição dos cuidados de saúde pediátricos para adultos seja bem sucedida, é necessário que os jovens adquiram capacidades nos domínios do autocuidado, de tomada de decisão nos cuidados de saúde e de autodefesa, que os preparará para assumirem mais responsabilidade pela sua saúde e cuidados de saúde. O objectivo deste estudo é validar a versão portuguesa do Questionário de Avaliação da Preparação para a Transição para a Autonomia nos Cuidados de Saúde (TRACS) numa população de adolescentes/adultos emergentes de ambos os sexos, saudáveis e com condições crónicas de saúde, com idades entre os 16 e 26 anos. A amostra foi constituída por 269 participantes e contemplou um grupo de controlo (jovens saudáveis) e um grupo clínico (jovens com condições crónicas de saúde). O protocolo de investigação englobou a ficha de dados sociodemográficos e clínicos e o TRACS. A estrutura factorial da versão portuguesa não correspondeu à estrutura original. O TRACS apresentou boa validade discriminante entre grupos clínicos, sexo, e grupos etários, e boa consistência interna (alfa de Cronbach = 0,85). Estes resultados sugerem que a versão portuguesa do TRACS tem propriedades psicométricas adequadas a nível de fidelidade e validade, permitindo a sua aplicação em contextos clínicos e de investigação.