Mestrado Em Psicologia Clínica e da Saúde
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Percorrer Mestrado Em Psicologia Clínica e da Saúde por assunto "ADULTOS"
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Item Capacidade para amar e bem-estar: um estudo comparativo entre adultos emergentes e adultos de meia-idade(2023) Fernandes, Maria Inês Resende; Ferreira, Maria José Pereira, orient.O amor é um construto complexo e de incontestável importância para o ser humano, sendo uma área de investigação que tem vindo a progredir no decorrer das últimas décadas. A capacidade para amar, em específico, refere-se à capacidade para o envolvimento, investimento e manutenção de um relacionamento romântico comprometido, resultando de processos desenvolvimentais complexos que se iniciam na infância e continuam a ser moldados ao longo do desenvolvimento. Por ser um construto ainda recente, existe pouca evidência relativa às relações entre a capacidade para amar e indicadores de funcionamento positivo. O presente estudo tem como objetivo central explorar as relações entre as dimensões da capacidade para amar e o bem-estar emocional, psicológico e social. Pretende-se ainda analisar as diferenças na capacidade para amar em função da fase do ciclo vital (adultez emergente e meia-idade) e do género. Participaram neste estudo 535 participantes, dos quais 282 (52.7%) são adultos emergentes com idades entre os 18 e os 25 anos (M = 21.88, SD = 1.80), sendo 240 (85.1%) mulheres, e 253 (47.3%) adultos de meia-idade com idades entre os 45 e os 65 anos (M = 52.24, SD = 5.39), sendo 196 (77.5%) mulheres. As análises de diferenças multivariadas indicam que os adultos emergentes demonstram maior capacidade para amar em todas as dimensões, à exceção da aceitação da perda, luto e ciúme. Em relação ao género, não se verificaram diferenças significativas. Os modelos de predição indicam que a idade e a aceitação da perda, luto e ciúme são preditores significativos e positivos de todos os tipos de bem-estar, sendo a confiança básica um preditor significativo e positivo de bem-estar emocional. São discutidas as implicações destes resultados para a intervenção. Palavras-chave: Capacidade para Amar, Adultos Emergentes, Adultos de Meia-Idade, Bem-EstarItem Declínio cognitivo e esquizofrenia em adultos idosos : perfil cognitivo e efeito das variáveis sociodemográficas(2019) Nunes, Maria Inês da Silva; Oliveira, Célia Regina Gomes, orient.O presente trabalho corresponde a um estudo piloto, desenvolvido a partir da avaliação inicial de um grupo de participantes que integra um programa de estimulação cognitiva (mental health and aging – MenTHa), cuja aplicação e validação se encontra em curso. Objetivos: 1) caracterizar e comparar o perfil cognitivo de sujeitos com declínio cognitivo e esquizofrenia comórbida com um grupo equivalente com declínio cognitivo sem perturbação comórbida; e 2) avaliar a associação entre as variáveis sociodemográficas e declínio cognitivo. Método: A amostra total incluí oito participantes do sexo feminino entre os 61 e os 90 anos, sendo que uma (12.5%) participante é analfabeta, três (37.5%) estudaram entre um a quatro anos, três (37.5%) entre cinco a 10 anos e uma (12.5%) mais que 11 anos. Foram constituídos grupos emparelhados para analisar o efeito da perturbação em sujeitos com o mesmo nível de declínio cognitivo, neste sentido o GE (DC + Esquizofrenia) é composto por quatro participantes com idades compreendidas entre os 61 e 90 anos, sendo que três (75.0%) estudaram entre os cinco a dez anos e uma (25.0%) estudou mais de 11 anos. Já o GC (Declínio Cognitivo) é constituído por quatro participantes entre os 63 e 86 anos, sendo que uma é analfabeta (25.0%) e três (75.0%) estudaram entre um a quatro anos. Foram utilizadas duas medidas: Questionário Sociodemográfico e a Avaliação Cognitiva de Addenbrooke - Revised (ACE-R). Resultados: Revelou-se que na comparação de grupos há diferenças estatisticamente significativas no variável nível de escolaridade. Ao analisar as médias e o desvio-padrão dos resultados nas subescalas do ACE-R verificou-se que também existe diferenças entre os grupos em estudo. Nas correlações das variáveis sociodemográficas e as subescalas do ACE-R, nenhuma variável relacionou-se com as subescalas do ACE-R. Conclusões: Ainda que se trate de um estudo exploratório, o presente estudo procura ser um contributo para novas pesquisas no âmbito da avaliação do funcionamento cognitivo e esquizofrenia em idosos e o efeito das variáveis sociodemográficas. Para além de permitir compreender o fenómeno do declínio cognitivo em idosos, permite caracterizar o perfil cognitivo de sujeitos com declínio cognitivo e esquizofrenia comórbida.Item Declínio cognitivo e perturbação de humor bipolar em adultos e idosos : perfil cognitivo e efeito das variáveis sociodemográficas(2019) Silva, Vanessa Carvalho da; Oliveira, Célia Regina Gomes, orient.O presente trabalho corresponde a um estudo piloto, desenvolvido a partir da avaliação inicial de um grupo de participantes que integra um programa de estimulação cognitiva (Mentha Health and Ageing-Mentha), cuja aplicação e validação se encontra em curso. Objetivos: O presente estudo foca-se em dois objetivos centrais, nomeadamente: 1) na caraterização do perfil cognitivo de adultos idosos com declínio cognitivo e perturbação de Humor Bipolar comórbida, e 2) na exploração da interação entre variáveis sociodemográficas, declínio cognitivo e presença de Perturbação de Humor Bipolar. Método: A amostra é constituída por 15 indivíduos divididos pelo: grupo experimental com idades compreendidas entre os 53 e os 72 anos (M = 60.80, DP = 7.40); grupo de comparação emparelhado com idades compreendidas entre os 80 e os 89 anos (M = 85.6, DP = 3.65) e um grupo de comparação aleatorizado com idades compreendidas entre os 81 e os 94 anos (M = 87.20, DP = 5.07). Resultados: Em relação ao perfil cognitivo, os participantes com a perturbação apresentam todas as áreas cognitivas afetadas, especificamente o declínio cognitivo geral, a atenção e a orientação, a memória, a fluência, a linguagem e a capacidade visuoespacial. Comparativamente, os sujeitos do grupo de comparação emparelhado apresentam todas as áreas cognitivas preservadas. Contudo, não existem diferenças significativas entre os dois grupos no funcionamento cognitivo. As análises correlacionais apontam para uma associação significativa entre a escolaridade e a subescala da linguagem da Avaliação Cognitiva de Addenbrooke Revista no grupo de comparação aleatorizado, não tendo sido encontradas associações adicionais entre as variáveis sociodemográficas e o funcionamento cognitivo em ambos os grupos. Conclusões: Os resultados deste estudo sugerem que existe uma influência da perturbação de humor bipolar no declínio cognitivo e a associação significativa entre a escolaridade e a subescala da linguagem da Avaliação Cognitiva de Addenbrooke Revista no grupo de comparação aleatorizado.Item Declínio cognitivo e perturbação do desenvolvimento intelectual em adultos e idosos : perfil cognitivo e efeito das variáveis sociodemográficas(2019) Coelho, Vera Carolina de Oliveira; Oliveira, Célia Regina Gomes, orient.O presente trabalho corresponde a um estudo piloto, desenvolvido a partir da avaliação inicial de um grupo de participantes que integra um programa de estimulação cognitiva (Mental Health and Ageing - MentHA), cuja aplicação e validação se encontra em curso. Os objetivos principais deste estudo consistem em caraterizar e comparar o perfil cognitivo de adultos e idosos com Declínio Cognitivo e Perturbação do Desenvolvimento Intelectual comórbida, com um grupo equivalente de participantes com Declínio Cognitivo sem psicopatologia comórbida e investigar a associação entre o Declínio Cognitivo e as variáveis sociodemográficas escolaridade, idade e sexo, em adultos idosos com e sem Perturbação do Desenvolvimento Intelectual. Os participantes são adultos e idosos com idades compreendidas entre os 50 e 92 anos, sendo divididos em três grupos: grupo experimental com uma média de idades de 54.7 (DP = 4.03), grupo de comparação emparelhado no Declínio Cognitivo com uma média de idades de 85.1 (DP = 7.19) e grupo de comparação aleatório com uma média de idades de 82.2 (DP = 6.25). Verificou-se que indivíduos com Perturbação do Desenvolvimento Intelectual apresentam níveis de declínio cognitivo mais afetado do que os sujeitos sem esta patologia com idades mais elevadas. E ainda que existem associações positivas entre a escolaridade e declínio cognitivo. Conclui-se que a Perturbação do Desenvolvimento Intelectual parece aumentar o risco de um declínio cognitivo mais precoce. A escolaridade é a variável que obteve maior número de associações, tendo-se verificado uma correlação positiva entre a escolaridade e o Declínio Cognitivo.Item Estratégias distrativas na dor crónica: potencialidades das tecnologias digitais(2022) Marques, Rafaela da Silva; Souto, Maria Teresa Soares, orient.A dor crónica corresponde a um fenómeno limitante à escala mundial, caracterizado por uma dor constante e angustiante. A investigação científica e o avanço das tecnologias digitais têm-se focado no estudo da redução do desconforto sentido através do uso de smartphones, tablets e outros dispositivos portáteis. Objetivos: Aplicar um recurso tecnológico, validar a prova de conceito da estratégia distrativa da dor, verificar se existiu alteração na perceção de dor na sequência desta estratégia distrativa e, por fim, verificar se foi efetuada uma escolha preferencial por uma das alternativas propostas na aplicação (jogo ou passeio em cenário virtual). Método: Participaram neste estudo exploratório 4 participantes adultos, com idades compreendidas entre 54 e 59 anos de idade, com o diagnóstico médico de dor crónica e com acesso a smartphone compatível com a aplicação. Os participantes fizeram uso da aplicação Chronic Pain Relief, ao longo de 10 semanas, num total de 16 sessões. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas para obter uma avaliação qualitativa da aplicação. Para analisar qualitativamente os resultados recorreu-se à análise de conteúdo. Os dados quantitativos foram analisados com recurso a análises descritivas e inferenciais. Resultados: Após completarem as sessões, 3 dos participantes relataram uma diminuição da perceção de dor durante a utilização da aplicação, mas não foram observadas diferenças estatisticamente significativas na perceção da intensidade de dor após uso da aplicação. Não foram relatados efeitos adversos ao utilizar a aplicação. Conclusão: Foi possível verificar uma diminuição da perceção de dor em termos subjetivos (feedback solicitado aos participantes). O efeito da aplicação na alteração da perceção de dor varia de participante para participante. Dos 4 participantes no estudo, 3 relataram uma diminuição da perceção de dor e 1 relatou não sentir qualquer alteração na perceção de dor ao utilizar aplicação. Palavras-chave: adultos, dor crónica, estratégias distrativas, tecnologias digitais, smartphone, estudo exploratórioItem Memória autobiográfica e psicopatologia - uma revisão sistemática(2020) Cunha, Sofia Isabel Fragoso Lopes da; Cabral, Joana, orient.A investigação referente à memória autobiográfica tem vindo a sugerir que a sua apresentação afeta, de forma complexa e bidirecional, o funcionamento psicossocial do indivíduo, nomeadamente no que respeita à evocação de memórias específicas. No entanto, não existe ainda um corpo de conhecimento claro e sistematizado sobre o seu papel na psicopatologia. Pretendeu-se com este estudo sistematizar o conhecimento produzido até ao momento no respeitante à relação entre memória autobiográfica e psicopatologia, bem como perceber as suas implicações para a prática clínica. Foram extraídos 564 artigos de quatro bases de dados (PsycArticles, Web of science core collection, MEDLINE e Scopus), publicados entre janeiro de 2014 e dezembro de 2019, de modo a selecionar estudos que analisavam a associação entre memória autobiográfica e psicopatologia, numa população clínica com mais de 18 anos. Trinta e um artigos cumpriram os critérios de inclusão estabelecidos. Os resultados apontam para a sobregeneralização da memória autobiográfica em todas as perturbações em estudo, nomeadamente no que respeita à sua associação com evitamento funcional e funcionamento cognitivo, e ao seu impacto na memória autobiográfica autonoética. Foram encontradas limitações metodológicas, nomeadamente na diversidade de instrumentos de avaliação utilizados, que dificultam a sistematização de conclusões neste domínio de investigação. Discutem-se as implicações destes resultados para a prática clínica e para o desenvolvimento da investigação futura.