Mestrado em Exercício e Bem-Estar
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Percorrer Mestrado em Exercício e Bem-Estar por assunto "AFFECTIVITY"
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Item Análise da resposta afetiva dos praticantes de treino de força em health clubs(2020) Bengui, Sumbo Dinis Kundi; Teixeira, Diogo dos Santos, orient.Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo analisar a relação de medidas contextuais e situacionais de valência afetiva durante sessões de treino de força em praticantes recreativos em ginásios e health clubs. Métodos: A principio foi elaborada uma revisão sistemática com base em estudos experimentais e não experimentais sobre a evidência disponível sobre a resposta afetiva em praticantes de treino de força, adultos com idade entre >18 e <64 anos, praticantes de treino de força por mais de três vezes por semana, com mais de seis meses de prática. Para a revisão sistemática, foram consultados estudos publicados entre janeiro de 1998 e outubro de 2018, disponíveis nas seguintes bases de pesquisa: SportDiscus e PubMed. Alguns artigos foram encontrados manualmente. A pesquisa orientou-se pelo modelo PICO, de acordo com a norma PRISMA. Numa segunda fase, foi realizado um estudo observacional transversal com uma amostra de 43 participantes, num health club em Lisboa. Variáveis como a valência afetiva foram avaliadas através de um questionário. Realizou-se uma análise descritiva para comparar as médias das variáveis. Fez-se também o Teste T de amostra emparelhada para verificar a diferença entre os momentos das variáveis. Utilizou-se a correlação bivariável de Person para a associação entre o parâmetro de bem-estar psicológico e afeto em todos os momentos da FAS e da FS. Para verificar a possível relação entre as variáveis, utilizou-se o nível de significância correspondente a p<0.05, para diferenças significativas. Resultados: na revisão sistemática foram encontrados 61 estudos relevantes. Destes, oito foram incluídos na revisão: sete experimentais e um observacional transversal, fazendo um total de 254 participantes, em que 70% são do género masculino com uma média de idade entre 20 e 25 anos. Na maior parte dos resultados, o treino de força realizado de forma moderada promoveu uma resposta afetiva positiva e uma ótima ativação percebida. No segundo estudo, em que se analisa o estado afetivo (valência afetiva, perceção de ativação e estado emocional) durante uma sessão de treino de força, os resultados da hipótese n.º 1 estão de acordo com as evidências. Constatou-se que, durante e após o treino de força, houve uma associação positiva com parâmetros de valência afetiva e níveis de ativação. Verificou-se também melhoria do estado emocional do início ao final da sessão do treino de força. Conclusão: Na maior parte dos resultados, o treino de força realizado de forma moderada e autosselecionada promoveu uma resposta afetiva positiva e uma ótima ativação percebida. Durante e após o treino de força existe uma associação positiva com parâmetros de valência afetiva e níveis de ativação. A nível da melhoria no estado emocional do início ao final do treino de força, houve um aumento no valor do bem-estar psicológico no início para o final do treino e verificou-se valor significativo. O mesmo ocorreu em relação ao afeto positivo no início e no final do treino de força. Houve aumento significativo no valor médio, bem como diferenças significativas.Item Modelo circumplexo de afeto: resposta afetiva e níveis de ativação em praticantes recreacionais de crossfit(2020) Evmenenko, Anastasiia; Teixeira, Diogo dos Santos, orient.Objetivo. A resposta afetiva é um fator preditor da futura adesão à prática regular de exercício físico e faz parte das recomendações da prescrição avaliá-la juntamente com outras medidas fisiológicas (FC, RPE). Até agora, foi confirmado que as medidas unidimensionais mais comuns não refletem toda a gama de respostas afetivas ao exercício, porque os protocolos de medição contextuais não são capazes de apanhar e refletir as mudanças afetivas dinâmicas em resposta à intensidade do exercício, e apenas descrevem a alteração do início para o pós-exercício. Uma das medidas bidimensionais que se aplica durante o treino e consegue traçar a resposta afetiva no momento é o modelo circumplexo de afeto aplicado ao contexto de exercício físico. O presente trabalho teve como objetivo analisar a resposta na valência afetiva e ativação ao exercício físico no treino intervalado funcional de alta intensidade (CrossFit WOD) e examinar as mudanças no bem-estar e no domínio emocional com um projeto de pesquisa translacional, com interesse adicional nas diferenças inter-individuais e na representação da valência afetiva através do modelo circumplexo de afeto. Método. Inicialmente, para analisar a evidência científica existente sobre aplicação do modelo circumplexo de afeto no âmbito de exercício físico foi realizada uma revisão sistemática de literatura com base nos estudos experimentais que analisaram a resposta afetiva e ativação nas populações de várias idades e no âmbito de diferentes protocolos de treino, sempre através do prisma do modelo circumplexo. Posteriormente foi realizado um estudo transversal observacional com uma amostra de 33 praticantes de CrossFit nas boxes de Grande Lisboa. A valência afetiva, ativação, bem-estar e domínio emocional foram avaliados através de questionários psicométricos e através do cardiofrequencímetro. Realizaram-se testes descritivos, testes-T e correlações de Pearson como parte da análise estatística. Resultados. Na revisão sistemática da literatura foram incluídos 22 artigos de relevo. Todos os artigos utilizavam o modelo circumplexo de afeto como medidor da valência afetiva e ativação. Houve uma melhoria significativa na valência afetiva do pré ao pós-exercício, tal como um padrão consistente de diminuição do prazer ao se aproximar e superar o limiar anaeróbio. Os programas de exercício e exercícios aeróbios com intensidade auto-selecionada parecem promover ativação positiva em várias populações e faixas etárias, com o fenómeno presente da variabilidade interindividual. O treino de força e resistência muscular, de acordo com poucos estudos existentes, também parece promover os níveis de ativação mais altos durante o treino e uma resposta afetiva positiva pós-treino, tanto nos treinos com intensidade auto-selecionada, como com imposta (Focht, 2002). De acordo com Arent et al. (2005), a resposta afetiva é mais alta nas intensidades moderadas, ao contrário das intensidades baixas e altas. No estudo transversal observacional verificou-se que a resposta emocional teve diferenças significativas do início para o final do treino. Foram encontradas associações positivas entre as medições da Feeling Scale e o bem-estar final pós-treino, tal como ativação positiva. Não foram encontradas associações significativas da Felt Arousal Scale com o bem-estar final.Item Resposta afetiva e treino com resistência : uma exploração baseada em pressupostos hedónicos(2022) Bastos, Vasco Alambre; Teixeira, Diogo dos Santos, orient.Objectivo. O treino resistente (TR) providência inúmeros benefícios para a saúde e como tal é relevante para a saúde publica. No entanto, os principais locais de prática continuam a sofrer altas taxas de desistência, e os dados relativos à prática de exercício numa parte significativa da população mundial mostra que a maioria das pessoas leva uma vida com elevado comportamento sedentário, tornando o desenvolvimento de estratégias para a manutenção da prática de exercício de extrema importância. Uma abordagem para este problema poderá assentar na resposta afetiva ao exercício. Baseada em princípios hedónicos, a evidência sugere que o ser humano tende a desempenhar atividades que considera prazerosas enquanto evita a dor e o desprazer. Nesta abordagem, a Feeling Scale (FS) e a Felt Arousal Scale (FAS) têm sido extensivamente utilizadas na literatura para medir a dinâmica afetiva de uma sessão de treino. No entanto, a literatura atual sobre a resposta afetiva ao TR é ainda preliminar, com mais investigação a ser necessária para esclarecer questões metodológicas na sua medição e em como promover programas de TR mais prazerosos e sustentados no tempo. Como tal, o objectivo desta dissertação de mestrado consistiu em explorar a relação da resposta afetiva em dinâmicas de TR, particularmente num dos seus contextos ecológicos mais frequentes, os ginásios e health clubs. Método. De modo a cumprir este objectivo, foram realizados dois estudos: uma revisão sistemática da literatura e um estudo quasi-experimental. Na revisão, uma pesquisa da literatura foi realizada com o objectivo de analisar como a FS e/ou a FAS têm sido aplicadas na medição e aferição da resposta afetiva no TR. A sua viabilidade, timing de aplicação, e implicações para a medição da resposta afetiva foram o foco desta análise, permitindo apresentar recomendações para a sua aplicação tanto em situações de vida real como em investigações futuras. No segundo estudo, um programa de TR foi desenvolvido e aplicado a praticantes de exercício, com um desenho quasi-experimental, com o objectivo de: (1) explorar a dinâmica da resposta afetiva através da sua contínua avaliação depois da última série de cada exercício, prescrito até à falha muscular; e (2) analisar possíveis diferenças entre perfis de preferência e tolerância da intensidade em variáveis afetivas (core affect e divertimento). Para esse efeito, um total de 43 participantes foram recrutados em dois health clubs na zona de Lisboa. Estatística descritiva, análises correlacionais e ANOVAS de medidas repetidas, assim como vários testes não paramétricos, foram realizadas para testagem das hipóteses em estudo. Resultados. Após uma meticulosa pesquisa em três diferentes bases de dados, um total de 26 estudos foram incluídos e qualitativamente analisados na revisão sistemática. Os resultados indicam que ambas as escalas foram eficazes na medição do core affect dentro de uma ampla variedade de intensidades, idades, equipamentos e em ambos os géneros. No entanto, problemas metodológicos, falta de parametrização e uma heterogeneidade geral nos protocolos aplicados foi detetada na maioria dos estudos, podendo assim enviesar resultados e limitar a sua interpretação. O segundo estudo demonstrou que a aplicação da FS/FAS imediatamente após uma série representa uma abordagem viável e ecologicamente valida de medir o core affect. Em praticantes regulares de exercício, uma única medição numa sessão de TR parece ser suficiente para compreender a sua resposta afetiva, salvaguardando-se vários casos onde mais medições poderão permitir uma interpretação mais detalhada. Foi possível ainda verificar que indivíduos com perfis de preferência e tolerância diferentes apresentaram respostas afetivas distintas. Em geral, perfis mais elevados nestasvariáveis apresentavam respostas afetivas mais positivas, suportando as hipóteses previamente definidas. Conclusão. De forma geral, a FS e a FAS são escalas viáveis e úteis na medição da resposta afetiva no TR, disponibilizando informação mais rica e detalhada quando cruzadas no modelo circumplexo de afetos. Adicionalmente, uma medição imediatamente após uma série parece ser uma abordagem viável e ecologicamente válida de medir o core affect.