Revista Lusófona de Educação n.º 08 (2006)

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    O dever de casa como política educacional e objecto de pesquisa
    (University of Lusophone Humanities and Technology, 2006) Carvalho, Maria Eulina Pessoa de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    By explicitly capitalizing on time and material and symbolic resources of parents, homework constitutes an object of educational policy aiming at promoting school success through parental involvement in schooling, both in the United States and Brazil. The focus on homework allows for the examination of implicit aspects of family–school interactions within current international context of neoliberal education reform, which draws on the rhetoric that good public schools begin at home. Emphasized as a solution to enhance learning and school productivity, homework is fundamentally a political issue with educational equity implications. As a component of the teaching–learning process and evaluation, it affects teachers’ work and pedagogical planning, as well as family life, by requiring the articulation between classroom and home activities, and a supportive domestic structure. The consideration of the implications of homework practices opens a broad research agenda
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    Conflito docente no Brasil e manifestações sindicais : natureza e significados
    (University of Lusophone Humanities and Technology, 2006) Melo, Savana; Oliveira, Dalila; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    Este artigo discute algumas tendências concernentes à natureza e ao significado dos conflitos docentes ocorridos no Brasil entre os anos de 1998 e 2003, a partir de suas manifestações acolhidas ou preconizadas pelos sindicatos. Procura-se identificar e analisar os conflitos manifestos no período, desenvolver reflexão sobre a especificidade do trabalho docente e apresentar alguns aportes teóricos para ampliar a compreensão desses fenômenos. Como resultado, buscou-se quantificar e qualificar os conflitos, identificando os protagonistas e analisando a principal motivação desses, seus desenlaces e as vitórias obtidas. Conclui-se que o trabalho pedagógico vem sendo reestruturado nos últimos anos, em decorrência das reformas educacionais empreendidas, o que pode estar dando lugar a novos problemas, conflitos e resistências, como expressão da insatisfação dos docentes.
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    Quais os contributos da Antropologia para a compreensão das situações de deficiência?
    (University of Lusophone Humanities and Technology, 2006) Gardou, Charles; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    Em que é que a Antropologia pode ajudar a pensar a questão da deficiência? Esta é a interrogação, voluntariamente depurada, que orienta aqui o nosso propósito. Perguntar-nos-emos em primeiro lugar em que é que o encontro com o outro, em situação de deficiência, pode contribuir para abrir os nossos olhos e conduzirnos a discernir para além da singularidade, por vezes extrema, os universos da humanidade. Tentaremos em seguida mostrar que todo o pensamento neste domínio é ao mesmo tempo um pensamento sobre a sociedade, porque a deficiência funciona como significante social, incarnando a nossa difícil relação com os outros. Estas questões, enroladas nas profundezas das sociedades humanas, obrigam a “pensar” no que define o homem, para além da multiplicidade dos contextos. A postura antropológica convida a estabelecer o suporte, sem o qual todo o estudo comparativo, tendo em conta o social e o educativo das situações de deficiência, pode parecer desencarnado.
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    Da integração à inclusão escolar : cruzando perspectivas e conceitos
    (University of Lusophone Humanities and Technology, 2006) Sanches, Isabel Rodrigues; Teodoro, António; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    A partir dos anos 1960, novos conceitos e práticas começaram a ser introduzidos no âmbito das respostas educativas a dar às crianças e jovens em situação de deficiência. A grande mobilidade das pessoas, o alargamento da escolaridade obrigatória e a consequente diversificação dos seus públicos trouxeram para a discussão educativa o papel e as funções da escola. Da procura de respostas para as situações de deficiência à necessidade de promover o sucesso para todos os alunos da escola, um longo e difícil caminho está a ser percorrido, com perspectivas e tomadas de posição algo controversas. Para que as palavras/expressões não sejam usadas aleatoriamente ou despidas do significado que esteve na origem da sua utilização educativa, procedeuse aqui à sua definição e contextualização, segundo as perspectivas divulgadas mais recentemente.
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    Ética ambiental e educação nos novos contextos da ecologia humana
    (University of Lusophone Humanities and Technology, 2006) Lencastre, Marina Prieto Afonso; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    O presente artigo ocupa-se com a apresentação crítica de correntes que animam, nos dias de hoje, a ecologia enquanto pensamento social e educativo. Delas emergem alguns dos problemas do conservacionismo moderno, dos direitos dos animais e da natureza e, genericamente, dos novos contextos da acção ética e da educação. Estes últimos são informados tanto pela tecnociência, como pela dinâmica social e cultural na origem de fenómenos eco-sociais recentes que, nos dias de hoje, extraem a educação de uma missão estritamente escolar, e a solicitam para contextos cada vez mais reais e variados da vida humana.
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    The OECD, globalization and education policy de M.Henry, B.Lingard, F. Rizvi e S. Taylor
    (University of Lusophone Humanities and Technology, 2006) Moura, Teresa; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
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    Os rostos da solidão
    (University of Lusophone Humanities and Technology, 2006) Tavares, Manuel; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
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    As universidades populares : Contexto e desenvolvimento de programas de formação de pessoas adultas
    (University of Lusophone Humanities and Technology, 2006) Requejo Osorio, Agustín; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    The educative process does not developed, exclusively, in the school scope (formal education). Throughout history, the formation of grown up people was under consideration of institutions with activities takes in consideration its formation through programs that search for, not only the knowledge transmission, as well as the analysis and transformation of the social reality. (not formal education). It is intended, not only to transmit one knowledge, but also one make, looking an integral formation which begins with the experience and the interaction between groups of different age levels, social class, etc. The Popular Universities, as educative institutions, appear at the beginning of 20th century. Today they are an institution that looks upon an ample program of formation. They exist, in Spain, more than 200 Popular Universities associates to the FEUP (Spanish Federation of Popular Universities). More than a million of people participate in its diverse programs and activities, predominantly of sociocultural character. In this article, the proposals and its implantation of the model of popular education are exposed since over a century. At the same time, e through a specific institutional questionnaire, its model of formation is evaluated.
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    Globalização e identidades educativas : Rupturas e incertezas
    (University of Lusophone Humanities and Technology, 2006) Pacheco, José Augusto; Pereira, Nancy; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    Com este artigo pretende-se debater escolar e curricularmente a globalização e a identidade como dois espaços posicionais que configuram as políticas educacionais, concretamente ao nível da organização escolar. Defendemos que a globalização contribui de modo efectivo, contrariamente ao que a construção das identidades escolares pressupõe, não só para o reforço da homogeneização escolar, incluindo as práticas curriculares, como também para o reforço da noção de currículo como facto. Os resultados que se apresentam dizem respeito às práticas de elaboração de projectos educativos (político-pedagógicos) configurando a existência de projectos que são trabalhados escolarmente pelos professores numa lógica normativa e num ritual de cumprimento de macrodecisões, mesmo que a sua justificação seja feita na base da autonomia das escolas e de identidades curriculares locais.
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    Calvet de Magalhães e o Direito à educação
    (University of Lusophone Humanities and Technology, 2006) Tavares, Manuel; Ricardo, Maria Manuel Calvet; Magalhães, Manuel Maria de Sousa Calvet de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    O artigo Direito à educação, de Calvet de Magalhães, foi publicado em Fevereiro de 1974 para celebrar os 25 anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem. Pela sua actualidade, pelas referências teóricas a que recorre, pela revisão de literatura e de legislação e pela visão democrática da educação, núcleo central do artigo, justifica-se a sua publicação Para além da perspectiva pedagógica do autor, aqui claramente explicitada, e das suas concepções filosóficas, enquadradas entre o socialismo utópico e o socialismo científico, o artigo exprime uma antevisão do modelo de sociedade que o 25 de Abril de 1974 possibilitou. No que diz respeito à democratização do ensino, Calvet de Magalhães considera que constitui o grande fundamento para o desenvolvimento económico e para elevar o nível cultural da população. Afirma, assim, que a verdadeira democratização do ensino consiste, fundamentalmente, em “assegurar o lugar que convém a cada um e não o acolhimento, sem controlo, nas escolas casernas ou, melhor ainda, nos armazéns de jovens. Neste sentido, a democratização não pode ser somente seleccionar, tem também de produzir “alunos que triunfem”; para isso, considera fundamental que o professor tenha um perfil que garanta um modelo democrático de ensino. Numa época em que se discute o Estatuto da Carreira Docente, em que se conflituam modelos pedagógicos e em que se apresentam diferentes filosofias para a resolução dos problemas da educação, este artigo de Calvet de Magalhães é de leitura obrigatória para todos aqueles que, directa ou indirectamente, estão envolvidos no processo educativo.
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    Língua portuguesa e cooperação para o desenvolvimento [de] Maria Helena Mira Mateus e Luísa Tetónio Pereira
    (University of Lusophone Humanities and Technology, 2006) Duarte, José Bernardino; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
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    Os manuais escolares, a construção de saberes e a autonomia do aluno : Auscultação a alunos e professores
    (University of Lusophone Humanities and Technology, 2006) Santo, Esmeralda Maria; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    A divulgação do estudo e dos resultados desta investigação tem por objectivo constituir uma contribuição para o aprofundamento do conhecimento científico sobre manuais escolares como ferramenta pedagógica - por isso dita manual - ao serviço da construção de saberes pelo aluno. Norteia-nos o paradigma construtivista e recorremos às categorias de Hummel (1988). Através de um “estudo de caso instrumental”, e tendo por suporte uma metodologia qualitativa, realizaram-se entrevistas semi-directivas (alunos/professores) numa escola da periferia de Lisboa. Para obtermos uma visão transversal da construção do Saber, analisaram-se dois manuais - Português B/ Ciências da Terra e da Vida - do ensino secundário. Da análise de conteúdo releva a pertinência de coexistirem categorias primárias (categorias adoptadas de Hummel, 1988) e secundárias (categorias que resultaram da análise de conteúdo das entrevistas) na construção de manuais. E a de uma conceptualização de “autonomia pedagógica” do aluno pelas implicações que tem na gestão pessoal do processo de aprendizagem do aprendente. Analisamos, ainda, o papel do professor, quanto às possibilidades de interacção no trabalho com o manual. Por último, esperamos contribuir para a melhoria da “Formação de Professores” nesta área temática alusiva ao trabalho dos professores com o manual escolar. As questões editoriais não foram objecto do nosso estudo.