Revista Lusófona de Ciência das Religiões, Nº 20, Vol. 1 (2017)

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    Mundus inversus e o Reino dos Céus
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Vistas, Pedro
    O propósito deste estudo é identificar e explorer a distinção entre o Cristianismo enquanto caricatura popular, genericamente atacado, e o Cristianismo real ou essencial, estabelecido por Cristo. O ensaio defenderá que o Cristianismo na sua mensagem radical e na sua experiência não é, de modo algum, secularizável, descobrindo nos Evangelhos como Cristo via o mundo civilizado: como mundus inversus.
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    Pluralidade religiosa, fluxos migratórios e cidadania
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Tomás, Maria Isabel
    A configuração das nossas cidades evidencia uma pluralidade religiosa que, por sua vez, está relacionada com os fluxos migratórios, emigração e imigração, ocorridos no passado e no presente. Por outro lado, as Igrejas e as organizações religiosas reforçam a construção da identidade e podem ser consideradas um local onde as pessoas se encontram e se ajudam mutuamente. Contribuindo assim, para uma maior integração dos cidadãos. Ou seja, podemos constatar que, nos espaços religiosos, existe uma inter-ajuda entre as pessoas, na resolução dos seus problemas, como a legalização, a procura de emprego, o combate à solidão, entre outros. Podemos, assim, afirmar que a religião é essencial para o exercício da cidadania. Por seu turno, esta pluralidade originou um conjunto de políticas públicas, como a Lei da Liberdade Religiosa, que veio regulamentar um conjunto de direitos já consagrados na Constituição da República Portuguesa, o Código Civil Português, entre outros documentos legais. A presente pesquisa pretende identificar características convergentes e divergentes entre os grupos religiosos, identificar as contribuições desses grupos religiosos na adaptação e na integração dos migrantes e na conceção e implementação de políticas públicas no domínio do diálogo inter-religioso. Ao longo deste trabalho de investigação foram realizadas entrevistas semi-diretivas a organizações e entidades religiosas tais como: Aliança Evangélica Portuguesa, Comissão para a Liberdade Religiosa, COMACEP, Alto-Comissariado Para as Migrações, Projeto K-Cidade do Centro Ismaili, Mesquita Central de Lisboa Comunidade Israelita de Lisboa, Comunidade Hindu de Portugal, Comunidade Sikh de Portugal, Igreja Evangélica Alemã, Igreja Evangélica Escocesa, Igreja Evangélica Filipina, Igreja Ortodoxa Grega - patriarcado de Constantinopla, Associação das Testemunhas de Jeová, Igreja Adventista do 7º dia, Igreja Messiânica, Igreja da Unificação para a Paz Mundial e Igreja Portuguesa de Ciêntologia, ordem de Rosacruz Amorc, União Budista Portuguesa e Federação Nacional do Culto Afro-Brasileiro.
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    No Portugal dos pequeninos: um espaço para a expressão da doutrina dos espíritos
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Martinho, Solange
    Neste trabalho, como contribuição para os dados sobre o crescimento de algumas expressões religiosas em Portugal, apresento uma abordagem metafórica do “Portugal dos Pequeninos”, refletindo desde o início da expressão da doutrina dos espíritos descodificada por Allan Kardec, até o momento presente. A sociedade portuguesa na época da construção desse parque lúdico, vivia numa conjuntura eclética, embora, prevalecesse o catolicismo, numa época de regime Salazarista, onde a sociedade procurava construir e afirmar a sua identidade enquanto nação. Após a interpretação histórica dessa metáfora, realizada através de exploração documental, faço uma articulação com a história do Kardecismo em terras portuguesas e, de seguida, argumento como é que uma doutrina como esta, conseguiu construir e manter o seu espaço de expressão até a contemporaneidade, concorrendo com outras expressões no campo religioso, através do hibridismo. Como resultado desta exploração, observou-se que mesmo sendo uma minoria étnica, o Kardecismo, em Portugal, já responde a uma considerável parte da pluralidade de religiões no país, e que já não passa mais despercebida pelos cientistas sociais, bem como pelo Estado que permite a sua colaboração, inclusive como fomentadora de uma economia mais social e solidária junto das comunidades mais vulneráveis socialmente.
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    A peregrinação à Lapa do Bom Jesus : um percurso desafiante
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Dworak, Krzysztof
    O cristianismo, desde os seus inícios, sentiu-se desafiado pela realidade histórica, social, econômica, cultural e religiosa, entre outras. Com o advento da modernidade, marcada pelo secularismo, ele não só perdeu seu importante lugar como formador de identidades, mas também se viu cercado pela ditadura do sistema comercial. Ele foi acusado por alguns pensadores como fator de atraso social. E se de um lado, o cristianismo, ao longo de todo este tempo, sentiu-se desafiado, e muitas vezes abertamente perseguido, por outro, tornou-se um elemento desafiador. Neste artigo pretendemos refletir sobre alguns destes desafios no contexto das peregrinações. Levamos aqui em conta as peregrinações que acontecem no Santuário do Bom Jesus da Lapa, Bahia, Brasil e que foram objeto de nosso estudo em vista da tese de doutoramento.
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    Igreja Universal do Reino de Deus (IURD): institucionalização e mudanças de paradigmas
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Meneses, Jonatas Silva
    O presente artigo destaca a Igreja Universal do Reino de Deus no Brasil, suas principais características teológicas e doutrinárias, possíveis rupturas e continuidades. As características foram apresentadas e analisadas de forma comparativa, passado e presente, sem a pretensão de esgotar a temática, tendo em vista ser, este artigo, parte de trabalho maior de pesquisa sobre a história dessa igreja no Brasil e em Portugal. A perspectiva principal foi pensar a IURD com base nos seus sincretismos e pragmatismo geradores da mensagem proselitista divulgada nos seus templos e nos meios de comunicação: rádio, televisão e material impresso (jornais, revistas e livros).
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    Views on the contemporary challenges to christianity
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Silva, Fernando Caldeira da
    O cristianismo é desafiado por várias tendências contemporâneas, quer internas quer externas, que este artigo estuda. Internamente, o cristianismo está a ser desafiado a alterar os símbolos religiosos utilizados na devoção individual e no culto coletivo. Contudo, transformações culturais ou os problemas ecológicos (para utilizar dois exemplos), exercem uma enorme pressão no cirstianismo, incitando-o a repensar a sua posição relativamente a desafios externos. Uma questão radical está a ser colocada à Igrejas Cristãs, líderes e membros, relacionada com o tipo de posição moral que os cristãos devem adotar de forma a encarar os problemas e males do mundo, como a guerra, a população deslocada, a fome, as secas e a corrupção. Este artigo analisa a pressão contemporânea interna e externa colocadas perante o cristianismo.
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    Os desafios da religiosidade contemporânea : análise das teorias da individualização religiosa e espiritual
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Moniz, Jorge Botelho
    Desde os finais da década de 1940 que as teorias da secularização predominam nas discussões académicas sobre o lugar da religião nas sociedades modernas. Ao defender uma tensão inexorável entre os fenómenos da modernização e o desenvolvimento religioso, a secularização vaticina a diminuição da relevância social da religião. Todavia, com o crescimento de novos movimentos religiosos e de formas individualizadas de religiosidade ou espiritualidade, os pressupostos da secularização começam a ser criticados, sobretudo nas últimas décadas do século XX e nos inícios do século XXI. Esta crítica daria lugar a uma das suas principais e mais desafiantes alternativas teóricas – a individualização das crenças religiosas – proponente da ideia de que, mesmo com os avanços da modernização, a religiosidade individual mantém uma relevância constante, podendo inclusive ter desenvolvimentos positivos. É precisamente na análise desta alternativa e dos seus princípios basilares que esta investigação se foca. Assim sendo, propõe-se um estudo analítico-descritivo das principais sub-teorias da individualização. Em particular, das teses da privatização e religião invisível, do crer sem pertencer e da religião vicária, da espiritualidade reflexiva e da rutura na corrente de memória coletiva. Através do seu exame e comparação é possível compreender a organização da psique religiosa moderna e as suas implicações em matéria de atitudes, condutas e valores religiosos à escala pessoal.
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    Diversidade religiosa e idosos em processo de alfabetização: cenários do Brasil
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Martins Filho, Lourival José
    Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho fenomenológico realizada com 05 idosos em processo de alfabetização que procurou identificar práticas curriculares exitosas, vinculadas ao trabalho pedagógico que considere a Diversidade Religiosa no desenvolvimento da oralidade, da escrita e da leitura de alfabetizandos(as) com mais de 65 anos de idade. A inquietação que gerou o tema/problema é parte do compromisso do programa de ensino, pesquisa e extensão SAFIRA – Saberes e Fazeres em Alfabetização de Jovens e Adultos que coordenamos no Departamento de Pedagogia da Universidade do Estado de Santa Catarina desde 2004. Foram selecionados intencionalmente 05 participantes residentes na Região da Grande Florianópolis. As entrevistas analisadas apontaram as seguintes dimensões: as tradições religiosas e suas práticas de leitura e escrita como elemento central na busca pela aprendizagem da língua materna por idosos; a alegria de ler textos, considerados sagrados, na terceira idade e o poder da escrita nas diferentes situações da vida. Assim, este trabalho reafirma a importância da temática Diversidade Religiosa em todos os componentes curriculares, níveis e modalidades da Educação Básica.
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    Nova perspectiva em Paulo versus a perspectiva reformada tradicional
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Melo, Reginaldo
    Antes de debater a Nova Perspectiva em Paulo devo dizer que nem todos seus princípios são necessariamente negativos. Tem sido consenso geral no Brasil que a NPP é válida para explorar o contexto de Paulo de maneira mais profunda; essa diversidade de pensamento leva-nos de volta ao texto Paulino em si, a fim de entender os novos paradigmas que possam sobrevir e discernir os textos de forma mais abrangente. Sem dúvida que há um novo campo a ser explorado no campo da pesquisa sobre a NPP, assim, a publicação deste artigo em Português serve como estímulo ao mundo acadêmico brasileiro e português em sua percepção em relação a justificação pela fé.
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    Contingências do complexo de minoria em sociedades tendencialmente mono-religiosas : o caso português
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Lino, Brissos
    A organização das sociedades tendencialmente mono-religiosas, como a portuguesa, desencadeiam um conjunto de constrangimentos de diversa ordem às minorias religiosas, as quais, além da ignorância existente sobre elas, são ainda alvo de marginalização no espaço público e mediático, vendo-se impossibilitadas de prestar contributos significativos para as dinâmicas da sociedade e mesmo para a governação. Face a estes constrangimentos, as minorias religiosas desenvolvem diferentes estratégias para conseguir superar o complexo de minoria de que sofrem e se tornarem conhecidas, aceites e relevantes, de modo a ocuparem o espaço que lhes pertence por direito.
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    Cantos do anticlericalismo
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Melo, Paulo Correia de
    A ideia central deste texto é observar dois exemplos do rap português onde predomina a temática religioso-eclesiástica. Parte-se de uma aproximação do rap português à literatura tradicional, quase como um prolongamento da Tradição em novos modos de expressão cultural e musical. Procura ainda verificar-se a presença de modos específicos de anticlericalismo nos dois especímenes.
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    Programa anticlerical de Tomás da Fonseca
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Abreu, Luís Machado de
    Tomás da Fonseca (1877-1968) fez da adesão a um programa de anticlericalismo militante o seu projecto de vida. Cumpriu-o de maneira radical, persistente e sem desvios, animado pelo propósito de emancipar a sociedade portuguesa da alegada opressão religiosa e clerical. Fascinado pelo ideal do homem novo e da sociedade nova, procurou levá-lo à prática intervindo em três frentes, as frentes política, pedagógica e social. Com essa actuação pretendia varrer da sociedade a presença da Igreja. Entendia que para isso era necessário defender e consolidar a laicidade republicana, promover o ensino laico, e libertar a mulher da subalternidade e da manipulação clerical.
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    Anticlericalismo-anticatolicismo e clericalismo-catolicismo em Portugal nas vésperas da I República (1881-1910) : breve panorâmica histórico
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Carvalho, José
    Andando em volta de temas cimeiros do pensamento e da acção do(s) movimento(s) católico(s) em Portugal, mas também dos movimentos anticlericais, nas décadas decisivas que antecederam a mudança do regime político, este artigo, como tantos outros de História, não pretende ser a «História» do anticlericalismo/anticatolicismo em geral ou do clericalismo/catolicismo em particular, nas vésperas da I República portuguesa, mas sim um contributo para tal. Um artigo simples para uma reflexão estimulante sobre estes assuntos que foram do passado e continuam tão actuais para o nosso presente em que nos é dado viver. E que muito nos auxiliam a compreender o presente católico e português.
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    Os anátemas de Guilherme Braga, ‘bispo de outra diocese’
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Monteiro, Anthero
    Guilherme Braga foi autor de duas obras de relevo na luta anticlerical, que lhe outorgaram o estatuto de precursor imediato de Junqueiro e Gomes Leal. Os Falsos Apóstolos (1871) constituem um brado de indignação contra a escola jesuítica, eivada de violência e voltada para o passado e propõem uma escola laica, de sinal contrário. Trata-se de um folheto com algumas debilidades, mas que consegue comunicar graças à simplicidade de processos e ao uso de alguns estereótipos. Aplaudido pelos liberais, o autor foi anatematizado pelo bispo do Pará, o que originou a retaliação do panfleto seguinte – O Bispo (1874), obra mais sólida e mais aprimorada. A campanha do poeta, num anticlericalismo que podemos considerar cristão e interior, estava, de início, mais apostada em criar uma nova opinião pública do que em afrontar a religião. Dado que a sua voz não mereceu da Igreja a mínima reflexão, a sua segunda ofensiva foi radicalizada num anticlericalismo, que, mesmo defendendo Cristo, se pode dizer mais revolucionário, atingindo por vezes as raias do pornográfico.
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    Humor, crítica e autocrítica religiosa : incidências e funcionalidades dos usos do humor na e sobre a Igreja Católica
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Franco, José Eduardo; Silva, Cristiana Isabel Lucas da
    Com esta comunicação pretendemos dar conta e caracterizar a prática abundante do humor em torno e no seio da Igreja Católica. De facto, a Igreja Católica, a sua hierarquia, as suas instituições, os seus membros ligados por relações de fidelidade e obediência diversas, a sua moral, as suas ordens têm sido e continuam a ser objeto de muito humor, quer como arma crítica quer como forma de relativização da rigidez desta instituição bimilenar. Mas o humor produzido pelos críticos da Igreja que, por esta via, castigam os excessos de fundamentalismos de alguns e de hipocrisia de outros, é complementado por um uso bastante fecundo do humor pelos membros mais comprometidos da própria Igreja Católica. É conhecido o humor eclesiástico muito praticado por padres e frades e até por freiras. Este humor interno funciona como forma de atenuação e de evasão relativamente ao peso da sisudez que a vida religiosa na Igreja exige. É sem dúvida uma saudável forma de terapia também. Procuraremos reunir uma amostra composta por um conjunto de ditos e anedotas emblemáticas representativas do humor praticado dentro e fora da Igreja para fazermos uma proposta de caracterização e classificação. Indagaremos ainda usos do humor que nos permitam ilustrar apreciações divertidas dos vários campos institucionais, relacionais e de exercício do poder na Igreja, como seja, o humor papal, o humor decorrente de relações de uma certa concorrência entre Ordens Religiosas, o humor sobre as relações entre padres e sacristãs, entre outros.
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    Raízes de um cristianismo exacerbado : o anticlericalismo de Junqueiro
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Pereira, Henrique Manuel
    Guerra Junqueiro (1850-1923) ocupa lugar de relevo na visibilidade expressiva e sintomática do fenómeno anticlerical português, tendo o seu anticlericalismo expressão particularmente violenta em A Velhice do Padre Eterno (1885), com manifesto prolongamento em Pátria (1896), a ponto de ambas as obras terem sido apontadas como “o evangelho do anticlericalismo em Portugal”. Todavia, a visibilidade do anticlericalismo junqueiriano precede em muitos anos aquela primeira obra. O presente artigo ocupa-se, pois, das raízes do anticlericalismo de Junqueiro. Para o efeito, cruzando argumentos e “demolindo adquiridos”, persegue em particular a composição poética “O Cura da minha aldeia”, ainda não devidamente historiada e inscrita na Obras de Guerra Junqueiro (Poesia).
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    Usos etnográficos do discurso catequético
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Melo, Paulo Correia de
    A ideia principal deste texto é apontar alguns usos (quiçá abusos) do discurso religioso normativo (mandamentos – da Lei de Deus e da Igreja -, sacramentos, orações, obras de misericórdia…) em ambiente etnográfico, seja por deslocamento, por derivação, por fuga, por analogia, por burla, por recriação, por recreação… Privilegiaremos as quadras como corpus de referência, embora possamos recorrer a outras expressões.
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    Geração de 70 e o anticlericalismo
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Nery, António Augusto
    A temática religiosa, quase sempre com uma característica anticlerical, é uma constante na Literatura Portuguesa, desde o período medieval até a contemporaneidade. Neste trabalho espero traçar algumas reflexões sobre o anticlericalismo nessa literatura e como ele se configura nas obras de alguns de seus autores. Buscarei, por intermédio de uma contextualização histórica, analisar preliminarmente de que forma os autores de diversos períodos dialogavam com a Igreja e seus representantes, o clero. Darei ênfase à maneira pela qual a Geração de 70, grupo intelectual da segunda metade do século XIX, lidou com a crítica anticlerical, uma vez que, para esses intelectuais, a Igreja Católica constituía-se um dos fatores que teriam levado Portugal à situação decadente, que eles pretendiam denunciar e criticar.
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    Ateísmo de pena, ateísmo de chumbo : Jean Meslier entre o silêncio e a explosão
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Baudry, Hervé
    Este texto foi apresentado durante uma sessão do Seminário do Prof. Luís Abreu, « Travessias do anticlericalismo ». Trata-se de aclimatar a questão do pensamento ateu moderno. Sem pretender fazer uma história do ateísmo em Portugal, problematiza-se a questão para futuros trabalhos em volta de Jean Meslier (1664-1729). As primeiras traduções foram imprimidas no fim do séc. XIX. Mas ficam muito fragmentárias, à imagem das pseudo-edições do século anterior. Daí, esboça-se a história do texto do Mémoire, das cópias manuscritas às primeiras impressões.
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    Negação do ego no budismo chinês ou orientações para uma ética do budismo humanista de Taiwan
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Durazzo, Leandro
    Embasando-se em discussões clássicas das Ciências Sociais – como o estudo sobre a noção de pessoa em Marcel Mauss – este artigo busca traçar um breve roteiro através de dois hemisférios de pensamento, apresentando uma crítica epistemológica à categoria ocidental de pessoa (donde Ego) com respaldo em uma tradição também antiga e em constante desenvolvimento, a saber, o Budismo indiano e seus desdobramentos em China e Taiwan. Para isso, analisamos elementos do Sutra Diamante e do SatyasiddhiSastra de Harivarman, desembocando num panorama contemporâneo das ordens budistas taiwanesas.